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Foto por Alessandra Fratus |
No dia 25 de julho (quinta, às 20h), o cantor e compositor Zé Guilherme é atração no Blue Note São Paulo. O cearense, radicado
em São Paulo, apresenta músicas de seu terceiro
disco, Abre a Janela – Zé Guilherme Canta
Orlando Silva, que foi lançado em 2015.
O álbum é uma
homenagem
a um dos mais significativos intérpretes da música popular brasileira, que
completaria 100 anos na época do lançamento. O trabalho é
norteado por uma releitura delicada e pessoal de 18 canções gravadas
pelo Cantor das Multidões, selecionadas por Zé
Guilherme em um longo processo de pesquisa sobre sua trajetória.
O
repertório de Abre
a Janela é formado por: “A Jardineira” (Benedito Lacerda e Humberto
Porto), “Dama do Cabaré” (Noel Rosa), “A Primeira Vez” (Armando Marçal e Bide),
“Abre a Janela” (Marques Júnior e Roberto Roberti), “Aos Pés da Cruz” (Marino
Pinto e Zé da Zilda), “Faixa de Cetim” (Ary Barroso), “Lábios Que Beijei” (J.
Cascata e Leonel Azevedo), “Lealdade” (Wilson Batista e Jorge de Castro),
“Malmequer” (Newton Teixeira e Cristovão de Alencar), “O Homem Sem Mulher Não
Vale Nada” (Arlindo Marques Jr. e Roberto Roberti), “Pela Primeira Vez” (Noel
Rosa e Cristovão de Alencar), “Preconceito” (Marino Pinto e Wilson Batista) e
“Alegria” (Assis Valente e Durval Maia), entre outras.
A banda que acompanha Zé Guilherme no Blue Note SP é formada por Adriano Busko
(percussão), Cezinha Oliveira (direção musical, violão e vocal), Luque Barros
(baixo), Maik Oliveira (cavaquinho) e Pratinha Saraiva (flauta).
Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva
A trajetória de Orlando Silva foi marcada por apurado
critério na escolha das canções. Ele só cantava o que lhe tocava a alma. O
colorido, o swing e a brasilidade da sua obra foi o mote principal das escolhas
de Zé Guilherme. A seleção levou em consideração, além da afinidade artística,
a época de seu apogeu - de 1935, quando gravou o primeiro disco, até 1942. O
roteiro contempla um perfil mais leve e alegre do cantor como na maioria dos
sambas que trazem sempre um toque de humor nas letras.
A produção musical é assinada por Cezinha Oliveira que
utilizou elementos clássicos nos arranjos como piano, baixo acústico, acordeon,
trombone e violão de sete cordas, entre outros, valorizando a sonoridade do
disco sem cair no mero saudosismo. Abre a
Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva foi concebido com base na
interpretação, nos arranjos e nas composições, mostrando que a chamada “música
antiga” do Brasil pode se manter clássica em sua origem, popular em sua
apresentação e sofisticada em sua concepção.
Sobre a concepção dos arranjos, Cezinha explica
que, para todos os sambas, inspirou-se nos conjuntos regionais e nas orquestras
que acompanhavam os artistas nas rádios. O instrumental era, geralmente,
formado por acordeom, violão, percussão e instrumento solo de sopro. Apenas as
marchinhas “A Jardineira” e “Malmequer” seguem outro caminho. A primeira tem
introdução influenciada pela música barroca e a segunda ganhou um andamento
mais jazzístico.
Serviço
Show: Zé Guilherme
Em: Abre a Janela - Zé
Guilherme Canta Orlando Silva
Dia 25
de julho. Quinta, às 20 horas
Ingressos: R$ 80,00 (meia-entrada: R$ 40,00)
Abertura da casa: 19h.
Bilheteria: terça a sábado (11h às 20h)
Não recomendado para menores de 18. Duração: 1h30.
Blue Note São Paulo
Conjunto Nacional -
Av. Paulista, 2073, 2º andar - Consolação. SP/SP.
Tel: (11)
3179-0050
Site - www.zeguilherme.com.br
Ouça - Spotify | Deezer | Google Play
Facebook: @oficialzeguilherme. Twitter:
@zeguilhermeofic. Instagram: @zeguilhermeoficial. Youtube: Zé Guilherme
Oficial.
Zé
Guilherme
Cearense de Juazeiro do Norte, Zé Guilherme
cresceu ouvindo grandes nomes do cenário brasileiro como Orlando Silva, Dalva
de Oliveira, Ângela Maria, Cauby Peixoto, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro,
entre outros, além de cantadores, repentistas, violeiros, banda cabaçal,
maracatu, frevo e boi-bumbá, influências fundamentais para a realização do
sonho de ser cantor. Em São Paulo, desde 1982, cantou no circuito de casas
noturnas, participando de shows ao lado de nomes musicais como Maurício
Pereira, Cris Aflalo, Madan, Cezinha Oliveira, Marcelo Quintanilha, Péri e
outros.
Em 1998, estreou o show Clandestino, no Anexo
Domus, com direção musical de Swami Jr. e direção geral de Luiz
Furlanetto. Mais tarde, apresentou o show Zé Guilherme e Convidados no Teatro Crowne Plaza com a participação especial de Carlos Careqa,
Maurício Pereira, Vânia Abreu, Zé Terra e René de França. Cantou nos projetos Arte
nas Ruas, Clima do Som no Parque da Aclimação e MPB nas Bibliotecas, da Secretaria Municipal de Cultura; Quinta
Mariana, do SESC Vila Mariana;
e Quatro Vozes, do Centro Experimental de Música do Sesc Consolação.
Em 2000, Zé
Guilherme lançou o primeiro CD Recipiente
(Lua Discos), com produção musical e arranjos de Swami Jr., que foi apresentado
no Teatro Crowne Plaza, Sesc’s Ipiranga, Vila Mariana e Pompeia (Prata da Casa), Supremo
Musical, Centro Cultural São
Paulo e outros. Em 2002, sua interpretação para Mosquito Elétrico,
de Carlos Careqa, foi incluída na coletânea Brazil Lounge: New Electro-ambient Rhythms from Brazil,
lançada pela gravadora portuguesa Música
Alternativa. Em 2003 participou do CD homônimo do mineiro Cezinha Oliveira (faixa “Seca”).