sexta-feira, 29 de abril de 2022

Dinah Perry lança curta-metragem com cenas inspirada em Dostoiévski

Cena - foto de  Arnaldo J.G. Torres

No dia 10 de maio de 2022, a coreógrafa e bailarina Dinah Perry lança o curta-metragem Dostoiévski – em 9 cenas, que pode ser conferido com acesso grátis (aqui) – Youtube/ThiagoSampaio. A obra reúne os episódios da série audiovisual, iniciada em setembro de 2021, composta por cenas de aproximadamente um minuto de duração cada.

Dostoiévski - em 9 cenas traz um novo olhar de Dinah Perry para a arte contemporânea, no qual mescla técnicas de dança, teatro e performance em uma sensível captação com a câmera de vídeo. A artista assina concepção e direção do trabalho que tem como intérprete o bailarino Rogério Maia, também coreógrafo e maitre de dança clássica e contemporânea.

“Apresentamos agora a conclusão do projeto ‘Dostoiévski’ que funde as técnicas das artes cênicas, costuradas pela sutileza. As oito cenas já lançadas traçam a linha do processo de investigação, que pode ser observada em continuidade nesse minidocumentário performático”, afirma a artista.

Inspirado na obra de filósofo russo Fiódor M. Dostoiévski (1821-1881), o curta produzido por Dinah Perry experimenta a dança em uma concepção diferente de seus demais trabalhos. “Em Dostoiévski - em 9 cenas a dança submerge no corpo, praticamente em repouso. As cenas captadas trazem a dança - pelos ângulos e movimentos de câmera - em um jogo que alterna sensações do impressionismo e do expressionismo”, explica a artista.

Com trilha sonora de Igor Stravinsky (“Orpheus”), Dostoiévski – em 9 cenas reflete sobre o desamor, o amor e a solidão no mundo atual. Segundo Dinah, a ideia surgiu para cumprir sua trajetória de criações e fundamentar sua estética, registrada no livro (digital) Fórmula de Técnica Autoral em Dança, na qual defende o processo de construção e desconstrução da arte cênica. “Eu quis aproveitar o momento de turbulências que estamos vivendo, no Brasil e no mundo, para mostrar delicadezas do corpo, amor e sensibilidade pela ótica do cinema”, finaliza Dinah Perry.

FICHA TÉCNICA / Dostoiévski - em 9 Cenas (15 min /  2022) - Concepção, roteiro e direção: Dinah Perry. Intérprete: Rogério Maia. Assistência de imagem: William Mazzar e Thiago Sampaio. Fotografia: Arnaldo J.G. Torres. Edição: Thiago Sampaio. Diagramação: Patrícia C.A. Alessandri. Correção: Ricardo Liberal. Apoio cultural: Caixote Bar. Produção e realização: Dinah Perry. Classificação: livre.

 

Informações à imprensa
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quinta-feira, 28 de abril de 2022

Cia. de Achadouros inicia por Suzano circulação de peça infantil inspirada em Manoel de Barros

 O espetáculo, indicado ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem
em 2 categorias, percorre 7 cidades margeadas pelo Rio Tietê, com ingressos grátis.

Foto de Giuliana Cerchiari

A Cia. de Achadouros apresenta o espetáculo infantil Os Lavadores de Histórias, no Teatro Municipal Dr. Armando de Ré, em Suzano (SP), no dia 14 de maio de 2022, sábado, às 16 horas, com ingressos gratuitos. O enredo fala sobre memórias da infância esquecidas, guardadas em objetos abandonados.

Inspirada na poesia do cuiabano Manoel de Barros, a montagem - dirigida por Tereza Gontijo com dramaturgia de Silvia Camossa, em processo colaborativo com o grupo - foi indicada ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem nas categorias Direção Revelação e Trilha Musical Adaptada.

Os Lavadores de Histórias são Urucum, Tom Tom e Jatobá, interpretados pelos atores palhaços Emiliano Favacho, Mariá Guedes e Felipe Michelini, respectivamente. Durante a noite, visitam quintais para lavar objetos esquecidos ou abandonados, como brinquedos e roupas, e reviver momentos da infância. Eles carregam consigo o Rio da Memória. Nas águas desse rio vão lavando os objetos, revelando histórias, fantasias, personagens e brincadeiras. Eles ficam tocados, mas também se divertem muito com os segredos revelados. Por meio de cenas cômicas e circenses, teatro de sombras e objetos, o espetáculo faz uma sensível reflexão sobre a relação da criança com o mundo real e o da imaginação, lançado um olhar lúdico e poético sobre a infância.

A apresentação em Suzano inaugura a circulação por sete cidades do interior paulista, banhadas pelo Rio Tietê, numa referência ao Rio da Memória presente no enredo da peça. O Rio Tietê, que nasce em Salesópolis (Serra do Mar), percorre praticamente todo o estado de São Paulo e deságua no Rio Paraná. A circulação segue o trajeto do rio em direção a Mato Grosso, onde nasceu Manoel de Barros.

Na sequência, a companhia segue para as seguintes cidades: Salesópolis (19/5, quinta, às 15h, na ONG Contagie, na 20ª Semana Nacional de Museus); Santana de Parnaíba (21/05, sábado, às 16h, no Teatro da Arena de Eventos), Pirapora do Bom Jesus (27/05, sexta, às 15h, no Cine Teatro Antônio dos Santos Brito); Pereira Barreto (25/06, sábado, às 16h, na Casa da Cultura Maestro Aristeu Custódio Moreira); Botucatu (30/07, sábado, às 16h, no Teatro Municipal Camillo Fernandez Dinucci, no Festival de Inverno de Botucatu); e Ilha Solteira (13/08, sábado, às 19h, na Casa da Cultura Rachel Dossi, integrando a Mostra de Teatro de Ilha Solteira).

Três ações completam a programação em cada cidade: Varal de Memórias, uma instalação cenográfica interativa, na qual o público poderá pendurar suas histórias e lembranças da infância; distribuição de Programa Lúdico, contendo jogos divertidos e brincadeiras para as crianças com temas relacionados ao enredo da peça; produção de Mini Documentário com depoimentos e relatos de espectadores sobre a relação com o rio da sua cidade, registros da circulação e bastidores, que será disponibilizado no YouTube da Cia. de Achadouros.

A encenação

Tendo como ponto de partida a potente e delicada poesia Manoel de Barros (1916-2014, Cuiabá/MT), Os Lavadores de Histórias valoriza as pequenas coisas, a beleza contida nas sutilezas, a graça do imaginar, as brincadeiras espontâneas e colaborativas e o contato com a natureza. Os atores fizeram uma imersão na obra do poeta e foram para as ruas do bairro São Mateus, em São Paulo, em busca de histórias reais da memória afetiva de moradores antigos e crianças. “Um dos poemas de Manoel de Barros que mais nos inspirou foi Desobjeto, que fala sobre usar a imaginação para dar novos sentidos e funções a um objeto, transformá-lo em outra coisa na hora de brincar”, comenta Felipe Michelini. Os protagonistas revelam que lembranças de suas próprias infâncias e de outras pessoas envolvidas na produção também estão no enredo.

A diretora Tereza Gontijo - mineira de Belo Horizonte, que também é palhaça, integrante dos Doutores da Alegria e da Cia. Vagalum Tum Tum - enfatiza que o espetáculo foi concebido para a família. “Enquanto a palhaçaria é diversão garantida para as crianças, o tom lírico e poético da peça toca os adultos ao acionar o dispositivo das lembranças da infância”. Ela afirma que o processo junto à Cia. de Achadouros teve como estímulo o prazer do jogo de palhaços no trabalho de criar para o público infantil.

Urucum, Tom Tom e Jatobá sabem que as coisas esquecidas nos quintas guardam muitas histórias de meninos e meninas que cresceram e não lembram mais das brincadeiras e dos sonhos. As histórias surgem à medida que objetos e brinquedos são lavados e revelados. Entre as cenas está O menino que queria voar: um lençol manchado revela o garoto que queria viajar pelo mundo. Às vezes, fazia xixi enquanto dormia e se escondia embaixo da cama, sonhando em voar e unir os quatro continentes. Tem também A menina triste que descobre o que a faz feliz: um lenço colorido traz a história da menina que vivia triste até conhecer um garoto mágico (inspirada em conversas com a sambista Tia Cida, moradora da região de São Mateus). Ela o encontra quando vai buscar lenha e o acompanha até o acampamento cigano, descobrindo ali o seu amor pela música. Em O menino que vai para a lua com o amigo imaginário, um sapato velho se transforma em interfone secreto para anunciar a missão da primeira criança a pisar na lua (história do ator Felipe). Em A menina que encantava os passarinhos, uma velha escova de cabelos traz para a cena a história de uma rádio de passarinhos (memória da atriz Mariá). Muitas aves participam da programação: a andorinha dá receita de bolinho de chuva (chuva mesmo!); o tico-tico, que voa alto, faz a previsão do tempo; no futebol, os jogadores são pássaros; e a radionovela dramatiza a história do menino que ficou chateado porque ia ganhar uma irmãzinha, não um “irmãozinho para brincar”, mas descobre a alegria dessa nova relação (história de Emiliano).

Para o grupo, Os Lavadores de Histórias quer fazer o público lembrar coisas que não deveriam ser esquecidas, lembrar que brincar junto é fundamental, e quebrar as amarras dos adultos pela memória afetiva para que pais e filhos revivam a magia do brincar.

FICHA TÉCNICA - Dramaturgia: Silvia Camossa. Direção: Tereza Gontijo. Elenco: Emiliano B. Favacho (Urucum, Gururu, Cipriano), Felipe Michelini (Jatobá, Bugrinha, Menino Cigano) e Mariá Guedes (Tom Tom, Menina Triste, Meninassarinha). Cenografia: Alício Silva e Bira Nogueira. Figurino: Cleuber Gonçalves. Iluminação: Giuliana Cerchiari. Adereços: Clau Carmo e Cia. de Achadouros. Pesquisa musical: Emiliano B. Favacho e Tereza Gontijo. Músicas: Kevin Macleod. Edição de som: Emiliano B. Favacho e Rodrigo Régis. Voz em off: Evandro Favacho. Grafite/painel: Celso Albino. Operação de som: José Olegário Neto. Operação de luz: Francisco Renner. Preparação corporal: Ana Maíra Favacho e Erickson Almeida. Registro em vídeo, edição e fotografia: Cidcley Ulysses Dionísio. Design gráfico: Nathalia Ernesto. Produção: Leneus Produtora de Arte. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Fotos/divulgação: Giuliana Cerchiari. Idealização: Cia. de Achadouros. Realização: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura e Economia Criativa - Edital ProAC Expresso - 08/2021 - Público Infanto-Juvenil / Circulação.

Serviço / Maio de 2022

Espetáculo: Os Lavadores de Histórias
Com: Cia. de Achadouros
Duração: 50 min. Livre para todos os públicos (recomendação: a partir de 4 anos).
Todas as sessões são gratuitas.

Suzano/SP - 14 de maio. Sábado, às 16h
Teatro Municipal Dr. Armando de Ré 
Rua Gal. Francisco Glicério, 1354 - Centro. Tel: (11) 4759-1801                                                       

Salesópolis/SP -
19 de maio. Quinta, às 15h
ONG Contagie | 20ª Semana Nacional de Museus
Rua João Miguel, esquina com Av. Osaka, 545 - Jardim Nídia. Tel: (11) 98397-4375. 

Santana de Parnaíba/SP - 21 de maio. Sábado, às 16h
Teatro da Arena de Eventos
Avenida Esperança, 450 - Campo da Vila. Tel: (11) 4154-5459. 

Pirapora do Bom Jesus /SP - 27 de maio. Sexta, às 15h
Casa de Cultura de Pirapora
Rua Cônego Vicente, nº 08 - Centro. Tel: (11) 4131-9191. 

Cia. de Achadouros

A Companhia de Achadouros formou-se, em 2012, com o nome de A Melhor da Cidade Cia. Teatral, a partir do encontro de artistas em curso de máscaras, ministrado por Cida Almeida e Sofia Papo, na SP Escola de Teatro. Estudaram técnicas que envolvem o universo das máscaras, da commedia dell’arte, passando pelo bufão até chegar à menor máscara do mundo: o nariz vermelho do palhaço.

Em 2014, contemplado pelo Programa VAI - 2014, o grupo iniciou o projeto O Espetáculo Mais Prestigioso do Século Vai a São Mateus - pesquisa sobre palhaçaria na região de São Mateus, zona leste de São Paulo - que compreendeu ainda uma série de ações culturais no bairro (cortejos cênicos e musicais, saídas livre de palhaço) e pesquisas com a comunidade e a relação com a linguagem do palhaço. O Espetáculo Mais Prestigioso do Século (direção - Sofia Papo; dramaturgia - Cida Almeida) é um espetáculo de rua com linguagem de palhaço e números circenses. As reverberações direcionaram a pesquisa para a ação do palhaço na rua, como interventor e facilitador de relações.

Em 2017, o grupo debruçou-se sobre questões da infância na região com o projeto Elogio à Infância: Escavando os Meninos que Fomos. O trabalho reúne histórias vividas por pessoas em São Mateus, memórias da infância dos integrantes e a poesia de Manoel de Barros. O resultado é o infantil Os Lavadores de histórias, sua segunda montagem, em parceria com a diretora Tereza Gontijo e a dramaturga Silvia Camossa, sendo indicada ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem nas categorias Direção Revelação e Trilha Musical Adaptada. A peça estreou no Sesc Pinheiros, em 2018, seguiu para a unidade Vila Mariana, circulou por unidades do Sesc no interior paulista e foi apresentada no Itaú Cultural, em Casas de Cultura e Fábricas de Cultura, além de ter feito temporada online durante a pandemia.

O grupo também desenvolve projeto de contação de histórias - Origens do Brasil, que reúne histórias indígenas e afro-brasileiras - e intervenções de palhaço com as temáticas: infância e meio ambiente. Os(as) integrantes da companhia também realizaram trabalhos pedagógicos (aulas de teatro, palhaçaria e intervenção urbana) em Casas de Cultura e outros espaços e projetos.

Assessoria de imprensa – VERBENA Comunicação
Eliane Verbena
Tel: (11) 2738-3209 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Sarau da Antiga 28 acontece dia 30 de abril na sede do Rosas Periféricas na Zona Leste

Foto de Akins Kintê

Grupo Rosas Periféricas promove, no dia 30 de abril (sábado, às 19h30), o Sarau da Antiga 28, integrando o projeto Rosas Faz 10 Anos - Memórias de um Teatro Maloqueiro, contemplado pela 34ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. O encontro – que acontece na sede do grupo, no Parque São Rafael - foi reformulado a partir dos encontros com representantes de outros saraus no decorrer do projeto.

Durante o ano de 2021, o Rosas Periféricas realizou encontros (online e ao vivo) com saraus periféricos tradicionais de São Paulo para conhecer suas histórias e dinâmicas, bem como para reverenciá-los pela representatividade. A saber: Sarau da Cooperifa, Sarau Urbanista Concerto, Sarau no Kintal, Sarau Elo da Corrente, Sarau do Binho, Sarau das Pretas, Sarau Comungar, Sarau do Vale, Sarau da Brasa, Sarau Tem Coragem!?, Sarau Segunda Negra e Slam da Guilhermina.

A vivência permitiu ao grupo aprofundar a pesquisa nas respectivas linguagens para reestruturar e aprimorar o Sarau da Antiga 28 que o Grupo Rosas Periféricas realiza, desde 2016, em temporadas mensais. “Nessa nova temporada presencial, vamos colocar em prática o aprendizado que nos foi oferecido de forma tão generosa por tantos criadores, fomentadores e representantes de saraus paulistanos”, declaram os integrantes.

O Sarau da Antiga 28 já discutiu temas que passam por política, mulher, América Latina e cor da pele, entre outros, além de fomentar a literatura marginal e a poesia lida e/ou inventada. Nomes como Marta Baião (atriz, dramaturga e diretora), Germano Gonçalves (escritor), Walner Danziger (escritor), Juliana Morelli (atriz e artista plástica) e Coletivo Via (artes visuais) e as bandas ArmaMentes, Fuga Operária e ManaTiana já passaram por ele. O nome vem do endereço da primeira sede do Grupo Rosas Periféricas, a Rua Martin Lumbria que era conhecida como “antiga Rua 28”, no Parque São Rafael.

Sarau da Antiga 28
Com: Grupo Rosas Periféricas - Gabriela Cerqueira, Michele Araújo, Monica Soares, Paulo Reis e Rogério Nascimento.
30 de abril – Sábado, às 19h30
Sede do Grupo Rosas Periféricas
Rua Redução de Guarambaré, 39 – Parque São Rafael (ZL). SP/SP.
Evento aberto ao público. Duração: 2h. Classificação: Livre
Instagram/rosasperifericas | Facebook/rosas.perifericas | YouTube/GrupoRosasPeriféricas

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Filhas da Dita leva ‘Canto das Ditas’ aos teatros Flávio Império e Alfredo Mesquita

Canto das Ditas (credito Areta Padma)

O espetáculo Canto das Ditas - Fragmentos Afrografados de Cidade Tiradentes, montagem do núcleo Filhas da Dita, tem apresentações gratuitas em teatro da zona leste e zona norte da capital paulista. Com direção e dramaturgia de Antonia Mattos, a montagem entrelaça a força ancestral de orixás femininas com a força de mulheres negras na construção do bairro Cidade Tiradentes.

No Teatro Flávio Império (ZL) as sessões ocorrem nos dias 29 e 30 de abril e 01, 05 e 06 de maio (sexta a domingo, quinta e sexta, às 18h). Já no Teatro Alfredo Mesquita (ZN) a encenação acontece nos dias 13, 14 e 15 de maio (sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h). Essas apresentações integram o projeto das Filhas da Dita, Insistência Periférica: Uma Possibilidade Teatral de Reparação História, contemplado pela 35ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

Para refletir sobre como a África se manifesta no dia a dia das moradoras de Cidade Tiradentes, as Filhas da Dita encararam o desafio de ‘afrografar’ o bairro - referência ao termo ‘afrografias’ da poetisa e ensaista Dra. Leda Maria Martins, que coloca em evidência e consciência a nossa herança africana. O trabalho do grupo mapeou esse legado ancestral por vários ângulos: ao próprio redor, junto a parentes, pessoas próximas e até mulheres desconhecidas que caminham pelo bairro.

A partir da investigação proposta, Canto das Ditas coloca em cena histórias de mulheres pretas de Cidade Tiradentes que se entrecruzam com histórias de Yabás (orixás femininas). A montagem busca o reflexo das histórias do cotidiano em um espelho ‘mítico’ das personagens sagradas. A diretora Antonia Mattos explica que os depoimentos colhidos pelo grupo aparecem no texto e na dramaturgia de forma não linear e fragmentada. “A narrativa é espiralada, pois procura se relacionar com um tempo mítico, da memória e da ancestralidade. As personagens reais correspondem, de forma arquetípica, às personagens míticas. Recorremos ao ‘espírito ancestral feminino’, às ‘grandes mães da humanidade’, às yabás para contar e cantar as histórias dessas mulheres, as Ditas, que fundaram Cidade Tiradentes”.

As atrizes que interpretam as quatro mulheres - Bendita/Nanã, Marta/Iemanjá Maria/Iansã, e Joana Nega Su/Obá - são Ellen Rio Branco, Lua Lucas, Luara Sanches e Thábata Letícia, respectivamente. Segundo Antonia, “a poética cênica é atravessada por elementos e saberes ancestrais, dentro de um tempo/espaço espiralado que aponta para as reminiscências de um passado sagrado, buscando fortalecer o presente e deslumbrar o futuro”. A origem da humanidade na África e a fundação de Cidade Tiradentes são contadas simultaneamente: o passado sagrado se revela no presente e no passado recente.

A origem do bairro passa pela força dessas mulheres negras que alí chegaram, se instalaram e fizeram a história local. E são delas as histórias contadas na encenação Canto das Ditas - Fragmentos Afrografados de Cidade Tiradentes, onde a música tem papel fundamental, trazendo a voz e o canto dessas mulheres em um cenário lúdico que se estabelece entre o ritual e o urbano contemporâneo. “Tempos e lugares diferentes mostram que, apesar de toda a repressão sofrida, as mulheres sempre se reuniram em grupos para buscar alternativas, para desafiar o sistema patriarcal e mudar sua condição, seja na sociedade secreta africana de Eleko, seja na Casa Anastácia (Centro de Defesa e Convivência da Mulher) em Cidade Tiradentes”, reflete Antonia Mattos.

FICHA TÉCNICA - Direção e dramaturgia: Antonia Mattos. Elenco: Ellen Rio Branco, Lua Lucas, Luara Sanches, Thábata Letícia e Cláudio Pavão. Direção musical: Jonathan Silva. Concepção de luz: Antonia Mattos e Fernando Alves. Cenário e figurino: Eliseu Weide. Contrarregra: Gley Santos. Fotógrafa: Sheila Signário. Assessoria de Imprensa: Verbena Comunicação. Produção executiva: Dandara Kuntê. Assistência de produção: Ariel Muniz. Idealização: Filhas da Dita.  Estreou: 12/07/2019. Realização: Secretaria Municipal de Cultura, por meio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

O grupo - Filhas da Dita nasceu em Cidade Tiradentes, em 2007, e vem mantendo contínuo processo de criação artística.  Em seu repertório estão os espetáculos: Os Tronconenses (2007), A Guerra (2013), Sonho de Tatiane - Uma Poética Sobre Juventudes (2017) e Canto das Ditas - Fragmentos Afrografados de Cidade Tiradentes (2019). Em 2015, brotou a faísca de um desejo: a construção do fazer artístico novo, mas que mantivesse a memória progenitora. “Afinal, se somos Filhas, nossas mães têm cara, voz e corpo nos nossos processos. Dessa constatação desembocam estudos aprofundados sobre a feminilidade e suas subjetividades com recorte de raça/etnia”, relatam as integrantes do grupo. Em sua montagem mais recente, Fragmentos Afrografados de Cidade Tiradentes, buscam visibilizar narrativas que sempre foram e ainda são negligenciadas. Em 14 anos de trabalho é evidente o aprofundamento de uma prática artística com e no território, além da articulação em rede com outras coletividades periféricas.

Espetáculo: Canto das Ditas - Fragmentos Afrografados de Cidade Tiradentes
Com: Filhas da Dita
Gênero: Drama. Duração: 70 min. Classificação: 14 anos. Ingressos: Gratuitos.

29 e 30 de abril e 01, 05 e 06 de maio - Sexta a domingo | quinta e sexta – às 18h
Teatro Flávio Império
Rua Prof. Alves Pedroso, 600 - Cangaíba. SP/SP. Tel: (11) 2621-2719.
Acessibilidade: tradução em Libras e audiodescrição.

13 e 14 de Maio, às 21h e 15 de maio - Sexta e sábado, às 21h | Domingo, às 19h
Teatro Alfredo Mesquita
Av. Santos Dumont, 1770 - Santana. SP/SP. Tel: (11) 2221-3657.

 

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena
Tel: (11) 2548-8409 / 99373-0181- verbena@verbena.com.br

Teatro do Incêndio realiza última roda de conversa sobre carnaval e identidade cultural do Bixiga

Evento reúne Mestre Zulu, Landão, Batucada de Nego Véio, Fernando Penteado e Mestre Thiago.

O Teatro do Incêndio realiza, no dia 1º de maio (domingo, a partir das 14h) a última Roda de Conversa - cujo tema é Raízes - com mestres da cultura popular, ligados ao carnaval e à construção da identidade cultural do Bixiga (na Bela Vista). Gratuito e aberto à comunidade, o evento acontece na Rua 13 de Maio, nº 48, na sede do teatro, com performance final ao ar livre.

A Roda Raízes reúne nomes históricos do samba de São Paulo: Batucada de Nego Véio (velha guarda de bambas da Zona Leste que mantém viva as tradições populares do samba), Fernando Penteado (nome cravado na história do carnaval paulistano, enredista e diretor de carnaval e de harmonia na Vai-Vai, embaixador e baluarte do samba), Landão (baluarte da Nenê de Vila Matilde, um dos mais antigos componentes da escola) e Mestre Zulu (o homem da voz inconfundível na apuração dos desfiles das escolas de samba). Na mediação do bate-papo está Mestre Thiago Praxedes - ritmista e diretor de bateria com longa trajetória no carnaval de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Esta atividade encerra a série de sete rodas de conversa, que teve início em outubro de 2021, integrando o projeto Sou Encruzilhada, Sou Porta de Entrada. Sou Correnteza da Vida, Esquina Cortada: Ave Bixiga! - contemplado pela 36ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura. O propósito final do projeto é a montagem do novo espetáculo do Teatro do Incêndio, com estreia prevista para julho de 2022.

Batucada de Nego Véio - A velha guarda de bambas, Batucada de Nego Véio, surgiu da necessidade da resistência e preservação dos valores culturais autênticos, expressos nos sambas e nas batucadas da Zona Leste de São Paulo.  O grupo é formado por tradicionais mestres e baluartes que não se enquadram nas modernizações impostas ao movimento do samba e do carnaval paulistano. Desde 2018, o grupo atua na preservação de sambas, melodias, ritmos, batucadas e costumes ancestrais com legitimidade.

Fernando Penteado - É filho e neto de fundadores da Escola de Samba Vai-Vai, onde começou sua trajetória, em 1953, e ainda permanece. Participou da transição do Cordão Carnavalesco Vae-Vae para escola de samba, em 1971. No mesmo ano, participou e organizou a primeira disputa de samba de enredo que teve como protagonista Zé Di, Carioca e Penteado - quando começaram as competições, já com participação de Osvaldinho da Cuíca, Geraldo Filme e outros.  Em 1974, a Ala de Compositores foi oficializada, e Penteado foi homenageado com a carteirinha de número um da Ala, da qual chegou a ser Presidente. Na Vai-Vai, atuou como diretor de carnaval, enredista, diretor de harmonia, diretor cultural, diretor social e conselheiro. Participou das fundações da União das Escolas de Samba Paulistanas, da Liga das Escolas de Samba de São Paulo e da Federação das Escolas de Samba (também presidente). Atualmente, é Embaixador-Mestre do Samba Paulista e acadêmico-mor da Academia dos Baluartes do Samba Paulista.

Landão - Orlando Balbino da Silva, o Landão, nasceu em 1946, no Bixiga, bairro Bela Vista, e sua mãe foi Rainha da Saracura. Mudou-se para o Largo do Peixe, após o falecimento da mãe. No novo endereço, conheceu o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Nenê de Vila Matilde, onde foi passista, mestre-sala, ritmista, intérprete e diretor geral de harmonia. No Carnaval das décadas de 1950 e 960, desfilou no Vale do Anhangabaú, no Parque do Ibirapuera e na Rua 12 de Outubro (Lapa). Landão foi Rei Momo do Carnaval de São Paulo, Cidadão Samba e Embaixador do Samba Paulistano. É um dos mais antigos componentes da escola de samba Nenê de Vila Matilde.

Mestre Zulu - Antônio Pereira da Silva, conhecido por Mestre Zulu, aos 67 anos, exala carisma, transmite seriedade e encanta com sua potência vocal na apuração do samba paulistano. Com formação técnica em Radiologia e Radiodiagnostico, é amante do carnaval paulista: assiste a todos os desfiles com brilho nos olhos. Há 23 anos, Zulu comanda a apuração das notas do carnaval paulistano. “Nunca errei uma nota”, garante, com o orgulho de quem vive pelo carnaval e é capaz de transitar pela cidade sem ser reconhecido, mas se é anunciado vira atração, tamanha a admiração que conquistou. Zulu afirma que a Camisa Verde e Branco é sua única paixão no carnaval. Apesar de ser corintiano doente, não tem relação afetiva com a Gaviões da Fiel: “Sou do tempo em que o carnaval era bom. Não estou dizendo que hoje é ruim, mas tinha coisa que era melhor”. Em 2016, trabalhou como comentarista da Rádio Jovem Pan na transmissão carnavalesca.

Thiago Praxedes - Mestre Thiago, iniciou sua trajetória no samba em meados de 1980, quando a Unidos do Peruche descia a Rua Zilda e seu pai, Sr. Jair, era da bateria. Já nos anos 1990, ingressou na Barroca Zona Sul, escola onde militaria por quase 15 anos como ritmista, mestre da bateria mirim e mestre de bateria. Na Barroca, foi ritmista e diretor de bateria (o mais jovem da história a adentrar o sambódromo, aos 21 anos; na ocasião, elogiado por Leci Brandão pela postura e disciplina apesar da pouca idade). Foi também mestre de bateria do bloco Me Engana que Eu Gosto, das escolas Brinco da Marquesa, Morro da Casa Verde e Quilombo, por 10 anos. É fundador da Quilombo e também seu primeiro presidente. No Rio de Janeiro, desfilou pelo Império Serrano, Portela, Mangueira e Vila Isabel. Em 2013, escreveu o livro do sambista Pé Rachado, no ano de seu centenário. Em 2015, fundou o Projeto Remandiola, grupo de samba de notório nos pagodes de São Paulo. Participou de inúmeras gravações como ritmista com destaque para os grupos Quinteto em Branco e Preto e Nossa Chama. Foi homenageado com honraria na Assembleia Legislativa, em 2019, pela Deputada Estadual Leci Brandão, como prestador de serviço ao samba paulista.

Ave, Bixiga!

Iniciado em abril de 2021, o projeto Sou Encruzilhada, Sou Porta de Entrada. Sou Correnteza da Vida, Esquina Cortada: Ave Bixiga! engloba vivência artística para jovens, residência artística para coletivos teatrais, teatro para crianças e adolescentes (SOL.TE) e rodas de conversa. Sua principal atividade é a montagem de um espetáculo sobre o Bixiga, que resultará de treinamento e pesquisa dramatúrgica, explorando a prática criativa do grupo. Desde o início do projeto, o elenco vem participando de aulas de ritmo, trabalhando na formação de uma pequena e simbólica bateria de escola de samba para compor as sonoridades cênicas do espetáculo.

As Rodas de Conversa compreenderam vidas que se manifestam no carnaval, artistas de tradição cujas histórias servem de estímulo em parte importante da dramaturgia e referencial para a atuação no espetáculo. A presença de mestres de velha guarda e de outros componentes de escolas de samba têm como valor agregador não somente histórias da cultura popular, mas principalmente a vida subterrânea que sustenta as manifestações. “Como toda ação de diálogo proposta pelo grupo, esses encontros sobre a riqueza inesgotável da raiz, da cultura e da vida brasileira continuam na trilha da discussão sobre identidade e tensão de um povo em constante construção. Agora afunilamos o tema para carnaval, cortejos, desfiles e variações do samba”, afirma Marcelo Marcus Fonseca.

Serviço

Roda de conversa: Raízes
Data: 1º de maio. Domingo, a partir das 14h.
Convidados: Batucada de Nego Véio, Fernando Penteado, Landão e Mestre Zulu.
Mediação: Mestre Thiago
Local: Teatro do Incêndio
Rua 13 de Maio, 48 - Bela Vista / Bixiga. São Paulo/SP.
Gratuito. Livre. Evento ao ar livre.

 

Informações à imprensa: VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
Tel: (11) 2548-8409 / 99373-0181- verbena@verbena.com.brDescrição: Share Button

Single Tim Tim de Marcela Brandão tem lançamento em áudio espacial na Apple Music


O single Tim Tim, de Marcela Brandão, ganha ‘versão’ em áudio espacial pelo sistema Dolby Atmos, da Apple Music. A partir do dia 22 de abril, a faixa autoral da cantora pode ser ouvida com efeito de som surround 3D virtual, com fones de ouvido estéreo.

A mixagem de áudio com tecnologia Dolby Atmos promove uma experiência imersiva na qual o som é distribuído em 360º. Os sons chegam com nitidez multidimensional, dando ao ouvinte a sensação de estar no centro da música. O áudio espacial potencializa a percepção de toda a instrumentação; cada instrumento soa com perfeição aos ouvidos, como no cinema, quando os sons parecem vir de todo o espaço.


Tim Tim
, que tem produção musical e arranjo assinados pelo pianista Bruno Piazza, foi lançado em todas as plataformas de música, em 1º de abril, pelo Selim de Música. Na letra, o coração partido, a quebra de sentimentos. Fala sobre colocar maquiagem, olhar para frente e reestruturar as emoções. Marcela usa a metáfora do palhaço na composição, que tem o sorriso pintado no rosto, muitas vezes camuflando o que realmente sente.

A compositora revela que Tim Tim foi inspirada em Valsa dos Clowns (de Chico Buarque e Edu Lobo), interpretada por Jane Duboc em O Grande Circo Místico, cuja letra diz que “o palhaço é um charlatão (...) que comove toda arquibancada com tanta agonia”. E ela afirma: “a canção nasceu em um contexto de tristeza, quando rimos para o mundo com o coração quebrado, como o palhaço da canção de Edu e Chico”.

O arranjo de Piazza segue a mesma direção. A sonoridade traz referências circenses, na qual o pop é pincelado pelo lúdico, sem cair no melancólico, valorizando a interpretação e ao timbre de Marcela. “A música é ritmada ao mesmo tempo em que evidencia emoções interiorizadas. Como na vida: precisamos nos apresentar sempre de forma positiva”, comenta a cantora.

Marcela Brandão é uma artista que gosta de explorar as possibilidades da música brasileira. Seu trabalho conjuga brasilidade ora com o pop, ora com o eletrônico, ora com o regional. São ‘lugares’ onde sua interpretação busca manter a identidade e a personalidade. Ela já se prepara para lançar outro single, que deve sair em breve, produzido pela percussionista e compositora Lan Lanh, que também assinou a faixa Moxotó, em 2021.

FICHA TÉCNICA - Música: Tim Tim (ISRC - BXKZ52200001). Artista/intérprete: Marcela Brandão. Letra e melodia: Marcela Brandão. Produção e arranjo: Bruno Piazza. Músicos: Bruno Piazza (piano), Fi Maróstica (baixo acústico), Gabriel Altério (bateria), Danilo Moura (percussão). Engenharia de gravação, edição, direção e mixagem: Thiago Baggio. Masterização: Mauricio Gargel. Estúdio: Everest Studio (Alphaville, São Paulo). Mixagem / Atmos: Zeca Leme. Masterização / Atmos: Mauricio Gargel. Estudio / Atmos: BTG Studio, São Paulo.  Designer da capa: Jefferson Penna. Distribuição: Selim.

Marcela Brandão

Marela Brandão, foto de Drica Aidar
A paulistana Marcela Brandão (30 anos) é cantora de personalidade e estilo próprio, também violonista e compositora alinhada com seu tempo. Estudou música por 10 anos no CLAM, escola do Zimbo Trio, e faz preparação vocal com Bruna Caram. A carreira profissional começou, em 2010, tocando na noite paulistana e no circuito das Fábricas de Cultura. Cinco anos depois, deu um tempo ao violão para se dedicar à vida acadêmica. Formou-se Gastronomia e Letras, além de estudar Musicoterapia. De um início de carreira afiado com a música popular brasileira mais tradicional, sua estética já envereda por sonoridades contemporâneas, onde a tradição ganha nuance pop e sons experimentais. “Música é sensibilidade, mas é preciso ir além das notas e dos versos para estabelecer um trabalho concreto que vai além do ato de compor e conhecer a trajetória da música brasileira”, diz.

Seu primeiro EP Retorno de Saturno, lançado em 2020, traz cinco composições, sendo três autorais – “Dimensões”, “Eu Não Sei Fazer Rock’n’roll” e “Filosofia de Botequim” - e duas releituras - “Baioque” (Chico Buarque), com arranjo que transita entre o baião e o rock, e “Cuitelinho” (do folclore mato-grossense adaptada por Paulo Vanzolini), que ganhou ares mais alegres. Em novembro de 2020, Marcela lançou o single Sobre Maria (parceria com Zé Tedesco), uma composição suingada, cheia de sonoras brasilidades e ancestralidades, que fala sobre a mulher brasileira com sua força e delicadeza, sua fé na transformação. Em maio de 2021, a música ganhou um videoclipe em animação (assinada por Ale Saraiva e Caroline Eri Hirose), no qual a personagem Maria caminha, desfila e dança interagindo com situações sugeridas pela letra carregada de simbolismos. Em junho, lançou o single Moxotó, produzido pela percussionista, compositora e cantora Lan Lanh, seguido por Menino Severino e Batedeira (esta, de Marcello Sonoro), ambos produzidos por Bruno Piazza, lançados em agosto e outubro de 2021, respectivamente.

Lançamento/single: Tim Tim
Intérprete: Marcela Brandão
Áudio espacial/Dolby Atmos: 22 de abril de 2022
Nas plataformas de música: desde 01/04/2022
Selo/distribuição: Selim de Música - @selimdemusica
Ouça Marcela Brandão: https://open.spotify.com/artist/4YihvchpM0vU5a2ZoTdyak
Facebook: @eumarcelabrandao | Instagram: @marcelabrandaoo | Youtube/mamabrandao

quarta-feira, 13 de abril de 2022

Companhia de Danças de Diadema comemora Dia Internacional da Dança e aniversário de 27 anos com espetáculos no Teatro Clara Nunes

SCinestesia - ©SilviaMachado

Comemorando o Dia Internacional da Dança (29 de abril), a Companhia de Danças de Diadema apresenta, no Teatro Clara Nunes - Centro Cultural Diadema, dois espetáculos de seu repertório. Trata-se do infantil Crocodilo Embaixo da Cama e de SCinestesia, respectivamente nos dias 29 de abril (sexta, às 15h) e 30 de abril (sábado, às 20h).

Os ingressos são gratuitos com distribuição no local, 30 minutos antes das sessões. Após cada apresentação, os integrantes da Companhia participam de bate-papo com o público.

Ainda no dia 29 de abril, acontece o evento do Múltipla Cias de Dança SP - movimento unificado das companhias de dança do Estado - que realiza ações simultâneas em várias cidades em comemoração o Dia Internacional da Dança. Em Diadema, a programação traz a performance Espectro de Nós (Grupo Divinadança / São Paulo), às 19h30, no saguão do Teatro Clara Nunes, e abertura no palco com a Companhia de Danças de Diadema e o  trabalho 1+ Um (de Henrique Rodovalho), às 20h. Na sequência, outras produções locais: Vozes da Dor (de Penélope Hartvite, com a Cia. de Dança NR) e Riso Triste (com coreografia e interpretação de Arlene Ramos). O paulistano Divinadança encerra o evento com Porto Inseguro (de Andrea Pivatto) e Estranho Lugar (de Igor Vieira). 

A Companhia de Danças de Diadema - que comemora seu 27º aniversário em 1º de maio de 2022 - tem apoio da Prefeitura do Município de Diadema, Secretaria de Cultura de Diadema e Associação Projeto Brasileiro de Dança.

Crocodilo Embaixo da Cama

Com coreografia de
Clébio Oliveira e direção geral de Ana Bottosso, o espetáculo foi concebido em 2021, durante a pandemia da covid-19. Pela ótica infantil, Crocodilo Embaixo da Cama é uma viagem poética sobre o nosso tempo, sobre a pandemia, sobre nossas condições mentais que, diante de algo desconhecido, pode desencadear monstros, sejamos crianças ou adultos. 

©Fábio Vera Cruz

O enredo explora o imaginário infantil, repleto de bichos, fantasmas e monstros que provocam medo a qualquer hora do dia, principalmente na hora de dormir. Medos e fobias fazem parte do desenvolvimento da criança, expressa a descoberta do mundo, o discernimento entre o que é real e o que é fantasia, mas o que acontece quando esse imaginário é afetado por uma pandemia assustadora? A montagem caminha na direção de várias questões. Como seria enxergar o mundo atual pela ótica infantil? Como fica o estado mental da criança em um momento pandêmico? Quais as reflexões, expressões e reações da criança ao se defrontar com o desconhecido? Como encarar algo ameaçador e invisível? Como pôr-se em acordo com as emoções, os medos e os sentimentos quando afetados por uma pandemia mundial, tendo que encarar a extraordinária realidade?

FICHA TÉCNICA - Direção geral: Ana Bottosso. Criação coreográfica, pesquisa de material cênico: Clébio Oliveira. Bailarinos criadores: Carlos Veloso, Carolini Piovani, Daniele Santos, Danielle Rodrigues, Guilherme Nunes, Leonardo Carvajal, Noemi Esteves, Thaís Lima, Ton Carbones e Zezinho Alves. Ligth designer: Mirella Brandi. Música original: Matresanch. Concepção e confecção de figurino: Salomé Abdala. Assistência de confecção de figurino: Felipe Lemos. Assistente de direção e produção administrativa: Ton Carbones. Assistência de coreografia: Carolini Piovani. Assistência de ensaio: Zezinho Alves. Aderecistas: Marcos Sanchez e Patrícia Lopes. Técnico de luz: Luan Vinícius. Professores de dança clássica: Márcio Rongetti e Paulo Vinícius. Professor de dança moderna: Reinaldo Soares. Professores de dança contemporânea: Ana Bottosso e Ton Carbones. Condicionamento físico: Carolini Piovani. Orientação de Yoga: Daniele Santos. Professor de View Points: Bruno de Oliveira. Professora convidada: Daniela Moraes (improvisação). Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Assistência de comunicação: Cristina Ávila. Assistência de produção e sonoplastia: Jehn Sales.

1 + Um

@Silvia Machado
Partindo de mais um desenvolvimento técnico de movimento dentro do estilo próprio que o coreógrafo Henrique Rodovalho trabalha, este duo foi criado especialmente para a Companhia de Danças de Diadema. A coreografia foi criada como parte do espetáculo por+vir (2015), quando nove coreógrafos, que já haviam criado para a Companhia, foram chamados para trazer novas experiências para a dança contemporânea, pela sua ótica. Assim, 1 + Um foi concebido por Rodovalho a partir de diferenças no pensar e no mover dos bailarinos, com detalhes próprios de cada um, mas, sobretudo, com muita qualidade e virtuosismo de ambos, resultando numa possibilidade de relação e por vezes de desejo.

FICHA TÉCNICA - Direção geral: Ana Bottosso. Coreografia: Henrique Rodovalho. Bailarinos: Ton Carbones e Carolini Piovani. Assistência de direção e produção administrativa: Ton Carbones. Assistência de coreografia: Carolini Piovani. Assistência de ensaios: Zezinho Alves. Concepção de luz: Henrique Rodovalho. Sonoplastia e assistência de produção: Jehn Sales. Figurino: o elenco. Professores de dança clássica: Márcio Rongetti e Paulo Vinícius. Professor de dança moderna: Reinaldo Soares. Professores de dança contemporânea: Ana Bottosso e Ton Carbones. Professor de View Points: Bruno Oliveira. Professora convidada - Improvisação: Daniela Moraes. Condicionamento físico: Carolini Piovani. Orientação de Yoga: Daniele Santos. Assessoria de Imprensa: Verbena Comunicação. Assistência de comunicação: Cristina Ávila. Duração: 10 min. Indicação etária: livre.

SCinestesia

Com direção geral e concepção coreográfica da bailarina e coreógrafa Ana Bottosso, a obra transita pelo universo do surrealismo, associado às possibilidades de integração entre dança contemporânea, teatro, música e artes visuais. Ana também assina a dramaturgia cênica, junto com o ator-performer Matteo Bonfitto, e a montagem conta ainda com participação do músico e compositor Luciano Sallun na criação da trilha sonora.

A animação surrealista “Tango”, do polonês Zbigniew Rybczynski, foi a principal inspiração para a Companhia de Danças de Diadema. O título “SCinestesia” surge da exploração dos diferentes significados das palavras sinestesia (mistura de sentidos) e cinestesia (conjunto de sensações que torna possível perceber os movimentos musculares). Materializados nos corpos e na cena, ambos os significados dissolvem as fronteiras entre dentro e fora, objetivo e subjetivo, consciente e inconsciente, incorporando ainda mais o universo surreal buscado. No palco, as possibilidades se multiplicam a cada repetição de hábitos corriqueiros. Eles podem ser parecidos, mas nunca iguais. Como em um processo de causa e efeito, ação e reação tudo pode se modificar a partir da mínima desordem, do inesperado, do acaso da vida.

FICHA TÉCNICA - Direção geral e concepção coreográfica: Ana Bottosso. Dramaturgia cênica: Ana Bottosso e Matteo Bonfitto. Intérpretes colaboradores: Carlos Veloso, Carolini Piovani, Daniele Santos, Danielle Rodrigues, Guilherme Nunes, Leonardo Carvajal, Noemi Esteves, Thaís Lima, Ton Carbones e Zezinho Alves. Assistência de direção e produção administrativa: Ton Carbones. Assistência de coreografia: Carolini Piovani. Assistente de ensaio: Zezinho Alves. Concepção musical: Luciano Sallun. Desenho de luz: Alexandre Zullu e Ana Bottosso. Técnico de luz: Luan Vinícius. Cenografia e adereços cênicos: Júlio Dojcsar. Figurinos: Bruna Recchia. Confecção de figurinos: Zezé de Castro. Art designer: Tono Guimarães. Professores de dança clássica: Márcio Rongetti e Paulo Vinícius. Professor de dança moderna: Reinaldo Soares. Professores de dança contemporânea: Ana Bottosso e Ton Carbones. Condicionamento físico: Carolini Piovani. Orientação em Yoga: Daniele Santos. Professor de View Points: Bruno de Oliveira. Professora convidada: Daniela Moraes (improvisação). Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Assistência de comunicação: Cristina Ávila. Assistência de produção e sonoplastia: Jehn Sales.

Serviço

Companhia de Danças de Diadema

29 de abril - sexta-feira, às 15h
Infantil/dança: Crocodilo Embaixo da Cama
Duração: 37 min. Indicação etária: Livre.

29 de abril. Sexta, a partir das 19h30
Evento: Múltipla Cias de Dança SP
Coreografia: 1 + Um
Duração: 10 minutos. Classificação: Livre.
Participam também do evento: Grupo Divinadança, Cia. de Dança NR e Arlene Ramos.

30 de abril - sábado, às 20h
Espetáculo/dança: SCinestesia
Duração: 60 min. Indicação etária: 14 anos. 

Teatro Clara Nunes | Centro Cultural Diadema
Praça da Moça, 300 - Centro. Diadema/SP.
Tel: (11) 4056-3366. Capacidade: 377 lugares.
Ingressos: Grátis - distribuição 30 minutos antes das sessões.
Haverá bate-papo com o público após cada apresentação.

Informações à imprensa

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Eliane Verbena
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