quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos

 Mulheres são personagens fortes na nova montagem da
Companhia de Teatro Heliópolis que comemora 20 anos.

Foto de Weslei Barba

A Companhia de Teatro Heliópolis estreia no dia 12 de março (sábado, às 20h) o espetáculo CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos, que aborda a forte presença feminina no contexto do encarceramento.

A temporada ocorre na Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho, sede do grupo, com ingressos no sistema “pague quanto puder” para o público em geral e gratuitos para alunos e professores da rede pública. Reservas antecipadas online pela plataforma Sympla.

Com encenação de Miguel Rocha e texto de Dione Carlos, o enredo parte da história de duas irmãs gêmeas - Maria dos Prazeres e Maria das Dores - com vidas marcadas pelo encarceramento dos homens da família para apresentar as estratégias de sobrevivência, sobretudo, das mulheres em suas comunidades. Quanto ao título, a dramaturga explica que “faz referência às mulheres que transmutam as energias de violência e morte e reinventam realidades”.

A montagem - que tem como intérpretes Antônio Valdevino, Dalma Régia, Danyel Freitas, Davi Guimarães, Isabelle Rocha, Jefferson Matias, Jucimara Canteiro, Priscila Modesto e Walmir Bess - é resultado do projeto CÁRCERE - Aprisionamento em Massa e Seus Desdobramentos, elaborado para comemorar os 20 anos que a Companhia de Teatro Heliópolis completou em 2020, sendo contemplado pela 35ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

A encenação de Miguel Rocha trata o tema tendo as mulheres - mães, esposas, companheiras, irmãs - no centro da abordagem. “São elas que carregam o peso, que são acometidas pelos desdobramentos do encarceramento de seus parceiros ou familiares, vendo abalada a sua vida emocional, sua segurança física e sua situação financeira. A mulher se torna a força e o sustentáculo da família, e também daquele que está em situação de cárcere”, argumenta o encenador.

A história das duas irmãs é um disparador no enredo de CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos para revelar o quão difícil é se desvincular de uma estrutura tão complexa quanto o encarceramento. Enquanto a mãe enfrenta o sistema na tentativa de libertar o filho preso injustamente, lutando pela sobrevivência da família e do filho, sua irmã é refém do ex-companheiro também encarcerado, a quem deve garantir a subsistência no presídio, além de não ter direito a uma nova vida conjugal pelo risco de perder a própria vida. Presas a um histórico circular, pois também tiveram o pai preso, elas lutam para quebrar o ciclo, em um percurso cheio de espinhos. Miguel Rocha comenta que “a montagem não ignora que a tirania do cárcere reverbere na periferia, onde poderes paralelos criam regras e ditam normas, dispondo da vida das pessoas”.

A ancestralidade está presente na dramaturgia e permeia a encenação de forma arquetípica. O coro aparece tanto como uma representação da coletividade quanto um exercício da voz ancestral, cujos saberes resistiram à barbárie e atravessaram séculos nos corpos, nas memórias e nas crenças do(a)s africano(a)s que, escravizado(a)s, fizeram a travessia do Atlântico. Vale ressaltar que a maioria dos encarcerados é de ascendência negra, além de pobres e periféricos. “Nosso propósito é apresentar uma obra que trace o percurso dessas mulheres, pretas e pobres, cujo destino é atrelado ao cárcere. Não é defender a criminalidade, mas refletir sobre a situação limite em que o condenado se insere, além de mostrar que o modelo prisional vigente é cruel, discriminatório e não presta à ressocialização”, argumenta Miguel Rocha.

Como já é característico nas encenações da Companhia de Teatro de Heliópolis, o espetáculo explora as ações físicas para construir um discurso poético e expressionista das relações de poder e da situação de cárcere. A música ao vivo potencializa esse discurso nas cenas coreografadas que denunciam e evidenciam o cotidiano em questão. O futebol, a comida, as humilhações, a disciplina imposta são passagens que elucidam a ambiguidade da proposta do sistema para a reabilitação daquele que, supostamente, infringiu as regras da sociedade. O encenador explica que “a música e a coreografia têm a força de expor a concretude, a precariedade e a desestrutura do espaço onde o enredo se desenvolve”.

No espaço cênico (assinado por Eliseu Weide) predominam a cor cinza e a iluminação (Miguel Rocha e Toninho Rodrigues), que confere intensidade à cena e à dramaturgia. Apenas alguns elementos cenográficos são contextualizados de forma poética, a exemplo das gaiolas que representam a prisão emocional e psicológica da mulher que sofre indiretamente as consequências do cárcere. Criados por Samara Costa, os figurinos são neutros (calça e camiseta), sugerindo o ator dentro do jogo de cena, antes da personagem. A trilha sonora original (de Renato Navarro) é executa por três musicistas mulheres (Denise Oliveira - violino, Jennifer Cardoso - viola e Amanda Abá - cello) e um percussionista (Alisson Amador).

Durante o processo de criação de CÁRCERE, o grupo contou com participação de pensadore(a)s e pesquisadore(a)s em debates (Salloma Salomão, Juliana Borges, Roberto da Silva e Preta Ferreira), provocações (Maria Fernanda Vomero e Bernadeth Alves) e performatividade (Carminda Mendes André); também de Bruno Paes Manso e Salloma Salomão como comentadores, além da colaboração de outros profissionais como Bel Borges e Luciano Mendes de Jesus (preparação vocal), Renato Navarro (música), Érika Moura (pesquisa corporal) e Janete Santiago (dança afro), entre outros.

Segundo o diretor, não há como dissociar esta produção do momento particular a que a humanidade foi submetida. “O fato de ter sido elaborado durante a pandemia, com grande parte do processo realizado virtualmente, nos traz uma experiência diferente. Trabalhamos com o corpo, o contato físico, o suor, a presença cotidiana... E, enclausurados na maior parte do tempo, fomos desafiados a criar uma obra sobre enclausuramento”, finaliza Miguel Rocha.

A pesquisa

Situada em uma das maiores favelas da América Latina, a Companhia de Teatro Heliópolis, desde sua fundação em 2000, tem sua pesquisa cênica calcada na realidade e nas identidades presentes na comunidade de Heliópolis, que possui quase 200 mil habitantes. A ideia de ter o cárcere como foco do presente trabalho surgiu no processo de pesquisa anterior, Justiça - O que os Vereditos Não Revelam, que resultou no espetáculo (In)Justiça (2019), indicado ao Prêmio Shell na categoria Música e ao Prêmio Aplauso Brasil na categoria Melhor Espetáculo de Grupo, além de ser eleito um dos melhores espetáculos do ano pelo Guia Folha e Divirta-se / Estadão. O propósito foi aprofundar a pesquisa sobre o encarceramento e sobre as pessoas mantidas nas prisões brasileiras, investigando quem são elas, como se sentem numa prisão, os impactos da superlotação nos presídios em suas vidas, o abandono pelo Estado e as consequências do encarceramento para seus familiares.

O encarceramento em massa representa um grave sintoma da criminalização da miséria e sinaliza para uma perigosa homogeneização: favelas e cárceres passam a ser ambientes intercambiantes. Interessa à companhia investigar a indústria do cárcere, para que serve e a quem interessa o encarceramento em massa. Também busca um olhar mais próximo e específico para compreender como a dinâmica carcerária afeta os moradores de Heliópolis e a sociedade como um todo.

É sabido que a população-alvo do encarceramento, normalmente pobre, negra e periférica, fica à mercê do aparato judiciário e de acordos alinhavados nos ambientes de tribunais; que o encarcerado - de modo direto ou indireto - se relaciona com outros grupos sociais, dentro ou fora da cadeia. Diante disso, o projeto CÁRCERE - Aprisionamento em Massa e Seus Desdobramentos da Companhia de Teatro Heliópolis investiga o tema de modo menos óbvio e mais instigante, debatendo as consequências na vida de familiares de presos. Atravessados pelas realidades encontradas, os integrantes do grupo buscam traduzir essa complicada teia de relações, que envolve famílias, facções, Estado e sociedade, explorando possibilidades poéticas e estéticas em CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos.

Ficha técnica | Serviço

Encenação: Miguel Rocha. Assistência de direção: Davi Guimarães. Texto: Dione Carlos. Elenco: Antônio Valdevino, Dalma Régia, Danyel Freitas, Davi Guimarães, Isabelle Rocha, Jefferson Matias, Jucimara Canteiro, Priscila Modesto e Walmir Bess. Direção musical: Renato Navarro. Assistência de direção musical: César Martini. Musicistas: Alisson Amador (percussão), Amanda Abá (violoncelo), Denise Oliveira (violino) e Jennifer Cardoso (viola). Cenografia: Eliseu Weide. Iluminação: Miguel Rocha e Toninho Rodrigues. Figurino: Samara Costa. Assistência de figurino: Clara Njambela. Costureira: Yaisa Bispo. Operação de som: Jéssica Melo. Operação de luz: Viviane Santos. Cenotecnia: Leandro Henrique. Provocação vocal, arranjos e composição da música do ‘manifesto das mulheres’: Bel Borges. Provocação vocal, orientação em atuação-musicalidade e arranjos - percussão ‘chamado de Iansã’ e poema ‘Quero ser tambor’: Luciano Mendes de Jesus. Estudo da prática corporal e direção de movimento: Érika Moura. Provocação teórico-cênica: Maria Fernanda Vomero. Provocações: Bernadeth Alves. Comentadores: Bruno Paes Manso e Salloma Salomão. Provocação de performatividade: Carminda Mendes André. Mesas de debates: Juliana Borges, Preta Ferreira, Roberto da Silva e Salloma Salomão. Orientação de dança afro: Janete Santiago. Designer gráfica: Camila Teixeira. Fotos: Weslei Barba. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Direção de produção: Dalma Régia. Produção executiva: Davi Guimarães, Miguel Rocha e Leidiane Araújo. Idealização e produção: Companhia de Teatro Heliópolis.

Espetáculo: CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos
Com: Companhia de Teatro Heliópolis
Temporada: 12 de março a 5 de junho de 2022
Horários: sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h
Ingressos: Pague quanto puder (público em geral) e Grátis (estudantes e professores de escolas públicas).
Ingressos online: Sympla - https://www.sympla.com.br/produtor/companhiadeteatroheliopolis
Duração: 1h45 min. Classificação: 14 anos. Gênero: Experimental 

Local: Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho
Sede da Cia. de Teatro Heliópolis
Endereço: Rua Silva Bueno, 1533, Ipiranga. São Paulo/SP
http://ciadeteatroheliopolis.com/
Facebook - @companhiadeteatro.heliopolis | Instagram - @ciadeteatroheliopolis

A Companhia de Teatro Heliópolis

A Companhia de Teatro Heliópolis surgiu, em 2000, com o objetivo de montar o espetáculo A Queda para o Alto, baseado no romance homônimo de Sandra Mara Herzer. Seu repertório tem 12 espetáculos, criados em diálogo com os anseios e as vivências que permeiam a realidade de Heliópolis. Após a produção de Coração de Vidro (2004) e Os Meninos do Brasil (2007), realizou com patrocínio da Petrobrás o projeto Arte e Cidadania em Heliópolis, que resultou em três espetáculos: O Dia em que Túlio Descobriu a África (2009, Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro, categoria Ocupação de Espaço); Nordeste/Heliópolis/Brasil - Primeiro Ato (2011, indicado ao mesmo prêmio como Grupo Revelação) e Um Lugar ao Sol (2013, novamente indicado como Grupo Revelação, além dos prêmios de 3º Melhor Espetáculo e Melhor Atriz no IX Festival Nacional de Limeira). Desde 2010, a trupe ocupa sede própria: a Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho, imóvel cedido pela Secretaria Estadual de Cultura, no Ipiranga, bairro vizinho a Heliópolis, onde recebeu em intercâmbio internacional o diretor Mike van Alfen, do grupo holandês MC Theater, formado por jovens descendentes de imigrantes, para workshops que originaram A Hora Final, apresentado por atores brasileiros e holandeses na sede do MC Theater, em Amsterdã.

Em 2015, foi contemplada pela 25ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo com o projeto Onde o Percurso Começa? Princípios de Identidade e Alteridade no Campo da Educação, que resultou em A Inocência do Que Eu (Não) Sei, indicado ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem (FEMSA) nas categorias Melhor Espetáculo Jovem e Prêmio Especial (pelo teatro comprometido com a comunidade de Heliópolis e a pesquisa temática em escolas públicas). Em 2016, estreou Medo, inspirado nos ataques do PCC em São Paulo em 2006, que evidencia a violência subliminar, contínua e velada. Em 2017, Sutil Violento, que teve duas temporadas, foi viabilizado pelo Programa de Fomento ao Teatro com o projeto Microviolências e Suas Naturalizações.

Em 2018, o grupo conquistou apoio da 31ª edição do Fomento para levar adiante Justiça - O que os Vereditos Não Revelam, dando origem a seu 11º espetáculo, (In)justiça, que teve 48 apresentações em sua sede e temporada no Sesc Belenzinho, sendo indicado ao Prêmio Shell (categoria Música) e ao Prêmio Aplauso Brasil (categoria Melhor Espetáculo de Grupo), também eleito um dos melhores do ano pelo Guia Folha e Divirta-se/Estadão. (In)justiça participou do 4º Festkaos - Festival Nacional Teatro do Kaos (prêmios de Melhor Atriz, Ator, Ator Coadjuvante, Figurino e indicação para Trilha e Iluminação), 34º Festivale - Festival Nacional de Teatro do Vale do Paraíba, 12ª Mostra Cultural da Cooperifa, 41º FESTE - Festival Nacional de Teatro Pindamonhangaba (prêmios de Melhor Espetáculo, Atriz e Especial para Trilha Sonora) e o 14º Fentepira - Festival Nacional de Teatro de Piracicaba, além dos internacionais Brasil Cena Aberta e CICLO - Circuito de artes e Conceitos de Londrina.

A companhia, cuja sede é ponto de cultura (Rede de Pontos de Cultura da Política Nacional de Cultura Viva no Estado de são Paulo), desde 2019, já realizou duas edições da Mostra de Teatro Heliópolis, em parceria com MUK Produções, e a Ação Comunitária Nova Heliópolis (2015 e 2016)A Companhia de Teatro Heliópolis foi uma das finalistas na categoria Grupos, Companhias e Corpos Estáveis do 11º Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes em 2020. Em 2021 deu início ao projeto Cárcere - Aprisionamento em Massa e Seus Desdobramentos - Companhia de Teatro Heliópolis 20 Anos, contemplado na 35ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro, que originou a atual montagem CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos.

 

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena / João Pedro
(11) 2548-38409 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Mostra online comemora 10 anos do Grupo 59 de Teatro com A Última História e O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá

 Programação tem ainda encontros abertos ao público com os diretores
 Cristiane Paoli Quito, Tiche Vianna, Fabiano Lodi e Claudia Schapira.

 

Comemorando 10 anos de trajetória, completados em 2021, o Grupo 59 de Teatro apresenta programação online com dois espetáculos representativos de seu repertório e quatro encontros ao vivo com convidados para discutir temas pertinentes ao teatro. A Mostra 59 - 10 Anos em Cena acontece entre os dias 15 de março e 4 de maio de 2022, com acesso gratuito pelo canal do grupo no YouTube.

Os espetáculos (gravados em vídeo) ficam disponíveis pelo período de 30 dias, a contar da primeira exibição. O primeiro é o infantil O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, a partir de 18 de março, seguido por A Última História, que começa no dia 1º de abril. Ambos serão abertos ao público a partir da meia-noite do dia da estreia.

Os encontros, realizados ao vivo e remotamente, contam com participação de convidados e convidadas, junto a integrantes do Grupo 59, para debater temas que emergem do fazer artístico do coletivo e sobre perspectivas pertinentes à retomada da produção teatral no novo contexto de produção. O 1º Encontro (15/3) traz a premiada diretora Cristiane Paoli Quito para Uma Conversa Sobre Teatro Para Infância e Juventude.  No 2º Encontro (22/3) a trupe recebe a diretora e pesquisadora da máscara Tiche Vianna para Uma Conversa Sobre Teatro de Máscaras. O 3º Encontro (28/3) tem participação do diretor, ator e dramaturgo Fabiano Lodi para Uma Conversa Sobre Direção e Treinamento Artístico em Tempos Pandêmicos. E no 4º Encontro (5/4) os atores recebem a atriz, diretora e figurinista Claudia Schapira para Uma Conversa Sobre Teatro Hip Hop, Núcleo Bartolomeu 20 Anos Depois. Os bate-papos têm início sempre às 20 horas.

A Mostra 59 - 10 Anos em Cena é um projeto realizado pelo Governo do Estado de São Paulo e Secretaria de Cultura e Economia Criativa, por meio do ProAC Expresso Lei Aldir Blanc Nº44/2021 - Prêmio por Histórico de Realização em Teatro - Grupos, companhias e corpos estáveis.

PROGRAMAÇÃO
Mostra 59 - 10 Anos em Cena
Com: Grupo 59 de Teatro
Quando: 15 de março a 4 de maio de 2022
Onde assistir: YouTube / Grupo 59 de Teatro - YouTube.com/Grupo59deTeatro
Eventos online. Acesso grátis. Livre

Teatro | Online

    Infantojuvenil: O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
Direção: Cristiane Paoli Quito.
Exibição: 18 de março (sexta, aberto 24h) - até 17/4
Duração: 60 minutos. Classificação: Livre (indicação, a partir de 6 anos). Teaser 

Fotos de Maria Tuca Fanchin
Da obra de Jorge Amado, a história do amor impossível entre um gato malhado e uma linda andorinha resgata a tradição dos contadores de histórias. Como únicos elementos cênicos, o coletivo de atores assume personagens e narração, num jogo teatral lúdico e recheado de canções, que mescla humor e lirismo para contar uma surpreendente história de amor e intolerância às diferenças.

Levar ao palco O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá parte do desejo de realizar um teatro de qualidade feito essencialmente para crianças, que priorize elementos lúdicos, poéticos, estéticos, sensíveis e simbólicos (em lugar do recorrente recurso didático-pedagógico) para provocar o imaginário e a reflexão das de forma divertida, prazerosa e criativa. A montagem reúne esses elementos em um jogo-brincadeira de contação de história, no qual a criança é convidada não apenas a seguir uma determinada fábula, e se encantar, como também a se entreter e se envolver, de forma espontânea, com os procedimentos cênicos utilizados pelos atores. Entre eles, o improviso, o revezamento de atores na tarefa de dar vida a um mesmo personagem, a mimese e a construção de personagens por meio do uso exclusivo do corpo, sem apelo de figurinos realistas ou fantasistas, tampouco de objetos de cena.

FICHA TÉCNICA - Direção: Cristiane Paoli Quito. Orientação dramatúrgica: Antônio Rogério Toscano. Texto/roteiro: Antônio Rogério Toscano e Grupo 59 de Teatro - inspirado na obra original de Jorge Amado. Elenco: Grupo 59 de Teatro (Carol Faria, Felipe Alves, Felipe Gomes Moreira, Fernando Oliveira, Gabriel Bodstein, Gabriela Cerqueira, Jane Fernandes, Mirian Blanco, Nathália Ernesto, Nilcéia Vicente, Ricardo Fialho, Tatiana Heide e Thomas Huszar). Assistência de direção: Carol Mendonça e Vinícius Meloni. Pensamento corporal: Tarina Quelho. Criação de luz: Denilson Marques. Operação de luz: Gabriel Greghi. Concepção de figurino: Cláudia Schapira. Concepção de cenário: Grupo 59 e Cristian e Cristiane Paoli Quito. Confecção do gato de madeira: Patrícia Bigarelli - inspirada em desenhos de Carybé. Direção musical: Thomas Huszar. Orientação musical: Andréa Kaiser. Arranjos: Thomas Huszar e Felipe Gomes Moreira. Letras: Gisele Dumont, Marcela Vessichio, Thomas Huszar, Juliano Abramovay, André Vac, Carol Faria e Felipe Gomes Moreira. Produção: 59 Produções Artísticas e Culturais.

    Espetáculo: A Última História
Direção: Tiche Vianna
Exibição: 1º de abril (sexta, aberto 24h) - até 30/4
Gênero: teatro popular. Duração: 80 minutos. Classificação: Livre (a partir de 10 anos). Teaser

Fotos de Águeda Amaral
Fábula musical popular livremente inspirada no prólogo de A Fábula dos Saltimbancos, de Michael Ende, a montagem busca no universo do circo a inspiração para refletir sobre o ofício do artista, a tradição e a renovação de sua ocupação nos difíceis caminhos das artes nos dias atuais. A Última História traz à cena um picadeiro em ruínas, com artistas em franca decadência à procura de sentido para sua arte e seu destino. O terreno abandonado que ocupa - outrora repleto de glória e prestígio pelas apresentações do circo - é agora alvo de interesses de uma fábrica que ali pretende se instalar. Esse é o mote que detona entre todos os integrantes da trupe (vivos ou mortos!) a busca por saídas ou soluções para a permanência nos novos tempos.

Com trilha sonora executada ao vivo, com a participação do pianista Marcelo Onofri junto aos atores do Grupo 59, o espetáculo utiliza técnicas do teatro de máscaras e das habilidades em números e gags circenses, criando um jogo cênico dinâmico e múltiplo, típico dos tradicionais espetáculos de variedades do circo brasileiro. Em cena, figuras emblemáticas do picadeiro: malabarista, acrobata, contorcionista, mágico, atiradora de facas, equilibrista, mística, anão e, é claro, palhaço!

FICHA TÉCNICA - Direção e dramaturgia: Tiche Vianna. Elenco: Grupo 59 de Teatro (Carol Faria, Felipe Alves, Felipe Gomes Moreira, Fernando Oliveira, Gabriel Bodstein, Gabriela Cerqueira, Jane Fernandes, Mirian Blanco, Nathália Ernesto, Nilcéia Vicente, Ricardo Fialho e Thomas Huszar). Direção musical, composição e arranjos: Marcelo Onofri. Direção de arte: Antônio Apolinário. Iluminação: Gabriel Greghi. Figurino: Antônio Apolinário e Grupo 59 de Teatro. Preparação de canto: Andrea Kaiser e Marcelo Onofri. Arte e pintura do painel do circo: Patrícia Bigarelli. Design gráfico: Thomas Huszar, Felipe Gomes Moreira e Nathália Resende. Cartaz de cena: Sergio Coloto. Cenotecnia: Nilton Ruiz Dias. Adereços: Rafael Rios. Perucas: Jane Fernandes. Costureiras: Ilza da Silva Santos e Silvana de Carvalho. Produção: Grupo 59 de Teatro.

Encontros | Ao vivo

Encontros semanais, disponíveis para visualização por 30 dias após a realização.
Duração: 60 minutos. Participação do público pelo chat para perguntas e depoimentos. 

15/3 (terça, 20h) - 1º Encontro: Uma Conversa Sobre Teatro para Infância e Juventude - com: Cristiane Paoli Quito

Cristiane Paoli Quito é diretora e pesquisadora teatral. Investiga as intersecções entre as linguagens teatro, dança, circo, teatro de bonecos, música e performance. Desenvolve pesquisas de linguagem investigando a capacidade criativa do criador-intérprete. Pelo reconhecimento de seu trabalho foi indicada e agraciada com os prêmios Shell, APCA e FEMSA em diversas ocasiões. É professora na Escola de Arte Dramática (EAD/ECA/USP).

22/3 (terça, 20h) - 2º Encontro: Uma Conversa Sobre Teatro de Máscaras - Com Tiche Vianna

Tiche Vianna é diretora teatral, pesquisadora da máscara e fundadora do Barracão Teatro. Artista é formada pela Escola de Arte Dramática da USP, estudou máscaras e commedia dell’arte na Università degli Studi di Bologna e no Firenze of Papier Machê (antigo Alice Atelier) e compartilha os conhecimentos com distintas gerações de artistas. Fez preparação de atores das minisséries Hoje É Dia de Maria, A Pedra do Reino e Capitu, da Rede Globo.

28/3 (segunda, 20h) - 3º Encontro: Uma Conversa Sobre Direção e Treinamento Artístico em Tempos Pandêmicos - Com Fabiano Lodi

Fabiano Lodi é diretor teatral, com experiências também como ator, produtor e dramaturgo. Desde 2010, vem realizando diferentes projetos artísticos pela sua produtora, a Leneus Produtora de Arte. É Mestre em Teatro pela UNESP e graduado em Artes Cênicas pela UDESC. Desenvolve pesquisa continuada sobre procedimentos práticos em direção teatral, envolvendo os métodos Suzuki e Viewpoints.

5/4 (terça, 20h) - 4º Encontro: Uma Conversa Sobre Teatro Hip Hop, Núcleo Bartolomeu 20 Anos Depois - Com Claudia Schapira

Claudia Schapira é atriz, diretora, dramaturga e figurinista. É formada na Escola de Arte Dramática (EAD/ECA/USP) e uma das fundadoras do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, onde desenvolve uma pesquisa continuada sobre a linguagem do teatro hip-hop. Integra também o Manifestu Impromptu, coletivo de audiovisual, junto com mais três artistas: Tatiana Lohmann, Azul Serra e Bianca Turner.

Grupo 59 De Teatro

O Grupo 59 de Teatro é o encontro de 12 atrizes e atores formados pela Escola de Arte Dramática (EAD/ECA/USP) e encontra no modo colaborativo de criação e gestão terreno fértil para expressão artística múltipla e heterogênea. Desde sua fundação, em março de 2011, o Grupo 59 de realizou mais de 400 apresentações, com um público estimado em mais de 70 mil espectadores. Recebeu os prêmios APCA, Prêmio São Paulo de Teatro para Infância e Juventude e Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro.

Seu repertório traz montagens com sucesso de público e crítica, dirigidas por criadores de destaque na cena teatral paulistana: O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá e Histórias de Alexandre, ambas dirigidas por Cristiane Paoli Quito; A Última História, dirigida por Tiche Vianna; Mockinpó - Estudo Sobre um Homem Comum, dirigida por Claudia Schapira; e Terra à Vista, dirigida por Fabiano Lodi.

Participou de festivais e mostras nacionais e internacionais, com destaque para: Mostra Grupo 59 se Apresenta no TUSP (2011); Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto - FIT (2011); V Festival Internacional Paidéia de Teatro para Infância e Juventude (2011); 6º Fentepira - Festival Nacional de Teatro de Piracicaba (2011); Festival Sesc de Inverno, em Petrópolis e Teresópolis/RJ (2012); V Festival de Arte para Crianças de Salto (2012); Virada Cultural de São Paulo (2012), Virada Cultural do Interior (2012, 2013 e 2014); Festival Nacional de Teatro de Taubaté (2013); Festival Nacional de Teatro de Araçatuba (2013); Floripa Teatro - Festival Isnard Azevedo (2014); 1ª Mostra de Artes Cênicas de Mogi das Cruzes (2015), 1ª Mostra Aparte em Diadema (2016), Festival Em Janeiro Teatro para Crianças É o Maior Barato, em São José do Rio Preto (2018).

Foi contemplado pelo ProAC - Programa de Ação Cultural, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, em 2011 (circulação de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá) e 2013 (circulação de Mockinpó - Estudo Sobre Um Homem Comum); pelo Viagem Teatral do Sesi, em 2012 e 2013; pelo ProArt 2012 (circulação nos CEUs da capital), pelo Mosaico Cultural 2012 e pelo Circuito Cultural Paulista (2013 e 2018). No início de 2013, a convite da USP, apresentou três espetáculos na programação do XX Festival Internacional de Teatro Universitário da Universidad Nacional Autónoma de México - UNAM, na Cidade do México. Em 2015, foi contemplado pela 3ª edição do Prêmio Zé Renato da Prefeitura Municipal de São Paulo para produção de Histórias de Alexandre, quinta montagem do grupo. Desde 2013, o grupo mantém uma sede de trabalho na Zona Norte de São Paulo, no bairro Vila Isolina Mazzei.

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena / João Pedro
(11) 2548-38409 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Velha Guarda do samba é tema de roda de conversa no Teatro do Incêndio


O Teatro do Incêndio realiza, no dia 20 de fevereiro (domingo, a partir das 14h) a quinta Roda de Conversa com mestres da cultura popular, ligados ao carnaval e à construção da identidade cultural do bairro paulistano Bixiga. Aberto à comunidade, o evento acontece na sede do teatro com performance final ao ar livre, na Rua 13 de Maio, nº 48.

O encontro tem a “Velha Guarda” como tema, recebendo baluartes e bambas do samba tradicional paulistano. Os convidados são integrantes da Batucada de Nego Véio (atuante na Zona Leste) e Dartagnan Coutinho (virtuoso ritmista com 40 anos de história no samba). E Mestre Thiago (Thiago Praxedes) - ritmista e diretor de bateria com longa trajetória no carnaval de São Paulo e Rio de Janeiro - faz a mediação do bate-papo.

Esta atividade integra uma série de sete rodas de conversa (mensais) que fazem parte do projeto Sou Encruzilhada, Sou Porta de Entrada. Sou Correnteza da Vida, Esquina Cortada: Ave Bixiga! - contemplado pela 36ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura. O propósito final desta atual jornada do Teatro do Incêndio é a montagem de seu novo espetáculo.

Batucada de Nego Véio – A velha guarda de bambas, Batucada de Nego Véio, surgiu da necessidade da resistência e preservação dos valores culturais autênticos, expressos nos sambas e nas batucadas da Zona Leste de São Paulo.  O grupo é formado por tradicionais mestres e baluartes, que não se enquadram nas modernizações impostas ao movimento do samba e do carnaval paulistano. Figuram, desde 2018, nesse grupo que preserva com legitimidade sambas, melodias, ritmos, batucadas e costumes ancestrais.

Dartagnan Coutinho - Dartagnan chegou ao samba ainda menino, em 1979, para tocar tamborim no carnaval de 1980, na bateria da Mocidade Alegre, comandada por Mestre Gilberto Bonga. Um dia, ele viu a apresentação da E.S. Nenê de Vila Matilde e se encantou. Em 1983, sobre a regência do Mestre Lagrila, ele ingressou na Nenê, onde permaneceu até 2004. Durante 15 anos, foi o ritmista mais solicitado nas gravações dos LPs e CDs das Escolas de Samba.

Thiago Praxedes - Mestre Thiago iniciou sua trajetória no samba ainda garoto quando a Unidos do Peruche realizava na terça de carnaval o desfile na Rua Zilda onde aqueles que não conseguiam ir pra avenida brincavam o carnaval. Como ritmista, além da Barroca, desfilou pelo Peruche, Leandro, Mocidade Alegre e Vai-Vai. Participou dos blocos Flor de Liz, Me Engana que Eu Gosto, Caprichosos da Zona Sul e Torcida Jovem. No Rio de Janeiro, desfilou pelo Império Serrano, Portela e Mangueira, como ritmista, e Vila Isabel como folião. Foi fundador, presidente e mestre de bateria do GRES Quilombo, escola que desfila uma semana após os desfiles oficiais, e hoje cuida da parte cultural da entidade. Na Barroca, foi ritmista e diretor de bateria (o mais jovem da história a adentrar o sambódromo, aos 21 anos; na ocasião, elogiado por Leci Brandão pela postura e disciplina apesar da pouca idade). Foi diretor da Imperador do Ipiranga com Mestre Dentinho, em 2009 e 2010.

Ave, Bixiga!

Iniciado em abril de 2021, o projeto Sou Encruzilhada, Sou Porta de Entrada. Sou Correnteza da Vida, Esquina Cortada: Ave Bixiga! engloba vivência artística para jovens, residência artística para coletivos teatrais, teatro para crianças e adolescentes (Sol-te) e rodas de conversa. Sua principal atividade é a montagem de um espetáculo sobre o Bixiga, que resultará de treinamento e pesquisa dramatúrgica, explorando a prática criativa do grupo, cuja estreia será em 2022. “A estética fica gasta. A linguagem de um grupo também precisa ser questionada constantemente. Assim, nos propusemos o desafio de nos reaprender”, diz Marcelo Marcus Fonseca, diretor e fundador do Teatro do Incêndio. “Na verdade será um espetáculo feito com o Bixiga e não sobre ele”, completa. Desde o início do projeto, o elenco vem participando de aulas de ritmo, trabalhando na formação de uma pequena e simbólica bateria de escola de samba para compor as sonoridades cênicas do espetáculo.

As Rodas de Conversa compreendem vidas que se manifestam no carnaval, artistas de tradição cujas histórias servem de estímulo em parte importante da dramaturgia e referencial para a atuação no novo espetáculo da companhia. A presença de mestres de velha guarda e de outros componentes de escolas de samba têm como valor agregador não somente histórias da cultura popular, mas principalmente a vida subterrânea que sustenta as manifestações. Entre os convidados estão expoentes vivos do samba paulista, “pastoras” da velha guarda, compositores, responsáveis por alas, trabalhadoras e trabalhadores da harmonia, porta-bandeira e mestre-sala, passistas e ritmistas.

Os encontros funcionam como resistência cultural popular ao confrontar o ontem e o hoje, o Brasil, o bairro e a cidade. Busca debater e orientar o processo, como fluxo e refluxo, sobre a cultura e sabedoria popular, diante da transformação social e habitacional. “Como toda ação de diálogo proposta pelo grupo, esses encontros sobre a riqueza inesgotável da raiz, da cultura e da vida brasileira continuam na trilha da discussão sobre identidade e tensão de um povo em constante construção. Desta vez afunilando o tema para carnaval, cortejos, desfiles e variações do samba”, afirma Marcelo Marcus Fonseca.

Serviço

Roda de conversa: Velha Guarda

Projeto: Sou Encruzilhada, Sou Porta de Entrada. Sou Correnteza da Vida, Esquina Cortada: Ave Bixiga!
Convidados: Batucada de Nego Véio e Dartagnan Coutinho
Mediação: Mestre Thiago

Data: 20 de fevereiro. Domingo, a partir das 14h.
Local: Teatro do Incêndio
Rua 13 de Maio, 48 - Bela Vista / Bixiga. São Paulo/SP.

Gratuito. Livre. Evento ao ar livre. 

Informações à imprensa: VERBENA Assessoria
Eliane Verbena / João Pedro
Tel: (11) 2548-8409 / 99373-0181- verbena@verbena.com.brDescrição: Share Button

Josemir Kowalick volta ao palco com a poética Amor em 79:05” dirigida por Elias Andreato

Amor em 79:05" - Josemir Kowalick (foto de Francisco Júnior)

O ator Josemir Kowalick volta ao cartaz com o espetáculo Amor em 79:05”, que reestreia no dia 12 de março (sábado, às 21h) na Giostri Teatro, após a temporada ter sido interrompida no início da pandemia.

A montagem é uma adaptação do diretor Elias Andreato para o livro homônimo de Vinícius Márquez, cuja estreia foi em 2016.

Com abordagem contemporânea, o enredo apresenta um escritor de meia idade em momentos de solidão, vivenciando o amor em seus múltiplos sentidos. Amor em 79:05” mostra os sentimentos, as frustrações, os desejos e as derrotas da personagem sob intensa égide poética.

E em pleno momento criativo, o homem imagina seu encontro com um jovem e belo rapaz (vivido por Felipe Camelo) e relata um cotidiano fictício desse relacionamento homoafetivo. Ele expõe as dificuldades da relação, alternando devaneios, discussões e momentos de ternura. As imagens são difusas. O jogo entre imaginação e realidade sugere também a possibilidade de ser o jovem quem escreve a história. “O que fica claro na peça é a certeza de que o artista é capaz de todas as fantasias. Para falar de uma dor é preciso inventar uma história”, comenta o diretor Elias Andreato.

A presença desse jovem em cena não tira o caráter de monólogo da peça, pois sua presença é quase etérea. Os diálogos não chegam a ocorrer, são solitários. A presença do interlocutor - imaginário ou não - reforça o sentido das palavras e atinge de forma eficaz aquele a quem são destinadas. “O jovem representa a presença da ausência nesse momento de amor e dor”, explica Josemir Kowalick. “Esse rapaz pode representar também um desejo do escritor, projetado em sua cama”, completa o diretor.

Andreato argumenta que Amor em 79:05” discute a relação do tempo com o amor e a solidão. “O texto mostra a intensidade de um relacionamento, independente da opção sexual, e nos faz pensar nas relações afetivas que, hoje, são tão efêmeras, quando não se valoriza o contato direto, quando a tecnologia pode substituir a intensidade do toque, do olhar próximo”. Ele completa: “há falta de tempo para falar de si, das angústias; muitas pessoas querem mesmo é provar publicamente, nas redes sociais, o quanto são felizes”.

A trilha sonora original do espetáculo - assinada por Fábio Sá - traz duas canções com letras de Elias Andreato, interpretadas (em gravação) por Josemir Kowalick. O diretor também criou o cenário (o quarto do escritor) com poucos objetos: poltrona, cama e persiana (esta possibilita frestas e transparências sem delimitar ou fechar o ambiente). A cenografia é composta também por projeções que reportam à natureza, sugerindo um universo lúdico em contaste com as dores expostas pela personagem. A ficha técnica tem ainda Leo Sgarbo no figurino, Rodrigo Alves “Salsicha” na iluminação e Daniel Torrieri Baldi na produção.

Para Josemir Kowalick, a montagem propõe cumplicidade com o público, ao apresentar questões afetivas inerentes a todas as pessoas de forma sensível e, ao mesmo tempo, dura e direta. “Sempre é importante falar de amor, em todos os tempos, principalmente agora”.

Josemir Kowalick tem 31 anos de carreira como ator e diretor teatral, dedicando-se ainda à docência em artes cênicas, há mais de 20. Entre suas atuações mais recentes, destaque para as montagens Ator Mente (de Steven Berkoff, direção de Marco Antônio Pâmio), Abajur Lilás (de Plínio Marcos, direção de André Garolli), Os Anjos da Praga (de Marcelo Marcus Fonseca) e Pano de Boca (de Fauzi Arap, direção de Marcelo Marcus Fonseca). O artista lembra também com afeto que dirigiu ator e crítico teatral Alberto Guzik (1944-2010) em O Monólogo da Velha Apresentadora, sua última incursão em cena.

FICHA TÉCNICA - Texto: Vinícius Marquez. Direção e adaptação: Elias Andreato. Elenco: Josemir Kowalick e Felipe Camelo. Cenografia: Elias Andreato. Figurino: Leo Sgarbo. Iluminação: Rodrigo Alves (Salsicha). Canções: Elias Andreato e Fábio Sá. Trilha composta: Fábio Sá. Preparação corporal: André Capuano. Direção de produção: Daniel Torrieri Baldi. Assistência de produção: Sabrina Nask. Design gráfico: Alexandre Muner. Fotos: Rodrigo Chueri e Francisco Júnior. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Realização: Desembuxa Entretenimento. Estreou em 06/07/2016.

Serviço

Espetáculo: Amor em 79:05

Reestreia: 12 de março de 2022 - Sábado, às 21h
Temporada: 12 de março a 17 de abril - Sábados (21h) e domingos (20h)
Ingressos: R$ 60,00 (meia-entrada: R$ 30,00)
Bilheteria: 1 hora antes das sessões
Ingressos online: https://www.sympla.com.br/
Gênero: Drama. Duração: 60 minutos. Classificação: 14 anos.

Giostri Teatro
Rua Rui Barbosa, 201 - Bela Vista, São Paulo/SP.
Tel: (11) 2309-4102. Capacidade: 50 lugares.
https://www.giostricultural.com.br/teatro 

Perfis

Elias Andreato (diretor) - Elias Andreato é ator e diretor. Como intérprete, transita com desenvoltura nos variados estilos da cena contemporânea, destacando-se nas atuações em personagens densas, comprometidas com o ato de viver. Como diretor, distingue-se, sobretudo, nas produções de comédias, buscando efeitos de leveza e entretenimento. Seus principais trabalhos como diretor de teatro são: Não Tenha Medo de Virgínia Woolf (com Esther Góes), Arte Oculta (de Cristina Mutarelli, com Carlos Moreno e Cristina Mutarelli), Rimbaud - Fragmentos da Obra e Vida de Rambaud (roteiro de Andreato, com Ariel Borghi, Nilton Bicudo e Vitória Camargo), A Lista de Alice” (de Betinho, com Ângelo Antônio), Visitando o Sr. Green (de Jeff Baron, com Paulo Autran e Cassio Scapin), Eu Não Sou Cachorro (de Fernando Bonassi, com Celso Frateschi), A Filha da ... (de Carlos Eduardo Silva, com Marília Pêra, Luciana Coutinho, Nina Morena e Luciano Barbalho), Elas Cantam Chico (show com Ana Carolina, Zizi Possi, Elba Ramalho, Zélia Duncan, Fernanda Abreu, Wanderléa, Alcione, Elza Soares e outras), 3 Versões da Vida (de Yasmina Reza, com Denise Fraga, Marco Ricca, Mário Schoemberger e Ilana Kaplan), O Rim (de Patrícia Melo, com Carolina Ferraz, Ivone Hoffmann, Marcelo Serrado e Heitor Martinez), Adivinhe Quem Vem Para Rezar (de Dib Carneiro Neto, com Paulo Autran e Cláudio Fontana), Operação Abafa (de Jandira Martini e Marcos Caruso, com Miguel Magno, Jandira Martini, Marcos Caruso, Tânia Bondezan, Noemi Marinho, Francarlos Reis e Diego Leiva), Andaime (de Sérgio Roveri, com Cassio Scapin e Cláudio Fontana) e Alma Despejada (de Andréa Bassitt, com Irene Ravache). Nos últimos anos, dirigiu importantes montagens, em cartaz no eixo Rio-São Paulo, entre elas Cruel (com Reynaldo Gianecchini, Maria Manoella e Erik Marmo), Meu Deus (com Irene Ravache e Dan Stulbach), A Casa de Bernarda Alba (com Walderez de Barros e grande elenco) e Rei Lear (com Juca de Oliveira). Atualmente, apresenta o monólogo Arap, criação do ator e diretor em homenagem a Fauzi Arap.

Josemir Kowalick (ator) Cearense radicado em São Paulo,Josemir Kowalick é ator formado em artes cênicas, com especialização no Método Stanislawski pela Escola de Arte Dramática de Moscou. Como Diretor, desenvolveu projetos e montagens como Toda Nudez Será Castigada, O Monólogo da Velha Apresentadora, Atire a Primeira Pedra, Traições, As Mulheres de Shakespeare, A Margem do Desejo e Gritos Andaluzes. É professor desde 1998, tendo passado pela reformulação pedagógica de uma escola de teatro de São Paulo e acompanhado, desde o princípio, o surgimento da Escola de Atores Wolf Maya. Atuou em peças como Ator Mente, Mulher Sem Pecado, Diálogos, O Despertar da Primavera, Fogo Morto, A Gaivota, Aurora da Minha Vida, O Sol Está Quente e a Água Esta Ótima, O Grande Dia, O Inspetor, Os Anjos da Praga, Abajur Lilás, Pano de Boca e Ator Mente entre outros. Atualmente, é o Coordenador Pedagógico da Escola Wolf Maya e professor das disciplinas de Interpretação Teatral e Improvisação.

Felipe Camelo
(ator) – Felipe é ator, bailarino e coreógrafo. Iniciou a carreira em Recife, no Festival Estudantil de Teatro e Dança de Pernambuco. Em 2003, ganhou o prêmio de melhor ator coadjuvante por Esta Noite se Representa de Improviso, de Pirandello e direção de Fátima Aguiar, e, em 2005, foi indicado como melhor bailarino por Êta Festa Arretada (direção de Fátima Monteiro). Trabalhou como ator, diretor, bailarino e coreógrafo para o Boi Caprichoso no Festival Folclórico de Parintins. Em São Paulo, atuou no musical Tropicalistas (direção Ciro Barcelos) e em Des.esperados (direção Marco Antônio Pâmio). Destaque também para atuações recentes: Dominus Tecum, curta de Renato Simões, Claro e Evidente, longa de Del Rangel, Imagine - Acampamento de Férias (VTV SBT), série dirigida por Bruno Stuani, e Crime Cor de Rosa, peça de Ivo Ueter. Integra a Cia de Teatro Ouro Velho, dirigida por Paulo Marcos, com a qual estreou Juntos Somos Nós e Estação Vivaldi.

 

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena / João Pedro
Tel: (11) 2548-8409 / 99373-0181- verbena@verbena.com.br

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Em fevereiro o Grupo Rosas Periféricas circula pela ZL com o infantil Ladeira das Crianças - TeatroFunk

A programação ainda traz performance em homenagem à Semana de Arte Moderna,
na Casa de Cultura São Rafael, e visita do Sarau da Antiga 28 a saraus paulistanos.

Ladeira das Crianças - TeatroFunk (foto de Allan Bravos) 

O Grupo Rosas Periféricas segue com o projeto Rosas Faz 10 Anos - Memórias de um Teatro Maloqueiro, c
ontemplado pela 34ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

Em fevereiro, tem circulação no território de atuação e de afeto do grupo - na Zona Leste da capital - com o espetáculo infantojuvenil Ladeira das Crianças – TeatroFunk. O acesso é grátis!

Nos dias 13 e 19 de fevereiro (domingo e sábado, às 11h), o grupo se apresenta na Praça Oswaldo Luiz da Silveira, no Parque São Rafael. Além de exibições online, nos dias 9 e 10/02 (quarta e quinta, às 15h) pelo Facebook - @rosas.perifericas e YouTube - Grupo Rosas Periféricas, o espetáculo será apresentado também para alunos de escolas públicas: E.M.E.F. Professor José Carlos Nicoleto Zito (11/2), no Jardim Rodolfo Pirani; E.E. Professor Isaac Schraiber (11/2), no Parque São Rafael; CEU E.M.E.F. Tatiana Belinky (16/2), no Jardim Sapopemba; e E.E. Professor Didio da Silveira Baldy (18/2), na Vila Tolstói.

No enredo de Ladeira das Crianças - TeatroFunk, o universo das crianças periféricas ganha a cena. Seus desejos e sonhos são embalados pelo ritmo do funk.  No ‘bonde’ da ladeira tem criança que sonha em ser DJ, menino curioso para saber o que há dentro do pote, menina de cabelo de nuvem e garota que vive no mundo da lua. Tem criança igual a todo mundo que foi criança um dia e morou na periferia. A dramaturgia é de Marcelo Romagnoli, a partir das memórias dos integrantes do grupo e de crianças moradoras do Parque São Rafael (ZL) e dos livros Amanhecer Esmeralda e O Pote Mágico, do escritor periférico Ferréz. A peça, dirigida pelo coletivo, estreou em 2019, quando o grupo completou 10 anos. Investigando o próprio território, os integrantes perceberam a importância das crianças para formação de um público periférico e, junto com elas, da valorização da linguagem do funk na região.

Texto: Grupo Rosas Periféricas - livremente inspirado nos livros Amanhecer Esmeralda e O Pote Mágico, de Ferréz. Dramaturgia: Marcelo Romagnoli. Direção: O Grupo. Elenco: Gabriela Cerqueira, Michele Araújo, Monica Soares, Paulo Reis e Rogério Nascimento. Coreografia: Michel Quebradeira Pura. Músicas: MC Kelvin Alves e Michele Araújo. Produção musical: Leony Fabulloso e Fezsantos. Preparação musical: Rogério Nascimento. Figurino: Isa Santos. Cenário: Patrícia Faria. Produção cenográfica: Paula Rosa, Camila Olivetti e Thabata Bluntrit. Juventude Rosas Periféricas: Fabricio Enzo. Produção geral: Michele Araújo. Produção executiva: Paulo Reis e Michele Araújo. Produção administrativa e financeira: Monica Soares. Fotos: Andressa Santos e Allan Bravos. Artista gráfico: Rafael Victor. Social media: Priscyla Kariny. Intervenção nas redes: Cia. Palhadiaço. Realização: Grupo Rosas Periféricas. Agradecimentos: às crianças do Parque São Rafael e Jardim Vera Cruz que brincaram conosco, Daniela Cordeiro, Coral Alvarenga, Allan Bravos, Vitorino Manoel, Laís Oliveira, Renata Prado e Preta Rara.

Rosas faz 10 anos - Memórias de Um Teatro Maloqueiro

Iniciado em março de 2021, Rosas Faz 10 Anos - Memórias de um Teatro Maloqueiro foi concebido para festejar os 10 anos de trabalho do Grupo Rosas Periféricas (2009-2019), atuante na Zona Leste de São Paulo. Na programação, uma mostra de repertório de suas produções, além de apresentar trabalhos de companhias parceiras, pesquisas e vozes inspiradoras para o coletivo. Realizado durante a pandemia, as ações vêm acontecendo de maneira híbrida, ora remotamente (principalmente na fase inicial) ora presencialmente.

Esta terceira etapa do projeto leva o nome Roseira Floriu e Espalhou Perfume e traz três importantes ações, no primeiro semestre de 2022: a circulação do espetáculo Ladeira das Crianças - TeatroFunk pelas periferias da cidade (zonas leste, oeste, norte e sul), uma nova temporada do Sarau da Antiga 28 (datas a serem divulgadas) e uma Festa-Exposição com a exibição do filme sobre o projeto Rosas faz 10 anos - Memórias de Um Teatro Maloqueiro e o lançamento do livro com a história do grupo.

O Sarau da Antiga 28 Pergunta são encontros entre o sarau criado pelo Rosas Periféricas e saraus tradicionais de São Paulo, buscando entender a dinâmica de cada um, conhecer suas histórias e reverenciá-los, reservando momentos para literatura marginal e poesia. O Rosas Periféricas criou o Sarau da Antiga 28, em 2016, com temporadas mensais para discutir temas que passam pela política, mulher, América Latina, cor da pele e outros, além da poesia lida e/ou inventada. O nome vem do endereço de sua primeira sede, cuja Rua Martin Lumbria era conhecida como “antiga Rua 28”, no Parque São Rafael. Depois de receber e entrevistar integrantes de saraus tradicionais de São Paulo, em 2021, uma temporada acontece nos próximos meses.

Finalizando as atividades do projeto, a terceira etapa será concluída em uma Festa-Exposição para a comunidade na sede do grupo com a exibição do filme produzido durante as atividades de Rosas Faz 10 anos - Memórias de Um Teatro Maloqueiro, lançamento de um livro com a história do Rosas e uma exposição das fotografias. São registros poéticos sobre a memória do grupo e do projeto atual. O filme de curta-metragem será disponibilizado, posteriormente, em seu canal no YouTube. O livro registra toda a trajetória do grupo e de seus integrantes (atuais e antigos), história das produções e depoimentos de parceiros, parceiras e dos atores. A distribuição será gratuita aos presentes no encerramento e em bibliotecas municipais, preferencialmente naquelas localizadas na zona leste da cidade.

O projeto em 2021

As duas primeiras etapas de Rosas Faz 10 Anos - Memórias de um Teatro Maloqueiro aconteceram em 2021. Espetáculos montados pelo Rosas Periféricas, entre 2009 e 2019, foram apresentados em sessões online: Vênus de Aluguel, Rádio Popular da Criança, Narrativas Submersas, Lembranças do Quase Agora, Labirinto Selvático e Ladeira das Crianças - TeatroFunk, além da performance Fêmea e da leitura dramática de A Mais Forte. “Nossas montagens trazem estudos sobre o universo da mulher e das crianças, o trabalho e a memória do bairro. O reencontro com uma produção nos faz repensar e refletir sobre o próprio trabalho, diante do distanciamento gerado pelo tempo”, comentam os integrantes. O projeto também recebeu espetáculos de grupos e coletivos parceiros em apresentações virtuais: As Caracutás, FemiSistah, O Buraco d’Oráculo, CTI - Companhia Teatro da Investigação, Grupo Pandora e Cia. Bendita. “Tecer redes possibilita difusão do teatro periférico, o acesso à cultura e a continuidade de trabalhos, mesmo fora de editais públicos”, argumentam.

As Rodas de Conversa sobre teatro trouxeram diálogos artísticos e discussão sobre o direito de todos ao acesso à arte e à cultura, mediadas por mulheres - Marta Baião e Fernanda Haucke. Oficinas Artísticas para crianças e jovens fizeram parte da programação com ministrantes convidados, cujos temas foram: Brincadeiras de Rua, Percussão, Escrita, Passinho, Rimas e História do Funk. Os encontros ao vivo com saraus paulistanos aprofundou a pesquisa do grupo na busca de aprimorar o formato do seu Sarau da Antiga 28. Foram eles: Sarau da Cooperifa, Sarau Urbanista Concerto, Sarau no Kintal, Sarau Elo da Corrente, Sarau do Binho, Sarau das Pretas, Sarau Comungar, Sarau do Vale, Sarau da Brasa e Sarau Tem Coragem!?.

Agenda | Fevereiro

TEATRO & PERFORMANCE

Espetáculo infantil: Ladeira das Crianças - TeatroFunk

Com: Grupo Rosas Periféricas

Grátis. Duração: 45 minutos. Classificação: Livre

Online

9 e 10 de fevereiro (quarta e quinta)
15h - Exibição: Facebook/rosas.perifericas | YouTube - Grupo Rosas Periféricas.

Aberto ao público

13 e 19 de fevereiro (domingo e sábado)
11h - Praça Oswaldo Luiz da Silveira, s/n - Parque São Rafael – São Paulo/SP.

Fechado para escolas

11 de fevereiro (sexta)
14h - E.E. Professor Isaac Schraiber
Rua Álvaro de Prado, 165 – Parque São Rafael. São Paulo/SP.
17h - E.M.E.F. Professor José Carlos Nicoleto Zito
Rua Bandeira de Aracambi, 707 - Jardim Rodolfo Pirani. São Paulo/SP.

16 de fevereiro (quarta)
11h e 14h - CEU E.M.E.F. Tatiana Belinky
Rua Manuel Quirino De Mattos, s/n - Jardim Sapopemba, São Paulo - São Paulo.

18 de fevereiro (sexta)
11h e 14h - E.E. Professor Didio da Silveira Baldy
Rua Senador Sazarate, 31 – Vila Tolstói – São Paulo/SP.

Performance: Maloqueragem Moderna

Com: Grupo Rosas Periféricas
13 de fevereiro (domingo, às 13h)
Casa de Cultura São Rafael
R. Quaresma Delgado, 354 - Jardim Vera Cruz (ZL). São Paulo/SP.

Grátis. Duração: 30 minutos. Classificação: Livre.

A performance Maloqueragem Moderna  é a nova produção  do grupo em comemoração ao Centenário da Semana de 22. O nosso Teatro Maloqueiro é a ruptura dos moldes clássicos do teatro clássico elitista da cidade de São Paulo. Valorizamos e enaltecemos a nossa identidade periférica, as nossas vozes em gírias, os nossos corpos em movimento do funk, assim como no Movimento Modernista, em 1922, que tinha a perspectiva de valorizar a cultura brasileira. Chegamos no 22 +100 para mostrar a arte da ‘ponte pra cá’”.

Elenco: Michele Araújo, Monica Soares e Rogerio Nascimento. Percussionista: Rogerio Nascimento. Cenografia e adereços: O Grupo. Artista visual: Kari. Figurinista: Lais Da Lama. Artista gráfico: Fernando Santos @imneegrow. Composição original: MC GH da Capital. Direção musical: ONÃ. Operadora de som: Priscyla Kariny. Administração: Monica Soares. Produção geral e executiva: Michele Araújo. Realização: Grupo Rosas Periféricas. Agradecimentos: Gabriela Cerqueira, Paulo Reis, moradores e moradoras do Parque São Rafael e Jardim Vera Cruz e Daniela Machado.

SARAUS

Sarau da Antiga 28 Visita 

Eventos abertos ao público

21 de fevereiro (segunda, às 19h)
Sarau/Roots/Reggae
Ocupação Artística Canhoba - Rua Canhoba, 299 – Perus. São Paulo/SP.
O Sarau da Antiga 28 Visita o Sarau/Roots/Reggae durante o 7º Ato Artístico Coletivo Perus, organizado pelo Grupo Pandora de Teatro, do qual participa o Sarau Segunda Negra. Tradicional na zona norte da cidade, o Segunda Negra acontece no Espaço Cultural Libertário Fofão Rock’n Bar, misturando poesia e ritmos como punk, reggae, rap e samba com o objetivo de promover a literatura marginal.

25 de fevereiro (sexta, às 19h30)
Slam da Guilhermina
Rua Astorga, 774 - Metrô Guilhermina-Esperança. São Paulo/SP.
O Sarau da Antiga 28 visita o Slam da Guilhermina, que é um campeonato de poesias faladas, o 2º Poetry Slam do Brasil. O evento acontece mensalmente em uma praça a céu aberto na Vila Guilhermina - zona leste paulistana, desde fevereiro de 2012 com sucesso de público. 

Nas redes:
Instagram/rosasperifericas | Facebook/rosas.perifericas | YouTube/GrupoRosasPeriféricas

 

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena / João Pedro
(11) 2548-38409 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br