quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

PAINEL SUSTENTÁVEL: Projeto leva capacitação profissional e artística a Ermelino Matarazzo a partir da reutilização de garrafas de vidro

Evandro Damasceno (divulgação)
A comunidade do bairro Ermelino Matarazzo, na zona leste paulistana, ganha o projeto Painel Sustentável que tem como pilar a economia circular, a partir da reciclagem de garrafas de vidro, da capacitação e formação profissional para sua transformação e da valorização da história local por meio da arte e da consciência ambiental.

Numa parceria entre a comunidade, instituições sociais, profissionais, artistas locais e a Owens Illinois (maior fabricante de embalagens de vidro do mundo, instalada em Ermelino Matarazzo), o projeto tem início em janeiro de 2021. A programação (toda gratuita) oferece oficinas de formação e capacitação para jovens, workshops e palestras para os moradores e alunos de escolas da região, além da entrega de um minidocumentário (sobre o projeto e o bairro) e do Painel Sustentável (obra de arte com 50 m² que resultará das oficinas e ficará exposta permanentemente em local público como um presente para os moradores).

No dia 5 de janeiro começam as oficinas regulares de Design em Vidro pelo Método Fusing. A técnica do fusing - aprimorada, ao longo de 10 anos de pesquisa, pelo artista plástico Evandro Damasceno - permite transformar a garrafa de vidro em peças artísticas pela alta temperatura (800ºC). Evandro vai ministrar as aulas teóricas e assinar o Painel Sustentável, construído em pastilhas de vidro reciclado de garrafas, que será criado coletivamente durante as oficinas, tendo como inspiração a história do bairro Ermelino Matarazzo.

Paralelamente, acontecem as Oficinas de Audiovisual (de foto e vídeo) para o público jovem, com coordenação do professor Alexandre de Oliveira, cujo resultado final será a produção de um minidocumentário com o registro do processo de reciclagem e transformação das garrafas de vidro até a criação do Painel Sustentável, além e apresentar o bairro com suas histórias e curiosidades. Completando a programação, ocorrem palestras nas escolas sobre economia circular (reciclar / reduzir / reutilizar) e encontros com a comunidade por meio de palestras e workshops com o intuito de conscientizar e informar sobre a importância da economia sustentável, os benefícios da redução de resíduos vítreos e as oportunidades - de trabalho, artísticas e de empreendedorismo - que essa atitude consciente é capaz de gerar para a população.

As oficinas serão realizadas na Fábrica de Vidro Palmares, coordenada pelo líder comunitário Khondi, que é uma instituição especializada na área do fusing artesanal e artístico com foco em garrafas de vidro, gerando economia solidária e transformação pela arte em Ermelino Matarazzo. Foi desta instituição que Evandro Damasceno emergiu como especialista na técnica. Na adolescência, integrava um projeto social que despertou nele o interesse em transformar a garrafa de vidro em arte. Sobre o Painel Sustentável, Khondi diz que “espera que o projeto inspire outras comunidades a montarem suas fábricas de reciclagem de garrafas de vidro, retirando-as das ruas e dos rios, gerando renda para artistas plásticos pela transformação do ‘lixo’ em ‘luxo’”.

Evandro Damasceno e Gisele Rosa
O vidro, que leva milhares de anos para se decompor na natureza, tem infinitas possibilidades de transformação. A elaboração do projeto levou em conta a questão ambiental, diante do baixíssimo valor pago pelas garrafas nos centros de recolhimento de material reciclável, desestimulando o seu recolhimento. O projeto Painel Sustentável foi desenvolvido após estudos sobre a garrafa de vidro, tendo a técnica desenvolvida por Evandro Damasceno como alternativa para retirar esse resíduo da natureza por meio da reciclagem artística. O local escolhido para dar corpo a esta iniciativa não poderia ser mais apropriado. Além de Ermelino Matarazzo ser um bairro periférico com escassas possibilidades de trabalho e de formação para os jovens, abriga a maior fabricante de garrafas de vidro (a Owens Illinois que abraçou e patrocina o projeto) e também a única fábrica de reciclagem das mesmas garrafas de que se tem conhecimento (a Fábrica de Vidro Palmares, que vai abrigar as oficinas).

Integrar a comunidade ao seu ambiente pela conscientização e geração de renda local, diminuindo o índice de vulnerabilidade e potencializado o sentido de cidadania é o propósito do projeto. “É importante mostrar para os jovens que há possibilidades de trabalho e renda no próprio bairro, partindo da oportunidade de uma formação agregada à versatilidade da reciclagem das garrafas e ao estímulo para a criatividade artística”, finaliza Gisele Rosa, curadora do Painel Sustentável, artista plástica e design de peças feitas com garrafa de vidro.

Protocolos de segurança para prevenção da covid-19 – Durante a realização do projeto Painel Sustentável serão respeitados todos os protocolos de segurança indicados Governo do Estado de São Paulo, como uso de máscara, viseiras, álcool em gel, medição de temperatura e distanciamento entre as pessoas. As oficinas ocorrerão com número reduzido de alunos em espaço amplo e arejado, e aulas teóricas estão sendo avaliadas para o formato online, se necessário, assim com as palestras e os workshops.

O projeto Painel Sustentável é uma realização da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo por meio do ProAC - ICMS - Programa de Ação Cultural, com patrocínio da Owens Illinois, produção da Lenci Cultura Incentivada e apoio institucional da Fábrica de Vidro Palmares. O projeto tem a direção geral de Marcos Lenci com assistência de Kiko Vianello e Fernanda Couto, curadoria de Gisele Rosa, oficinas de vídeo com Alexandre de oliveira e Mitcho, consultoria de Khondi, Evandro Damasceno como artista plástico convidado e administração de Cleo Chaves.

Projeto: Painel Sustentável
Local: Bairro Ermelino Matarazzo, Zona Leste. São Paulo/SP.
Todas as atividades são gratuitas
Oficina 1: Design em Vidro pelo Método Fusing
Oficina 2: Oficinas de Audiovisual
Início: 5 de janeiro de 2020
Dias/horários: terças e quintas - 9h às 12h ou 14h às 17h
Vagas: 20 (cada oficina). Publico: jovens a partir de 18 anos
Informações e inscrições: painelsustentavel@gmail.com (com Gisele Rosa)
Palestras / Workshops / Inauguração do Painel Sustentável: Datas e horários serão divulgados oportunamente.

Informações à imprensa: VERBENA Assessoria
Eliane Verbena / João Pedro
(11) 2548-8409 / 99373-0181- verbena@verbena.com.br

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Arte urbana em projeto do Teatro do Incêndio visa consciência coletiva e valorização histórica do Bixiga

Mural Saracura em construção.
A Cia. Teatro do Incêndio dá início ao projeto Cidade Extensão da Gente, idealizado e coordenado pelo coletivo teatral cuja sede está localizada na esquina das ruas Treze de Maio e Santo Antônio, imóvel histórico, de 1905, na entrada do tradicional bairro Bixiga, região da Bela Vista, em São Paulo, em parceria com a Secretaria Municipal do Turismo e curadoria e produção do Instagrafite. O imóvel é tombado como Patrimônio Cultural e Bem Imaterial pelo CONPRESP - Conselho Municipal de preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo.

O belo e singelo mural de arte urbana, o ‘Saracura’, criado pelo artista visual e muralista Diego Mouro, é a primeira ação (em andamento) do projeto, entre várias que buscam transformar o espaço urbano em lugar de vida e convivência. O tema do painel alinha os afetos cotidianos da comunidade com a história do bairro, ocupando o paredão superior do prédio anexo à sede do Teatro do Incêndio, como uma grande proa vista em perspectiva logo na entrada do bairro. A conexão do Diego com o Instagrafite foi importante para a realização. “A escolha do Diego foi fundamental para retratar o histórico desse bairro que precisa ser ouvido e interpretado. A parceria rendeu uma simbiose assertiva com o histórico e contexto do projeto”, divide Marina Bortoluzzi do Instagrafite.

No painel, Diego Mouro retrata uma mulher preta estendendo roupa no varal que, segundo ele, “é um retrato do cotidiano, uma atividade que, de alguma forma, reúne as pessoas pelas peças de roupas em um mesmo varal, uma imagem comum a muitos nessa comunidade”. O artista se inspirou no fato do Bixiga ter sido o primeiro quilombo urbano, chamado Saracura, para onde alguns escravizados fugiam, passavam-se por trabalhadores junto aos alforriados e eram acolhidos por alguém que lhes oferecia um quarto. Isto fortaleceu a criação da comunidade: um bairro com tantas pensões, local de chegada de muitas pessoas.

“Uma mulher preta estendendo um lençol branco onde está escrito ‘Saracura’ é como ter uma mulher colocando para secar um passado que foi lavado, e também o embranquecimento de histórias”, comenta Diego. Para ele, “o painel fala sobre afetos coletivos e comunitários, traz essa nostalgia e retrata pessoas que vivem e se fortalecem até hoje, a partir e para as comunidades”.

Cidade Extensão da Gente

Panorâmica, teatro visto de cima
O projeto Cidade Extensão da Gente entende o direito à cidade como um direito a si mesmo e traz uma proposta baseada em desejos e necessidades de pessoas que usam, moram, trabalham e visitam a localidade, conforme pesquisa realizada pelo coletivo. As questões levantadas culminam em ações para mudanças que trazem benefícios imediatos ao espaço público e às pessoas que moram ou o frequentam.

A iniciativa concentra-se no planejamento e desenho de uma área urbana que contribua para o bem estar e melhoria da qualidade de vida da comunidade local. Segundo Gabriela Morato, atriz e produtora do Teatro do Incêndio, também idealizadora do projeto, “o Bixiga carrega em suas paredes históricas marcas de diversidade, contudo, ao caminhar pelas ruas, identificamos estruturas esquecidas, excluídas, degradadas e muitas vezes invisíveis ao olhar do transeunte e do morador, que não mais enxerga a cidade como espaço de manifestação e manutenção da vida”. A partir da fala “a estética tem função social”, de Mário de Andrade, figura-símbolo eleita pelo coletivo, a ideia de transformação do espaço e seu entorno começa a tomar corpo. “Acreditamos que a cidade pode ser ponto de convergência, solução para problemas de crescimento desordenado e não planejando, além de uma possibilidade iminente de transformação social e cultural”, argumenta Marcelo Marcus Fonseca, diretor e fundador do Teatro do Incêndio.

O cuidado com a esquina da Rua 13 de Maio com a Rua Santo Antônio é o ponto inicial da contribuição que a Cia. Teatro do Incêndio pretende desenvolver para o bem estar urbano, social, cultural e econômico da comunidade. As pretensões do projeto vão além, em busca de proporcionar moradia de qualidade, respeitando os valores históricos e agregados ao longo do tempo pela diversidade na estrutura do local. “A ocupação do espaço público é um direito. As calçadas, as ruas, as praças e tudo aquilo que forma nosso bairro é extensão de nossas casas e deve alimentar o sentimento de pertencimento, fortalecer a conexão entre as pessoas e a cidade. Fomentar interação para melhorar a comunidade é uma ferramenta inspiradora de reinvenção de nós mesmos - quando atuamos coletivamente - e do espaço público”, argumenta o diretor.

Etapas do projeto

Painel ‘Saracura’ (em andamento) - Painel de grafite que toma o paredão superior do prédio anexo à sede do teatro, logo na entrada do bairro. Ação em parceira com a Secretaria Municipal de Turismo. Produção e curadoria: Instagrafite. Valor: R$ 70.000,00.


Fachada Preservada
- Criação de uma obra de arte (pintura) nas paredes externas do Teatro do Incêndio que exalte a cultura do Bixiga, dialogando com a história do bairro retratada no Painel Saracura. Orçamento para compra de material: R$ 2.000,00.

Ecoponto
- Criação de ecoponto para descarte correto do lixo reciclável e orgânico, em parceria com um artista gráfico e com artistas do teatro e da música para intervenções de conscientização da comunidade. Orçamento para compra de lixeiras: R$ 3.000,00.

Calçada
- Manutenção das calçadas por meio de requerimentos e ações junto à prefeitura da capital.

Parklet
– Instalação de espaço público mantido pela iniciativa privada, na Rua Treze de Maio, para ações culturais e sociais para a comunidade local. Ação em fase de aprovação na Subprefeitura. Orçamento para instalação: R$ 15.000,00 + manutenção.

TEATRO DO INCÊNDIO & BIXIGA - O diretor do Teatro do Incêndio, Marcelo Marcus Fonseca, fundou a companhia, há mais de 24 anos. A atual sede, à Rua Treze de Maio, 48, no Bixiga, foi adquirida com recursos próprios, em 2017, e inaugurada no mês de agosto com sua peça autoral ‘A Gente Submersa’. Além doas montagens teatrais da companhia, o espaço abriga residências artísticas, oficinas de teatro e dança e o projeto Sol-Te que, há seis anos, ministra oficinas livre de teatro para crianças e adolescentes do bairro. A esquina onde o teatro se localiza é a porta de entrada para o Bixiga. O famoso casarão abrigou a Boate Igrejinha, frequentada por nomes como Dalva de Oliveira, onde a cantora Maysa fez sua última temporada e Grande Otelo realizou o show em comemoração aos seus 50 anos de carreira. Mais tarde, se tornou o Café Soçaite, um dos principais redutos da boemia paulistana dos anos 1980.

SOBRE DIEGO MOURO - Artista autodidata e muralista, que vive e trabalha em São Paulo, oriundo da periferia de São Bernardo do Campo, ABC Paulista, cuja população é majoritariamente negra. Seus trabalhos abordam questões raciais e promovem o encontro de elementos e símbolos tradicionais da cultura negra em relação ao Brasil para refletir sobre o regionalismo, construído em cima dos hábitos africanos e transformados em costumes e crenças que só existem aqui, como o congado e o candomblé. Suas técnicas e influências vão da arte tradicional à arte de rua, passando pela pintura contemporânea, percebidas em obras que misturam realismo e traços inacabados. Seu trabalho respeita a tradição do muralismo, na qual a narrativa não verbal é parte da construção de uma nova narrativa histórica da arte e das culturas tradicionais.

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena / João Pedro
Tel: (11) 2548-38409 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

1º Festival das Marias no Brasil reuniu protagonistas femininas da música, circo, teatro, cinema e artes visuais


A primeira edição no Brasil do Festival das Marias - Festival Internacional das Artes no Feminino aconteceu entre os dias 5 e 25 de novembro de 2020 em formato online e gratuito, partir da cidade de São Paulo, SP, Brasil. Tendo como protagonistas mulheres brasileiras, a programação trouxe artes e discussões de temas pertinentes ao fazer artístico da mulher, colocando criações femininas sob os holofotes.

O evento pluridisciplinar, totalmente dedicado à mulher no mundo das artes, nasceu em novembro de 2019, em Portugal, a partir de Beja, percorrendo já em sua primeira edição outros quatro municipios do Alentejo, bem o interior do país. Exaltar o que de melhor as mulheres fazem neste setor, bem como os trabalhos artísticos baseados em vidas de grandes mulheres da história, é a aposta da Lendias d’Encantar e da CADAC, estruturas artísticas portuguesas que lançaram o festival. 

No Brasil, sob a curadoria da produtora cultural Adriana Belic, da Belic Arte.Cultura, a programação trouxe espetáculos e intervenções de música, circo, teatro e literatura, além de artes visuais, diálogos e oficinas sobre o fazer nas artes pelo feminino, provocando reflexões sobre o impacto das desigualdades na vida das mulheres. O encerramento se deu no Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher (25/11), quando foi anunciado o próximo Festival das Marias: de 11 a 20 de março de 2021, em Portugal e no Brasil. 

“Foram cerca de 180 profissionais de Portugal e do Brasil - artistas e realizadores, técnicos e equipes de produção, filmagem e edição - e mais de 40 atividades em uma realização que nos encheu de orgulho e mostrou a força da mulher em um dos momentos mais difíceis para a humanidade”, declara Adriana Belic. Ela completa: “O maior desafio foi gravar e editar as apresentações, em um curto espaço de tempo, para disponibilizar no canal do festival, já que seria inviável ter espetáculos com presença física dos espectadores”. Todas as apresentações e oficinas estão disponíveis gratuitamente para o público no Youtube / Festival das Marias. 

A primeira edição do festival, em novembro de 2019, em Portugal, contou também com a colaboração de Adriana Belic, curadora de música para a América Latina e que arregimentou artistas do calibre de Adriana Calcanhotto, Francesca Ancarola e Marina de la Riva para representar mulheres atuantes na música latino-americana. Com o sucesso da realização, surgiu a ideia de realizar o Festival das Marias em terras brasileiras (São Paulo), que aconteceria simultaneamete à segunda edição portuguesa. “Devido às medidas demasiado restritivas para este tipo de acontecimento, durante a pandemia, ‘As Marias’ regressam a terras lusas somente em março de 2021”, declara António Revez, diretor artístico do Festival das Marias em Portugal. Sendo assim, a organização manteve somente a programação no Brasil, virtualmente. 

Aconteceu no Festival das Marias - Brasil 

Representada por cantoras personalíssimas de estilos distintos, a música se apresentou no Festival das Marias pela força e pelo canto de Fabiana Cozza, Consuelo de Paula, Bruna Caram, Ana Sevá, Woman Summer Quartet e Bebé Salvego. A programação de teatro trouxe solos com as atrizes Suia Legaspe (Labirinto) e Annete Neiman (Apenas um Saxofone) e o infantil Verde Perto - O Musical Ecológico com Renata Pizi. Em literatura, a cantora Marina de la Riva fez homenagem de aos 100 anos de Clarice Lispector. Apresentações circenses com a Troupe Guezá, Painé Santamaria e Bárbara Francesquine mostram a mulher na diversidade artística.

A mulher no cinema veio representada pelos longas-metragens Deus é Mulher e Seu Nome é Petúnia (Dir. Teona Strugar Mitevska) e Papicha (Dir. Mounia Meddour), únicas atividades presenciais do Festival das Marias. Nas artes visuais, destaque paras as três exposições fotográficas: Dani Sandrini em Duas Cidades, e Dan Agostini com Palomas e com Hijras e Tiffanys. 

As Oficinas das Marias abordaram temas sobre iluminação, fotografia, som, canto, cerâmica e costura, e a ação EntreMarias | Diálogos Musicais trouxe lives que abordaram temas como liderança feminina, curadoria e produção cultural na música, conduzidas pelas diretoras da Casa de Abelha Cultural, Amanda Rondina e Júlia Andreatta. As convidadas foram: Michelle Serra (SP/SP), Luiza Morandini (SP/SP), Luiza Mitteldorf (Berlin/DE) e Nefertith Andrade (Fortaleza/CE). 

Ficha técnica / BrasilDireção: Adriana Belic. Consultoria: Bianchi Associados. Gastronomia: Armazém Café Doceria e DQF Gastronomia. Curadoria de cinema: Pandora Filmes e Cine Petra Belas Artes. Curadoria Entre Marias | Diálogos Musicais: Casa da Abelha Cultural. Apoio institucional: Metrô SP. Apoio cultural: Casa de Cultura do Parque. Apoio: Câmara Municipal de Beja, Cidade de São Paulo, DGArtes, Governo de Portugal Média partners / Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação e Platea Comunicação e Artes. Realização: CADAC - Companhia Alentejana de Dança Contemporânea, Lendias d’Encantar e Belic Arte.Cultura.

Festival das Marias - Festival Internacional das Artes no Feminino
De 5 a 25 de novembro de 2020 - São Paulo/SP, Brasil
Programação disponível no YouTube.com / Festival das Marias: https://cutt.ly/DgEqpbP
Facebook / Instagram: @marias.festival

Informações à imprensa | Verbena Assessoria
Eliane Verbena / João Pedro
Tel.: (11) 2548-38409 / (11) 99373-0181- verbena@verbena.com.br

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

As Caracutás apresentam temporada online de Tecendo Diálogos com bate-papo e oficina

foto de Andressa Santos

Em dezembro, o coletivo As Caracutás, apresenta temporada online (gratuita) do espetáculo de teatro-dança Tecendo Diálogos, criado e dirigido pelas intérpretes Ester Lopes e Monica Soares com preparação corporal de Mika Rodrigues.

As sessões acontecem nos dias 17, 18, 19 e 20 de dezembro, de quinta a domingo, às 19h30, pelo Facebook @ascaracutas e pela página de um coletivo convidado. Após cada transmissão, Ester e Monica conversam com os espectadores sobre as histórias das mulheres do Parque são Rafael, região metropolitana de São Paulo, que inspiraram a montagem. A temporada vem acompanhada pela oficina Do Pilates às Danças Brasileiras, no dia 9 de dezembro (quarta, às 16h), ministrada pelas atrizes. 

O espetáculo

Tecendo Diálogos é “pesquisa em movimento”, cujo foco está nas lutas e nos saberes das mulheres da região do Parque São Rafael e imediações. O universo dos valores femininos norteia o espetáculo como uma procura pela força da resistência e do cuidado, pela paixão e inocência - dualidade peculiar ao feminino.

A linguagem cênica reúne artifícios teatrais (incluindo o teatro narrativo) junto às danças populares brasileiras e ao canto em diálogo com a estética contemporânea. A força e leveza da dança e do trabalho de corpo são fundamentais para as histórias das 12 mulheres: histórias que invertem os valores machistas, traçando paralelos e unindo mulheres em suas diversidades. “O corpo feminino carrega muitos traços, tanto do cerceamento quanto da expressividade: pode ser fechado ou aberto para o que está a sua volta”, comenta Ester Lopes.

Monica e Ester recriam as vivências dessas mulheres em diálogos cênicos que partem das lembranças da infância, da juventude e da sabedoria trazida pelo tempo. O espetáculo mergulha no estado do corpo em cada expressão de vida, seja ela alegre, agitada, tímida, cuidadosa ou acanhada. “São personagens reais e corajosas que carregam a simplicidade como beleza, que espelham um mundo futuro de igualdades, desejos comuns à maioria de nós”, reflete Monica Soares. O enredo passa pelos lugares do trabalho, da relação com o próprio corpo, da violência sexual, da fé, da espiritualidade e da maternidade. Cada personalidade é também traduzida por um ritmo da tradição popular (jongo, frevo, carimbó, samba, coco, maracatu rural, batuque de umbigada, ijexá, caboclinho, capoeira). “Para contar as histórias vamos além do corpo: usamos nossos corpos como instrumento de expressão para as cenas”, explicam.

FICHA TÉCNICA - Texto, dramaturgia e direção: As Caracutás. Elenco: Ester Lopes e Monica Soares. Depoimentos: Adriana da Silva, Clotilde Luiza de França, Elza Maria Lopes de Souza, Erineide dos Santos Almeida, Francisca Pereira Barbosa, Jacira Celestino Ribeiro da Silva, Maria Terezinha Pedro, Maria Eliza da Silva Lyrio, Celeide da Silva Lyrio dos Santos, Ester Lopes e Monica Soares. Preparação e direção corporal: Mika Rodrigues. Sonoplastia: Mika Rodrigues e Rodrigo Dias. Arranjos musicais: Mika Rodrigues e Anderson Machado. Operação de som: Thabata Bluntrit. Iluminação: Everton Santos e As Caracutás. Orientação de iluminação: Gabriela Cerqueira. Operação de luz: Jhuly Souza. Figurino e adereços: Isa Santos. Cenário: As Caracutás. Cenotécnica: Thabata Bluntrit. Fotografia/espetáculo e filmagem/entrevistas: Andressa Santos. Filmagem/espetáculo: Mazze Filmes. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Produção geral e idealização: As Caracutás. Produção executiva: Pião Produções Artísticas. Produção gráfica: Valter de Oliveira Silva. Social media: Jhuly Souza. Apoio: VAI - Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais 2019, da Prefeitura Municipal de São Paulo.

Programação

Oficina: Do Pilates às Danças Brasileiras
Data: 9 de dezembro.  Quarta, às 16h
Com: Ester Lopes e Monica Soares – As Caracutás
Inscrições a partir de 30/11 - pelo Facebook - @ascaracutas.
Grátis. Plataforma: Google Meet. Duração 90 min. Livre.

A proposta da oficina Do Pilates às Danças Brasileiras, como o próprio nome indica, é conectar as práticas do método pilates a algumas danças presentes nas manifestações populares da cultura brasileira. O pilates estimula o corpo de forma completa nos exercícios, aumentando a mobilidade, a flexibilidade, a força e o tônus muscular. As manifestações brasileiras nos fazem acessar memórias corporais ancestrais, muitas vezes esquecidas na correria diária. A integração do pilates com as danças brasileiras propicia um melhor condicionamento físico e o reencontro de quem pratica consigo mesmo. Desta forma, além dos benefícios para o corpo, em equilíbrio com a mente, as duas artistas do corpo, atrizes e educadoras contribuem para preservar e manter vivo os ensinamentos das caboclas(os) do nosso país. Os benefícios de ambas as práticas vão além do físico, em busca do bem estar integral.

Espetáculo: Tecendo Diálogos
Datas: 17, 18, 19 e 20 de dezembro. Quinta a domingo, às 19h30.
Grátis. Classificação: 12 anos. Duração: 60 min. Gênero: Teatro-dança.

17/12 - Transmissão + bate-papo: Histórias de Francisca e Clotilde

Facebook / @ascaracutas e @gruporosasperifericas

18/12 - Transmissão + bate-papo: Histórias de Adriana e Elisa
Facebook / @ascaracutas e @coletivaemana

19/12 - Transmissão + bate-papo: Histórias de Tata e Neide
Facebook / @ascacacutas e @FemiSistahs 

20/12 Transmissão + bate-papo: Histórias de nossas avós, mães e nossas histórias
Facebook / @ascaracutas e @favelagaleriaopnicomvida

As Caracutás - O coletivo, fundado, em 2017, por Ester Lopes e Monica Soares (artistas e educadoras residentes em regiões periféricas), pesquisam as artes do corpo (dança e teatro) com foco na cultura popular brasileira e suas intersecções com o contemporâneo nas grandes cidades. O trabalho é calcado em fomentar e estudar as artes junto à população periférica, diante da escassez de equipamentos culturais nessas regiões.

 

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena / João Pedro
Tel: (11) 2548-38409 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

Inspirado nas Living Dolls, espetáculo de Dan Nakagawa traz leitura contemporânea do butô e kabuki, tendo Helena Ignez como atriz convidada

Foto de Dani Sandrini 
O espetáculo de dança-teatro A Vida das Bonecas Vivas, concebido e dirigido por Dan Nakagawa, tem pré-estreia online no dia 29 de novembro, domingo, às 21h30. A gravação - que será exibida pelo canal do projeto no YouTube - ocorreu no palco da Sala Paschoal Carlos Magno do Teatro Sérgio Cardoso, onde cumprirá temporada com presença física do público, em abril de 2021.

Com estética recheada de referências do butô, do kabuki e da dança contemporânea, A Vida das Bonecas Vivas parte do movimento das Living Dolls para tratar de existências humanas à margem de uma sociedade que cerceia a diversidade e a subjetividade. A encenação surge como uma resposta-celebração para uma existência possível no mundo patriarcal e embranquecido.

A ficha técnica, que tem Helena Ignez como atriz convidada, conta com nomes como Bogdan Szyberde (polonês, radicado na Suécia) na provocação cênica, Lucas Vanatt como dramaturgista e Anderson Gouvea na coreografia, que também integra o elenco ao lado de Alef Barros, Laércio Motta, Gabriel Shimoda e Vivian Valente.

A Vida das Bonecas Vivas é inspirado na comunidade global Living Dolls, na qual homens se vestem com máscaras, roupas de silicone e seios protéticos a fim de se transformarem em bonecas vivas. Surgido nos anos 80, atualmente o movimento tem mais adeptos na Alemanha, Reino Unido e EUA. A montagem investiga questões existenciais, de identidade, filosóficas e artísticas na construção psíquica da personalidade em busca de um duplo como forma de transcender a própria existência. E, pelas sutilezas, tensões cênicas e subjetivas, revela a maneira como a instauração dessa nova persona afeta a identidade e, por consequência, a dança do corpo transformado.

Em um lugar atemporal, o enredo fala de pessoas que precisam existir de forma oculta. Borrando as fronteiras entre dança, teatro e performance, Dan Nakagawa traz para o espetáculo a mesma desconstrução do olhar normatizante em relação à sexualidade, gênero, expressão artística e, principalmente, ao modo a expandir e discutir as novas formas de existência que estão além dos padrões estabelecidos. A encenação ocorre em um ambiente que imprime a ideia de sonho. Os atores-bailarinos-performers são envolvidos por atmosferas lúdicas nas quais a cor branca sugere o infinito. O figurino remete à vestimenta plastificada da cultura living dolls, trazendo uma mobilidade contida para os corpos e, ao mesmo tempo, conferindo-lhes uma estética ora lírica, ora grotesca e ora bufônica. A trilha sonora também é criação de Nakagawa para o diálogo direto com as coreografias.

O encenador afirma que o espetáculo faz uma incursão nesse universo, partindo da pesquisa dos movimentos e das gestualidades desses homens em seus trajes de borracha, como uma “segunda pele”, fisicamente restritivos, mas libertadores ao possibilitar uma nova persona. O diretor conta que buscou elementos em sua ancestralidade oriental para construir a estética das cenas. “Fui buscar caminhos na expressão e intensidade do butô, no qual o ‘estado’ de dança passa pela necessidade da morte para o renascimento, e visitei o kabuki, com sua dramaticidade fluida em canto, dança e expressiva maquiagem, para chegar com liberdade a um conceito mais pop, mais contemporâneo, nesse híbrido de dança e teatro, onde movimentos e sons geram os estados físicos no performer”, afirma Dan, e explica ainda que o texto é coreografado, que a palavra é resultado do estado físico desses performesrs em cena.

Segundo o diretor, as personagens de A Vida das Bonecas Vivas vão ao encontro de sua sombra, de seu duplo, tendo por base conceitos da psicanálise como o ‘estranho-familiar’, de Sigmund Freud, o ‘nosso outro no espelho’, de Jacques Lacan, o ‘retornar a si pela experiência do outro’, de Antonin Artaud. Ele conta que usou também como referência os trabalhos do dramaturgo e coreógrafo grego Dimitris Papaioannou, da companhia de dança Cena 11 e do performer e coreógrafo japonês Hiroaki Umeda para trazer à tona perspectivas de um renascimento identitário que transponha os limites do engessamento social e dos papéis desempenhados diariamente.

Dan Nakagawa & o projeto

O primeiro contato de Dan Nakagawa com o tema (living dolls) foi por meio do documentário O Segredo das Bonecas Vivas. “Fiquei fascinado, intrigado com aqueles homens de meia idade e seus hábitos secretos de se vestirem de bonecas com um vestuário de látex, exclusivamente confeccionado para esse movimento. Eles, geralmente, ficam em casa, em suas vidas ordinárias, cada um em sua relação com seu avatar-boneca e, com suas máscaras, transcendem o quê são, para além de suas existências. Isto é arte: anular-se para descobrir outra persona”, revela.

As motivações para esse projeto vêm de uma contínua pesquisa por Dan Nakagawa já no seu primeiro espetáculo Não Ia ser Bonito?, no qual explorou questões existenciais em torno do conceito de realidade e memória. E seguiu em Normalopatas, que questionava um sintoma coletivo de normalidade e normatização, bem como em seu recente trabalho, O Aniversário de Jean Lucca, inspirado na linguagem coreográfica do teatro kabuki e no conceito “lógica do condomínio”, uma analogia do psicanalista Christian Dunker.

Desde 2017, o diretor vem desenvolvendo trabalhos em Estocolmo, Suécia, estreitando as trocas culturais entre a sua arte provocadora e brasileira com o teatro e a dança suecos. Por duas vezes consecutivas, foi convidado a lecionar teatro e performance na Stockholm Academy Of Dramatic Arts, em 2017, mesmo ano em que colaborou como diretor na montagem da peça Tjuvar, de Dea Loher, com direção de Ulrika Malmgren. Em 2018, dirigiu a leitura dramática de O Aniversário de Jean Lucca, de sua autoria, com atores e bailarinos suecos e, no ano seguinte, dirigiu no MDT - Moderna Dansteatern (Teatro de Dança Moderna de Estocolmo) a performance de dança-teatro Wonderful Days - A Work In Progress com artistas da Suécia, Brasil e Inglaterra.

Ficha técnica | Sinopse | Serviço

Ficha técnicaDireção e dramaturgia: Dan Nakagawa. Provocação cênica: Bogdan Szyber. Coreografia e preparação corporal: Anderson Gouvea. Dramaturgismo: Lucas Vanatt. Atriz convidada: Helena Ignez. Bailarinos/atores/performers: Alef Barros, Anderson Gouvea, Laércio Motta, Gabriel Shimoda e Vivian Valente. Trilha sonora: Dan Nakagawa. Assistência de direção: Carla Passos. Design de luz e projeção: Amanda Amaral. Figurino: Alex Leandro. Costura: Deni Chagas, Ana Lucia Bailú e Nicole (Oficina de  Costura e Su Martins). Cenografia e adereços: Rafael dos Santos. Sonoplastia: Lucas Paiva. Tradutor: Gabriel Shimoda. Arte gráfica: Felipe Uchôa. Fotografia: Dani Sandrini. Equipe de vídeo: Atom Filmes. Câmeras: Eduardo Moryama e Francine Tomo. Câmera móvel: Zele Volpato. Finalização: Francine Tomo. Direção de vídeo: Filipe da Gama. Mídias sociais: Platea. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Produção: Anayan Moretto. Direção de produção: Adriana Belic. Apoio: Projeto realizado por meio do Programa de Ação Cultural, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo – ProAC de Produção e Temporada de Espetáculos Inéditos de Dança.

Sinopse - Um homem de meia idade, em uma crise profunda de existência, decide viver uma nova experiência e contrata os serviços de uma inusitada agência japonesa, chamada La Buena Vista, que proporciona ao homem uma nova realidade: uma nova família, novos amigos, um novo amor e um novo nome: Margareth. Ele, então, decide renascer no corpo de uma boneca viva, em outro planeta chamado A Outra Terra, inspirado numa Tóquio futurista. Nesse planeta, ela vive toda a felicidade que esse simulacro de vida pode oferecer. A fantasia vivida é plástica, assume a poesia da dança e do musical até que a realidade esquecida venha encontrar Margareth na forma de seu duplo. Frente a frente com sua parte mais sombria, Margareth deve fazer a sua escolha.

Espetáculo: A Vida das Bonecas Vivas
Pré-estreia online: 29 de novembro - domingo, às 21h30
Onde: YouTube / A Vida das Bonecas Vivas - https://cutt.ly/avidadasbonecasvivas
Grátis. Duração: 1h. Classificação: 14 anos. Gênero: Dança-teatro.
Instagram: @avidadasbonecasvivas | Facebook: @ bonecasvivas2021

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena / João Pedro
Tel: (11) 2548-8409 / 99373-0181- verbena@verbena.com.br

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Websérie ‘Extremos’ estreia em 01 de dezembro com atores contracenando de cidades diferentes do país

Com direção geral de Hudson Glauber, a websérie Extremos estreia no dia 01 de dezembro pelo YouTube. A produção chega com formato inovador, no qual cada um dos atores, além de interpretar seu personagem, participou também da direção, gravando, eles mesmos, suas próprias cenas.

Os sete episódios, com duração de 7 a 13 minutos, mostram personagens em situações limites, questionando fatores que levam as pessoas a tomarem atitudes extremas em suas vidas.

Durante a produção dos episódios, devido à quarentena, os atores estavam em diferentes localidades do Brasil, em estados como Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e São Paulo. O maior obstáculo foi produzir ambientes semelhantes sugerindo que estivessem no mesmo espaço contracenando frente a frente. “O resultado foi surpreendente. Todo o cuidado e toda a técnica usada para que as cenas fossem convincentes, diante da impossibilidade de uma produção em estúdio, podem ser vistos no resultado da série. Ou melhor: não podem se vistos. O espectador não vai perceber esse detalhe e foi esse o nosso objetivo”, declara o diretor Hudson Glauber.  

A ideia de Extremos surgiu quando um grupo de atores formados pela Escola de Atores Wolf Maya tiveram que interromper as filmagens de um longa-metragem e voltar para suas respectivas cidades, diante da pandemia do coronavírus. Distantes, criaram em conjunto o roteiro da websérie e, para viabilizar a produção, foram desafiados a explorar e desempenhar outras funções importantes da arte cênica, além da atuação: direção, produção, fotografia e comunicação visual de seu próprio episódio. Até mesmo a edição final foi feita por dois integrantes do elenco.

Além da direção geral, Hudson Glauber foi responsável pela preparação do elenco e realizou pela internet todos os ensaios, fazendo com que a interação entre os atores, mesmo à distância, contribuísse de forma homogênea com os personagens e com o resultado final, garantindo a qualidade e o tom dramático da websérie, apresentando os dramas concebidos no roteiro de forma contundente.

Sinopses dos episódios de Extremos (fotos dos episódios pela ordem)

  
Episódio 1 (8’43”) - Geisy e Joel formam um casal lindo e perfeito que está prestes a ter o seu primeiro filho, mas uma tragédia inesperada vai abalar a relação, gerando desconfiança, mágoas e frustrações. Geisy conhece a verdadeira face do marido quando ele tem um acesso de raiva extremo. Criado e desenvolvido por: Raissa Abreu e Gonçalo Segre.

Episódio 2 (10’43”) - Otton, Hellen e Fabrício são jovens que decidem entrar para o mundo do crime. Eles então sequestram Roberta, que possui acesso a dados sigilosos. Fabrício está encarregado de cuidar da refém. Nesse período, trancafiados no quartinho, Fabrício e Roberta passam a conviver e, de uma maneira estranha, acabam se aproximando. Resta saber se Fabrício terá coragem de se livrar da refém quando chegar o momento. Criado e desenvolvido por: Vinícius Fontana e Roberta Forato.

  
Episódio 3 (7’19”) - Hellen sai à rua para resolver algumas questões referentes ao recente sequestro quando acaba esbarrando com Clara, uma amiga de sua falecida irmã. Elas trocam contatos, e Clara pede a Helen que a ajude a fazer um aborto, quando vêm à tona traumas do passado de ambas. Helen se lembra do que aconteceu com sua irmã e tenta convencer Clara a não fazer o aborto e isso gera atritos entre elas. Criado e desenvolvido por: Sarah Angelis e Catharina Viezzer.

Episódio 4 (8’52”) - Otton está cada vez mais insatisfeito com os sequestros organizados pelo trio, que o próprio julgava “não serem lucrativos”. Ao receber uma mensagem de Gael, o jogo muda. Gael lhe oferece grana para vender de drogas, e Otton, vislumbrado com o dinheiro, deixa Roberta nas mãos de Fabrício e Hellen e segue, enfim, para seus próprios objetivos. Convidado a subir ao apartamento de Gael, Otton mas não imaginava o que o aguardava. Criado e desenvolvido por: Edu Queiroz e Lucas Lorca.

  
Episódio 5 (11’20”) - Miguel deixa Lis em sua cidade natal e se muda para São Paulo em busca de uma carreira como jornalista, mas Lis possui o desejo de se tornar cantora e também parte rumo ao seu sonho. Ao descobrir que a garota está em São Paulo, Miguel decide procurá-la para resolver questões de um passado familiar conturbado. Um deles consegue superar os traumas e seguir em frente, o outro decide tomar medidas extremas para acabar com o sofrimento. Criado e desenvolvido por: Fernanda Novoa e Flávio Macch.

Episódio 6 (7’48”) - Kira e Marcela são amigas de infância e estudam na mesma escola. A amizade sempre foi conturbada e a inveja de Marcela fez com que a amiga fosse expulsa da escola, injustamente. Marcela nunca foi descoberta. Somente Jade, a irmã mais velha de Kira, sabia o que realmente aconteceu. Anos se passaram. Kira reencontra Marcela, descobre o segredo e decide contar tudo para Jade, que vê aí uma oportunidade de chantagear Marcela. Criado e desenvolvido por: Letícia Nerak, Luana Pessi e Vic Baccarelli.

Episódio 7 (13’06”) - Em uma pequena cidade do interior, Romulo e Ana, dois jovens amantes com ideais diferentes, percebem que precisam de muito mais do que um relacionamento amoroso para sair daquela vida pobre e medíocre. Eles caminham lado a lado? Até onde essa relação é forte? Quem deve se sacrificar para o outro atingir o sucesso? Criado e desenvolvido por: Raffah Beletti e Sabrina Nask.

Ficha técnica: Direção Geral: Hudson Glauber. Coordenação de produção: Rodrigo Trevisan e Renato Campagnolli. Supervisão de roteiro: Assistência de direção: Felipe Caiafa.Rodrigo Trevisan. Edição: Gonçalo Segre e Vinícius Fontana. Animações: Edu Queiroz. Edição de teasers: Vic Baccarelli. Finalização: Matheus Gonçalves. Designer gráfico: Felipe Barros.

Serviço

Websérie: Extremos
Lançamento: 01 de dezembro de 2020
Disponibilização dos episódios: 01/12 a 12/01 - Terças, às 18h.
Onde: YouTube/escolawolfmaya
https://www.youtube.com/channel/UC13uNWbekh8kOuh5wzXcr7w
Grátis. Classificação: 14 anos.
Assista pelas redes sociais os teasers sobre o lançamento: 20/11 e 27/11 (sextas, às 18h).

Mais informações: http://wolfmaya.com.br/ | Nas redes: @escolawolfmaya

Informações à imprensa | Verbena Assessoria
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terça-feira, 10 de novembro de 2020

Kameron Steele conversa com Fabiano Lodi sobre artes cênicas & Método Suzuki em live da Oficina Cultural Oswald de Andrade

O diretor teatral Fabiano Lodi entrevista, no dia 19 de novembro (quinta, às 19h), o norte-americano Kameron Steele, reconhecido como um dos mestres do Método Suzuki de treinamento de atores. Esta atividade dá sequência à série de lives internacionais sobre artes cênicas, promovida pela Oficina Cultural Oswald de Andrade, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerenciado pela Poeisis.

Integrante do ALASUR, companhia de teatro sediada em Mendoza, na Argentina, onde reside atualmente, Kameron Steele desenvolve um relevante trabalho formativo, artístico e de intercâmbio cultural. Foi colaborador do diretor teatral japonês Tadashi Suzuki, por mais de 30 anos, realizando diversas atividades, entre as quais destaque para o trabalho como ator na SCOT (Suzuki Company of Toga), como tradutor (do japonês para o inglês) do livro Culture is the Body e como professor do Método Suzuki em diversos países. Também vem trabalhando, há mais de 10 anos, ao lado do diretor americano Bob Wilson, no Watermill Center. Formado em direção teatral pelo Instituto de Artes da Califórnia. Seus trabalhos foram apresentados no México, Espanha, Polônia e Bélgica, além de ter ministrado cursos em universidades dos Estados Unidos, Taiwan, China e Turquia.

O amplo alcance internacional das atividades desenvolvidas por Kameron Steele, bem como os desafios do fazer artístico em diferentes realidades sociais e culturais serão alguns dos temas abordados na live, que será transmitida em inglês com legendas em português. A abertura, apresentando o convidado, acontece pela plataforma Zoom e, na sequência, o público é conduzido para o canal do Youtube que transmitirá a entrevista. Os interessados devem fazer inscrição grátis pelo canal Mais Cultura no site da Poiesis. As vagas serão disponibilizadas por ordem de inscrição - aqui.

O evento dá sequência a uma série de lives sobre Viewpoints e Método Suzuki, conduzidas por Fabiano Lodi, nos meses de agosto e setembro e outubro (neste mês, a convidada foi Anne Bogart, renomada diretora norte-americana que falou sobre Viewpoints). Esta atividade faz parte do programa #CulturaEmCasa, cuja idealização e produção são de responsabilidade da Leneus Produtora de Arte.

Fabiano Lodi

Fabiano Lodi é diretor teatral. Mestre em Arte-Teatro pela UNESP e graduado em Artes Cênicas pela UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina, ele possui extensa formação com experiências como ator, professor, produtor e pesquisador. É responsável pela Leneus Produtora de Arte, criada em 2010, que realiza, representa e gerencia projetos artísticos, culturais e formativos. Desde 2005, desenvolve trabalho continuado de pesquisa sobre procedimentos práticos em direção teatral, envolvendo os métodos Suzuki e Viewpoints, os quais resultaram em publicações variadas com destaque para a tradução de O Livro dos Viewpoints (Ed. Perspectiva/2017), de Anne Bogart e Tina Landau, à qual integra a equipe de tradução. Premiado, em 2011, com bolsa do Ministério da Cultura (MinC), participou de atividades teatrais coordenadas pela SITI Company, em Nova York. Em 2014, participou do programa de aprimoramento técnico do Método Suzuki, coordenado pelos diretores Tadashi Suzuki, Kameron Steele e Mattia Sebastian, realizado na sede da SCOT (Suzuki Company of Toga), em Toga-Mura, Japão.

Seus trabalhos recentes incluem treinamento de Método Suzuki na preparação corporal dos atores Reynaldo Gianecchini e Ricardo Tozzi, para o espetáculo Os Guardas do Taj, dirigido por Rafael Primot e João Fonseca, e participação como diretor convidado no Festival Internacional de Teatro Knots Nudos, em Mogi das Cruzes, para criar o Experimento Artístico, envolvendo os 47 artistas de oito nacionalidades. Dirigiu os espetáculos: Mercado Branco - Cia dos Ratos, Terra à Vista - Grupo 59 de Teatro e A Sapateira Prodigiosa - Grupo Preto no Branco, projeto premiado pelo ProAC de montagens inéditas.

Na área de arte-educação, Fabiano Lodi tem extensa trajetória, passando pelo Curso Técnico de Formação de Atores em Teatro Musical do SESI, Programa Vocacional da Prefeitura de São Paulo, Projeto Ademar Guerra e Fábrica de Cultura Capão Redondo – Poiesis, curso livre de teatro da PUC-TUCA, CEFTEM, Oficinas Culturais de São Caetano do Sul e, atualmente, IBFE-SP - Instituto Brasileiro de Formação de Educadores, como professor de Pós-Graduação em Educação. Coordena o Projeto Jovem em Cena, que promove a circulação de oficinas gratuitas de teatro no interior de São Paulo.

Serviço

Live internacional: Kameron Steele
Coordenação: Fabiano Lodi
Data: 19 de novembro - quinta, às 19h
Local: atividade on-line (plataforma Zoom)
Inscrições grátis até 19/11 - 100 vagas (seleção por ordem de inscrição):
https://poiesis.org.br/maiscultura/oficinas_culturais/live-internacional-fabiano-lodi-conversa-com-kameron-steele/
Livre. Duração: 2h. Público: interessados em geral

Oficina Cultural Oswald de Andrade. Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro - São Paulo. Telefone: (11) 3221-4704 | E-mail: oswalddeandrade@oficinasculturais.org.br. Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 12h às 16h. Pessoas que desejam visitar exposições e grupos artísticos que precisam ocupar espaços para ensaios devem agendar pelo www.oficinasculturais.org.br, onde também encontram informações sobre as medidas sanitárias para combater a Covid-19. Acessibilidade. Programação gratuita, sendo parte dela mantida de forma virtual. Saiba mais: www.oficinasculturais.org.br e http://poiesis.org.br/maiscultura/.

Sobre a Oficina Cultural Oswald de Andrade - A Oficina Cultural Oswald de Andrade realiza atividades na formação e difusão cultural em diferentes linguagens artísticas. As atividades (gratuitas) são no formato de oficinas, workshops, núcleos de estudos, seminários, residências artísticas, intercâmbios, apresentações cênicas, exposições e outros. Em seus 30 anos, passaram pela Oficina nomes como Quentin Taratino, Klauss Vianna, Nuno Ramos, além de importantes companhias nacionais e internacionais como Théâtre du Soleil, The Workcenter of Jerzy Grotowski, e Thomas Richards & Teatro da Vertigem. Em 2015, a Oficina foi indicada ao Prêmio Shell na categoria Inovação “pela ampliação e renovação no acolhimento de projetos de artes cênicas, com a plena ocupação de seu espaço por grupos e companhias de teatro, cuja agenda cultural potencializa a revitalização do bairro do Bom Retiro”. Em 2019, ganhou o Prêmio APCA como a melhor programação de dança na categoria Projeto/Programa/Difusão/Memória. Oficinas Culturais é um programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo que atua, desde 1986, na formação e na vivência da população no campo de cultura. O Programa é administrado pela organização social Poiesis.

Sobre s Poiesis - A Poiesis - Organização Social de Cultura é uma organização social que desenvolve e gere programas e projetos, além de pesquisas e espaços culturais, museológicos e educacionais, voltados para a formação complementar de estudantes e do público em geral. A instituição trabalha com o propósito de propiciar espaços de acesso democrático ao conhecimento, de estímulo à criação artística e intelectual e de difusão da língua e da literatura.

Informações à imprensa

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