quarta-feira, 29 de maio de 2024

Festival de Música Infantil Peixe-boi leva espetáculos para escolas públicas da cidade de São Paulo

Em junho, o Festival chega às unidades dos CEUs Caminhos do Mar, Inácio Monteiro, Capão Redondo e Butantã com muita música, oficina, contação de história e diversão.

O Festival de Música Infantil Peixe-boi - 5ª Edição é um projeto itinerante de músicas para crianças e adolescentes que consiste em 12 apresentações em unidades dos CEUs (Centros Educacionais Unificados) da cidade de São Paulo, um show em vídeo e duas oficinas culturais. Toda a programação é gratuita.

A mostra reúne atrações musicais de nichos e estilos variados como cantigas de roda, cantadores de histórias, teatro de bonecos, dança, mamulengos, cultura e literatura popular, folclore e outras manifestações, proporcionando às crianças da rede pública de ensino o contato direto com diferentes estéticas culturais.

Em junho, o Festival de Música Infantil Peixe-boi chega ao CEU Caminhos do Mar (4/6) com Pequeno Coração Caipira (Caipira Caiçara, às 10h), Oficina com Cris Miguel (Brincando de Cantar, às 14h) e Inimar dos Reis (EcoFolias, às 15h); ao CEU Inácio Monteiro (11/6) com Clara Dum (Que Som Você Tem?, às 10h) e Cris Barulins (Pandeirodê, às 15h); ao CEU Capão Redondo (19/6) com a Cia. da Lira (O Ganso de Ouro, às 10h) e Cris e Angelo Miguel (Fadas, às 15h); e ao CEU Butantã (21/6) com Zé Eduardo e Guitarrada para Crianças (às 10h) e Cia Cabelo de Maria (São João do Carneirinho, às 15h).

Os grupos selecionados para participar do Festival de Música Infantil Peixe-boi desenvolvem importantes trabalhos voltados para a cultura popular e a arte-educação; e representam uma parte significativa e diversa da atual produção cultural dedicada às crianças e aos adolescentes, tendo em comum a preocupação com temas sociais, com preservação e difusão da cultura popular e regional brasileira e com o papel da arte na transformação da sociedade. São eles: Grupo Girasonhos, Pequeno Coração Caipira, Lili Flor & Paulo Pixu, Cris Barulins, Inimar dos Reis, Clara Dum, Giba Pedroza, Cris Miguel, Cia da Lira, Zé Eduardo e Guitarrada pra Crianças, POIN - Pequena Orquestra Interativa e outros.

O Festival de Música Infantil Peixe-boi - 5ª Edição - idealizado pela Pôr do Som, com direção artística de Sérgio Mendonça - é um projeto realizado por meio do ProAC Editais, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústrias Criativas do Governo do Estado de São Paulo. Segundo o Sérgio Mendonça, “o objetivo do Festival de Música Infantil Peixe-Boi é apresentar o que há de melhor na cultura para o público infanto-juvenil, que vive em áreas de vulnerabilidade, aproximando crianças e adolescentes do lúdico, do brincar e da cultura, literatura, bem como das nossas raízes, por meio de apresentações de grupos conceituados da cena brasileira”. As ações estimulam tanto a participação da comunidade quanto a apropriação dos espaços escolares e de convivência. “Promover o contato das crianças com a arte é comprovadamente essencial para a formação intelectual, para o desenvolvimento da criatividade, da autonomia crítica e para a formação da cidadania. A cultura diverte, emociona, provoca reflexões e, sobretudo, promove a inserção social e a troca de experiências. Acreditamos na arte-educação como um instrumento de compreensão, transformação e construção da identidade cultural e afetiva de um povo, finaliza o diretor artístico.

FICHA TÉCNICA - Idealização/realização: Pôr do Som. Direção artística e produção executiva: Sérgio Mendonça. Direção de produção: Leonardo Escobar. Produção: Julia Coelho. Projeto gráfico e comunicação: Patrick Karassawa. Cenário: Iva Pinheiro. Ilustrações: Leticia Rita. Técnico de som: Rodrigo Carraro Transporte: Isa Vans. Gravação e edição de vídeo: Estúdio 185 Apodi. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena.

PROGRAMAÇÃO | JUNHO
Festival de Música Infantil Peixe-boi - 5ª Edição
Entrada franca. Livre para todos os públicos. 

04 de junho - Terça
CEU Caminho do Mar
Av. Eng. Armando de Arruda Pereira, 5241 - Vila do Encontro. SP/SP. 

10h - Pequeno Coração Caipira - Show: Caipira Caiçara
14h - Oficina com Cris Miguel: Brincando de Cantar
15h - Inimar dos Reis - Show: EcoFolias 

11 de junho - Terça
CEU Inácio Monteiro
R. Barão Barroso do Amazonas, s/n - Conj. Hab. Inácio Monteiro. SP/SP. 

10h - Clara Dum - Show: Que Som Você Tem?
15h - Cris Barulins - Show: Pandeirodê 

19 de junho - Quarta
CEU Capão Redondo
Rua Daniel Gran, s/n - Jardim Modelo. SP/SP. 

10h - Cia da Lira - Show: O Ganso de Ouro
15h - Cris e Angelo Miguel - Show: Fadas 

21 de junho - Sexta
CEU Butantã
Av. Eng. Heitor Antonio Eiras Garcia, 1870 - Jd. Esmeralda. SP/SP. 

10h - Zé Eduardo e Guitarrada para Crianças
15h - Cia Cabelo de Maria - Show: São João do Carneirinho 

Os grupos/artistas

Pequeno Coração Caipira / Caipira Caiçara - A proposta do espetáculo é celebrar a cultura tradicional caipira, longe dos estereótipos e rótulos, por meio de canções, causos, modinhas, adivinhas, simpatias e trava-línguas em uma apresentação repleta de humor e poesia. O show Caipira Caiçara leva o público a um mergulho nesse universo tão presente no cotidiano de muitos e na formação da identidade cultural do nosso povo com momentos ímpares de humor, encantamento e brasilidade.


Cris Miguel / Oficina Brincando de Cantar - Uma experiência musical de forma acessível e divertida para crianças por meio do canto, da dança circular, de brincadeiras, de pequenas histórias, de exercícios vocais, de ritmo, de percussão corporal e até de interação com bonecos. A oficina tem por objetivo apresentar cantos tradicionais do Brasil e também de países diferentes. A partir da vivência, as crianças têm a oportunidade de aguçar o gosto por práticas de musicalização, ampliar seu universo artístico e cultural e desenvolver potencialidades com atividades lúdicas.

Inimar dos Reis / EcoFolias - EcoFolias é espetáculo interativo apresentado por Inimar dos Reis, acompanhado pelo Grupo Folias e Folguedos. Leva ao público um repertório com temas sobre os temas mais discutidos na atualidade: meio-ambiente, ecossistema, sustentabilidade, biodiversidade, preservação e conservação da vida no planeta. EcoFolias é uma celebração à natureza. As músicas declaram a beleza da Terra, dos rios, das florestas, dos mares, dos animais, das flores, dos minerais e dos vegetais. Música e alegria!

Clara Dum / Que Som Você Tem? - O bebê, dentro do útero de sua mãe, recebe o tempo todo estímulos sonoros e rítmicos, além do som de sua própria voz e os sons do ambiente. Portanto, neste show, as crianças têm a possibilidade de entrar em contato com esse universo que, de alguma forma é tão familiar, a partir do encontro com instrumentos como flautas, saxofone, mbira, percussões, rabeca e outros. Além dos estímulos sonoros, o show conta também com estímulos visuais e corporais, conduzidos pelo grupo.

Cris Barulins / Pandeirodê - O show Pandeirodê, criado pela artista Cris Barulins, possui um cenário onde ficam pendurados os pandeiros, a pandeirola e pandeirão. De forma lúdica estes instrumentos vão sendo utilizados ao longo do show, passando por diversos ritmos como samba, baião, coco, capoeira, Boi do Maranhão e até rock. Os instrumentos, todos de uma mesma família percussiva, acabam sendo o fio condutor do show, mostrando a sua diversidade de possibilidades.

Cia da Lira / O Ganso de Ouro - Era uma vez um lenhador que tinha três filhos. E no dia em que ele adoece, os dois filhos mais velhos tentam em vão trazer lenha para casa. A missão fica então a cargo do caçula Joãozinho que, depois de muito insistir, não só consegue a lenha como tem a felicidade de ser recompensado por sua generosidade por um homenzinho cinzento com um ganso de ouro. A estética do espetáculo O Ganso de Ouro se baseia na arte do ator/diretor em contar a história lançando mão da participação o público, de adereços e bonecos e da música ao vivo, conforme é vista em algumas regiões brasileiras, porém como a característica da pesquisa cênica com a qual o grupo se dedica.

Cris e Angelo Miguel / Fadas - A fada existe sim, e ela vem pra contar histórias! A fada é um ser mitológico e fantástico que protege os seres humanos ou intervém magicamente nos seus destinos através de encantamentos. Fada Madrinha, Melusina, a Fada Enfadada e outros contos - de fada é claro - são as histórias escolhidas para esta brincadeira de fazer sonhar as crianças. Cris Miguel conta as histórias utilizando um teatro de bonecos musical que inclui bonecos de papel, de teatro de sombras e de tecidos. 

 

Zé Eduardo e Guitarrada para Crianças - Com a participação do cantor Zé Eduardo, Guitarradas para Crianças - projeto de guitarrista Rafa Moraes - traz releituras de clássicos da música infantil com a mistura dançante e contagiante das guitarradas. O projeto nasceu com o intuito de trazer para o universo infantil a tradição da música instrumental popular. Também conhecido como lambada elétrica, a guitarrada surgiu da fusão do choro com carimbó, merengue, cúmbia, mambo, bolero, jovem guarda, brega e outros. Cantigas que atravessaram gerações chegam com uma nova roupagem, mas sem perder a identidade e essência, em ritmos brasileiros diversos que têm o potencial de unir e conectar crianças e adultos de todas as idades, convidando para cantar e dançar juntos.

Cia Cabelo de Maria / São João do Carneirinho - São João do Carneirinho é um espetáculo bastante interativo e o próprio repertório já se encarrega de colocar movimentos nos quadris da plateia. A Cia Cabelo de Maria apresenta um repertório cheio de diversão no qual o público é convidado a participar cantando e fazendo várias brincadeiras. O grupo faz uma celebração do período junino, quando se agradece pelas colheitas realizadas e as fogueiras são acesas, fazendo pedidos para o próximo ano. Coco, xote, baião, marchinhas formam a riqueza e a variedade de ritmos em São João do Carneirinho.


Informações à imprensa: VERBENA Assessoria

Eliane Verbena

(11) 99373-0181- verbena@verbena.com.br

6ª Mostra de Teatro de Heliópolis recebe inscrições até o dia 29 de junho

A Mostra vai selecionar montagens produzidas por artistas e grupos que atuam em territórios periféricos da cidade de São Paulo e Região Metropolitana.

Entre os dia 01 a 29 de junho de 2024, estarão abertas as inscrições para a 6a Mostra de Teatro de Heliópolis. O evento tem o objetivo de apresentar um panorama teatral de artistas, coletivos e grupos cujas atividades sejam desenvolvidas em territórios periféricos da cidade de São Paulo, Região Metropolitana e ABCD paulista.

Realizada pela Companhia de Teatro Heliópolis e pela MUK, a sexta edição da MTH acontecerá no período de 31 de agosto a 07 de setembro, na Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho e nas ruas e espaços públicos do bairro Cidade Nova Heliópolis. A programação será composta por 11 sessões de espetáculos - infantis e adultos (com rodas de conversa) e de rua) -, duas oficinas de aprimoramento teatral e uma vivência teatral, além de uma Feira Literária Periférica.

Os grupos profissionais que se enquadram no perfil do evento podem se inscrever, exclusivamente, pela ficha de inscrição disponível no site do projeto, onde também está disponível o regulamento da Mostra. Os selecionados realizarão 01 (uma) apresentação e receberão cachê

O desejo de realizar a 5a Mostra de Teatro de Heliópolis vem ao encontro da urgência de dar continuidade a ações que criem mecanismos para fortalecer, estimular e difundir a criação artística de grupos e artistas teatrais atuantes em territórios periféricos, bem como da necessidade de oferecer oportunidades e visibilidade à rica e pulsante cena teatral destas localidades.

A curadoria da Mostra é de responsabilidade do professor e crítico teatral Alexandre Mate. A direção artística é de Miguel Rocha, fundador da Companhia de Teatro Heliópolis. Daniel Gaggini e Dalma Régia assinam a direção de produção do evento. Este projeto foi contemplado pelo ProAC Editais - Programa de Ação Cultural, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.

Inscrições - Os interessados devem acessar o site do evento, ler o regulamento e preencher a ficha de inscrição até o dia 29 de junho. Só serão aceitas inscrições de grupos, entidades, coletivos ou artistas independentes que comprovem atuação em comunidades populares ou regiões periféricas.

6a Mostra de Teatro de Heliópolis
Período de inscrições: 26 de junho a 17 e julho de 2023.
Regulamento e ficha de inscrição: http://ciadeteatroheliopolis.com/mostra2024/
Contato: producao@muk.nu.

 

Informações à imprensa: VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
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terça-feira, 28 de maio de 2024

Pano de Boca - A Última Leitura reflete sobre o teatro e a obra de Fauzi Arap no Teatro do Incêndio

                                                                  Francisco Silva / Daniel Ortega (foto de 
Marcos Alonso)

A Cia. Teatro do Incêndio apresenta o espetáculo Pano de Boca - A Última Leitura com direção de Marcelo Marcus Fonseca, entre os dias 8 e 30 de junho de 2024. Esta é uma leitura contemporânea da emblemática obra de Fauzi Arap (1938-2013), escrita em 1975, que o Teatro do Incêndio montou, em 2015 e 2023, com o título Pano de Boca - Um Conserto de Teatro.

O enredo retrata a implosão de um grupo de teatro após seus integrantes ultrapassarem todos os limites entre arte e vida. Reflete sobre a banalização do ofício e a superficialidade em figuras alçadas à categoria de artista, da noite para o dia. 

O texto é estruturado em três planos. No primeiro, dois personagens indefinidos, palhaços inacabados - Pagão (Francisco Silva) e Segundo (Cristiano Sales) -, reivindicam vida dentro da cabeça do autor, em crise criativa. No segundo, a atriz Magra (Dhiovana Souza) dialoga com alguém que não se vê sobre os acontecimentos que motivaram a desintegração de um grupo. E no terceiro, o próprio grupo tenta reabrir o teatro em uma reunião convocada por alguém não identificado. A peça se funde em uma discussão sobre a criação, a exclusão e o sagrado no teatro. Os atores transitam por linguagens diferentes como o realismo, o circo e um quase surrealismo, diferenciando os planos do texto, que fluem para um caminho único.

Segundo o diretor Marcelo Marcus Fonseca, “em Pano de Boca - A Última Leitura, o texto passa a ser ainda mais objeto de reflexão, sobre o teatro e sobre a obra”. O núcleo realista da peça simula uma leitura de texto, que é a própria existência imediata das personagens, um ensaio para compreensão das motivações que conduzem artistas à cena. Improvisando diante do público a sua movimentação, os atores/personagens seguem na busca por cada instante fundamental e de fundamentação da palavra dita. No plano “espiritual” da peça, onde duas personagens reclamam vida dentro da imaginação de um autor, os atores conduzem a encenação como algo bem mais acabado do que nas cenas onde personagens são pessoas.

O diretor explica que Pano de Boca - A Última Leitura é reflexão fundamental no momento atual do teatro, quando se discute limites impostos por recortes sociais atuais, ao levar para a cena questionamento do autor: Quem é o ator? Quem é a atriz? “Se a atuação deixa de ser entendida como metáfora social, se o teatro passa a ser um lugar com tabus impostos, ele não perderia seu fundamento e princípio? Se o ator, a atriz, é quem tem espaço para transitar em todo e qualquer retrato ou recorte do mundo, não deixaria de ser provocação e reflexão para se tornar imitação iníqua da realidade?”, provoca Fonseca.

Esta terceira versão de Pano de Boca traz na encenação a ideia de “entregar”, reler o sentido da obra com tudo que ela carrega em seu subterrâneo, tirando o Teatro da pessoalidade, do depoimento de vida. “Não podemos reduzir o Teatro à nossa própria estatura. É preciso silenciar e aumentar-se. Ele nos ensina, mas não nos dá o direto de usá-lo para mascarar outros fins. Teatro é, e sempre deve ser encarado como mistério”, finaliza Marcelo Marcus Fonseca.

FICHA TÉCNICA - Texto: Fauzi Arap. Direção: Marcelo Marcus Fonseca. Elenco: Cristiano Sales (Segundo), Daniel Ortega (Paulo), Dhiovana Souza (Magra), Francisco Silva (Pagão), Josemir Kowalick (Marcos), Lui Seixas / Vithor Zanatta (Zeca), Marcelo Marcus Fonseca (Produtor), Pedro Lourenço (Pedro) e Viviane Figueiredo (Ana). Música ao vivo: Xantilee Jesus. Criação de luz: Rodrigo Alves “Salsicha”. Recriação de luz e direção de montagem: Beto Martins. Designer gráfico: Gus Oliveira. Cenário: Marcelo Marcus Fonseca (a partir de conceito e desenhos de Flávio Império para a Montagem original). Figurino: Criação do grupo (a partir de ideias de Flávio Império para a montagem original). Assistência de figurino e de cenografia e operação de luz: Sara Zizuino. Fotos: Camila Rios e Marcos Alonso. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Produção e idealização: Teatro do Incêndio. Realização: Temporada realizada com apoio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo.

Serviço

Espetáculo: Pano de Boca - A Última Leitura
Temporada: 8 a 30 de junho de 2024
De 8 a 16/6 - Sábados, às 20h, e domingos, às 19h.
De 20 a 30/6 - Quinta a sábado, às 20h, e domingos, às 19h.
Ingressos: R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia) e Grátis para moradores da Bela Vista.
Bilheteria: 1 horas antes das sessões (aceita dinheiro e Pix).
Duração: 110 min. Classificação: 14 anos. Gênero: Drama. 

Teatro do Incêndio
Rua Treze de Maio, 48 - Bela Vista / Bixiga. SP/SP.
Espaço com acessibilidade. Capacidade: 40 lugares.
Instagram: @teatrodoincendiooficial | Tel.: (11) 99788-8558 e (11) 2609-3730. 

Informações à imprensa: VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 27 de maio de 2024

As Aves da Noite, drama de Hilda Hilst, tem sessões gratuitas nos CEUs Cidade Dutra e Alvarenga

Marat Descartes (foto de Priscila Prade)

O espetáculo As Aves da Noite, drama teatral escrito por Hilda Hilst há 55 anos, vencedor do Prêmio APCA de Melhor Espetáculo Virtual, em 2022, tem apresentações gratuitas na Zona Sul de São Paulo: no CEU Cidade Dutra, dia 29 de maio, quarta, e CEU Alvarenga, dia 13 de junho, quinta, em ambos às 20h.

A encenação, que se passa em Auschwitz, tem direção de Hugo Coelho e elenco formado por Marco Antônio Pâmio, Marat Descartes, Regina Maria Remencius, Rafael Losso, Walter Breda, Fernando Vítor, Marcos Suchara, Wesley Guindani e Heloisa Rocha. Este projeto foi contemplado pela 17ª Edição do Prêmio Zé Renato, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

O enredo de As Aves da Noite parte da história real do padre franciscano Maximilian Kolbe que, em um campo de concentração nazista de Auschwitz, apresentou-se voluntariamente para ocupar o lugar de um judeu sorteado para morrer no chamado “porão da fome” em represália à fuga de um prisioneiro. Segundo o diretor Hugo Coelho, “esta é uma versão contemporânea do texto de Hilda. Não é uma reconstituição de Auschwitz, partimos de Auschwitz. O espetáculo é um grito contra a barbárie, contra o fascismo que usa a violência como instrumento de ação política”.

No porão da fome, a autora coloca em conflito os prisioneiros condenados a morrer na cela: o Padre, o Carcereiro, o Poeta, o Estudante e o Joalheiro, que são visitados pelo Oficial da SS, pela Mulher que limpa os fornos e por Hans, o ajudante da SS. Na montagem, eles aparecem isolados, confinados em gaiolas como um signo, uma alusão à prisão onde a história se passa. “A primeira coisa que os governos totalitários e ditatoriais fazem ao prender alguém é destituí-lo de sua dignidade e submetê-lo ao sofrimento extremado, e isso os nazistas fizeram com requintes inimagináveis de crueldade”, comenta o diretor.  Segundo ele, a proposta de concepção de Hilda Hilst é muito clara, colocando as personagens em estado de reflexão sobre suas próprias condições no confinamento. A leitura que a autora faz dos aspectos éticos e humanos passam por questionamentos sobre Deus, sobre o mal e sobre a crueldade.

Nos diálogos estão o embate entre a vida e o que lhes resta, os devaneios entre desespero e delírio. O Poeta declama como se morto estivesse, o Estudante sonha com outro tempo, o Joalheiro ainda lembra-se da magnitude das pedras, enquanto a Mulher é humilhada em sua condição inferior. O Carcereiro, mesmo sendo um condenado, ironiza a condição dos demais e os trata com escárnio; o SS os chama de porcos e os agride e menospreza, enquanto o estado de debilidade emerge da vida e da já não existência desses humanos subjugados.

O cenário, que traduz o cárcere com gaiolas humanas, foi concebido pelo diretor. O figurino (de Rosângela Ribeiro) faz alusão aos uniformes de presidiários, reforçando a imagem do encarceramento. A iluminação (de Fran Barros) dá foco a cada personagem, reforça o clima denso e claustrofóbico do ambiente, privilegiando o espaço teatral.  A trilha sonora, assinada por Ricardo Severo, traz uma canção original do texto que remete à tradição judaica, cantada pelas personagens, e segue a mesma orientação da iluminação.

Hugo Coelho afirma que o propósito do espetáculo é trazer à cena o discurso poderoso e contundente de Hilda Hilst. “As Aves da Noite nos faz encarar toda a barbárie do poder, do domínio, do autoritarismo, das torturas nos porões das ditaduras. Auschwitz é uma ferida aberta na humanidade para a qual é difícil encontrar palavras que a qualifique. As Aves da Noite mostra o reverso, o outro rosto da humanidade, perverso, doente e profundamente violento. Não podemos permitir que a violência e a barbárie continuem sendo normatizadas ao longo da história. Por isso essa obra, de extrema qualidade literária, é tão importante para o momento em que vivemos”, finaliza o encenador.

As Aves da Noite, idealizado pelo produtor Fábio Hilst, teve sua primeira temporada apresentada virtualmente, devido à pandemia da covid-19. Foi gravado em vídeo, 80 anos após a morte de Maximilian Kolbe, exatamente no momento em que o mundo vivia uma experiência de confinamento. Kolbe morreu em Auschwitz, em 1941, e foi canonizado em 1982, pelo Papa João Paulo II. São Maximiliano é considerado padroeiro dos jornalistas e radialistas e protetor da liberdade de expressão.

FICHA TÉCNICA - Texto: Hilda Hilst (1968). Direção: Hugo Coelho. Elenco: Marco Antônio Pâmio (Pe. Maximilian), Marat Descartes (Carcereiro), Regina Maria Remencius (Mulher), Walter Breda (Joalheiro), Rafael Losso (Estudante), Fernando Vítor (Poeta), Marcos Suchara (SS) e Wesley Guindani (Hans) e Heloisa Rocha. Direção de produção: Fábio Hilst. Assistência de direção e de produção: Fernanda Lorenzoni. Cenografia: Hugo Coelho. Figurino e objetos de cena: Rosângela Ribeiro. Desenho de luz: Fran Barros. Música original e desenho de som: Ricardo Severo. Cenotecnia: Wagner José de Almeida. Serralheria: José da Hora. Pintura de arte: Alessandra Siqueira. Assistência de cenotecnia: Matheus Tomé. Confecção de figurino: Vilma Hirata e Natalia Hirata. Fotos/divulgação: Priscila Prade e Heloisa Bortz. Design gráfico: Letícia Andrade. Gerenciamento de mídias sociais: Felipe Pirillo. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Idealização/produção: Três no Tapa Produções Artísticas. Realização: Prêmio Zé Renato - 17ª Edição, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

Serviço

Espetáculo: As Aves da Noite
Duração: 75 min. Gênero: Drama. Classificação: 16 anos. 

CEU Cidade Dutra
Dia 29 de maio – Quarta, às 20h
Av. Interlagos, 7350 - Interlagos. São Paulo/SP.
Apresentação seguida de bate-papo com o público.
Ingressos: Gratuitos - Retirada no local. Tel.:  5668-1953. 

CEU Alvarenga
Dia 13 de junho – Quinta, às 20h
Estr. do Alvarenga, 3752 - Balneário São Francisco. São Paulo/SP.
Apresentação seguida de bate-papo com o público.
Ingressos: Gratuitos - Retirada no local. Tel.:  (11) 5672-2500.

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena
Tel: (11) 99373-0181- verbena@verbena.com.brShare Button

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Com sessões no Teatro Paulo Eiró, VerDe Perto, o Musical Ecológico inicia circulação por São Paulo e interior

 

Foto de Eugenio Goulart
Nos dias 01, 02 e 05 de junho, o Teatro Paulo Eiró, em São Paulo, recebe o espetáculo VerDe Perto, o Musical Ecológico, com ingressos gratuitos. No sábado e domingo, as sessões são às 16h; e na quarta (5/6), ocorrem duas apresentações, às 10h30 e 14h30.

O musical infantil seguirá em circulação por espaços da capital e de cidades do interior. Todas as apresentações contam com intérprete de Libras e cumprem os requisitos de acessibilidade.

Verde Perto, o Musical Ecológico é um espetáculo cênico-musical com linguagem simples e poética que fala diretamente com a natureza imaginária das crianças. Com canções autorais, assinadas por Renata Pizi, o espetáculo aborda temas sobre ecologia e sustentabilidade.

Observando a priminha Júlia, que adorava desenhar, mas rasgava e jogava fora o que não lhe agradava, Renata Pizi teve a ideia de criar algo que despertasse nas crianças a consciência ambiental, que pode estar nas atitudes mais simples do cotidiano. E foi refletindo sobre a nossa relação com a natureza que ela criou, em 2016, as poesias, e depois as melodias, extraindo a musicalidade própria de cada poema.

As músicas, tocadas ao vivo, passeiam por diferentes ritmos brasileiros, como baião e maracatu, e por gêneros como rock, pop e rap, entrelaçando músicas e intervenções cênicas. Personagens, histórias e coreografias - conduzidos pela personagem Júlia - reforçam os argumentos das canções, recheadas de curiosidades sobre a natureza que ressaltam a necessidade de cuidarmos do planeta.

O roteiro é formado por “Pet Repet”, “Árvore”, “Lixo na Rua”, “Água”, “Tamanduá” e “Rio Tietê”, entre outras. Todas as músicas foram compostas por Renata, sendo as duas últimas em parceria com Sonekka. O espetáculo trata o tema com leveza e muito bom humor, cativando os pequenos espectadores pela graça e originalidade dos poemas cantados. 

A cenografia e os objetos de cena aparecem em composição lúdica. Elementos como lixeiras e galões de água são vestidos com fitas coloridas sendo manipulados e ressignificados durante o espetáculo. E a concepção do figurino foi inspirada na estética clown, com cores vivas que remetendo a fauna e a flora.

VerDe Perto, o Musical Ecológico passará por seis cidades paulistas, incluindo a capital, totalizando 12 sessões. O projeto, idealizado pela Belic Arte.Cultura e proposto pela Magistral Produções foi contemplado pelo Edital Lei Paulo Gustavo 20/2023 - Difusão Cultural, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo.

FICHA TÉCNICAConcepção e direção: Renata Pizi. Elenco: Renata Pizi (voz e violão), Renata Machado (atriz e voz), Paulo Ribeiro (voz e violão), Everton Alves dos Reis (percussão), Jonathan Campos (ator e voz). Cenário e visagismo: Rafaela Gimenez. Figurino: Alex Leandro. Gerenciamento e produção executiva: Adriana Belic. Assistência e produção executiva: Mili Slikta. Assistência de produção técnica: Arthur Maia. Técnico de som: Danilo Iwakura. Roadie: William Ramos. Fotos: Eugenio Goulart. Projeto gráfico: Alexandre Caetano. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Assessoria em mídias: Platea Comunicação. Interpretação em Libras: Rosemeire Santos.

 

Serviço


Espetáculo infantil:
VerDe Perto, o Musical Ecológico

Datas: 01, 02 e 05 de junho de 2024

Horários: Sábado e domingo, às 16h. Quarta, às 10h30 e 14h30
Duração: 45 min. Classificação: Livre (para crianças de 0 a 10 anos)

Ingressos: Grátis. Bilheteria: 1h antes das apresentações.
Todas as Sessões com Libras

 

Teatro Paulo Eiró

Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro. SP/SP. Tel.: (11) 5546-0449.
Teatro (374 lugares). Acessibilidade: Sim. Estacionamento nas proximidades.

Na rede: FB - @teatropauloeiro | IG - @teatropauloeirosp

Sinopse: A pequena Julia olhava pela janela, pegou alguns lápis de cor, folhas de papel em branco e pôs-se a desenhar. Mas, para cada traço errado, lá se ia mais um papel rasgado. Foi então que a tia, Renata, perguntou, um tanto indignada: “Júlia! Você não tem pena das árvores?”. Julia respondeu: “Árvores? E o que o papel tem a ver com elas?”. Esse é o mote que conduz o espetáculo.

VerDe Perto, o Musical Ecológico nas redes: @verdeperto_musical

  

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena
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quarta-feira, 22 de maio de 2024

Vera Athayde é convidada do projeto Terreiros Nômades em ação na EMEF Ana Maria Benetti sobre Cavalo Marinho

Terreiros Nômades - Macamba Faz Mandinga - Saberes Afrodiaspóricos nas Corporeidades da Cena é desenvolvido pela N’Kinpa - Núcleo de Culturas Negras e Periféricas. 

Vera Athayde / Divulgação
No dia 28 de maio, terça-feira, o projeto TERREIROS NÔMADES - Macamba Faz Mandinga - Saberes Afrodiaspóricos nas Corporeidades da Cena, realizado pela N’Kinpa - Núcleo de Culturas Negras e Periféricas, recebe a mestra e pesquisadora Vera Athayde. O encontro, com o tema Cavalo Marinho – Resistência Cênica Afrodiaspórica, acontece na EMEF Ana Maria Alves Benetti, localizada na Zona Sul de São Paulo, integrando alunos e professores em uma atividade constituída por bate-papo e vivência prática, de manhã e à tarde.

A pernambucana Vera Athayde - mestra em dança pela Unicamp e doutora em Artes Cênicas pela USP - coordena o Centro de Referência da Cultura Brasileira e o Núcleo de Pesquisa e Criação do Figurino e Indumentária Brasileira, no Ponto de Cultura da Oca Escola Cultural. É também pesquisadora em territórios da cultura afrodiaspórica e tradicional, pedagoga artística, encenadora, coreógrafa, dançarina, figurinista e fotógrafa.

Contemplado na 41ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, TERREIROS NÔMADES - Macamba Faz Mandinga - Saberes Afrodiaspóricos nas Corporeidades da Cena visa valorizar as culturas africanas, afrodiaspóricas e originárias colaborando para a aplicação efetiva, por meio da linguagem artístico-pedagógica, das Leis Federais nº 10.639/03 e nº 11.645/08, que estabelecem a obrigatoriedade do ensino de história e de culturas afro-brasileira e indígena nas grades curriculares do ensino fundamental e médio. As duas escolas envolvidas no projeto - EMEF Ana Maria Alves Benetti e da EMEI Cruz e Sousa - foram contempladas por serem instituições onde essas leis são aplicadas levando a educação antirracista para além do material didático.

Ao longo de 2024, várias atividades e estudos vêm sendo realizadas em ambas escolas. Trata-se das ações da coletiva N’kinpa em parceria com coletivos do entorno, vivências com mestres da cultura afrodiaspóricas, palestras e bate-papos com pensadores da cultura negra e indígena, encontros com pais, alunos e comunidade, programas de Podcast (Diáspora - A Cor da Nossa Cultura em Encontros e Redes) e criação de um espetáculo de teatro performático, concebido a partir desse percurso, cuja estreia está prevista para novembro.

Os temas abordados nas ações nas escolas não são restritos aos dias em que ocorrem. Nas semanas seguintes, são retomados pelas escolas, quando são estudados junto aos alunos, expandindo as possibilidades de entendimento.

Segundo Joice Jane Teixeira, idealizadora e proponente do projeto Terreiros Nômades e coordenadora da coletiva N’kinpa, “a escolha das duas escolas, além de serem instituições cujos projetos políticos-pedagógicos se pautam na implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08, deve-se ao fato de estarem localizadas no bairro do Jabaquara, na região sul da cidade, um dos territórios de grande relevância histórica para o povo negro”. E completa: “buscamos com ações, conteúdos e vivências estabelecer, além de um diálogo com crianças, jovens e adultos alargando o acesso às artes, devolver o que lhes foi negado, ou seja, as histórias e os saberes de povos que, por conta do racismo estrutural histórico, foram e ainda são invisibilizados. Acreditamos que a partir disso ampliaremos as reflexões políticas, culturais e sociais/econômicas, além de fomentar e formar um público ativo na luta pelos os direitos, propositivo e participativo da vida de sua comunidade”.

N’KINPA -  Núcleo de Culturas Negras e Periféricas é uma coletiva formada do encontro entre artistas-educadoras/es e agentes culturais negros e negras, dispostos/as e politicamente comprometidos/as a bulir, criar e propor ações contra coloniais para crianças, adolescentes e jovens a partir das cosmovisões africanas, afrodiaspóricas e originárias, visando a implementação das leis federais 10.639/03 e a 11.645/08.

Serviço

Projeto: TERREIROS NÔMADES - Macamba Faz Mandinga
Encontro/vivência: Cavalo Marinho - Resistência Cênica Afrodiaspórica
Convidada: Vera Athayde
28 de maio de 2024 (terça) - EMEF Ana Maria Benetti
Rua Cruz das Almas, 74 - Vila Campestre (Zona Sul). São Paulo/SP.
Horários: 9h30 e 13h30 – Duração: 2h.
Evento restrito à escola.

 

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