quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Sesc Ipiranga apresenta espetáculo infantil sensorial com máscaras teatrais

Dirigida por Elisa Rossin, com interpretação de Gabriel Bodstein e Gabriela Cerqueira, Entre Mundos propõe experiência sensorial, contemplativa e poética sem uso de palavras.

Crédito/fotos: Pri Fiotti
Com narrativa visual, o espetáculo infantil Entre Mundos estreia no Teatro do Sesc Ipiranga no dia 15 de janeiro, domingo, às 11 horas, onde cumpre temporada até 12 de fevereiro, sempre aos domingos no mesmo horário. Haverá sessão extra no dia 25 de janeiro (quarta, às 11h), por ocasião do feriado de aniversário da Cidade de São Paulo.

Com direção de Elisa Rossin, que também assina a criação junto com os atores Gabriel Bodstein e Gabriela Cerqueira, Entre Mundos é uma montagem com máscaras teatrais, sem utilização de palavras, propondo uma experiência sensorial para o público infantil.

 

No enredo, duas criaturas nascem diante dos olhos do público. São seres embrionários, figuras mascaradas, com formas e tempo próprios. Movidos pela curiosidade, eles descobrem que possuem em si mesmos um misterioso portal que lhes permite transitar por diferentes dimensões. Nessa encantada aventura, eles conhecem lugares inusitados e inesperados como a terra dos dinossauros, o fundo do mar, a agitação de uma grande cidade, a aridez do deserto e o interior escuro de uma caverna, entre outros.

 

A concepção do espetáculo é calcada na narrativa visual, utilizando a máscara como objeto estético definidor de linguagem, construída pelo jogo de imagens. As máscaras cobrem o todo o rosto dos intérpretes, propondo uma encenação simples, elementar e poética. Sem o uso da palavra falada, busca propiciar aos pequenos espectadores uma experiência teatral contemplativa, sensorial e lúdica, despertando o espírito imaginativo do brincar e tocando em camadas sutis de percepção.

Essa composição teatral visual é estruturada por um roteiro simplificado de ações que remete ao storyboard dos desenhos animados ou à sequência das tirinhas das histórias em quadrinhos. Dessa forma, a dramaturgia é construída em cenas curtas e independentes, que obedecem ao esquema clássico com início-meio-fim. Entre Mundos apresenta uma realidade que é moldável e se constrói como haicais ou pequenos poemas visuais e sonoros. O palco se transforma em matéria imaginária, convidando crianças e adultos a mergulharem nas infinitas possibilidades de ser e estar no mundo.

Sobre a encenação

Ator e atriz vestem as máscaras e as personagens surgem. A narrativa de Entre Mundos vai sendo construída por meio dos gestos, da respiração, dos movimentos coreografados e das ações e reações geradas. O cenário remete a uma página vazia que ganha novos contornos, cores e formas a cada viagem pelo misterioso portal: as mudanças de cenário são feitas na imaginação, dentro das cabecinhas das crianças. Os ambientes por onde as figuras passam são sugeridos por uma divertida trilha musical original (Alex Huszar, Max Huszar e Thomas Huszar), que instaura paisagens sonoras compostas de ambiências, melodias e ruídos.

Esse portal, que transporta os protagonistas aos diversos “mundos”, é representado por uma fita elástica, por onde eles entram e saem das variadas situações. A trilha sonora é quase uma terceira personagem que interage com os intérpretes, situando os espaços e as aventuras numa sensorial experiência. É pelo som que a plateia percebe os ambientes onde as criaturas se encontram e sentem com elas as emoções de cada descoberta. A metrópole aparece nos apitos, ruídos dos carros, barulhos de obras; os dinossauros chegam com seus passos pesados e grunhidos; o deserto traz uma assustadora e divertida ventania; o mar apresenta suas criaturas e ondas; na chuva é necessário se abrigar; o pio da coruja assusta na noite escura; a festa de carnaval contagia com muitos sons, música e dança; e tantas outras surpresas e sensações acometem as personagens e também a plateia. 

“Dirigir um espetáculo sem palavras é provocar o imaginário, mergulhar em outras camadas comunicativas, aguçar os sentidos, expandir a compreensão para além do racional”, comenta Elisa Rossin. “Nossa proposta foi usar a máscara sem muito nos preocuparmos com conceitos, regras e definições. Ela é usada mesmo como um embrião, que projeta sobre si muitas possibilidades. As figuras mascaradas se comunicam com o público por uma frequência própria e uma lógica não verbal. É o espírito, a energia da criança que circula dentro delas: inquietas, curiosas, por vezes assustadas, entregues por inteiro no instante do presente”, finaliza a diretora.

FICHA TÉCNICA - Criação e roteiro: Elisa Rossin, Gabriel Bodstein e Gabriela Cerqueira. Direção: Elisa Rossin. Atuação: Gabriel Bodstein e Gabriela Cerqueira. Trilha sonora: Alex Huszar, Max Huszar e Thomas Huszar. Direção de arte: Maria Zuquim. Iluminação: Gabriel Greghi. Preparação corporal: Lívia Seixas. Criação de máscaras: Elisa Rossin e Gabriel Bodstein. Confecção de máscaras: Gabriel Bodstein. Costura: Rita de Cássia e Mônica Rocha. Assistência em costura: Bruna Vizer. Operação de som: Max Huszar. Operação de luz: Gabriel Greghi. Ilustração e design gráfico: Nathália Ernesto. Idealização e coordenação de projeto: Gabriel Bodstein e Gabriela Cerqueira. Produção: Pulo do Gato Produções Artísticas. Realização: Sesc São Paulo.

 

Serviço


 
Espetáculo infantil: Entre Mundos
Temporada: 15 de janeiro a 12 de fevereiro de 2023
Horário: domingos, 11h.
Sessão extra: 25/01 (quarta-feira), 11h.
Duração: 50 minutos. Recomendação etária: 4 anos. Classificação: livre.
Ingressos: R$ 25,00 (inteira), R$ 12,50 (meia-entrada) e R$ 7,50 (Credencial Plena Sesc) - Crianças até 12 anos não pagam.
Ingressos disponíveis no Portal Sesc e nas bilheterias das unidades. 

Sesc Ipiranga
Local: Teatro (200 lugares)
Rua Bom Pastor, 822 – Ipiranga. São Paulo/SP.
Telefone: (11) 3340-2000.

sescsp.org.br/Ipiranga | Nas redes: @sescipiranga.


 

Sobre a equipe de criação

 

Elisa Rossin – Elisa é diretora cênica, atriz, figurinista e diretora de arte. Doutora em Artes Cênicas pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. É integrante da Cia. do Quintal (São Paulo/SP), desde 2012. Ministra cursos de atuação com máscaras na Escola do Quintal e na Escola de Palhaças, em São Paulo. Realizou estágios artísticos com a companhia teatral alemã Familie Flöz, em Berlim, nos anos de 2008 e 2009. Participou do seminário internacional de criação de máscara Arte dela Maschera, no Centro Maschere e Strutture Gestuali - Museo dela Maschera, em Albano Terme, Itália, com Donato Sartori. Ministrou o curso Corpo-Máscara, no Programa de Pós-graduação Latu Sensu de Direção e Atuação da Escola Superior de Artes Célia Helena (São Paulo, 2014 a 2016).

Gabriel Bodstein - Gabriel é ator, diretor e pesquisador. Formado pela Escola de Arte Dramática (EAD/ECA/USP), dedica-se à pesquisa da máscara teatral pelo estudo de sua confecção e utilização, pela criação e atuação em espetáculos. Mantém, desde 2005, parceria de criação com o Barracão Teatro – referência brasileira na pesquisa com a máscara teatral, onde atuou em montagens como Diário Baldio e Freguesia da Fênix, com direção de Tiche Vianna. Em 2015, estreou seu primeiro trabalho autoral, o solo A Vedete, em que atua e dirige. Sua formação na linguagem da máscara passa ainda por experiências com artistas como Enrico Bonavera, Venício Fonseca, Erika Rettl, Esio Magalhães, Fernando Linares, Fernando Martins, Daniela Carmona, Luís Louis, Cristiane Paoli Quito, Liane Venturelli e Fábio Cuelli.

Gabriela Cerqueira - Artista/atriz formada pela Escola de Arte Dramática (EAD/ECA/USP), Gabriela é Integrante fundadora do Grupo 59 de Teatro onde atua nos espetáculos: Histórias de Alexandre, dirigido por Cristiane Paoli Quito (Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem, nas categorias melhor trilha adaptada, melhor direção e prêmio especial pelo domínio criativo dos recursos de narração de história); O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, também dirigido por Paoli Quito; Mockinpó - Estudo Sobre um Homem Comum, dirigido por Claudia Schapira; A Última História, dirigido de Tiche Viana; e Terra à Vista, dirigido por Fabiano Lodi.

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