sexta-feira, 27 de novembro de 2020

1º Festival das Marias no Brasil reuniu protagonistas femininas da música, circo, teatro, cinema e artes visuais


A primeira edição no Brasil do Festival das Marias - Festival Internacional das Artes no Feminino aconteceu entre os dias 5 e 25 de novembro de 2020 em formato online e gratuito, partir da cidade de São Paulo, SP, Brasil. Tendo como protagonistas mulheres brasileiras, a programação trouxe artes e discussões de temas pertinentes ao fazer artístico da mulher, colocando criações femininas sob os holofotes.

O evento pluridisciplinar, totalmente dedicado à mulher no mundo das artes, nasceu em novembro de 2019, em Portugal, a partir de Beja, percorrendo já em sua primeira edição outros quatro municipios do Alentejo, bem o interior do país. Exaltar o que de melhor as mulheres fazem neste setor, bem como os trabalhos artísticos baseados em vidas de grandes mulheres da história, é a aposta da Lendias d’Encantar e da CADAC, estruturas artísticas portuguesas que lançaram o festival. 

No Brasil, sob a curadoria da produtora cultural Adriana Belic, da Belic Arte.Cultura, a programação trouxe espetáculos e intervenções de música, circo, teatro e literatura, além de artes visuais, diálogos e oficinas sobre o fazer nas artes pelo feminino, provocando reflexões sobre o impacto das desigualdades na vida das mulheres. O encerramento se deu no Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher (25/11), quando foi anunciado o próximo Festival das Marias: de 11 a 20 de março de 2021, em Portugal e no Brasil. 

“Foram cerca de 180 profissionais de Portugal e do Brasil - artistas e realizadores, técnicos e equipes de produção, filmagem e edição - e mais de 40 atividades em uma realização que nos encheu de orgulho e mostrou a força da mulher em um dos momentos mais difíceis para a humanidade”, declara Adriana Belic. Ela completa: “O maior desafio foi gravar e editar as apresentações, em um curto espaço de tempo, para disponibilizar no canal do festival, já que seria inviável ter espetáculos com presença física dos espectadores”. Todas as apresentações e oficinas estão disponíveis gratuitamente para o público no Youtube / Festival das Marias. 

A primeira edição do festival, em novembro de 2019, em Portugal, contou também com a colaboração de Adriana Belic, curadora de música para a América Latina e que arregimentou artistas do calibre de Adriana Calcanhotto, Francesca Ancarola e Marina de la Riva para representar mulheres atuantes na música latino-americana. Com o sucesso da realização, surgiu a ideia de realizar o Festival das Marias em terras brasileiras (São Paulo), que aconteceria simultaneamete à segunda edição portuguesa. “Devido às medidas demasiado restritivas para este tipo de acontecimento, durante a pandemia, ‘As Marias’ regressam a terras lusas somente em março de 2021”, declara António Revez, diretor artístico do Festival das Marias em Portugal. Sendo assim, a organização manteve somente a programação no Brasil, virtualmente. 

Aconteceu no Festival das Marias - Brasil 

Representada por cantoras personalíssimas de estilos distintos, a música se apresentou no Festival das Marias pela força e pelo canto de Fabiana Cozza, Consuelo de Paula, Bruna Caram, Ana Sevá, Woman Summer Quartet e Bebé Salvego. A programação de teatro trouxe solos com as atrizes Suia Legaspe (Labirinto) e Annete Neiman (Apenas um Saxofone) e o infantil Verde Perto - O Musical Ecológico com Renata Pizi. Em literatura, a cantora Marina de la Riva fez homenagem de aos 100 anos de Clarice Lispector. Apresentações circenses com a Troupe Guezá, Painé Santamaria e Bárbara Francesquine mostram a mulher na diversidade artística.

A mulher no cinema veio representada pelos longas-metragens Deus é Mulher e Seu Nome é Petúnia (Dir. Teona Strugar Mitevska) e Papicha (Dir. Mounia Meddour), únicas atividades presenciais do Festival das Marias. Nas artes visuais, destaque paras as três exposições fotográficas: Dani Sandrini em Duas Cidades, e Dan Agostini com Palomas e com Hijras e Tiffanys. 

As Oficinas das Marias abordaram temas sobre iluminação, fotografia, som, canto, cerâmica e costura, e a ação EntreMarias | Diálogos Musicais trouxe lives que abordaram temas como liderança feminina, curadoria e produção cultural na música, conduzidas pelas diretoras da Casa de Abelha Cultural, Amanda Rondina e Júlia Andreatta. As convidadas foram: Michelle Serra (SP/SP), Luiza Morandini (SP/SP), Luiza Mitteldorf (Berlin/DE) e Nefertith Andrade (Fortaleza/CE). 

Ficha técnica / BrasilDireção: Adriana Belic. Consultoria: Bianchi Associados. Gastronomia: Armazém Café Doceria e DQF Gastronomia. Curadoria de cinema: Pandora Filmes e Cine Petra Belas Artes. Curadoria Entre Marias | Diálogos Musicais: Casa da Abelha Cultural. Apoio institucional: Metrô SP. Apoio cultural: Casa de Cultura do Parque. Apoio: Câmara Municipal de Beja, Cidade de São Paulo, DGArtes, Governo de Portugal Média partners / Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação e Platea Comunicação e Artes. Realização: CADAC - Companhia Alentejana de Dança Contemporânea, Lendias d’Encantar e Belic Arte.Cultura.

Festival das Marias - Festival Internacional das Artes no Feminino
De 5 a 25 de novembro de 2020 - São Paulo/SP, Brasil
Programação disponível no YouTube.com / Festival das Marias: https://cutt.ly/DgEqpbP
Facebook / Instagram: @marias.festival

Informações à imprensa | Verbena Assessoria
Eliane Verbena / João Pedro
Tel.: (11) 2548-38409 / (11) 99373-0181- verbena@verbena.com.br

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

As Caracutás apresentam temporada online de Tecendo Diálogos com bate-papo e oficina

foto de Andressa Santos

Em dezembro, o coletivo As Caracutás, apresenta temporada online (gratuita) do espetáculo de teatro-dança Tecendo Diálogos, criado e dirigido pelas intérpretes Ester Lopes e Monica Soares com preparação corporal de Mika Rodrigues.

As sessões acontecem nos dias 17, 18, 19 e 20 de dezembro, de quinta a domingo, às 19h30, pelo Facebook @ascaracutas e pela página de um coletivo convidado. Após cada transmissão, Ester e Monica conversam com os espectadores sobre as histórias das mulheres do Parque são Rafael, região metropolitana de São Paulo, que inspiraram a montagem. A temporada vem acompanhada pela oficina Do Pilates às Danças Brasileiras, no dia 9 de dezembro (quarta, às 16h), ministrada pelas atrizes. 

O espetáculo

Tecendo Diálogos é “pesquisa em movimento”, cujo foco está nas lutas e nos saberes das mulheres da região do Parque São Rafael e imediações. O universo dos valores femininos norteia o espetáculo como uma procura pela força da resistência e do cuidado, pela paixão e inocência - dualidade peculiar ao feminino.

A linguagem cênica reúne artifícios teatrais (incluindo o teatro narrativo) junto às danças populares brasileiras e ao canto em diálogo com a estética contemporânea. A força e leveza da dança e do trabalho de corpo são fundamentais para as histórias das 12 mulheres: histórias que invertem os valores machistas, traçando paralelos e unindo mulheres em suas diversidades. “O corpo feminino carrega muitos traços, tanto do cerceamento quanto da expressividade: pode ser fechado ou aberto para o que está a sua volta”, comenta Ester Lopes.

Monica e Ester recriam as vivências dessas mulheres em diálogos cênicos que partem das lembranças da infância, da juventude e da sabedoria trazida pelo tempo. O espetáculo mergulha no estado do corpo em cada expressão de vida, seja ela alegre, agitada, tímida, cuidadosa ou acanhada. “São personagens reais e corajosas que carregam a simplicidade como beleza, que espelham um mundo futuro de igualdades, desejos comuns à maioria de nós”, reflete Monica Soares. O enredo passa pelos lugares do trabalho, da relação com o próprio corpo, da violência sexual, da fé, da espiritualidade e da maternidade. Cada personalidade é também traduzida por um ritmo da tradição popular (jongo, frevo, carimbó, samba, coco, maracatu rural, batuque de umbigada, ijexá, caboclinho, capoeira). “Para contar as histórias vamos além do corpo: usamos nossos corpos como instrumento de expressão para as cenas”, explicam.

FICHA TÉCNICA - Texto, dramaturgia e direção: As Caracutás. Elenco: Ester Lopes e Monica Soares. Depoimentos: Adriana da Silva, Clotilde Luiza de França, Elza Maria Lopes de Souza, Erineide dos Santos Almeida, Francisca Pereira Barbosa, Jacira Celestino Ribeiro da Silva, Maria Terezinha Pedro, Maria Eliza da Silva Lyrio, Celeide da Silva Lyrio dos Santos, Ester Lopes e Monica Soares. Preparação e direção corporal: Mika Rodrigues. Sonoplastia: Mika Rodrigues e Rodrigo Dias. Arranjos musicais: Mika Rodrigues e Anderson Machado. Operação de som: Thabata Bluntrit. Iluminação: Everton Santos e As Caracutás. Orientação de iluminação: Gabriela Cerqueira. Operação de luz: Jhuly Souza. Figurino e adereços: Isa Santos. Cenário: As Caracutás. Cenotécnica: Thabata Bluntrit. Fotografia/espetáculo e filmagem/entrevistas: Andressa Santos. Filmagem/espetáculo: Mazze Filmes. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Produção geral e idealização: As Caracutás. Produção executiva: Pião Produções Artísticas. Produção gráfica: Valter de Oliveira Silva. Social media: Jhuly Souza. Apoio: VAI - Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais 2019, da Prefeitura Municipal de São Paulo.

Programação

Oficina: Do Pilates às Danças Brasileiras
Data: 9 de dezembro.  Quarta, às 16h
Com: Ester Lopes e Monica Soares – As Caracutás
Inscrições a partir de 30/11 - pelo Facebook - @ascaracutas.
Grátis. Plataforma: Google Meet. Duração 90 min. Livre.

A proposta da oficina Do Pilates às Danças Brasileiras, como o próprio nome indica, é conectar as práticas do método pilates a algumas danças presentes nas manifestações populares da cultura brasileira. O pilates estimula o corpo de forma completa nos exercícios, aumentando a mobilidade, a flexibilidade, a força e o tônus muscular. As manifestações brasileiras nos fazem acessar memórias corporais ancestrais, muitas vezes esquecidas na correria diária. A integração do pilates com as danças brasileiras propicia um melhor condicionamento físico e o reencontro de quem pratica consigo mesmo. Desta forma, além dos benefícios para o corpo, em equilíbrio com a mente, as duas artistas do corpo, atrizes e educadoras contribuem para preservar e manter vivo os ensinamentos das caboclas(os) do nosso país. Os benefícios de ambas as práticas vão além do físico, em busca do bem estar integral.

Espetáculo: Tecendo Diálogos
Datas: 17, 18, 19 e 20 de dezembro. Quinta a domingo, às 19h30.
Grátis. Classificação: 12 anos. Duração: 60 min. Gênero: Teatro-dança.

17/12 - Transmissão + bate-papo: Histórias de Francisca e Clotilde

Facebook / @ascaracutas e @gruporosasperifericas

18/12 - Transmissão + bate-papo: Histórias de Adriana e Elisa
Facebook / @ascaracutas e @coletivaemana

19/12 - Transmissão + bate-papo: Histórias de Tata e Neide
Facebook / @ascacacutas e @FemiSistahs 

20/12 Transmissão + bate-papo: Histórias de nossas avós, mães e nossas histórias
Facebook / @ascaracutas e @favelagaleriaopnicomvida

As Caracutás - O coletivo, fundado, em 2017, por Ester Lopes e Monica Soares (artistas e educadoras residentes em regiões periféricas), pesquisam as artes do corpo (dança e teatro) com foco na cultura popular brasileira e suas intersecções com o contemporâneo nas grandes cidades. O trabalho é calcado em fomentar e estudar as artes junto à população periférica, diante da escassez de equipamentos culturais nessas regiões.

 

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena / João Pedro
Tel: (11) 2548-38409 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

Inspirado nas Living Dolls, espetáculo de Dan Nakagawa traz leitura contemporânea do butô e kabuki, tendo Helena Ignez como atriz convidada

Foto de Dani Sandrini 
O espetáculo de dança-teatro A Vida das Bonecas Vivas, concebido e dirigido por Dan Nakagawa, tem pré-estreia online no dia 29 de novembro, domingo, às 21h30. A gravação - que será exibida pelo canal do projeto no YouTube - ocorreu no palco da Sala Paschoal Carlos Magno do Teatro Sérgio Cardoso, onde cumprirá temporada com presença física do público, em abril de 2021.

Com estética recheada de referências do butô, do kabuki e da dança contemporânea, A Vida das Bonecas Vivas parte do movimento das Living Dolls para tratar de existências humanas à margem de uma sociedade que cerceia a diversidade e a subjetividade. A encenação surge como uma resposta-celebração para uma existência possível no mundo patriarcal e embranquecido.

A ficha técnica, que tem Helena Ignez como atriz convidada, conta com nomes como Bogdan Szyberde (polonês, radicado na Suécia) na provocação cênica, Lucas Vanatt como dramaturgista e Anderson Gouvea na coreografia, que também integra o elenco ao lado de Alef Barros, Laércio Motta, Gabriel Shimoda e Vivian Valente.

A Vida das Bonecas Vivas é inspirado na comunidade global Living Dolls, na qual homens se vestem com máscaras, roupas de silicone e seios protéticos a fim de se transformarem em bonecas vivas. Surgido nos anos 80, atualmente o movimento tem mais adeptos na Alemanha, Reino Unido e EUA. A montagem investiga questões existenciais, de identidade, filosóficas e artísticas na construção psíquica da personalidade em busca de um duplo como forma de transcender a própria existência. E, pelas sutilezas, tensões cênicas e subjetivas, revela a maneira como a instauração dessa nova persona afeta a identidade e, por consequência, a dança do corpo transformado.

Em um lugar atemporal, o enredo fala de pessoas que precisam existir de forma oculta. Borrando as fronteiras entre dança, teatro e performance, Dan Nakagawa traz para o espetáculo a mesma desconstrução do olhar normatizante em relação à sexualidade, gênero, expressão artística e, principalmente, ao modo a expandir e discutir as novas formas de existência que estão além dos padrões estabelecidos. A encenação ocorre em um ambiente que imprime a ideia de sonho. Os atores-bailarinos-performers são envolvidos por atmosferas lúdicas nas quais a cor branca sugere o infinito. O figurino remete à vestimenta plastificada da cultura living dolls, trazendo uma mobilidade contida para os corpos e, ao mesmo tempo, conferindo-lhes uma estética ora lírica, ora grotesca e ora bufônica. A trilha sonora também é criação de Nakagawa para o diálogo direto com as coreografias.

O encenador afirma que o espetáculo faz uma incursão nesse universo, partindo da pesquisa dos movimentos e das gestualidades desses homens em seus trajes de borracha, como uma “segunda pele”, fisicamente restritivos, mas libertadores ao possibilitar uma nova persona. O diretor conta que buscou elementos em sua ancestralidade oriental para construir a estética das cenas. “Fui buscar caminhos na expressão e intensidade do butô, no qual o ‘estado’ de dança passa pela necessidade da morte para o renascimento, e visitei o kabuki, com sua dramaticidade fluida em canto, dança e expressiva maquiagem, para chegar com liberdade a um conceito mais pop, mais contemporâneo, nesse híbrido de dança e teatro, onde movimentos e sons geram os estados físicos no performer”, afirma Dan, e explica ainda que o texto é coreografado, que a palavra é resultado do estado físico desses performesrs em cena.

Segundo o diretor, as personagens de A Vida das Bonecas Vivas vão ao encontro de sua sombra, de seu duplo, tendo por base conceitos da psicanálise como o ‘estranho-familiar’, de Sigmund Freud, o ‘nosso outro no espelho’, de Jacques Lacan, o ‘retornar a si pela experiência do outro’, de Antonin Artaud. Ele conta que usou também como referência os trabalhos do dramaturgo e coreógrafo grego Dimitris Papaioannou, da companhia de dança Cena 11 e do performer e coreógrafo japonês Hiroaki Umeda para trazer à tona perspectivas de um renascimento identitário que transponha os limites do engessamento social e dos papéis desempenhados diariamente.

Dan Nakagawa & o projeto

O primeiro contato de Dan Nakagawa com o tema (living dolls) foi por meio do documentário O Segredo das Bonecas Vivas. “Fiquei fascinado, intrigado com aqueles homens de meia idade e seus hábitos secretos de se vestirem de bonecas com um vestuário de látex, exclusivamente confeccionado para esse movimento. Eles, geralmente, ficam em casa, em suas vidas ordinárias, cada um em sua relação com seu avatar-boneca e, com suas máscaras, transcendem o quê são, para além de suas existências. Isto é arte: anular-se para descobrir outra persona”, revela.

As motivações para esse projeto vêm de uma contínua pesquisa por Dan Nakagawa já no seu primeiro espetáculo Não Ia ser Bonito?, no qual explorou questões existenciais em torno do conceito de realidade e memória. E seguiu em Normalopatas, que questionava um sintoma coletivo de normalidade e normatização, bem como em seu recente trabalho, O Aniversário de Jean Lucca, inspirado na linguagem coreográfica do teatro kabuki e no conceito “lógica do condomínio”, uma analogia do psicanalista Christian Dunker.

Desde 2017, o diretor vem desenvolvendo trabalhos em Estocolmo, Suécia, estreitando as trocas culturais entre a sua arte provocadora e brasileira com o teatro e a dança suecos. Por duas vezes consecutivas, foi convidado a lecionar teatro e performance na Stockholm Academy Of Dramatic Arts, em 2017, mesmo ano em que colaborou como diretor na montagem da peça Tjuvar, de Dea Loher, com direção de Ulrika Malmgren. Em 2018, dirigiu a leitura dramática de O Aniversário de Jean Lucca, de sua autoria, com atores e bailarinos suecos e, no ano seguinte, dirigiu no MDT - Moderna Dansteatern (Teatro de Dança Moderna de Estocolmo) a performance de dança-teatro Wonderful Days - A Work In Progress com artistas da Suécia, Brasil e Inglaterra.

Ficha técnica | Sinopse | Serviço

Ficha técnicaDireção e dramaturgia: Dan Nakagawa. Provocação cênica: Bogdan Szyber. Coreografia e preparação corporal: Anderson Gouvea. Dramaturgismo: Lucas Vanatt. Atriz convidada: Helena Ignez. Bailarinos/atores/performers: Alef Barros, Anderson Gouvea, Laércio Motta, Gabriel Shimoda e Vivian Valente. Trilha sonora: Dan Nakagawa. Assistência de direção: Carla Passos. Design de luz e projeção: Amanda Amaral. Figurino: Alex Leandro. Costura: Deni Chagas, Ana Lucia Bailú e Nicole (Oficina de  Costura e Su Martins). Cenografia e adereços: Rafael dos Santos. Sonoplastia: Lucas Paiva. Tradutor: Gabriel Shimoda. Arte gráfica: Felipe Uchôa. Fotografia: Dani Sandrini. Equipe de vídeo: Atom Filmes. Câmeras: Eduardo Moryama e Francine Tomo. Câmera móvel: Zele Volpato. Finalização: Francine Tomo. Direção de vídeo: Filipe da Gama. Mídias sociais: Platea. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Produção: Anayan Moretto. Direção de produção: Adriana Belic. Apoio: Projeto realizado por meio do Programa de Ação Cultural, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo – ProAC de Produção e Temporada de Espetáculos Inéditos de Dança.

Sinopse - Um homem de meia idade, em uma crise profunda de existência, decide viver uma nova experiência e contrata os serviços de uma inusitada agência japonesa, chamada La Buena Vista, que proporciona ao homem uma nova realidade: uma nova família, novos amigos, um novo amor e um novo nome: Margareth. Ele, então, decide renascer no corpo de uma boneca viva, em outro planeta chamado A Outra Terra, inspirado numa Tóquio futurista. Nesse planeta, ela vive toda a felicidade que esse simulacro de vida pode oferecer. A fantasia vivida é plástica, assume a poesia da dança e do musical até que a realidade esquecida venha encontrar Margareth na forma de seu duplo. Frente a frente com sua parte mais sombria, Margareth deve fazer a sua escolha.

Espetáculo: A Vida das Bonecas Vivas
Pré-estreia online: 29 de novembro - domingo, às 21h30
Onde: YouTube / A Vida das Bonecas Vivas - https://cutt.ly/avidadasbonecasvivas
Grátis. Duração: 1h. Classificação: 14 anos. Gênero: Dança-teatro.
Instagram: @avidadasbonecasvivas | Facebook: @ bonecasvivas2021

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena / João Pedro
Tel: (11) 2548-8409 / 99373-0181- verbena@verbena.com.br

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Websérie ‘Extremos’ estreia em 01 de dezembro com atores contracenando de cidades diferentes do país

Com direção geral de Hudson Glauber, a websérie Extremos estreia no dia 01 de dezembro pelo YouTube. A produção chega com formato inovador, no qual cada um dos atores, além de interpretar seu personagem, participou também da direção, gravando, eles mesmos, suas próprias cenas.

Os sete episódios, com duração de 7 a 13 minutos, mostram personagens em situações limites, questionando fatores que levam as pessoas a tomarem atitudes extremas em suas vidas.

Durante a produção dos episódios, devido à quarentena, os atores estavam em diferentes localidades do Brasil, em estados como Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e São Paulo. O maior obstáculo foi produzir ambientes semelhantes sugerindo que estivessem no mesmo espaço contracenando frente a frente. “O resultado foi surpreendente. Todo o cuidado e toda a técnica usada para que as cenas fossem convincentes, diante da impossibilidade de uma produção em estúdio, podem ser vistos no resultado da série. Ou melhor: não podem se vistos. O espectador não vai perceber esse detalhe e foi esse o nosso objetivo”, declara o diretor Hudson Glauber.  

A ideia de Extremos surgiu quando um grupo de atores formados pela Escola de Atores Wolf Maya tiveram que interromper as filmagens de um longa-metragem e voltar para suas respectivas cidades, diante da pandemia do coronavírus. Distantes, criaram em conjunto o roteiro da websérie e, para viabilizar a produção, foram desafiados a explorar e desempenhar outras funções importantes da arte cênica, além da atuação: direção, produção, fotografia e comunicação visual de seu próprio episódio. Até mesmo a edição final foi feita por dois integrantes do elenco.

Além da direção geral, Hudson Glauber foi responsável pela preparação do elenco e realizou pela internet todos os ensaios, fazendo com que a interação entre os atores, mesmo à distância, contribuísse de forma homogênea com os personagens e com o resultado final, garantindo a qualidade e o tom dramático da websérie, apresentando os dramas concebidos no roteiro de forma contundente.

Sinopses dos episódios de Extremos (fotos dos episódios pela ordem)

  
Episódio 1 (8’43”) - Geisy e Joel formam um casal lindo e perfeito que está prestes a ter o seu primeiro filho, mas uma tragédia inesperada vai abalar a relação, gerando desconfiança, mágoas e frustrações. Geisy conhece a verdadeira face do marido quando ele tem um acesso de raiva extremo. Criado e desenvolvido por: Raissa Abreu e Gonçalo Segre.

Episódio 2 (10’43”) - Otton, Hellen e Fabrício são jovens que decidem entrar para o mundo do crime. Eles então sequestram Roberta, que possui acesso a dados sigilosos. Fabrício está encarregado de cuidar da refém. Nesse período, trancafiados no quartinho, Fabrício e Roberta passam a conviver e, de uma maneira estranha, acabam se aproximando. Resta saber se Fabrício terá coragem de se livrar da refém quando chegar o momento. Criado e desenvolvido por: Vinícius Fontana e Roberta Forato.

  
Episódio 3 (7’19”) - Hellen sai à rua para resolver algumas questões referentes ao recente sequestro quando acaba esbarrando com Clara, uma amiga de sua falecida irmã. Elas trocam contatos, e Clara pede a Helen que a ajude a fazer um aborto, quando vêm à tona traumas do passado de ambas. Helen se lembra do que aconteceu com sua irmã e tenta convencer Clara a não fazer o aborto e isso gera atritos entre elas. Criado e desenvolvido por: Sarah Angelis e Catharina Viezzer.

Episódio 4 (8’52”) - Otton está cada vez mais insatisfeito com os sequestros organizados pelo trio, que o próprio julgava “não serem lucrativos”. Ao receber uma mensagem de Gael, o jogo muda. Gael lhe oferece grana para vender de drogas, e Otton, vislumbrado com o dinheiro, deixa Roberta nas mãos de Fabrício e Hellen e segue, enfim, para seus próprios objetivos. Convidado a subir ao apartamento de Gael, Otton mas não imaginava o que o aguardava. Criado e desenvolvido por: Edu Queiroz e Lucas Lorca.

  
Episódio 5 (11’20”) - Miguel deixa Lis em sua cidade natal e se muda para São Paulo em busca de uma carreira como jornalista, mas Lis possui o desejo de se tornar cantora e também parte rumo ao seu sonho. Ao descobrir que a garota está em São Paulo, Miguel decide procurá-la para resolver questões de um passado familiar conturbado. Um deles consegue superar os traumas e seguir em frente, o outro decide tomar medidas extremas para acabar com o sofrimento. Criado e desenvolvido por: Fernanda Novoa e Flávio Macch.

Episódio 6 (7’48”) - Kira e Marcela são amigas de infância e estudam na mesma escola. A amizade sempre foi conturbada e a inveja de Marcela fez com que a amiga fosse expulsa da escola, injustamente. Marcela nunca foi descoberta. Somente Jade, a irmã mais velha de Kira, sabia o que realmente aconteceu. Anos se passaram. Kira reencontra Marcela, descobre o segredo e decide contar tudo para Jade, que vê aí uma oportunidade de chantagear Marcela. Criado e desenvolvido por: Letícia Nerak, Luana Pessi e Vic Baccarelli.

Episódio 7 (13’06”) - Em uma pequena cidade do interior, Romulo e Ana, dois jovens amantes com ideais diferentes, percebem que precisam de muito mais do que um relacionamento amoroso para sair daquela vida pobre e medíocre. Eles caminham lado a lado? Até onde essa relação é forte? Quem deve se sacrificar para o outro atingir o sucesso? Criado e desenvolvido por: Raffah Beletti e Sabrina Nask.

Ficha técnica: Direção Geral: Hudson Glauber. Coordenação de produção: Rodrigo Trevisan e Renato Campagnolli. Supervisão de roteiro: Assistência de direção: Felipe Caiafa.Rodrigo Trevisan. Edição: Gonçalo Segre e Vinícius Fontana. Animações: Edu Queiroz. Edição de teasers: Vic Baccarelli. Finalização: Matheus Gonçalves. Designer gráfico: Felipe Barros.

Serviço

Websérie: Extremos
Lançamento: 01 de dezembro de 2020
Disponibilização dos episódios: 01/12 a 12/01 - Terças, às 18h.
Onde: YouTube/escolawolfmaya
https://www.youtube.com/channel/UC13uNWbekh8kOuh5wzXcr7w
Grátis. Classificação: 14 anos.
Assista pelas redes sociais os teasers sobre o lançamento: 20/11 e 27/11 (sextas, às 18h).

Mais informações: http://wolfmaya.com.br/ | Nas redes: @escolawolfmaya

Informações à imprensa | Verbena Assessoria
Eliane Verbena / João Pedro
Tel.: (11) 2548-38409 / (11) 99373-0181- verbena@verbena.com.br

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Kameron Steele conversa com Fabiano Lodi sobre artes cênicas & Método Suzuki em live da Oficina Cultural Oswald de Andrade

O diretor teatral Fabiano Lodi entrevista, no dia 19 de novembro (quinta, às 19h), o norte-americano Kameron Steele, reconhecido como um dos mestres do Método Suzuki de treinamento de atores. Esta atividade dá sequência à série de lives internacionais sobre artes cênicas, promovida pela Oficina Cultural Oswald de Andrade, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerenciado pela Poeisis.

Integrante do ALASUR, companhia de teatro sediada em Mendoza, na Argentina, onde reside atualmente, Kameron Steele desenvolve um relevante trabalho formativo, artístico e de intercâmbio cultural. Foi colaborador do diretor teatral japonês Tadashi Suzuki, por mais de 30 anos, realizando diversas atividades, entre as quais destaque para o trabalho como ator na SCOT (Suzuki Company of Toga), como tradutor (do japonês para o inglês) do livro Culture is the Body e como professor do Método Suzuki em diversos países. Também vem trabalhando, há mais de 10 anos, ao lado do diretor americano Bob Wilson, no Watermill Center. Formado em direção teatral pelo Instituto de Artes da Califórnia. Seus trabalhos foram apresentados no México, Espanha, Polônia e Bélgica, além de ter ministrado cursos em universidades dos Estados Unidos, Taiwan, China e Turquia.

O amplo alcance internacional das atividades desenvolvidas por Kameron Steele, bem como os desafios do fazer artístico em diferentes realidades sociais e culturais serão alguns dos temas abordados na live, que será transmitida em inglês com legendas em português. A abertura, apresentando o convidado, acontece pela plataforma Zoom e, na sequência, o público é conduzido para o canal do Youtube que transmitirá a entrevista. Os interessados devem fazer inscrição grátis pelo canal Mais Cultura no site da Poiesis. As vagas serão disponibilizadas por ordem de inscrição - aqui.

O evento dá sequência a uma série de lives sobre Viewpoints e Método Suzuki, conduzidas por Fabiano Lodi, nos meses de agosto e setembro e outubro (neste mês, a convidada foi Anne Bogart, renomada diretora norte-americana que falou sobre Viewpoints). Esta atividade faz parte do programa #CulturaEmCasa, cuja idealização e produção são de responsabilidade da Leneus Produtora de Arte.

Fabiano Lodi

Fabiano Lodi é diretor teatral. Mestre em Arte-Teatro pela UNESP e graduado em Artes Cênicas pela UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina, ele possui extensa formação com experiências como ator, professor, produtor e pesquisador. É responsável pela Leneus Produtora de Arte, criada em 2010, que realiza, representa e gerencia projetos artísticos, culturais e formativos. Desde 2005, desenvolve trabalho continuado de pesquisa sobre procedimentos práticos em direção teatral, envolvendo os métodos Suzuki e Viewpoints, os quais resultaram em publicações variadas com destaque para a tradução de O Livro dos Viewpoints (Ed. Perspectiva/2017), de Anne Bogart e Tina Landau, à qual integra a equipe de tradução. Premiado, em 2011, com bolsa do Ministério da Cultura (MinC), participou de atividades teatrais coordenadas pela SITI Company, em Nova York. Em 2014, participou do programa de aprimoramento técnico do Método Suzuki, coordenado pelos diretores Tadashi Suzuki, Kameron Steele e Mattia Sebastian, realizado na sede da SCOT (Suzuki Company of Toga), em Toga-Mura, Japão.

Seus trabalhos recentes incluem treinamento de Método Suzuki na preparação corporal dos atores Reynaldo Gianecchini e Ricardo Tozzi, para o espetáculo Os Guardas do Taj, dirigido por Rafael Primot e João Fonseca, e participação como diretor convidado no Festival Internacional de Teatro Knots Nudos, em Mogi das Cruzes, para criar o Experimento Artístico, envolvendo os 47 artistas de oito nacionalidades. Dirigiu os espetáculos: Mercado Branco - Cia dos Ratos, Terra à Vista - Grupo 59 de Teatro e A Sapateira Prodigiosa - Grupo Preto no Branco, projeto premiado pelo ProAC de montagens inéditas.

Na área de arte-educação, Fabiano Lodi tem extensa trajetória, passando pelo Curso Técnico de Formação de Atores em Teatro Musical do SESI, Programa Vocacional da Prefeitura de São Paulo, Projeto Ademar Guerra e Fábrica de Cultura Capão Redondo – Poiesis, curso livre de teatro da PUC-TUCA, CEFTEM, Oficinas Culturais de São Caetano do Sul e, atualmente, IBFE-SP - Instituto Brasileiro de Formação de Educadores, como professor de Pós-Graduação em Educação. Coordena o Projeto Jovem em Cena, que promove a circulação de oficinas gratuitas de teatro no interior de São Paulo.

Serviço

Live internacional: Kameron Steele
Coordenação: Fabiano Lodi
Data: 19 de novembro - quinta, às 19h
Local: atividade on-line (plataforma Zoom)
Inscrições grátis até 19/11 - 100 vagas (seleção por ordem de inscrição):
https://poiesis.org.br/maiscultura/oficinas_culturais/live-internacional-fabiano-lodi-conversa-com-kameron-steele/
Livre. Duração: 2h. Público: interessados em geral

Oficina Cultural Oswald de Andrade. Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro - São Paulo. Telefone: (11) 3221-4704 | E-mail: oswalddeandrade@oficinasculturais.org.br. Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 12h às 16h. Pessoas que desejam visitar exposições e grupos artísticos que precisam ocupar espaços para ensaios devem agendar pelo www.oficinasculturais.org.br, onde também encontram informações sobre as medidas sanitárias para combater a Covid-19. Acessibilidade. Programação gratuita, sendo parte dela mantida de forma virtual. Saiba mais: www.oficinasculturais.org.br e http://poiesis.org.br/maiscultura/.

Sobre a Oficina Cultural Oswald de Andrade - A Oficina Cultural Oswald de Andrade realiza atividades na formação e difusão cultural em diferentes linguagens artísticas. As atividades (gratuitas) são no formato de oficinas, workshops, núcleos de estudos, seminários, residências artísticas, intercâmbios, apresentações cênicas, exposições e outros. Em seus 30 anos, passaram pela Oficina nomes como Quentin Taratino, Klauss Vianna, Nuno Ramos, além de importantes companhias nacionais e internacionais como Théâtre du Soleil, The Workcenter of Jerzy Grotowski, e Thomas Richards & Teatro da Vertigem. Em 2015, a Oficina foi indicada ao Prêmio Shell na categoria Inovação “pela ampliação e renovação no acolhimento de projetos de artes cênicas, com a plena ocupação de seu espaço por grupos e companhias de teatro, cuja agenda cultural potencializa a revitalização do bairro do Bom Retiro”. Em 2019, ganhou o Prêmio APCA como a melhor programação de dança na categoria Projeto/Programa/Difusão/Memória. Oficinas Culturais é um programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo que atua, desde 1986, na formação e na vivência da população no campo de cultura. O Programa é administrado pela organização social Poiesis.

Sobre s Poiesis - A Poiesis - Organização Social de Cultura é uma organização social que desenvolve e gere programas e projetos, além de pesquisas e espaços culturais, museológicos e educacionais, voltados para a formação complementar de estudantes e do público em geral. A instituição trabalha com o propósito de propiciar espaços de acesso democrático ao conhecimento, de estímulo à criação artística e intelectual e de difusão da língua e da literatura.

Informações à imprensa

Verbena Assessoria
Eliane Verbena / João Pedro
Tel.: (11) 2548-38409 / (11) 99373-0181- verbena@verbena.com.br

Poiesis - Coordenação de Comunicação
Carla Regina | (11) 4096-9827 | carlaregina@poiesis.org.br
Assessoria de imprensa Poiesis
Jariza Rugiano | (11) 4096-9810 | jarizarugiano@poiesis.org.br
Luiza Lorenzetti | (11) 4096-9852 | luizalorenzetti@poiesis.org.br
Assessoria de imprensa - Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado
Davi Franzon - (11) 3339-8243/ (11) 9-3411-6428
imprensaculturasp@sp.gov.br

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Festival das Marias no Brasil traz protagonistas femininas da música, circo, teatro, cinema e artes visuais

A primeira edição no Brasil do Festival das Marias - Festival Internacional das Artes no Feminino acontece entre os dias 5 e 25 de novembro no formato online, partir da cidade de São Paulo, SP, com todas as atividades gratuitas. O evento se apresenta como palco do feminino, trazendo discussões de temas pertinentes ao fazer artístico da mulher e colocando criações femininas sob os holofotes.

Tendo como protagonistas mulheres brasileiras, a programação é formada por espetáculos e intervenções que passam pela música, circo, teatro, literatura, artes visuais, diálogos e oficinas, e busca incentivar e difundir o fazer nas artes pelo feminino, provocando reflexões sobre o impacto das desigualdades na vida das mulheres.

O festival tem abertura programada para 5/11, estendendo-se numa crescente mostra online de criações femininas que se encerra em 25/11, Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, com uma programação intensa ao longo do dia e os anúncios para as edições de 2021.

Representada por cantoras personalíssimas de estilos distintos, a música se apresenta pela força e pelo canto de Bruna Caram (13/11, às 21h30), Ana Sevá (15/11, às 19h), Woman Summer Quartet (18/11, às 21h30), Consuelo de Paula (20/11, às 21h30), Bebé Salvego (22/11, às 19h) e Fabiana Cozza (25/11, às 21h30).

A arte cênica está representada por solos de Suia Legaspe (14/11, às 21h30), Annete Neiman (21/11, às 21h30) e pelo infantil VerDe Perto - o Musical Ecológico com Renata Pizi (22/11, às 17h). Em Literatura, a programação traz uma bela homenagem de Marina de La Riva aos 100 anos de Clarice Lispector, com leitura de trechos da prosa poética da autora (13 a 25/11, sempre às 18h).

Apresentações da Troupe Guezá (19/11, às 21h30), de Painé Santamaria (14, 17, 19, 22 e 25/11, às 18h) e de Bárbara Francesquine (15, 18, 21 e 24/11, às 18h) mostram a mulher na arte circense.

O cinema vem representado pelos longas-metragens Deus é Mulher e Seu Nome é Petúnia (Dir. Teona Strugar Mitevska) e Papicha (Dir. Mounia Meddour), em sessões no Cine Petra Belas Artes (25/11), única atividade presencial do Festival das Marias.

Exposições fotográficas online também integram o festival: uma mostra sobre mulheres e o seu cotidiano, a Duas Cidades, de Dani Sandrini (5/11, às 17h) e Palomas e Hijras e Tiffanys , ambas de Dan Agostini (7/11 11h  e 14 /11, às 11h).

O festival traz ainda Oficinas de Iluminação, Fotografia, Som, Canto, Cerâmica e Costura (de 12 a 24/11, às 16h), além da ação EntreMarias | Diálogos Musicais, em que as lives Música & Mel abordam temas como liderança feminina, curadoria e produção cultural, e serão conduzidas pelas diretoras da Casa de Abelha Cultural, Amanda Rondina e Júlia Andreatta. As convidadas são: Michelle Serra (Iyabá Agência / SP), Luiza Morandini (Jazz Nos Fundos e Jazz B / SP), Luiza Mitteldorf (Amplify Music Media / Berlin) e Nefertith Andrade (Cine Teatro São Luiz / Fortaleza), respectivamente nos dias 10, 17 e 4/11 e 01/12 (terças, às 17h).

O Festival das Marias, nascido em Portugal, em 2019, é um evento de cruzamento multidisciplinar de carácter internacional que se centra na perspectiva da arte no feminino em várias áreas da criação artística. Surge como resposta à perpetuação da desigualdade e discriminação de gênero, das oportunidades desiguais e consequente disparidade de visibilidade de trabalho, particularmente entre homens e mulheres, com especial enfoque no setor laboral artístico. A temática do feminino e da criação no feminino apresenta-se como um elemento distintivo na realização e programação do Festival, cujo propósito é reafirmar as relações entre países ibéricos e irmãos, buscando espaços para discussões comuns a todos os povos.

FICHA TÉCNICA / BRASIL – Direção: Adriana Belic. Consultoria: Bianchi Associados. Gastronomia: DQF Gastronomia e Armazém Café Doceria. Curadoria de cinema: Pandora Filmes e Cine Petra Belas Artes. Curadoria Entre Marias | Diálogos Musicais: Casa da Abelha Cultural. Apoio institucional: Metrô SP. Apoio cultural: Casa de Cultura do Parque. Apoio: Câmara Municipal de Beja, Cidade de São Paulo, Governo de Portugal – DGArtes. Média partners / Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação e Platea Comunicação e Artes. Realização: CADAC - Companhia Alentejana de Dança Contemporânea, Lendias d’Encantar e Belic Arte.Cultura.

Programação

Festival das Marias - Festival Internacional das Artes no Feminino
De 5 a 25 de novembro de 2020, a partir de São Paulo, Brasil
Canais de Transmissão:
https://www.facebook.com/marias.festival
https://www.instagram.com/marias.festival/
YouTube.com / Festival das Marias: https://cutt.ly/DgEqpbP
Cinema/presencial: Cine Petra Belas Artes (Rua da Consolação, 2423 - SP/SP)
Diálogos e oficinas: Verificar canal de transmissão ao vivo na programação.
Grátis.

ARTES VISUAIS

5/11 (às 17h) – Abertura exposição – Dani Sandrini
Título: Duas Cidades
Fotografias. Livre. Livre. Até 25/11. Visitação: YouTube.com / Festival das Marias.

Duas cidades, por Dani Sandrini - “Duas cidades” é um projeto fotográfico que evoca a questão do encontro e do movimento – mentais ou geográficos de uma mulher. Fotografado com filme granulado preto e branco, traz imagens orgânicas que se conectam com a proposta emocional de mergulho na memória feminina. As luzes estouradas abrem caminhos para o externo, para onde a memória caminha. O claro-escuro traz o antagonismo do dilema mnemônico: o real que existiu no passado, já filtrado por quem o vivenciou, é ainda mais contaminado pelo tempo e pelo ambiente, gerando uma memória reconstruída. As linhas e formas repetitivas sugerem uma tentativa de ordenamento e controle, embora as imagens mentais geralmente sejam influenciadas por um tanto de acaso e ineditismo. Numa estação é fácil encontrar-se com o tempo: a angústia da espera no desembarque, a alegria do encontro ou a estranheza do reencontro. Num outro momento, pode-se avistar uma pessoa que se vai e um coração que permanece. Olhos marejados mirando o infinito quase que enxergam a distância que irá nascer pelo tempo-espaço não mais compartilhado. Este projeto foi exibido em março de 2014 no ”Festival da Imagem” em Amã, Jordânia, devido ao primeiro prêmio conquistado na mostra internacional do “The International Lens Award, Image Festival" em fevereiro de 2014.

Dani Sandrini (1975) vive e trabalha em São Paulo. É formada em Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. É fotógrafa desde 1998, além de educadora, artista visual e acompanhante terapêutica. Seu currículo apresenta de retratos a ações culturais e institucionais, passando também por projetos sociais e educativos que utilizam a fotografia como ferramenta, atuando em organizações não governamentais como Imagemágica e Novolhar, com crianças e adolescentes. Seu trabalho se deu entre Brasil e Jordânia durante alguns anos, regressando a São Paulo em 2012. Em 2014, ganhou o primeiro prêmio no The International Lens Award, Festival de Imagens de Amã, pelo projeto Two Cities, que lhe rendeu convite a desenvolver um projeto na mesma cidade, resultando no trabalho Fragments of a return, exposto em Amã quanto, São Paulo e Piracicaba. Em sua pesquisa autoral, estuda a impermanência, a transformação da memória e o entrelaçamento de materiais e suportes com a imagem fotográfica e passagem do tempo.

7/11 (às 11h) – Abertura/exposição – Dan Agostini
Título: Hijras e Tiffanys
Fotografias. Livre. Até 25/11. YouTube.com / Festival das Marias. 

Hijras e Tiffanys, por Dan Agostini - Durante o ano de 2019, fotografei mulheres transexuais na Índia e no Nepal. Embora os dois países sejam vizinhos e apresentem culturas e religiões similares, a forma que esses indivíduos se reconhecem e a maneira que os dois países percebem as questões de gênero e sexualidade são distintas. Há milhares de anos mulheres transexuais são reconhecidas como semideusas devido à presença de um terceiro sexo entre as crenças hindus na Índia, porém somente em 2018 o país considerou a descriminalização da diversidade sexual e de gênero. As Hijras, como são chamadas, integram uma comunidade que constantemente é discriminada e tem suas vidas intercaladas entre prostituição e manifestações religiosas. Rupaa é uma mulher trans, que nasceu na Índia, e faz parte de uma comunidade de Hijras na cidade de Varanasi. Para ela a sua identidade de gênero está relacionada a decisões divinas, Rupaa vive de doações e prostituição. Atravessando a fronteira da Índia, o Nepal foi o primeiro país do Sul da Ásia a legalizar os direitos das minorias sexuais, em 2007. Há cinco anos, o primeiro bar LGBTQ+ foi aberto em Kathmandu por Meghna, primeira mulher transexual a conseguir ter seu próprio empreendimento. Hoje, Tiffany Pink Bar é um espaço de liberdade, diversão, força e esperança para a comunidade LGBTQ+ nepalesa. A proposta do trabalho é analisar como o meio social de diferentes lugares e culturas pode interferir nas possibilidades e na compreensão dos indivíduos inseridos nesses contextos.

14/11 (às 11h) – Abertura exposição – Dan Agostini
Título: Palomas / Retratos
Fotografias. Livre. Livre. Até 25/11. YouTube.com / Festival das Marias. 

Palomas, por Dan Agostini - Paloma vive em uma casa de acolhimento em São Paulo, chamada Casa Florescer, junto de outras 29 mulheres transexuais. Durante a pandemia, documentei a vida de 15 mulheres residentes da casa para entender como o momento atual vem impactando suas vidas e potencializando o estado de vulnerabilidade dessas mulheres. No contexto atual, a dificuldade para ingressar no mercado de trabalho formal foi potencializada, dificuldade que muitas já encontravam antes mesmo de viver a pandemia. Para conseguir manter as necessidades básicas como higiene e vestimenta, muitas mulheres, presentes nesse trabalho, encontram na prostituição a solução de renda. O acesso à saúde pública (necessidade comum entre elas, como tratamento de feminização e de doenças sexuais) e a violência também têm consequências impactantes no momento atual, sem posicionamento adequado de muitos profissionais em relação às pessoas transgêneras. Apesar do distanciamento social estipulado como meio de segurança à covid19 também, muitas meninas vão às ruas trabalhar, e a casa onde vivem não possui estrutura adequada ao isolamento, dividem poucos banheiros e um único dormitório. As imagens desse projeto apresentam os rostos e corpos que carregam essas histórias, registros do cotidiano que ilustram suas realidades. Paloma é o nome de uma das 15 mulheres que contaram suas histórias de violência, prostituição, desamparo, cárcere, sonhos e coragem. Depoimentos com detalhes em comum, contados individualmente a partir das memórias de cada mulher. (Projeto viabilizado pelo apoio da National Geographic Society).

Dan Agostini – É graduada em fotografia com especialização em fotografia como arte contemporânea pelo Senac/SP. Atualmente, desenvolve projetos documentais e leciona nas áreas de fotojornalismo e projetos no Senac. Em seu trabalho utiliza a fotografia como ferramenta de expressão e reflexão a fim de construir narrativas relacionadas às questões de gênero em países da Ásia, Oriente Médio e Brasil. Dan recebeu o prêmio Nuestra Mirada, PoyLatam, em 2017. Em 2018, foi selecionada nas exposições coletivas Cofluir, no Festival de Fotografia de Belo Horizonte, e YVY / Mulheres da Imagem, no Festival de Fotografia de Tiradentes. Em 2019, foi selecionada para o Workshop Women Photograph, em Quito, participou da mostra coletiva do Festival de Fotografia de Tiradentes e exibiu o documentário Funk de Mina, produzido pelo Coletivo Doroteia, no Sesc Pompéia. Em 2020, foi selecionada pelo fundo de emergência para jornalistas, da National Geographic.

MÚSICA | SHOWS

13/11 (às 21h30) – Bruna Caram
Duração: 50 min. Livre

Em formato piano e voz, Bruna Caram toca e canta canções autorais do seu recente álbum, Alívio – Ao Vivo, em meio a hits da carreira de maneira intimista e intensa, trazendo temas como cura e autoconhecimento. Bruna é cantora e compositora parceira de nomes como Zeca Baleiro, Roberta Sá e Chico César. Sua carreira começou, em 2006, com o álbum Essa Menina, com hits de sucesso no Brasil e Japão. "Alívio ao vivo" é seu sexto álbum e primeiro registro audiovisual. Tem dois livros lançados: "pequena poesia passional", de 2015, e "pequena poesia presente" de 2020. Estreou como atriz na tv na minissérie "Dois Irmãos", da rede Globo, em 2017. Toca piano, acordeom e cavaquinho, e é professora e sócia-fundadora da Cor e Voz, empresa de educação vocal que atende nomes como Emicida, Rashid, Liniker, Marina Lima, Marcelo Jeneci e outros.

15/11 (às 19h) – Ana Sevá
Duração: 50 min. Livre.

Instrumentista e cantora, nascida em 2004, Ana Sevá teve o primeiro contato com a música ainda muito pequena, cantando desde os quatro anos em eventos de família e amigos. A jovem cantora, de apenas 15 anos, nascida em Campinas (SP), revela-se uma voz preparada e madura com suas canções autorais e interpretações personalíssimas, além de ser instrumentista. Ana toca piano e ukulele. O show que apresenta no Festival das Marias traz suas referências, que se revelam nas canções “I Have Nothing”, de Whitney Houston, e “God is a Woman”, de Ariana Grande, além de músicas de outros artistas internacionais e obras da MPB/bossa nova, mostrando seu ecletismo entre os estilos, acompanhada por um pianista e um violonista. O programa da apresentação inclui anda a interpretação de “13”, sua mais recente composição.

18/11 (às 21h30) - Woman Summer Quartet
Duração: 50 min. Livre. 

Gurpo feminino de música instrumental, o Summer Woman Quartet é um dos grupos da Summer Orchestra, formado por Marina Dias (violino), Sara Oliveira (violino), Carol Uchôa (viola) e Camila Hassel (violoncelo). Foi criado, em 2019, para realização de desfile de uma marca famosa. O quarteto busca disseminar a arte a partir da perspectiva feminina, potencializando, por meio da música, movimentos equânimes em uma vivência humana galgada pela força do feminino. No repertório, arranjos para quarteto de cordas do repertório de artistas como Marisa Monte, Colbie Caillat, Roberta Campos, Anavitória, Yael Naim, Ana Vilela e Sandy.

20/11 (às 21h30) – Consuelo de Paula
Duração: 50 min. Livre. 

Consuelo de Paula traz o show Maryákoré. Este é o sétimo disco da carreira da cantora e compositora mineira, uma obra provocadora naquilo que tem de mais feminina, mais negra, mais indígena e mais reveladora de nós mesmos. Para este Festival Internacional das Artes no Feminino, Consuelo preparou um solo especial. O roteiro da traz algumas surpresas. “Farei um canto do Povo Kiriri e cantarei uma música inédita de João Bá e João Arruda”, revela a artista, que também vai interpretar canções essenciais de seus CDs anteriores. “São composições que conversam com Maryákoré”, conta a artista. O título do CD pode ser entendido como uma nova assinatura de Consuelo de Paula: maryá (Maria é o primeiro nome de Consuelo), koré (flecha na língua paresi-haliti, família Aruak), oré (nós em tupi-guarani), yakoré (nome próprio africano). Além de assinar letras e músicas - tendo apenas duas parcerias, uma com Déa Trancoso e outra com Rafael Altério -, Consuelo é responsável pela direção, pelos arranjos, por todos os violões e por algumas percussões de Maryákoré (caixa do divino, cincerro, unhas de lhama, entre outros). A harmonia entre Consuelo e sua música, sua poesia, sua expressão e a estética apresentada é nítida neste disco. Ao interpretar letras carregadas de imagens e sensações, ao dedilhar os ritmos que passam por Minas Gerais e pelos sons dos diversos “brasis”, notamos a artista imersa em sua história: ela traz a vida e a arte integrada às canções.

22/11 (19h) – Bebé Salvego
Duração: 50 min. Livre. 

Paulista de Piracicaba, Bebé Salvego apresenta com muita ginga e elegância o show Mulheres Extraordinárias, formado por um repertório diversificado com importantes compositoras da música nacional e internacional, junto a clássicos do jazz de nomes como Nina Simone e Eryka Badu. O roteiro traz também canções contemporâneas de cantoras do atual do cenário autoral, entre elas Tassia Reis, Tulipa Ruiz, Xênia França e Elza Soares, com arranjos que se apropriam da linguagem jazzística. Bebé também apresenta uma canção própria que estará em seu primeiro disco a ser lançado.

25/11 (21h30) – Fabiana Cozza
Duração: 50 min. Livre. 

Fabiana Cozza traz o show ELAS, fruto da dedicação da artista registrada no seu sétimo álbum, Canto da Noite na Boca do Vento. A obra da grande dama do samba brasileiro, Dona Ivone Lara e, em seu recente trabalho, lançado em setembro de 2020, Fabiana convidou compositoras e musicistas para darem o tom de "Dos Santos". Inspirada nas canções destes dois álbuns, a intérprete preparou o show inédito "ELAS" para participar da primeira edição brasileira do Festival das Marias que enaltece a mulher e chama atenção para o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro. Entre os temas Cozza apresenta números inéditos de sua autoria em parceria com Cristiano Cunha, além de "Manhã de Obá", feito com a cantora e compositora mineira Ceumar para o álbum "Dos Santos".

TEATRO ADULTO

14/11 (às 21h30) – Espetáculo: O Nome das Coisas
Com Suia Legaspe. Duração: 60 min. Classificação: 14 anos.

Escrito e dirigido por Henrique Zanoni e protagonizado pela atriz Suia Legaspe, o solo O Nome das Coisas é inspirado em contos, poemas e reflexes da poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), a primeira mulher a receber o Prêmio Camões de Literatura. Seus questionamentos e angústias são colocados em cena, em uma inquietante e incansável pesquisa sobre a condição ontológica do humano. Atravessando o silêncio da madrugada, uma escritora dá vida a personagens e histórias que estão contidas no ar, enquanto relembra fatos marcantes de sua vida, como a amizade com os poetas brasileiros Murilo Mendes, Cecília Meirelles e, em especial, João Cabral de Melo. Também passa por sua participação política na resistência à ditadura de Salazar. No jogo que se cria com as projeções, o universo, a atmosfera, os ambientes e as possibilidades de leitura são multiplicadas em projeções-performances que mistura o ficcional e documental e, literalmente, multiplica as Sophia(s) que vemos e ouvimos.
Ficha técnica - Direção e dramaturgia: Henrique Zanoni. Intérprete: Suia Legaspe. Cenário e figurinos: Carlos Colabone. Iluminação: Aline Santini. Produção: Edinho Rodrigues. Preparação corporal e fotografia: Beto Amorim. Caracterização: Beto França. Realização: Cia dos Infames / Cia Dramática em Exercício / Brancalyone Produções.

21/11 (às 21h30) - Espetáculo: Apenas Um Saxofone
Com Annete Neiman. Duração: 50 min. Classificação: 14 anos. 

O espetáculo Apenas Um Saxofone coloca no palco o conto de Lygia Fagundes Telles com interpretação de Anette Naiman. No texto de 1969, Luisiana é uma mulher de meia idade que, isolada em sua casa, envolvida pelo álcool e pela solidão, vai aos poucos revelando em flash back a sua verdadeira história de amor da juventude por um saxofonista.
Ficha técnica – Texto: Lygia Fagundes Telle. Interpretação: Foto: João Caldas Filho. Arte gráfica: Clayton Santos Guimarães. Produção: Teatro da Garagem Portugal e Teatro da Garagem Brasil.

TEATRO INFANTIL

22/11 (às 17h) – Espetáculo: VerDe Perto, o Musical Ecologico
Com Renata Pizi. Duração: 45 min. Livre.

VerDe Perto foi criado pela cantora e compositora Renata Pizi, vencedora do Prêmio Musique, em 2011, com um dos mais belos timbres da nova MPB. Com o Grupo 3 de Copas, que assina a produção e a direção, a peça traz canções que abordam temas como ecologia, reciclagem e a preservação do meio ambiente, com arranjos executados ao vivo passando por diversos ritmos como o baião, maracatu, pop e o rock ‘n’roll.  VerDe Perto é um espetáculo cênico-musical infantil com uma linguagem simples e poética que se comunica diretamente com a natureza imaginária das crianças.
Ficha técnica- Idealização: Renata Pizi. Direção geral: André Auke. Composições: Renata Pizi e Sonekka. Poemas: André Auke. Figurino: Horlando Baptistino. Produção: Grupo 3 de Copas. Coreografia: Rico Malta e Grupo. Músicos: Renata Pizi, Everton Reis e Paulo Ribeiro. Elenco: Renata Machado e Renata Pizi. Foto: Fatima Cabral.

CIRCO

14, 17, 19, 22 e 25/11 (18h) – Painé Santamaria
Mini espetáculo: A Louca das Frutas. Duração: 15 min. Livre. 

A argentina Painé Santamaria (malabarista, palhaça, musicista e cenógrafa) apresenta performance A Louca das Frutas. A artista desenvolve trabalhos e pesquisas sobre a arte circense, há 16 anos. Possui especialização em malabarismo contemporâneo e em espetáculos de rua. Já realizou apresentações em nove países entre América Latina e Europa, participando de diversos festivais, convenções circenses e projetos sociais.

15, 18, 21 e 24/11 (18h) – Bárbara Francesquine
Mini espetáculo circense: Bambolês. Duração: 15 min. Livre.

Artista autodidata na manipulação de bambolês, Bárbara Francesquine dedica-se também ao estudo da dança em busca de novas possibilidades para a criação e movimentação. Em seu trabalho procura quebrar a rigidez técnica ao explorar artifícios da dança, da interpretação e da plasticidade para atingir um melhor e mais lúdico diálogo com o público.

19/11 (21h30) – Troupe Guezá
Espetáculo: Elas por Ela. Duração: 45 min. Livre.

Ela - em todos os lugares Ela - pronome pessoal, terceira pessoa do singular, indicação de gênero feminino. o que as motiva. Em todos os lugares – Porque lugar de mulher é onde ela quiser. Não apenas o gênero feminino do corpo físico, mas do corpo como um todo, composto de pensamentos, sentimentos, alma de gênero feminino e sua relação imposta pela sociedade. Com isso cada cena é uma parte exposta de corpos acrobáticos, potentes, resistentes e habilidosos, revelando seus universos particulares, vozes de representação, onde tensão e relaxamento se permeiam em níveis complexos e sutis de acrobacias.
Ficha técnica: Diretora de cenas técnicas e acrobata: Rubia Neiva. Acrobata: Joy Domingoz e Hermana Pacha. Produção: Linha 3 Produções. Produção geral: Gisele Tressi. Direção artística: Michael Nunes. Coreografia: Daniel Cabral.

LITERATURA

13, 16, 20, 23 e 25/11(18h) – Performance poética: 100 Anos de Clarice Lispector
Com Marina de la Riva. Duração: 15 min.

Marina de la Riva traz prosas e frases de diferentes livros de Clarice Lispector, selecionados especialmente para serem recitados nesta apresentação, no Festival das Marias, festejando os 100 anos da escritora. A relação de Marina com a escrita e os poemas vem de longa data, pois ela sempre acrescentou "pitadas poéticas" em seus shows, com declamações e citações, mas em 2018 ela realmente trouxe a poesia para dentro de seu espetáculo, de forma mais concreta. Além de misturar a musica com poesia, Marina criou uma instalação de cartas com poemas de autores selecionados, transcritos a mão por ela própria, para o público retirar um poema surpresa ao fim do show. No ano seguinte, lançou quinzenalmente nas plataformas digitais um repertório que mistura as poesias e as músicas. Em paralelo, coordenou o projeto #quintaspoeticas (rede de poesia online) e lançou vídeos no Youtube esteticamente sensíveis com poesias. Filha de pai cubano e mãe mineira, Marina de la Riva carrega em sua identidade fortes características da mistura da música e cultura latina, Cravou quatro discos solos, sendo um DVD ao vivo e realizou vários projetos em parceria. Seu primeiro álbum (2007) contou com participação de Davi Moraes e Chico Buarque.

CINEMA

Cine Petra Belas Artes
Curadoria: Cine Petra Belas Artes. Únicas atividades presenciais do Festival das Marias.
End: Rua da Consolação, 2423 - São Paulo/SP. HORÁRIO A SER DEFINIDO.

25/11– Filme: Deus é Mulher e seu Nome é Petúnia
Macedônia. 2019. 100 min. Drama. Direção: Teona Strugar Mitevska. Elenco: Zorica Nusheva, Labina Mitevska e Stefan Vujisic. https://www.dailymotion.com/video/x7pa7av.
Sinopse: O filme se passa na pequena vila de Stip, na Macedônia, quando Petúnia, uma mulher de 31 anos que está solteira e desempregada, mergulha num rio para pegar a cruz em uma competição religiosa, exclusivamente masculina. Petúnia se torna a vencedora, mas a população local não aceita, e isso faz com que ela passe por consequências absurdas e constrangedoras, mas Petúnia mantém o seu chão. Ela ganhou a cruz e não vai desistir. Longa inspirado em um evento tradicional verídico, que ocorre no dia 19 de janeiro (feriado do batismo de Cristo), e o homem que resgatar a cruz, lançada ao rio pelo padre, garante um ano de sorte e prosperidade. Premiada no Festival de Berlim, esta é a estreia da protagonista Zorica Nusheva no cinema.

25/11 – Filme: Papicha
Bélgica/França/Qatar/Argelia. 2019. 106 min. 16 anos. Direção: Mounia Meddour. Elenco: Lyna Khoudri, Shirine Boutella, Amira e Hilda Douaouda. https://youtu.be/FMVjyxsjGkM
Sinopse: Em 1997, a Argélia é controlada por grupos terroristas com intenções de transformar o país em um arcaico Estado Islâmico. Nedjma (Lyna Khoudri), uma estudante universitária apaixonada pelo mundo da moda, deseja lutar contra a opressão que o governo exerce sobre mulheres, tentando controlar os seus corpos e suas presenças em espaços públicos. Determinada em unir as mulheres de seu campus, ela organiza um desfile em protesto, que desafia as regras impostas pela sociedade argelina.

ENTRE MARIAS | DIÁLOGOS MUSICAIS

10 a 01/12. Terças, 17h - Música & Mel
Lives: Diálogos, ao vivo, com mulheres atuantes do mercado da música sobre liderança feminina, curadoria e produção. Curadoria/mediação: Casa de Abelha Cultural (Amanda Rondina/Júlia Andreatta). 60 min. Transmissão: Instagram - @casadeabelhacultural e pelo perfil das convidadas. As conversas serão disponibilizadas no canal do Festival das Marias no YouTube.

10/11 - Michelle Serra (São Paulo, Brasil)
Tema: Produção cultural
Michelle Serra, 35 anos, moradora da Casa Verde, na zona norte de São Paulo. Produtora cultural da Iyaba Agência e coletiva As Mina na Frente, feminista antirracista, militante e idealizadora do Projeto Enaltecendo as Pretas.

17/11 - Luiza Morandini (São Paulo, Brasil)
Tema: Curadoria e programação musical
Programadora da JazzNosFundos Produções, responsável pela curadoria e gestão de duas das mais importantes casas de jazz do Brasil, o JazzNosFundos/CCMI e o JazzB. Com quase 13 anos de atuação, respectivamente, as casas têm recebido grandes artistas como Anat Cohen, André Mehmari, Toninho Horta, além de novos nomes do jazz e da música instrumental brasileira. JazzNosFundos também assina a programação de festivais e séries de parceiros como o FAM Festival e o Pátio Jazz Sessions. Luiza é também curadora do Mercado Manual, evento realizado desde 2015 pela Rede Manual/Floristas.

24/11- Luiza Mitteldorf (Berlin/Alemanha)
Tema: Consultoria de Negócios Musicais e Internacionalização
Nos últimos oito anos, Luiza Mitteldorf (Amplify Music Media) vem trabalhando como estrategista de marketing digital e consultora de negócios musicais. Combinando o conhecimento adquirido com bacharelado em Music Business, aprendizado online e experiência na indústria da música, seu trabalho frequentemente inclui pesquisa de mercado, criação de conteúdo (redação, edição de fotos e vídeos), campanhas publicitárias digitais (PPC, Display, SEM) e análises relatórios.

01/12 - Nefertith Andrade (Ceará, Brasil)
Tema: Produção cultural
Atuante, desde 1998, na área de projetos de música, dança, teatro, circo, esporte e exposições. Coordena e faz produção de palco, ministra cursos de produção e realiza projetos de comunicação, promoção e marketing institucional de empresas e eventos. Experiente em gestão de processos de comunicação: planejamento de mídia, acompanhamento da criação e produção, atendimento a patrocinadores, montagem e desmontagem e elaboração de relatórios. Atualmente, coordenadora de negócios e eventos e produtora executiva do Cineteatro São Luiz. 

Casa de Abelha - Agência cultural de Júlia Andreatta e Amanda Rondina com foco em planejamento estratégico, agenciamento artístico, booking e produção executiva. Desde 2014, desenvolve projetos entre artistas, empresas e o setor público. Atualmente, trabalha com Sepultura, Marina de la Riva, Marcos Almeida e Bruna Caram. Realiza projetos em editais, Sesc e Sesi. Produziu shows em festivais nacionais e internacionais como Rock in Rio, Sofar Sounds e South by South West (SXSW, EUA). A agência é parceria também da australiana Tropicallab que organiza turnês de artistas brasileiros na Oceania. No período de isolamento social, atua na produção executiva e curadoria do Festival Lá de Casa.

OFICINAS

Canais de Transmissão:
https://www.facebook.com/marias.festival
https://www.instagram.com/marias.festival/
YouTube.com / Festival Das Marias: https://cutt.ly/DgEqpbP
Instagram das artistas. 

12/11 (16h) - Oficina de Fotografia com Dani Sandrini
Transmissão: @dani.sandrini

13/11 (16h) - Oficina de Sonorização com Florência Saraiva
Transmissão: @cyberflo00 

14/11 (16h) - Oficina de Cerâmica – com Monica Daher
Transmissão: @ceramicamdaher 

19/11 (16h) - Oficina de Fotografia com Dan Agostini
Transmissão: @dn_agostini 

20/11 (16h) - Oficina de Iluminação com Grissel Manganelli
Transmissão: @grisselpmanganelli 

21/11 (16h) - Oficina de Costura / Turbantes africanos – com Sara & Micaela
Transmissão: @marias.festival

24/11 (16h) - Oficina de Canto – com Carol Andrade
Transmissão: @carolandrade10

Informações à imprensa | Verbena Assessoria
Eliane Verbena / João Pedro
Tel.: (11) 2548-38409 / (11) 99373-0181- verbena@verbena.com.br