terça-feira, 21 de junho de 2022

Marcela Brandão entra em cena com novo single: Eu Vim de Lá

 

A cantora e compositora paulistana Marcela Brandão lança o single Eu Vim de Lá, que chega às plataformas de música no dia 1º de julho de 2022, pelo Selim de Música. A faixa é uma parceria de Marcela com o guitarrista Kinho Russo, que também assina o arranjo e divide a produção musical com o pianista Bruno Piazza.

Marcela Brandão conta que a letra de Eu Vim de Lá brotou em um momento de inspiração provocado pela audição do disco Onde?, de Fran e Chico Chico. “O disco provocou em mim uma inquietação criativa, mais especificamente a faixa “Arvore” (Edson Gomes), que me levou de volta ao ambiente rural, onde já morei e, inevitavelmente, é tema recorrente em minhas músicas”. Na letra, ela exalta a sensação de viver e sentir na pele as energias da terra e das ondas do mar, em um jogo metafórico sobre o prazer e a dor de viver.

A melodia segue no mesmo pulso com arranjo pop imagético. Marcela segue conjugando brasilidade no pop, no eletrônico e no regional. Eu Vim de lá é uma canção suingada, na qual elementos eletrônicos, guitarra e sons ancestrais - de instrumentos como berimbau, atabaque, congas e agogô - compõem um ritmo que reporta à brasilidade diversa.

A música será disponibilizada também em ‘versão’ áudio espacial (sistema Dolby Atmos, da Apple Music), que promove uma experiência imersiva com nitidez multidimensional, pela distribuição do som em 360º. O áudio espacial potencializa a percepção/audição de cada instrumento com perfeição, quando os sons parecem vir do espaço ao redor.

A letra  | Eu Vim de Lá

Eu vim do seio da Terra
A Terra que me fez
Terra que me refaz
Que reforma dentro e fora
Onde eu me desculpei
Vim das águas quentes do Brasil
Onde o pulso tá na pele
Que repele a casca da ferida
Pra regenerar a cor
E o vento, o vento, o vento
Balança entre ressaca e bonança
Roda o tempo em seu balé
Todos temos nossas marés
Mas hay que endurecer
Mas hay que endurecer
Mas hay que endurecer
Mas hay que endurecer
E aterrar…

FICHA TÉCNICA - Música: Eu vim de lá. Composição: Marcela Brandão (letra) e Kinho Russo (melodia). Voz: Marcela Brandão. Arranjo: Kinho Russo. Produção musical: Kinho Russo e Bruno Piazza. Coprodução musical: Thiago Baggio. Músicos: Danilo Moura (talking drum, conga, atabaque, agogô, xequerê, shake, tamborim, berimbau, queixada e sementes), Bruno Piazaza (Rhodes e teclados) e Kinho Russo (violões e guitarra). Edição, afinação e mixagem stereo: Thiago Baggio. Masterização stereo: Carlos Freitas. Mixagem atmos: Zeca Leme. Masterização atmos: Carlos Freitas. Estúdios: Everest Studio (gravação - Thiago Baggio) e BTG Studio (mixagem atmos - Zeca Leme). Capa/arte: Jeff Penna. Fotos/divulgação: Guilherme Assano. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Distribuição: Selim.

Marcela Brandão

Crédito: Guilherme Assano
A paulistana Marcela Brandão (30 anos) é cantora de personalidade e estilo próprio, também violonista e compositora alinhada com seu tempo. Estudou música por 10 anos no CLAM, escola do Zimbo Trio, e faz preparação vocal com Bruna Caram. A carreira profissional começou, em 2010, tocando na noite paulistana e no circuito das Fábricas de Cultura. Cinco anos depois, deu um tempo ao violão para se dedicar à vida acadêmica. Formou-se Gastronomia e Letras, além de estudar Musicoterapia. De um início de carreira afiado com a música popular brasileira mais tradicional, sua estética já envereda por sonoridades contemporâneas, onde a tradição ganha nuance pop e sons experimentais. “Música é sensibilidade, mas é preciso ir além das notas e dos versos para estabelecer um trabalho concreto que vai além do ato de compor e conhecer a trajetória da música brasileira”, diz.

Seu primeiro EP Retorno de Saturno, lançado em 2020, traz cinco composições, sendo três autorais – “Dimensões”, “Eu Não Sei Fazer Rock’n’roll” e “Filosofia de Botequim” - e duas releituras - “Baioque” (Chico Buarque), com arranjo que transita entre o baião e o rock, e “Cuitelinho” (do folclore mato-grossense adaptada por Paulo Vanzolini), que ganhou ares mais alegres. Em novembro de 2020, Marcela lançou o single Sobre Maria (parceria com Zé Tedesco), uma composição suingada, cheia de sonoras brasilidades e ancestralidades, que fala sobre a mulher brasileira com sua força e delicadeza, sua fé na transformação. Em maio de 2021, a música ganhou um videoclipe em animação (assinada por Ale Saraiva e Caroline Eri Hirose), no qual a personagem Maria caminha, desfila e dança interagindo com situações sugeridas pela letra carregada de simbolismos. Em junho, lançou o single Moxotó, produzido pela percussionista, compositora e cantora Lan Lanh, seguido por Menino Severino e Batedeira (esta, de Marcello Sonoro), ambos produzidos por Bruno Piazza, lançados em agosto e em outubro de 2021, respectivamente. Em abril de 2022, a faixa Tim Tim entrou nas plataformas e, após lançamento de Eu Vim de Lá, Marcela promete lançar outra música produzida por Lan Lanh.

Lançamento/single: Eu Vim de Lá
Intérprete: Marcela Brandão
Nas plataformas de música: 1º de julho/2022
Selo/distribuição: Selim de Música - @selimdemusica
Pre-save: https://ada.lnk.to/euvimdela
Ouça Marcela Brandão: https://open.spotify.com/artist/4YihvchpM0vU5a2ZoTdyak
Facebook: @eumarcelabrandao | Instagram: @marcelabrandaoo | Youtube/mamabrandao 

 

Contato/artista: SAGITTA Produções
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terça-feira, 14 de junho de 2022

Espetáculo dirigido por Marta Baião cria diálogo entre saúde mental e artes cênicas nas periferias

Crédito/foto: Marta Baião

Montagem da Pião Produções Artísticas tem inspiração em livro de Edmar Oliveira, sobre métodos terapêuticos de Nise da Silveira, e na realidade sobre saúde mental na periferia.

Ouvindo Vozes: da Marginalização à Loucura - espetáculo com  encenação e direção de Marta Baião estreia no dia 22 de junho (quarta), no CEU Alto Alegre, às 20h. Com dramaturgia assinada pela diretora e por Cynthia Regina, a montagem é resultado de pesquisa e processo criativo da Pião Produções Artísticas, livremente inspirada no livro Ouvindo Vozes, de Edmar Oliveira.

As apresentações (gratuitas) ocorrem em espaços públicos não convencionais, frequentados ou a serviço da comunidade, nas regiões de Iguatemi e Sapopemba - zona leste de São Paulo. A temporada inclui quatro rodas de conversa sobre Saúde Mental na Periferia, com participação de Cristina Melo (psicóloga e arteterapeuta), e sessões com tradução em Libras, por Luccas Araújo. As próximas sessões ocorrem na E.E. Jardim Iguatemi (01/07, às 19h e às 21h), CEDECA Sapopemba (06/07, às 20h) e CEU Sapopemba (08/07, às 20h), entre outros.

Este projeto foi viabilizado pelo Programa VAI - Programa para Valorização de Iniciativas Culturais, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

Pelo viés do teatro épico performativo, a poética montagem traz a história de três clientes, como eram chamadas as pessoas em tratamento no Instituto Nise da Silveira, no Engenho de Dentro (RJ), que descobriram vida na loucura, em um lugar marcado pelas ideias da médica psiquiatra, uma revolucionária no tratamento mental pela arteterapaia, que garantiu àqueles(as) com ‘manias de liberdade’, as saídas de suas profundezas para o encontro com a vida.  Os atores Everton Santos, Juliana Morelli e Rogério Nascimento fazem releituras das histórias, não comprometidos com o normal ou anormal, mas com a desconstrução da ideia de loucura. “Ouvindo Vozes é uma história que cabe ao espectador finalizar. A situação exige reflexão de cada um. Parafraseando o cordelista Chico Salles, falamos do bom senso expressado na loucura, desatino de um tempo desigual, onde se mistura estupidez com genialidade”, afirma a encenadora Marta Baião.

O livro Ouvindo Vozes aborda o processo de reestruturação do Instituto por meio da história de pessoas com diagnóstico de esquizofrenia, em tratamento psiquiátrico, privadas de acesso aos direitos básicos de sobrevivência. O enredo explora a realidade exposta no livro e as vivências dos(as) artistas periféricos(as), participantes desta produção, alinhavadas por suas memórias frente à realidade sobre a saúde a mental em seus territórios: os Distritos de Iguatemi e Sapopemba, em São Paulo. Marta Baião explica que o processo criativo conjunto foi conduzido para revelar “corpos aprisionados que fogem do modelo estipulado pela sociedade, corpos indisciplinados que não cumprem um papel esperado”.

Everton Santos traz para a cena a história de um jovem, o mais velho de três irmãos. Por ser fruto de uma relação extraconjugal da mãe com um político, vivia trancado, afastado do convívio social. Ele é internado como louco quando, em um acesso de raiva, ele rasga o vestido de noiva de sua irmã ao descobrir que ela iria se casar sem a sua presença. Rogério Nascimento vive um jovem sonhador, predestinado para passar 20 anos no hospital do Engenho de Dentro, apenas por ser uma pessoa sem controle emocional. Quando alcança o direito de ir para uma casa acolhedora, ele busca conhecer o mundo, busca a liberdade que lhe foi tolhida. Juliana Morelli interpreta uma moça com problemas psiquiátricos que, ao ser internada, conta com a surpreendente adesão das duas irmãs, que decidem se internar junto com a irmã para ficarem juntas.

Segundo a diretora, os elementos cênicos (atuação, cenário, figurino e música) dialogam pela simbologia metafórica. A cenografia concebida por ela sugere o aprisionamento. Espaços delimitados geometricamente se interligam por estruturas altas e vazadas, situando a prisão individual das personagens, bem como as possibilidades de libertação com portas e saídas. A cor branca e transparências predominam nas estruturas e nas cortinas, representando a tênue linha entre a sanidade e a loucura, e também ganham a conotação de telas/mandalas que serão pintadas pelo público antes das sessões, numa referência à arteterapia de Nise da Silveira. Projeções em video mapping - com imagens referentes ao trabalho da Dra. Nise e encenação de métodos físicos de tratamento - potencializam a abordagem e fazem o público pensar, além de técnicas de teatro de sombras que são usadas para representar a possibilidade de morte. Os figurinos (de Marta Baião) carregam simbologias do universo das personagens; trazem alegorias que reportam à busca pela libertação desses corpos. E a trilha sonora original, de Eduluz, conta com músicas que assumem funções dramatúrgicas na encenação, compostas pelos próprios atores.

Toda equipe artística envolvida na montagem foi submetida a um processo arteterapêutico, baseado nas práticas de Nise da Silveira, com o intuito de ampliar as percepções e fundamentar o trabalho. Para os realizadores, Ouvindo Vozes: da Marginalização à Loucura quer contribuir para a conscientização da importância das artes cênicas como um dos elementos fundamentais para conscientizar sobre a saúde mental nas regiões periféricas. “As pessoas da periferia são menos acolhidas em todas as situações. O morador periférico é marginalizado, junto com tudo que lhe diz respeito, e não é diferente com a loucura, quando a pessoa é simplesmente descartada”, afirma Everton Santos. “Queremos sensibilizar pessoas moradoras das nossas regiões tendo como ferramenta a arte, a linguagem teatral, visando reflexão e discussão acerca dos transtornos mentais e suas abordagens nas margens da cidade”, Finaliza.

A origem do espetáculo

A ideia de montar Ouvindo Vozes: da Marginalização à Loucura surgiu, em 2016, quando Michele Araújo e Everton Santos - fundadores da Pião Produções Artísticas - tiveram contado com o livro de Edmar Oliveira, durante pesquisa para outro trabalho. Everton desenvolveu um exercício de cena, a partir da narrativa de um dos clientes de Nise da Silveira, fora do consciente estabelecido socialmente. A semente estava lançada e ele queria conhecer mais. No ano seguinte, junto com Michele, partiu para o Rio de Janeiro, rumo ao Museu de Imagens do Inconsciente e ao Instituto Municipal Nise da Silveira (antigo Hospital Psiquiátrico D. Pedro II), dando início ao processo de gestação de ideias.

Em 2019, eles e Monica Soares, recém-integrada ao grupo, voltaram ao Museu com propósitos mais definidos para estruturação do projeto. “Fizemos uma visita guiada que intensificou o nosso desejo de conhecer e mergulhar nesse universo. Acessamos imagens, esculturas e histórias que despertaram em nós o anseio de criar”, relembra Michele, que é produtora da peça. Também retornaram ao Instituto para saber melhor da sua história e visitaram a Casa das Palmeiras para conhecer de perto as práticas terapêuticas de Nise da Silveira. Essas vivências reverberaram, provocando reflexões sobre essa realidade nos territórios de Everton e Michele: ele, nascido, criado e morador do Distrito de Iguatemi, e ela, nascida, criada e moradora do Distrito de Sapopemba, ambos na Zona Leste de São Paulo, onde também atuam como artistas, produtor/produtora e educador/educadora. Um longo trabalho de construção cênica e o mergulho na arteterapia resultaram no espetáculo Ouvindo Vozes: da Marginalização à Loucura que busca diálogo entre o fazer teatral e a estruturação da saúde mental na periferia.

FICHA TÉCNICA – Livremente inspirado no livro Ouvindo Vozes, de Edmar Oliveira. Dramaturgia: Cynthia Regina e Marta Baião em processo criativo da Pião Produções Artísticas. Direção/encenação: Marta Baião. Elenco: Everton Santos, Juliana Morelli e Rogério Nascimento. Concepção de cenário e figurino: Marta Baião. Execução/cenário: Daíse Neves. Execução/figurino: Isa Santos. Iluminação: Decio Filho. Trilha sonora original e projeção: Eduluz. Músicas: Rogério Nascimento, Juliana Morelli e Everton Santos. Coreografia: Drama Extreme Voz de Nise da Silveira: Leila Silva Gomes. Voz em off: Edmar Oliveira. Arteterapeutas: Monica Soares e Cristina Melo. Psicológa mediadoroa: Cristina Melo. Tradutor intérprete de Libras: Luccas Araújo. Identidade visual: Renan Preto. Fotos/divulgação: Marta Baião. Social media: Rosana Cardoso e Elen Eres. Produção executiva: Michele Araújo e Everton Santos. Idealização e produção geral: Pião Produções Artísticas. Realização: Prefeitura Municipal de São Paulo - Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, por meio do Programa VAI - Programa para Valorização de Iniciativas Culturais.

Marta Baião – Capixaba radicada em São Paulo, Marta Baião é doutora em Artes pela USP e cursa pós-doutorado na USP/FFLCH / Diversitas - Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos. Possui mestrado e doutorado em Artes Cênicas / USP, pós-graduação Lato Sensu - formação em Psicodrama e graduação em Artes Plásticas pela UFES. É pesquisadora, repórter fotográfica, atriz, encenadora e diretora teatral, ilustradora, artivista feminista e criadora de instalações performativas. Entre várias outras atividades, Marta é encenadora do grupo de teatro feminista Mal-Amadas: Poética do Desmonte e coordenadora do Centro Informação Mulher (CIM), maior acervo da América Latina sobre a história de luta das mulheres, criado em 1979

Pião Produções Artísticas - A Pião Produções surgiu com o sonho dos atores/produtores Michele Araújo e Everton Santos em realizar ações culturais nas periferias de São Paulo. Everton e Michele se conheceram estudando teatro na EMIA/Santo André (Escola de Iniciação Artística), em 2001. São nascidos(as) e criados(as) no berço da zona leste de São Paulo, Sapopemba e Iguatemi, respectivamente. Desde 2015, quando fizeram a primeira produção executiva teatral, estiveram à frente de aproximadamente 20 produções, além da elaboração de projetos culturais, inclusive para editais públicos. Everton é pós-graduado em Gestão de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas e Bacharel em Artes Cênicas pela Faculdade Paulista de Artes. Michele é pós-graduada em A Arte de Contar História na Faculdade de Conchas e Licenciada em Artes Cênicas pela Faculdade Paulista de Artes. Juntes realizaram o Curso de Extensão Elaboração, Viabilização e Gestão de Projetos Culturais em Artes Cênicas, com orientação de Daniela Machado (SP Escola de Teatro). Com amor pela produção periférica compreendem que não tem “progresso sem acesso”, por isso querem que todas as pessoas das periferias do Brasil, tenham acesso aos bens culturais e sociais e que artistas consigam produzir sua arte na periferia para a periferia. Em 2019, Monica Soares juntou-se à dupla, no processo de pesquisa para Ouvindo Vozes: da Marginalização à Loucura surgiu, e em 2020, o núcleo se completou com a atriz Juliana Morelli e o ator Rogério Nascimento.

 Serviço / Programação

Espetáculo: Ouvindo Vozes: da Marginalização à Loucura
Com: Pião Produções Artística
Grátis. Duração: 60 min. Gênero: Drama. Classificação: 16 anos. 

29 de junho. Quarta, às 20h (sessão aberta)
CEU Alto Alegre
Avenida Bento Guelfi, s/n - Jardim Alto Alegre / Iguatemi. São Paulo/SP.
Roda de conversa: Saúde Mental na Periferia - com Cristina Melo.

01 de julho. Sexta, às 19h e às 21h (sessão fechada)
E.E. Jardim Iguatemi
Rua Confederação dos Tamoios, 182 - São Mateus. São Paulo/SP.
Roda de conversa: Saúde Mental na Periferia - com Cristina Melo.
Tradução em Libras: com Luccas Araújo

06 de julho. Quarta, às 20h (sessão fechada)
CEDECA Sapopemba - Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente
Rua Vicente Franco Tolentino, 45 - Sapopemba. São Paulo/SP 

08 de julho. Sexta, às 20h (sessão aberta)
CEU Sapopemba
Rua Manuel Quirino de Mattos, s/n - Jardim Sapopemba. São Paulo/SP.
Roda de conversa: Saúde Mental na Periferia - com Cristina Melo.


Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena
(11) 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

 

 

segunda-feira, 13 de junho de 2022

Pereira Barreto recebe infantil inspirado em Manoel de Barros com a Cia. de Achadouros

O espetáculo, indicado ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem
em 2 categorias, cumpre circulação gratuita por 7 cidades margeadas pelo Rio Tietê.

Os Lavadores de Histórias - foto de Giuliana Cerchiari

A paulistana Cia. de Achadouros apresenta o espetáculo infantil Os Lavadores de Histórias, no dia 25 de junho (sábado, às 16h),
na Casa de Cultura Maestro Aristeu Custódio Moreira, em Pereira Barreto, SP, com ingressos gratuitos.

Inspirada na poesia do cuiabano Manoel de Barros, a peça - dirigida por Tereza Gontijo com dramaturgia de Silvia Camossa, em processo colaborativo com o grupo - fala sobre memórias esquecidas da infância, guardadas em objetos abandonados. A montagem foi indicada ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem nas categorias Direção Revelação e Trilha Musical Adaptada.

Os Lavadores de Histórias são Urucum, Tom Tom e Jatobá, interpretados pelos atores palhaços Emiliano Favacho, Mariá Guedes e Felipe Michelini, respectivamente. Durante a noite, visitam quintais para lavar objetos esquecidos ou abandonados, como brinquedos e roupas, e reviver momentos da infância. Eles carregam consigo o Rio da Memória. Nas águas desse rio vão lavando os objetos, revelando histórias, fantasias, personagens e brincadeiras. Eles ficam tocados, mas também se divertem muito com os segredos revelados. Por meio de cenas cômicas e circenses, teatro de sombras e objetos, o espetáculo faz uma sensível reflexão sobre a relação da criança com o mundo real e o da imaginação, lançado um olhar lúdico e poético sobre a infância.

A circulação, que já passou por Suzano (14/5), Salesópolis (19/5) e Santana de Parnaíba (21/5), contempla sete cidades do interior paulista, banhadas pelo Rio Tietê, numa referência ao Rio da Memória presente no enredo da peça. O Rio Tietê, que nasce em Salesópolis (Serra do Mar), percorre praticamente todo o estado de São Paulo e deságua no Rio Paraná. A circulação segue o trajeto do rio em direção a Mato Grosso, onde nasceu Manoel de Barros.

Na sequência, a companhia Botucatu (30/07, às 16h, no Teatro Municipal Camillo Fernandez Dinucci, no Festival de Inverno de Botucatu), Ilha Solteira (13/08, às 19h, na Casa da Cultura Rachel Dossi, integrando a Mostra de Teatro de Ilha Solteira) e Pirapora do Bom Jesus (Casa de Cultura de Pirapora, data a definir).

Três ações completam a programação em cada cidade: Varal de Memórias, uma instalação cenográfica interativa, na qual o público poderá pendurar suas histórias e lembranças da infância; distribuição de Programa Lúdico, contendo jogos divertidos e brincadeiras para as crianças com temas relacionados ao enredo da peça; produção de Mini Documentário com depoimentos e relatos de espectadores sobre a relação com o rio da sua cidade, registros da circulação e bastidores, que será disponibilizado no YouTube da Cia. de Achadouros.

A encenação

Tendo como ponto de partida a potente e delicada poesia Manoel de Barros (1916-2014, Cuiabá/MT), Os Lavadores de Histórias valoriza as pequenas coisas, a beleza contida nas sutilezas, a graça do imaginar, as brincadeiras espontâneas e colaborativas e o contato com a natureza. Os atores fizeram uma imersão na obra do poeta e foram para as ruas do bairro São Mateus, em São Paulo, em busca de histórias reais da memória afetiva de moradores antigos e crianças. “Um dos poemas de Manoel de Barros que mais nos inspirou foi Desobjeto, que fala sobre usar a imaginação para dar novos sentidos e funções a um objeto, transformá-lo em outra coisa na hora de brincar”, comenta Felipe Michelini. Os protagonistas revelam que lembranças de suas próprias infâncias e de outras pessoas envolvidas na produção também estão no enredo.

A diretora Tereza Gontijo - mineira de Belo Horizonte, que também é palhaça, integrante dos Doutores da Alegria e da Cia. Vagalum Tum Tum - enfatiza que o espetáculo foi concebido para a família. “Enquanto a palhaçaria é diversão garantida para as crianças, o tom lírico e poético da peça toca os adultos ao acionar o dispositivo das lembranças da infância”. Ela afirma que o processo junto à Cia. de Achadouros teve como estímulo o prazer do jogo de palhaços no trabalho de criar para o público infantil.

Urucum, Tom Tom e Jatobá sabem que as coisas esquecidas nos quintais guardam muitas histórias de meninos e meninas que cresceram e não lembram mais das brincadeiras e dos sonhos. As histórias surgem à medida que objetos e brinquedos são lavados e revelados. Entre as cenas está O menino que queria voar: um lençol manchado revela o garoto que queria viajar pelo mundo. Às vezes, fazia xixi enquanto dormia e se escondia embaixo da cama, sonhando em voar e unir os quatro continentes. Tem também A menina triste que descobre o que a faz feliz: um lenço colorido traz a história da menina que vivia triste até conhecer um garoto mágico (inspirada em conversas com a sambista Tia Cida, moradora da região de São Mateus). Ela o encontra quando vai buscar lenha e o acompanha até o acampamento cigano, descobrindo ali o seu amor pela música. Em O menino que vai para a lua com o amigo imaginário, um sapato velho se transforma em interfone secreto para anunciar a missão da primeira criança a pisar na lua (história do ator Felipe). Em A menina que encantava os passarinhos, uma velha escova de cabelos traz para a cena a história de uma rádio de passarinhos (memória da atriz Mariá). Muitas aves participam da programação: a andorinha dá receita de bolinho de chuva (chuva mesmo!); o tico-tico, que voa alto, faz a previsão do tempo; no futebol, os jogadores são pássaros; e a radionovela dramatiza a história do menino que ficou chateado porque ia ganhar uma irmãzinha, não um “irmãozinho para brincar”, mas descobre a alegria dessa nova relação (história de Emiliano).

Para o grupo, Os Lavadores de Histórias quer fazer o público lembrar coisas que não deveriam ser esquecidas, lembrar que brincar junto é fundamental, e quebrar as amarras dos adultos pela memória afetiva para que pais e filhos revivam a magia do brincar.

FICHA TÉCNICA - Dramaturgia: Silvia Camossa. Direção: Tereza Gontijo. Elenco: Emiliano B. Favacho (Urucum, Gururu, Cipriano), Felipe Michelini (Jatobá, Bugrinha, Menino Cigano) e Mariá Guedes (Tom Tom, Menina Triste, Meninassarinha). Cenografia: Alício Silva e Bira Nogueira. Figurino: Cleuber Gonçalves. Iluminação: Giuliana Cerchiari. Adereços: Clau Carmo e Cia. de Achadouros. Pesquisa musical: Emiliano B. Favacho e Tereza Gontijo. Músicas: Kevin Macleod. Edição de som: Emiliano B. Favacho e Rodrigo Régis. Voz em off: Evandro Favacho. Grafite/painel: Celso Albino. Operação de som: José Olegário Neto. Operação de luz: Francisco Renner. Preparação corporal: Ana Maíra Favacho e Erickson Almeida. Registro em vídeo, edição e fotografia: Cidcley Ulysses Dionísio. Design gráfico: Nathalia Ernesto. Produção: Leneus Produtora de Arte. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Fotos/divulgação: Giuliana Cerchiari. Idealização: Cia. de Achadouros. Realização: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura e Economia Criativa - Edital ProAC Expresso - 08/2021 - Público Infanto-Juvenil / Circulação.

Serviço

Espetáculo: Os Lavadores de Histórias
Com: Cia. de Achadouros
25 de junho. Sábado, às 16h
Casa da Cultura Maestro Aristeu Custódio Moreira
Rua Dermival Franceschi, 2301 - Centro. Pereira Barreto/SP
Grátis. Duração: 50 min. Livre (recomendação: 4 anos).

Cia. de Achadouros

A Companhia de Achadouros formou-se, em 2012, com o nome de A Melhor da Cidade Cia. Teatral, a partir do encontro de artistas em curso de máscaras, ministrado por Cida Almeida e Sofia Papo, na SP Escola de Teatro. Estudaram técnicas que envolvem o universo das máscaras, da commedia dell’arte, passando pelo bufão até chegar à menor máscara do mundo: o nariz vermelho do palhaço.

Em 2014, contemplado pelo Programa VAI - 2014, o grupo iniciou o projeto O Espetáculo Mais Prestigioso do Século Vai a São Mateus - pesquisa sobre palhaçaria na região de São Mateus, zona leste de São Paulo - que compreendeu ainda uma série de ações culturais no bairro (cortejos cênicos e musicais, saídas livre de palhaço) e pesquisas com a comunidade e a relação com a linguagem do palhaço. O Espetáculo Mais Prestigioso do Século (direção - Sofia Papo; dramaturgia - Cida Almeida) é um espetáculo de rua com linguagem de palhaço e números circenses. As reverberações direcionaram a pesquisa para a ação do palhaço na rua, como interventor e facilitador de relações.

Em 2017, o grupo debruçou-se sobre questões da infância na região com o projeto Elogio à Infância: Escavando os Meninos que Fomos. O trabalho reúne histórias vividas por pessoas em São Mateus, memórias da infância dos integrantes e a poesia de Manoel de Barros. O resultado é o infantil Os Lavadores de histórias, sua segunda montagem, em parceria com a diretora Tereza Gontijo e a dramaturga Silvia Camossa, sendo indicada ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem nas categorias Direção Revelação e Trilha Musical Adaptada. A peça estreou no Sesc Pinheiros, em 2018, seguiu para a unidade Vila Mariana, circulou por unidades do Sesc no interior paulista e foi apresentada no Itaú Cultural, em Casas de Cultura e Fábricas de Cultura, além de ter feito temporada online durante a pandemia.

O grupo também desenvolve projeto de contação de histórias - Origens do Brasil, que reúne histórias indígenas e afro-brasileiras - e intervenções de palhaço com as temáticas: infância e meio ambiente. Os(as) integrantes da companhia também realizaram trabalhos pedagógicos (aulas de teatro, palhaçaria e intervenção urbana) em Casas de Cultura e outros espaços e projetos.

 

Assessoria de imprensa – VERBENA Comunicação
Eliane Verbena
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quarta-feira, 1 de junho de 2022

Rosas Periféricas encerra projeto comemorativo de 10 anos com infantil online e festa-exposição

Atores/Rosas Periféricas (foto de Andressa Santos)

Atuante na zona leste paulistana, o Grupo Rosas Periféricas encerra, em junho, o projeto Rosas Faz 10 Anos - Memórias de Um Teatro Maloqueiro, iniciado em 2021.

No dia 10 de junho (sexta, às 15h) tem sessão online do infantil Ladeira das Crianças – TeatroFunk, pelo YouTube e Facebook do grupo.  E, fechando a programação, acontece a Festa-Exposição, no dia 25/6 (sábado, às 19h30), na sede da trupe, aberta à comunidade para celebrar o sucesso do projeto.

Na Festa-Exposição será exibido um documentário produzido durante a realização, eternizando a comemoração dos 10 anos, que será disponibilizado também no YouTube. Um livro será lançado, registrando a trajetória do Rosas Periféricas e de seus integrantes (atuais e antigos) com histórias das produções e depoimentos de parceiro(a)s, dos atores e das atrizes. A distribuição será gratuita para os presentes, além de bibliotecas municipais, principalmente aquelas localizadas na zona leste da cidade. Tanto o filme quanto o livro levam o nome do projeto. E, completando a festa, uma exposição de fotografias, trazendo registros poéticos sobre a memória do grupo e imagens dos eventos que aconteceram durante a programação, e o Sarau da Antiga 28, inserido no contexto do evento.

O Grupo Rosas Periféricas atualmente é formado por
Gabriela Cerqueira, Michele Araújo, Monica Soares, Paulo Reis e Rogério Nascimento.

O projeto

Iniciado em março de 2021, Rosas Faz 10 Anos - Memórias de um Teatro Maloqueiro foi concebido para festejar os 10 anos que o Grupo Rosas Periféricas completou em 2019, sendo contemplado pela 34ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. A programação - toda gratuita - trouxe uma mostra de repertório próprio, além de apresentar trabalhos de companhias parceiras, pesquisas e vozes inspiradoras para o coletivo. Realizado durante a pandemia, a programação aconteceu ora remotamente (principalmente na fase inicial) ora presencialmente.

Durante as duas primeiras etapas, foram apresentados em sessões online os espetáculos montados pelo Rosas Periféricas, entre 2009 e 2019: Vênus de Aluguel, Rádio Popular da Criança, Narrativas Submersas, Lembranças do Quase Agora, Labirinto Selvático e Ladeira das Crianças - TeatroFunk, além da performance Fêmea e da leitura dramática de A Mais Forte.

O projeto também recebeu espetáculos de grupos e coletivos em apresentações virtuais: As Caracutás, FemiSistah, O Buraco d’Oráculo, CTI - Companhia Teatro da Investigação, Grupo Pandora e Cia. Bendita. Rodas de Conversa trouxeram diálogos e discussão sobre o direito de todos à arte e à cultura, mediadas por Marta Baião e Fernanda Haucke. Oficinas Artísticas para crianças e jovens fizeram parte da programação: Construção de Rimas (Fanieh), Passinho (Pablinho IDD), História do Funk (Renata Prado), Escrita Criativa - Cenopoesia (Jô Freitas), Brincadeiras de Rua (Fellipe Michelini) e Percussão Afro-brasileira (Adriana Aragão). E encontros com 12 saraus tradicionais paulistanos, intensificou a pesquisa para aprimorar o Sarau da Antiga 28: Cooperifa, Urbanista Concerto, Sarau no Kintal, Elo da Corrente, Sarau do Binho, Sarau das Pretas, Comungar, Sarau do Vale, Sarau da Brasa, Sarau Tem Coragem!?, Segunda Negra e Slam da Guilhermina.

A terceira e última etapa, em 2022, trouxe uma circulação do espetáculo Ladeira das Crianças - TeatroFunk pelas periferias da cidade (zonas leste, oeste, norte e sul), além de sessões online, uma temporada do Sarau da Antiga 28 (criado pelo Rosas Periféricas), que foi reformulado a partir dos encontros realizados em 2021, e, fechando as comemorações, a Festa-Exposição na sede do grupo (na ZL).

Programação | Junho de 2022

Espetáculo infantil: Ladeira das Crianças – TeatroFunk
Com: Grupo Rosas Periféricas
10 de junho. Sexta, às 15h
Exibição online: Facebook/ rosas.perifericas e Youtube/Grupo Rosas Periféricas 

Grátis. Duração: 45 min. Classificação: Livre.

Em Ladeira das Crianças - TeatroFunk, o universo das crianças periféricas ganha a cena. Seus desejos e sonhos são embalados pelo ritmo do funk. No ‘bonde’ da ladeira tem criança que sonha em ser DJ, menino curioso para saber o que há dentro do pote, menina de cabelo de nuvem e garota que vive no mundo da lua. Tem criança igual a todo mundo que foi criança um dia e morou na periferia. A peça, dirigida pelo coletivo, estreou em 2019, quando o grupo completou 10 anos. Investigando o próprio território, os integrantes perceberam a importância das crianças para formação de um público periférico e, junto com elas, da valorização da linguagem do funk na região.

Texto: Grupo Rosas Periféricas - livremente inspirado nos livros Amanhecer Esmeralda e O Pote Mágico, de Ferréz. Dramaturgia: Marcelo Romagnoli. Direção: O Grupo. Elenco: Gabriela Cerqueira, Michele Araújo, Monica Soares, Paulo Reis e Rogério Nascimento. Coreografia: Michel Quebradeira Pura. Músicas: MC Kelvin Alves e Michele Araújo. Produção musical: Leony Fabulloso e Fezsantos. Preparação musical: Rogério Nascimento. Figurino: Isa Santos. Cenário: Patrícia Faria. Produção cenográfica: Paula Rosa, Camila Olivetti e Thabata Bluntrit. Juventude Rosas Periféricas: Fabricio Enzo. Produção geral: Michele Araújo. Produção executiva: Paulo Reis e Michele Araújo. Produção administrativa e financeira: Monica Soares. Fotos: Andressa Santos e Allan Bravos. Artista gráfico: Rafael Victor. Social media: Priscyla Kariny. Intervenção nas redes: Cia. Palhadiaço. Realização: Grupo Rosas Periféricas. Agradecimentos: às crianças do Parque São Rafael e Jardim Vera Cruz que brincaram conosco, Daniela Cordeiro, Coral Alvarenga, Allan Bravos, Vitorino Manoel, Laís Oliveira, Renata Prado e Preta Rara.

Festa-Exposição: Rosas Faz 10 Anos - Memórias de um Teatro Maloqueiro
25 de junho. Sábado, às 19h30
Sede do Grupo Rosas Periféricas
Rua Redução de Guarambaré, 39 – Parque São Rafael (ZL). SP/SP.
Grátis (aberto ao público). Duração: 2h. Classificação: Livre. 

Lançamento de livro e exibição de documentário, intitulados “Rosas Faz 10 Anos - Memórias de Um Teatro Maloqueiro”, exposição de fotografias (registros do projeto) e sessão do Sarau da Antiga 28.

 

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena
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