terça-feira, 25 de março de 2014

Noturno, de Dinah Perry, encerra temporada no Teatro Augusta

O espetáculo dança-teatro Noturno, concebido e dirigido por Dinah Perry encerra sua temporada neste domingo, 30 de março, no Teatro Augusta, às 19h. A montagem, inspirada no poeta português Fernando Pessoa, costura seus poemas com coreografias criadas pela diretora.

Ao som de músicas de Frederic Chopin, as atrizes-bailarinas Ana Carolina Barreto e Marina Mancini Lima mergulham nas nuances do amor e da solidão e na eterna luta travada entre sonho e realidade. O espetáculo de teatro coreográfico aborda questões atuais que envolvem o homem pelo olhar contemporâneo de Dinah Perry. Na poesia atemporal de Pessoa, o amor e a solidão - temas explícitos no enredo - soam ternos, mas, ao mesmo tempo, fortes e contundentes.

Noturno é o resultado de um jogo cênico entre as atrizes-bailarinas e a coreógrafa para dar vida aos personagens que vão surgindo. A proposta de Dinah une com delicadeza o teatro e a dança. Os “textos” do grande poeta e os “movimentos” contemporâneos vão sendo costurados pela linguagem desse teatro coreográfico. Com cenas independentes e interligadas pelas músicas de Chopin, Noturno propõe a releitura dos poemas de Fernando Pessoa numa abordagem lúdica que faz contraponto com a realidade dos grandes centros urbanos.

Espetáculo: Noturno
Com: Núcleo de Pesquisa Artista do Corpo
Concepção e coreografia: Dinah Perry
Poemas: Fernando Pessoa
Elenco: Ana Carolina Barreto e Marina Mancini Lima
Preparação física: Luana Miessa
Arte Gráfica: Patrícia Alessandri
Fotos: Arnaldo J.G. Torres
Realização e produção: Cia. Artista do Corpo
Teatro Augusta (Sala Experimental)
Rua Augusta, 943 – Cerqueira César/SP - Tel: (11) 3151- 4141
Temporada: de 07 a 30 de março
Horários: sextas (21h30), sábados (21 horas) e domingos (19 horas)
Ingressos: R$ 40,00 (meia: R$ 20,00). Bilheteria: 4ª a 5ª (14h às 21h), 6ª (14h às 21h30), sáb. (15h às 21h) e dom. (15h às 19h). Lotação: 50 lugares
Gênero: Drama. Duração: 50 min. Classificação etária: 12 anos.
Aceita dinheiro e cartões (MC, D, V, RS e VE). Reservas p/ telefone: 4ª a sáb. (15h às 19h) e dom. (15h às 17h)
Ingressos antecipados: www.ingressorapido.com.br (tel 4003-1212).
Acesso universal. Ar condicionado. Estacionamento conveniado no local.

O Jovem Príncipe e a Verdade encerra temporada no teatro Viradalata



Foto de Marilia Scarabello
O musical infanto-juvenil O Jovem Príncipe e a Verdade encerra sua temporada no dia 6 de abril, domingo, no Teatro Viradalata, com direção de Regina Galdino, às 16 horas. O texto de Jean-Claude Carrière tem música original, executada ao vivo, assinada por Fernanda Maia. A peça conta a história do Jovem Príncipe que, para se casar com sua amada, sai pelo mundo em busca da Verdade, acompanhado pelo engraçado Contador de Histórias. Esta divertida comédia tem elenco formado por Gerson Steves, Daniel Costa, Leonardo Santiago e Amanda Banffy (que também assina a tradução da peça).

A história de O Jovem Príncipe e a Verdade é inspirada, entre outros, em um antigo conto indiano (A Mentira da Verdade), sobre um príncipe que recebe a missão de encontrar a “Verdade” para poder se casar com a jovem que ama. Pronto para cumprir sua missão, o Jovem Príncipe (Leonardo Santiago) inicia uma viagem pelo mundo, sempre acompanhado pelo Contador de Histórias (Gerson Steves); este personagem foi inspirado no hilário Nasreddin Hodja, homem de grande senso de humor que viveu no Oriente Médio, contador de anedotas e que tinha sempre uma resposta na ponta da língua para todo o tipo de pergunta. Juntos, eles vivem incríveis aventuras em cada região por onde passam.

O Jovem Príncipe, porém, não encontra uma definição simplista para a “Verdade”. O tema é tratado como uma questão filosófica. Sua jornada é uma grande metáfora: um jovem em busca do amadurecimento, até se tornar um homem capaz de contar sua própria história. O espetáculo consegue, com maestria, provocar reflexão, curiosidade e muitas gargalhadas. E o final desta história está bem longe do típico “felizes para sempre” dos contos de fadas. O Jovem Príncipe e a Verdade tem um final surpreendente.

Foto de Erik Almeida

Serviço

Teatro Viradalata
Rua Apinagés, 1387. Perdizes/SP. Tel: (11) 3868-2535
Temporada: sábados e domingos - às 16 horas. Até 06/04
Ingressos: R$ 30,00 (meia: R$ 15,00).
Gênero: infanto-juvenil. Duração: 60 min. Indicação de idade: 6 anos
Bilheteria: quarta (19h-21h), sábado (14h-21h) e domingo (10h-20h).
Ingressos antecipados: ingressorapido.com.br  (Tel: 4003-1212).
Aceita cartões de débito/crédito (MC, RC, V, VE). Não aceita cheques. 273 lugares.

Acesso universal. Ar condicionado. Estacionamento / vallet no local: R$ 15,00

segunda-feira, 24 de março de 2014

Lamira traz sua arte para a Mostra de Teatro de Rua de São Miguel

Reconhecido por participações recentes no Festival de Teatro de Rua de Porto Velho, no projeto Sesc Amazônia das Artes e Rumos Dança do Itaú Cultural, a companhia chega a São Paulo com o projeto Lamira na Rua - Circulação.

No dia 5 de abril, sábado, a companhia tocantinense Lamira Artes Cênicas, apresenta o espetáculo Do Repente na Praça do Casarão, no Jardim Helena, Zona Leste de São Paulo, às 19 horas. A apresentação integra a programação da VIII Mostra de Teatro de Rua São Miguel Paulista, que ocorre entre os dias 4 e 13 de abril.

Destinado à rua, Do Repente é um espetáculo que explora a estética da dança e do teatro na sua concepção. A montagem prima pela poética elaborada em torno do universo do romanceiro popular do Nordeste brasileiro e da influência dessa cu

ltura na formação das “diversas culturas” do nosso país. Os números são calcados nas figuras do poeta cantador, do coquista, do aboiador, do glosador, do cordelista e do calungueiro, entre outros.

Com seu olhar próprio, Do Repente faz uma leitura lúdica do romanceiro popular, relacionando-o ao universo urbano e globalizado. O processo de criação inclui pesquisas sobre várias estéticas como a commedia dell'arte, o uso de máscaras na construção de personagens e a movimentação articulada existente na manipulação de títeres.

Os personagens e números apresentados trazem no complemento a magia da música popular como um adorno, essencial e vital a essa manifestação cultural. No roteiro estão canções de Lindalva e Terezinha, Os Nonatos, Mossinha de Passira e Valdir Teles, Galego Aboiador, Bem-Te-Vi e Estrela da Poesia, Zé Cardoso e Waldir Teles, Dedé Laurentino e Fenelor, Dona Militana e Antônio Nóbrega. O enredo inclui também a adaptação do “causo” Matuto Incrementado, de Amazan.

O projeto Lamira na Rua – Circulação foi viabilizado através da Lei Rouanet, Lei Federal de Incentivo á Cultura, do MinC, e patrocinado pelo Instituto EDP, O Boticário na Dança e Investco.

Ficha técnica
Espetáculo de rua/dança: Do Repente
Com: Lamira Artes Cênicas
Coordenação geral: Carolina Galgane
Direção artística, coreografia e cenário: João Vicente
Patrocínio: Instituto EDP, O Boticário na Dança e Investco
Serviço / Do Repente
Dia 5 de abril - sábado – às 19 horas
Local: Praça do Casarão
Vila Mara (ao lado da estação Vila Mara da CPTM). Jardim Helena. SP/SP
Grátis (espetáculo ao ar livre). Duração: 35 min. Recomendação: Livre

Lamira Artes Cênicas - perfil

A Lamira Artes Cênicas é grupo tocantinense que busca na fisicalidade o ponto de interseção entre dança, teatro, circo e música para a construção de sua estética. Suas produções partem da interação entre coreógrafos, diretores e pesquisadores de diversas áreas, fortalecendo e desenvolvendo as artes cênicas como linguagem cultural. Desde o início, a Lamira produz espetáculos que são referência na cidade de Palmas, além de representar a produção cênica tocantinense por todos os estados brasileiros, já tendo percorrido todas as regiões do país. A produção da Lamira é crescente. Por meio das ações de pesquisas, diálogos e intercâmbios com outros grupos, ela mantém um repertório rico com espetáculos de rua, infantis, contemporâneos e conceituais.

O grupo passou a ser reconhecido nacionalmente em 2012, quando participou do maior Festival de Teatro de Rua do país, em Porto Velho/RO, sendo aplaudido de pé durante três minutos, por mais de cinco mil pessoas. Sua apresentação foi considerada uma das melhores do festival. No mesmo ano, foi convidado para circular por 10 estados brasileiros na região da Amazônia Legal, pelo projeto Sesc Amazônia das Artes, que lhe garantiu visibilidade e destaque. Ainda em 2012, a Lamira foi selecionada para o Programa Rumos Dança, do Itaú Cultural, como um dos grupos pesquisadores da cadeira de Dança para Crianças, em São Paulo. A Lamira possui, atualmente, quatro espetáculos em repertório (Fela da Gaita, Adorno da Realidade, Do Repente e GIBI). Além do trabalho cênico, segue por uma linha pedagogia própria na formação do artista. Em um mesmo espetáculo o artista deve ser capaz de se envolver não só a linguagem da dança, mas também com a construção dramática e com a utilização de outros recursos para a cena em questão.

VIII Mostra de Teatro de Rua São Miguel Paulista

Idealizada e realizada pelo Buraco d’Oráculo, a Mostra de Teatro de Rua São Miguel Paulista chega à oitava edição, contemplada pelo ProAC Festivais e Mostras, da Secretaria de Estado da Cultura. Neste ano, o evento celebra 15 anos de história do grupo e 12 anos de atuação na região leste da cidade. A Mostra reúne grupos, artistas e coletivos que são referência na arte de rua em regiões como Rosário (Argentina), Porto Alegre (RS), Londrina (PR), Maracanaú (CE), Recife (PE), Macapá (AP), São Paulo (interior e capital) e Palmas (TO).
Serviço
Local: Praça do Casarão - Vila Mara (estação Vila Mara/CPTM). Jardim Helena/SP
De 4 a 13 de abril - sexta a domingo - 15h30 e 17h (ou 19h)
Grátis (espetáculos ao ar livre). Recomendação: Livre

sexta-feira, 21 de março de 2014

DIVÓRCIO! encerra temporada dia 30 de março, no Fernando Torres

Termina no dia 30 de março, domingo, a temporada da comédia Divórcio!, no Teatro Fernando Torres, às 19 horas. 

Com direção de Otávio Martins e produção da Baobá, o peça de Franz Keppler conta a história de um ex-casal de advogados que se reencontra numa ação de divórcio, em lados opostos, na qual um jogador de futebol e uma modelo se digladiam alegando motivos idênticos aos de seus advogados, quando também optaram pela separação.

A comédia mergulha no universo dos grandes casamentos e das grandes separações que movimentam não só milhões de reais, como também a mídia e o público ávidos por informações sensacionalistas.

O ex-casal de advogados Cecília (Suzy Rêgo) e Jurandir (José Rubens Chachá), se divorciou há alguns anos e, desde então, nunca mais se viram.  O hilário reencontro se dá por motivos profissionais, numa ação de divórcio de outro casal, a candidata a celebridade Brunna Praddo (Renata Brás) e o jogador de futebol Cacau Bello (Pedro Henrique Moutinho).  Cecília representa o jogador, enquanto Jurandir representa a modelo. No entanto, as queixas de seus clientes são exatamente as mesmas que faziam um do outro. Agora, Cecilia se vê obrigada a defender seu cliente com os mesmos argumentos que seu ex-marido, assim como Jurandir defende sua cliente com os mesmos argumentos litigiosos de sua ex-mulher.

“Eles estão sempre em momentos de vida diferentes, o que torna a relação extremamente divertida”, afirma Franz Keppler, que aposta numa estrutura narrativa quase cinematográfica para traçar um divertido painel das novas relações que surgiram na primeira década deste século como também do universo das celebridades e dos casamentos instantâneos.

“O texto do Franz é delicioso, e moderniza a estrutura narrativa já conhecida da comédia de costumes”, diz o diretor Otávio Martins. “Para isso, escolhemos um elenco afinadíssimo, que conta com dois grandes atores da comédia brasileira pela primeira vez juntos, Suzy Rêgo e José Rubens Chachá.” Para completar o time, foram escalados Renata Brás e Pedro Henrique Moutinho. Renata Brás já havia trabalhado em Cabaret, que ficou em cartaz no Rio de Janeiro. “Renata é uma excelente atriz, cujo timing de comedia provoca gargalhadas nos ensaios. Pedro Henrique Moutinho é o caçula da turma, extremamente talentoso e engraçado”, afirma o diretor.
 


Ficha técnica
Espetáculo: Divórcio!
Texto: Franz Keppler
Direção: Otávio Martins
Elenco: Suzy Rêgo, José Rubens Chachá, Renata Brás e Pedro Henrique Moutinho.
Assistente de direção: Carol Bastos
Desenho de luz: Wagner Freire
Cenografia: Marco Lima
Música original: Ricardo Severo
Figurino: Marichilene Artisevskis
Fotografia: Otávio Dias
Direção de produção: Ed Júlio
Coordenação de produção: Gabriel de Souza
Realização: Baobá Produções Artísticas
Serviço
Teatro Fernando Torres (687 lugares)
Rua Padre Estevão Pernet, 588. Tatuapé/SP. Tel: (11) 2227-1025
Temporada: 31 de janeiro a 30 de março
Horários: Sexta às 21h30, sábado às 21 horas e domingo às 19 horas – Até 30/3
Ingressos: R$ 40,00 (sexta e domingo) e R$ 50,00 (sábado)
Bilheteria/teatro: ter. a qui. (14h-20h); sex. a dom. (14h até início da peça)
Gênero: Comédia. Duração: 75 minutos. Recomendação: 14 anos
Vendas pela Internet: www.ingressorapido.com.br (tel: 4003-1212)


segunda-feira, 17 de março de 2014

CAIXA Cultural SP apresenta Farnese de Saudade


Solo de Vandré Silveira revive o universo do artista plástico Farnese de Andrade. Peça foi indicada ao Prêmio Shell de Melhor Cenário.

A CAIXA Cultural São Paulo apresenta, de 10 a 27 de abril, o espetáculo Farnese de Saudade, interpretado por Vandré Silveira e dirigido por Celina Sodré. A montagem contempla a vida e obra do artista plástico mineiro Farnese de Andrade (1926-1996), gênio esquecido e ícone internacional nos anos 1970, que tem a sua vida e obra abordadas, pela primeira vez, em um espetáculo teatral. As apresentações são gratuitas e contam com o patrocínio da Caixa Econômica Federal.

Ao final de cada apresentação, haverá bate-papo com a plateia. Nos dias 11 e 13 de abril a diretora Celina Sodré ministrará a oficina Objeto-Personagem sobre o processo criativo e dramatúrgico do espetáculo instalação. Vandré Silveira participa com seu testemunho sobre a experiência.

Além de interpretar, Vandré Silveira também é responsável pela concepção do monólogo. Ele conta que se encantou pela história do conterrâneo, a partir do livro homônimo lançado pela CosacNaify, e mergulhou na pesquisa. "Apaixonei-me pela possibilidade que Farnese me deu de poder desvendar uma obra marcada pelo afeto, e discutir, com minha arte, a questão da gênese, da vida com suas inexplicáveis nuances. Farnese de Saudade situa o ser humano no mundo, a partir de uma mente genial, a partir da arte de um homem que não se enquadra em nenhuma escola, em nenhum estilo". Explica o ator.

Vandré encarna o artista e narra as suas experiências em primeira pessoa. Textos, entrevistas, depoimentos de pessoas próximas e até uma passagem do curta-metragem Farnese, de Olívio Tavares de Araújo, são fontes que, conjugadas, formam o texto da peça. O espectador não vê uma "cópia" do artista plástico. O personagem brotou das sensações e impressões que o ator experimentou ao entrar em contato com sua história, com sua capacidade de exprimir o inconsciente nos objetos que criava. Na montagem paira um tempo que não existe mais: as memórias de família, a infância, o aprisionamento ao passado, os objetos simbólicos de uma época, a religiosidade incutida na cultura mineira. "Farnese de Saudade elucida esse homem que foi salvo pela arte", comenta Vandré.

A estrutura cênica (indicada ao Prêmio Shell) de Farnese de Saudade é uma gaiola de ferro (desmontável) no formato de uma cruz incrustada em um espaço repleto de areia (referência às praias que Farnese percorria na busca pelos objetos de suas obras). O espetáculo tem dois momentos, um dentro e outro fora da gaiola. Na primeira parte o ator procura acessar o "pensamento criativo" de Farnese, como se pudéssemos vê-lo "construindo" o seu inconsciente em cenas permeadas pelos símbolos sacros, pelos fragmentos de memória da infância no interior de Minas Gerais. O cenário vai sendo montado, os objetos vão sendo colocados em cena de forma ritualística, como era a composição da obra do artista. Na segunda parte, a encenação se dá do lado de fora da gaiola. "E sua chegada ao rio de Janeiro, quando ele encontra o mar e outra fase se inicia em sua vida", diz o ator. Neste momento o personagem fala mais diretamente com o público.

"... A narrativa, em primeira pessoa, perpassa temas como evolução, fé, construção do tempo e eternidade. A atuação de Silveira é fruto de cinco anos de pesquisa e dá passagem às alteridades psicofísicas e à ascensão espiritual de Farnese. A direção organiza poeticamente esse fluxo." (Valmir Santos. Revista Bravo. Março/ 2012).

"Completamente imbuído do personagem, o ator entrega uma atuação segura, que vai crescendo conforme o espetáculo caminha para o final." (Rafael Teixeira. Veja Rio. Novembro/2012).


Farnese de Saudade – a gênese

Em 2007, Vandré Silveira teve o primeiro contato com a obra de Farnese e começou a investigar sua história e as características de sua arte. "Eu tive a certeza de que esta história dizia respeito a mim", afirma o ator. "Passei a compreender e admirar a visão de mundo do Farnese e a materialização de algo intangível, de uma esfera metafísica, na construção dos seus objetos". No mesmo ano, o ator procurou Charles Cosac, dono da editora CosacNaify, que lançou os livros "Farnese de Andrade" e "Farnese (Objetos)". Cosac, além de admirador e colecionador, era amigo do artista mineiro. Através dele, Vandré conheceu Jô Frazão, pesquisadora que organizou o material de Farnese para os livros. Ele teve acesso a entrevistas, documentos, fotos e recortes de jornais sobre diversos assuntos que o próprio Farnese recortou e guardou. Conheceu Dona Bia, irmã mais velha do artista plástico, que autorizou o espetáculo; e o irmão Atabalipa de Andrade, o Xuca, que cuida de sua obra.

Em 2008, Vandré esteve em Paris onde visitou a exposição de Louise Bourgeois. "Quando avistei a obra Passage Dangereux (1997) fiquei em choque", lembra o ator. "Era como se outra pessoa no mundo tivesse feito a obra de Farnese num outro suporte, numa outra linguagem". Em 2010, tendo como inspiração a obra de Louise, Vandré projetou a instalação de Farnese de Saudade, uma gaiola de ferro, no formato de uma cruz, em referência à religiosidade mineira, que é também uma delimitação do espaço da encenação, exigindo espaço com pé direito alto.

A instalação é uma extensão do trabalho de ator de Vandré. A partir de peças e símbolos do universo farnesiano, Vandré garimpou, durante dois anos, objetos nas areias das praias de Botafogo e do Flamengo, em antiquários e na feira da Praça XV no Rio de Janeiro, locais que fizeram parte da trajetória do artista plástico, que morou no Rio de Janeiro. "Saí à procura de cabeças de bonecas, ex-votos, imagens de gesso de santos, oratórios, gamelas, caixas", lembra Vandré, que continua frequentando a feira da Praça XV, que era a segunda casa de Farnese. "Comprei apenas elementos que ele usaria em suas montagens. As cabeças de bonecas de porcelana utilizadas são assinadas, de origem francesa e alemã. O oratório utilizado em cena, assim como uma das gamelas pertenciam ao próprio Farnese". São objetos caros que se misturam com outros, mais simples, como madeiras desgastadas pela ação do tempo.

Vandré Silveira, que atuou nos espetáculos TransTchecov e Dois Jogos: Sete Jogadores, do Studio Stanislavski, convidou Celina Sodré para dirigir a montagem. "É uma diretora com grande apuro estético, o que torna a identificação ainda maior. Todos os trabalhos dela têm estreita relação com as artes plásticas e desta forma foi natural a continuidade", conta. "O olhar dela foi fundamental no direcionamento de tanto material coletado".

Farnese de Saudade foi contemplado com o Prêmio Montagem Cênica 2011, da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, e com o FATE 2012 (Fundo de Apoio ao Teatro), da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro. A estreia aconteceu no dia 10 de março, no Espaço Cultural Sérgio Porto, para dois meses de temporada. Uma segunda temporada foi realizada em setembro e outubro de 2012, no Instituto do Ator, também no Rio.

Ficha técnica
Espetáculo: Farnese de Saudade
Texto e concepção: Vandré Silveira
Direção: Celina Sodré
Elenco: Vandré Silveira
Assistente de direção: Tuini Bitencourt
Instalação cênica: Vandré Silveira
Iluminação: Renato Machado
Figurino: Celina Sobré
Pintura artística (cabeça e camisa): Antonio Sodré Schreiber
Vídeo: Sylvio Lima (Granmídia)
Fotografia de cena: Rodrigo Castro
Direção de produção: Davi de Carvalho
Produção local: Geondes Antônio
Assessoria de imprensa: Eliane Verbena
Cenotécnica: Felício Alves (Companhia Cenográfica, BH/MG) e Hélio Lopes Barcelos
Realização: Travessia Produções
Apoio: Instituto do Ator / Studio Stanislavski
Patrocínio: CAIXA
Serviço

Estreia: dia 10 de abril – quinta – às 19h15

Local: CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – Centro/SP. Tel: (11) 3321-4400
Temporda: de quinta a domingo – às 19h15 - Até 27 de abril
Entrada franca (retirar ingressos na bilheteria com 1h de antecedência)
Gênero: Drama: Classificação etária: 16 anos. Duração: 45 min
Capacidade: 80 lugares. Acesso universal.

Oficina
Dias 11 e 13 de abril – sexta-feira e domingo

Tema: Objeto-Personagem
Ministrante: Celina Sodré (participação: Vandré Silveira)
Horário/duração: das 9h às 12h (total de 6 horas)
Público alvo: profissionais e estudantes de do teatro. Nº de vagas: 20

Inscrição: Gratuita - enviar currículo para o e-mail farnesedesaudade@gmail.com.


PERFIS

Farnese de Andradeartista plástico
Farnese de Andrade nasceu em Araguari, cidade do Triângulo Mineiro, e, posteriormente, mudou-se para Belo Horizonte. Estudou na Escola do Parque, com o mestre Alberto da Veiga Guignard. Em 1950, Farnese foi para o Rio de Janeiro e estabeleceu uma forte ligação com o mar. Desse contato, o artista experimenta um sentimento "oceânico" que influenciou profundamente sua obra. Seu primeiro objeto exposto foi, em 1966, na Petite Galerie (RJ). Na construção de seus Objetos (Assemblages), Farnese utilizava caixas, oratórios e gamelas (numa fase posterior) que serviam como suporte para a composição de suas obras, a partir de elementos diversos, como cabeças de bonecas, ex-votos, santos, pedaços de madeira e materiais desgastados pela ação do tempo e do uso humano. Materiais estes carregados de afeto, de lembranças e reminiscências. Farnese foi precursor no uso da resina de poliéster, onde encerrava fotografias, imagens de santos, cabeças, como forma de suprimir o tempo. Onde o ar não entra, não existe a deterioração causada pela ação do tempo. E tudo continua sempre.

Vandré Silveira - ator/autor

Formou-se no Curso Profissionalizante de Teatro da Fundação Clóvis Salgado (CEFAR - Palácio das Artes), em Belo Horizonte, em 2005. No teatro, atuou nos espetáculos: Momo e o Senhor do Tempo, com direção de Cristina Moura (2013), Botequim ou Céu Sobre Chuva, com direção de Antonio Pedro Borges (2013), O Menino que Vendia Palavras, com direção de Cristina Moura (2012), Dois Jogos: Sete Jogadores, com direção de Celina Sodré (2011), Trans Tchekhov, com direção de Celina Sodré (2010), Amor e Restos Humanos, de Brad Fraser e direção de Carlos Gradim (2005), e Festa de Casamento, adaptação de O Casamento do Pequeno Burguês, de Brecht, com direção de Eid Ribeiro (2005). No cinema, atuou no curta Bárbara (35mm), com direção de Carlos Gradim (2007), e recebeu prêmios de melhor ator nos seguintes festivais de cinema: Primeiro Plano (Juiz de Fora, MG), Ibero-Americano de Cinema / Curta-SE (Sergipe), For Rainbow (Fortaleza, CE) e VI Festival de Cinema de Maringá (Paraná). Vandré estudou Desenho e Pintura com Suzana Queiroga, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, EAV-RJ, e Cenografia com Raul Belém Machado no CEFAR (Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado - Palácio das Artes, BH/MG). Na televisão, atualmente, está no ar em Amor Veríssimo (série da GNT), direção de Arthur Fontes, e na novela Além do Horizonte (Rede Globo) com o personagem Diniz. Logo estará em cartaz nas séries A Segunda Vez Que te Conheci (Multishow), Lillyhammer (Netflix) e Caipirinha Sunrise (TV Azteca, seriado mexicano).


Celina Sodré - diretora
Há 21 anos, Celina Sodré dirige o Studio Stanislavski, companhia de teatro que tem o foco na experimentação. Desde 2008, coordena o Instituto do Ator, espaço de investigação da arte do ator tendo como mestres Constantin Stanislavski e Jerzy Grotowski, na Lapa. Essa pesquisa gerou a criação e produção de mais de 30 espetáculos apresentados em temporadas e festivais no Brasil e na Europa. Em 1992, Celina foi indicada para o Prêmio Shell na categoria especial, pela criação do Projeto Mizanceni, tendo sido indicada também, em 1995, pela continuidade da pesquisa. Em 1996, São Hamlet foi indicado como melhor espetáculo e melhor cenografia (José Dias) para o Prêmio Cultura Inglesa. No ano seguinte, Luisa Pasello foi indicada para o prêmio UBU, na Itália, de melhor atriz pela atuação em Killing Maria. Ainda em 1997, o espetáculo Amor Consciente foi indicado para o Prêmio Shell, de iluminação, para Mauricio Cardoso. Celina também é professora de interpretação da CAL - Casa das Artes de Laranjeiras, desde 1995, e, atualmente, é doutoranda da UNIRIO.

quinta-feira, 13 de março de 2014

VIII Mostra de Teatro de São Miguel Paulista



O teatro de rua invade a Zona Leste com 12 espetáculos, além de intervenções circenses, na 8ª edição da Mostra realizada pelo Buraco d’Oráculo. Cultura e diversão ao ar livre!

Entre os dias 4 e 13 de abril, acontece a VIII Mostra de Teatro de São Miguel Paulista, na Praça do Casarão (ao lado da Estação Vila Mara, da CPTM), no Jardim Helena, Zona Leste de São Paulo. A programação (gratuita) é diversificada e forma um grande painel atual do teatro de rua.

O evento reúne grupos, artistas e coletivos que são referência nesta arte, oriundos de diferentes regiões como Rosário (Argentina), Porto Alegre (RS), Londrina (PR), Palmas (TO), Maracanaú (CE), Recife (PE), Macapá (AP), São Paulo (interior e capital).

Idealizada e realizada pelo Buraco d’Oráculo, a Mostra chega à oitava edição, contemplada pelo ProAC Festivais e Mostras, da Secretaria de Estado da Cultura. Neste ano o evento celebra os 15 anos de história do grupo e os 12 anos de atuação na região leste da cidade. São Miguel Paulista se destaca por ser locus de realização de diversos projetos do grupo.

A Mostra foi criada com o intuito de estabelecer relações com outros artistas da região. No entanto, tornou-se referência nacional no âmbito do teatro de rua, pois desde a quarta edição, essa foi sua principal modalidade teatral.

BURACO D’ORÁCULO - Integrantes: Adailton Alves, Edson Paulo, Heber Humberto Teixeira, Lu Coelho, Patrícia Leal, Rominson Paulo, Selma Pavanelli e Thiago Thalles.

PROGRAMAÇÃO
Local: Praça do Casarão
Vila Mara (ao lado da estação de trem Vila Mara (CPTM). Jardim Helena. SP/SP
De 4 a 13 de abril - sexta a domingo - 15h30 e 17h (ou 19h)
Grátis (espetáculos ao ar livre). Recomendação: Livre

Mestres de Cerimônias - Antes de cada apresentação e também nos intervalos, os mestres de cerimônia fazem breves intervenções.
Dias 4, 5 e 6 de abrilPato e Laranjinha (Macapá, AP) - Os palhaços realizam números próprios e clássicos da palhaçaria, sempre se colocando em competição.
Dias 11, 12 e 13 de abrilJ. E. Tico (São Paulo, SP) - O ator, bonequeiro e palhaço faz pequenas intervenções, tendo como inspiração os brinquedos populares.

4 de abril - sexta-feira

15h30 – Espetáculo: Marruá
Com Grupo Teatral Parlendas (São Paulo, SP) - Duração: 50 min.

Sinopse - O espetáculo foi criado a partir de narrativas de diferentes brasileiros, recolhidas pelo grupo nas cinco regiões do país, em territórios de resistência e luta como: quilombos, seringais, aldeias, vilas e assentamentos. Fragmentado em blocos, apresenta o nascimento, desenvolvimento, morte e ressurreição de uma “comunidade” em constante transformação. Ficha técnica - Criação coletiva. Direção: Luciano Carvalho. Atores: Danilo Villa, Dara Freire, Elton Maioli, Igor Giangrossi, Maria Gabriela D’Ambrozio, Mário Queiroz e Natália Siufi. Preparação vocal e musical: Igor Giangrossi. Arranjo musical: Erik D’Ávila. Produção: O Grupo. Figurino: Nica Maria.

19 horas – Espetáculo: Plural
Com Cia. de Teatro Nu Escuro (Goiânia, GO) - Duração: 50 min.

Sinopse - A trama de Plural é tecida pelas histórias de uma menina chamada Maria, desde as primeiras recordações que remetem aos seus sete anos. A narrativa segue costurando memória em memória, fiando o universo rural ao urbano, bordando histórias vividas e sentidas, com seus encantos, medos, violências, coragens, lamentos e alegrias. Uma trama sempre tensionada entre o drama e a poesia, o trágico e o humor. Ficha técnica - Autores: Hélio Fróes, Abílio Carrascal e Izabela Nascente. Direção: Izabela Nascente. Atores: Adriana Brito, Eliana Santos e Izabela Nascente. Preparação vocal e musical: Abílio Carrascal. Preparação corporal: Lázaro Tuim. Produção: Lázaro Tuim. Figurino e bonecos: Izabela Nascente.

5 de abril - sábado

15h30 – Espetáculo: A Fêmea Dominante
Com Os Mamatchas (Presidente Prudente, SP) - Duração: 60 min.

Sinopse - Duas palhaças, tentando concorrer a uma vaga em um festival internacional, atrapalham-se ao demonstrar suas habilidades e se envolvem numa série de desentendimentos. Na disputa, intervém o músico Samambaia que, ao ajudá-las, acaba instigando cada vez mais a disputa. Ficha técnica - Texto e direção: Os Mamatchas. Atores: Bruno Palácio, Camila Peral e Lua Barbosa. Preparação musical: Bruno Palácio. Produção: Camila Peral e Lua Barbosa

19 horas - Espetáculo: Do Repente
Com Lamira Artes Cênicas (Palmas, TO) - Duração: 35 min.

Sinopse - A poética do espetáculo foi elaborada em torno do universo do romanceiro popular do nordeste brasileiro - mais especificamente nas figuras do poeta cantador, do coquista, do aboiador, do glosador, do cordelista, do calungueiro - e da influência e presença dessa cultura na formação das “diversas” culturas brasileiras. Seu processo de criação englobou pesquisas sobre commedia dell’arte e o uso das máscaras na construção de personagens. Ficha técnica - Coordenação geral: Carolina Galgane. Direção artística, coreografia e cenário: João Vicente. Atores: Aretha Maciel, Carolina Galgane, João Vicente e Renata Oliveira. Figurino: Patrícia Fregonesi. Operador de luz: Mauro Guilherme. Cenotécnica: Renata Oliveira. Contra-regragem e som: Jefferson Cerqueira. Preparação teatral e maquiagem: Jhon Weiner. Músicas: Lindalva e Terezinha; Os Nonatos; Mossinha de Passira e Valdir Teles; Galego Aboiador; Bem-Te-Vi e Estrela da Poesia; Zé Cardoso e Waldir Teles; Dona Militana; Dedé Laurentino e Fenelor; Antônio Nóbrega. Causo: adaptação de Matuto Incrementado (de Amazan). Registro fotográfico: Flaviana OX.

6 de abril - domingo

15h30 - Espetáculo: O Testamento do Cangaceiro
Com Cia. Dell’arte de Teatro (Catanduva, SP) - Duração: 60 min.

Sinopse - O enredo conta a história de Cearin, um moço nordestino que perde os pais e decide buscar a sorte na cidade, tendo como padrinhos e orientadores uma Santa e um Capeta. No caminho, Cearin acaba prometendo pagar a promessa de um cangaceiro à beira da morte, cujo último desejo é que seja entregue um saco de dinheiro a uma moça da cidade. Ficha técnica - Autor: Chico de Assis. Direção: Isaac Ruy. Coordenação Geral: Rafael Back. Atores: Bianca Ladislau, Bruna Velo, Carlos Alexandre Moura, Dara Leandra, Eduardo Higuti, Fabíola Melo, Gabrielly Motta, Jéssica Souza, Joanito Novaes, Karollayne Dassena, Larissa Bianchi, Larissa Canovas, Lorena Moura Reis, Lucas Alves, Lukas Paschoal, Manoel Novais, Martha Ocon, Natana Garcia, Rafael Back, Rafael Jorda, Rafael Ramos, Rodrigo Bardiviesso, Sula Ocon e Vanessa Ferreira. Preparação vocal e musical: Martha e Sula Ocon. Preparação corporal: Isaac Ruy. Produção: Cris Anovazzi e Lucas Alves. Figurino, cenário e maquiagem: Isaac Ruy. Cinegrafista: Luan Andrade.

17 horas - Espetáculo: A Pereira da Tia Miséria
Com Núcleo Ás de Paus (Londrina, PR) - Duração: 50 min.

Sinopse - No dia em que deveria morrer, Tia Miséria engana a Morte, tão temida por todos, mas que é vista também como a melhor saída para um mundo em que novas possibilidades não param de nascer. E, por um acordo feito diante do olhar de todos, Tia Miséria decide viver, ingenuamente procurando pelo seu filho, o Fome, para só então deixarem este lugar que nunca os quis. Ficha técnica - Texto: Luan Valero. Direção: Coletiva. Concepção e direção musical: Eric D’Ávila. Atores: Adalberto Pereira, Bruna Monã, Camila Feoli, Rebeca Oliveira de Carvalho, Rogério Costa e Thunay Tartari. Cenografia e bonecos: Rogério Costa e Alex Lima. Figurino: Alex Lima. Produção: Rogério Costa

11 de abril - sexta-feira

15h30 - Espetáculo: PatoLogias (45 min)
Com Cia. de Teatro, Circo y Música Pato Mojado (Rosário, Argentina)

Sinopse - PatoLogias é um espetáculo de humor para todos os públicos, recheado de música ao vivo, palhaços e acrobacias. Segundo a companhia, é “uma divertida comédia circense para crianças e adultos, animais e vegetais, robôs, marcianos e público em geral”. Ficha técnica - Autores: María Franchi e César Artero. Direção: Pato Mojado. Atores: María Franchi, César Artero e Pedro Jozami. Preparação vocal e musical: Alejo Castillo e Pedro Jozami. Figurino: Norma Veja e Vilma Artero. Produção: María Franchi.

17 horas - Espetáculo: A Exceção e a Regra
Com Cia. Estável de Teatro (São Paulo, SP) - Duração: 70 min.

Sinopse - Uma pequena caravana participa de uma corrida em direção à cidade de Urga. A expedição que chegar primeiro ganhará como prêmio uma concessão para explorar petróleo. Durante a viagem, vemos exposta a relação entre explorador e explorado, assim como os mecanismos que legitimam o abuso de um e a submissão do outro. Ficha técnica - Autor: Bertolt Brecht. Tradução: Alexandre Krug. Direção: Renata Zhaneta. Direção musical: Sérgio Zanck. Atores: Andressa Ferrarezi, Daniela Giampietro, Juliana Liegel, Luiz Calvo, Maurício Hiroshi, Nei Gomes, Osvaldo Pinheiro, Sandra Santana, Sérgio Zanck, Paula Cortezia e Zeca Volga. Músicas: Osvaldo Hortêncio e Sérgio Zanck. Produção: Mariza Pinto, Andressa Ferrarezi e Nei Gomes. Cenário e adereços: Valter Mendes e Dani Abreu. Figurino: Kath Ulian. Maquiagem: Dani Ferrarezi

12 de abril - sábado

15h30 - Espetáculo: Romeu e Julieta - O Encontro de Shakespeare e a Cultura Popular
Com Grupo Garajal (Maracanaú, CE) - Duração: 70 min.

Sinopse: A história de amor juvenil mais encenada no planeta é transposta para um terreiro de reisado, festa típica do regionalismo nordestino. A ela são agregadas as figuras de Mateus, Catirina e Jaraguá, além de príncipes e guerreiros que mediam o embate entre os Montecchio e os Capuleto, duas famílias que não se bicam e conspiram para o trágico desfecho. A expressão corporal é apoiada em lutas de espadas, danças e brincadeiras como pau de fita e roda de coco. Os artistas equilibram-se na gangorra entre o bardo inglês e o folguedo brasileiro. E ainda tocam e cantam. Ficha técnica - Autor: William Shakespeare. Adaptação: Victor Augusto. Direção: Mário Jorge e Diego Mesquita. Atores: Aldebaran Fautino, Aline Fontenele, Dielan Viana, Flavia Cavalcante, Henrique Rosa, Miguel Cairo, Rafael Melo, Rayane Mendes e Sudailson Kennedy. Figurino: Dielan Viana e Lu Nunes. Preparação corporal: Mário Jorge. Produção: Rafael Melo e Mário Jorge.

17 horas - Espetáculo: Cafuringa
Com Grupo Cafuringa (Recife, PE) - Duração: 60 min.

Sinopse - O espetáculo narra a história do ventriloquista, embolador, vendedor de pomadas e garrafadas, o Cafuringa. O trabalho faz um recorte no tempo, abordando desde seus momentos brincantes até a sua expulsão do Pátio do Carmo, na cidade de Recife, PE. Ficha técnica - Concepção e produção executiva: Alexandre Menezes. Encenação e texto: Alexandre Menezes e Luiz Filho. Ventriloquista: Luiz Filho. Atores: Alexandre Menezes, Luiz Filho, Pablo Dantas, Filippo Rodrigo e Temi Fogo. Poeta e letrista: Pablo Dantas. Criação e execução musical: Filippo Rodrigo. Provocador e facilitador cênico: Junio Santos. Construção de bonecos: Mestre Zé Lopes e Mestre Saúba. Execução musical: Temir Fogo. Execução de figurino, máscaras, bonecos e adereços: Cleydson Catarina. Desenho de figurino e maquiagem: Cayo Ogam. Preparação vocal: Leila Freitas. Programação visual: Java Araújo.

13 de abril - domingo

15h30 – Espetáculo: A Festa da Rosinha Boca Mole
Com Mamulengo da Folia (Guararema, SP) - Duração: 50 min.

Sinopse - Espetáculo de mamulengo em que muitos das personagens que aparecem para A Festa da Rosinha Boca Mole são clássicos da cultura popular e outras guardam parentesco com a commedia dell’arte. Outras entram ao som e ao sabor do improviso em cada lugar onde o brincante se instale e a brincadeira se faça, tratando do particular que se universaliza na identificação com o público que aprecia e brinca a brincadeira. Ficha técnica - Texto, direção, figurino: Danilo Cavalcante. Ator mamulengueiro: Danilo Cavalcante. Produção: Mamulengo da Folia. Músicos: Zé do Fole, Erasmo José e Sabino do Pandeiro.

17 horas – Espetáculo: O Baile dos Anastácio
Com Oigalê (Porto Alegre, RS) - Duração: 60 min.


Sinopse - O Baile dos Anastácio é uma parábola sobre a devastação ambiental e os jogos de interesses em torno da terra. A peça utiliza como metáfora o casamento arranjado que ignora o real desejo da mulher. Um baile repleto de música, encontros, desencontros, pelejas, danças e namoros, são apresentados de forma divertida, dinâmica e bem humorada. Ficha técnica - Autor: Luís Alberto de Abreu. Direção: Cláudia Sachs. Atores: Giancarlo Carlomagno, Karine Paz, Hamilton Leite, Mariana Horlle, Paulo Roberto Farias e Paulo Brasil. Preparação vocal: Simone Rasslan. Trilha sonora: Diego Silveira, Mateus Mapa e Simone Rasslan. Cenário: Luís Marasca. Figurino: Alexandre Magalhães e Silva. Produção: Oigalê

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