segunda-feira, 21 de julho de 2025

Centro Cultural SESI Rio Claro apresenta a exposição J. Borges - O Mestre da Xilogravura

A mostra reúne suas xilogravuras mais importantes e oito inéditas com suas matrizes,
além de abrigar literatura de cordel, uma cinebiografia e obras de seus filhos aprendizes.

Xilogravura Viagem a Trabalho e Negócios / Divulgação

O Centro Cultural SESI Rio Claro apresenta a exposição J. Borges - O Mestre da Xilogravura com visitação gratuita. O imaginário popular do Nordeste está presente em símbolos e figuras talhadas por J. Borges, artista pernambucano falecido em julho de 2024, aos 88 anos. Com evento de abertura no dia 1º de agosto, sexta, às 20h, a temporada ocorre entre os dias 2 de agosto e 30 de novembro de 2025.

A mostra traz uma coletânea de 44 xilogravuras, sendo oito delas até então inéditas (com suas respectivas matrizes), junto a outras 28 importantes obras da carreira de J. Borges. Os temas retratados simbolizam a trajetória de vida do artista, considerado pelo dramaturgo Ariano Suassuna como o “melhor gravador popular do Brasil”. Também faz parte da mostra duas obras assinadas por Pablo Borges e Bacaro Borges, filhos e aprendizes do artista, além da exibição de uma cinebiografia sobre sua vida e obra, assinada pelo jornalista Eduardo Homem.

Os visitantes vão apreciar obras de diversas fases de sua história, identificadas pelos temas:  Viagem a Trabalho e Negócios, Serviços do Campo, Plantio de Algodão, Forró Nordestino, Plantio de Cana, Feira de Caruaru, Carnaval em Pernambuco e Festa dos Apaixonados. A poesia popular também tem lugar na exposição, que reserva um espaço dedicado especialmente à sua literatura de cordel. Cordelista por mais de 50 anos, os versos de J. Borges tratam do cotidiano do agreste, de acontecimentos políticos e de fatos lendários, folclóricos e pitorescos da vida.

Em 2023, feliz com o início da circulação de sua mostra por unidades do SESI-SP, o artista declarou: "O que me inspira é a vida, é a continuação, é o movimento. Minha obra é aquilo que eu vejo, aquilo que eu sinto". J. Borges foi Patrimônio Vivo de Pernambuco, título que lhe foi concedido pelo Estado, e suas obras foram expostas em países como França, Alemanha, Suíça, Itália, EUA, Venezuela e Cuba; também deu aulas na França e nos EUA, ilustrou livros em vários países e foi destaque no The New York Times.

Equilibrando cheios e vazios com maestria, J. Borges desenhava direto na madeira, sem a produção de esboços, estudos ou rascunhos. O título da peça é o mote para criar o desenho, onde as narrativas próprias do cordel têm espaço na expressiva imagem da gravura. O fundo da matriz, talhado ao redor da figura, recebia aplicação de tinta, tendo como resultado um fundo branco e a imagem impressa em cor. As xilogravuras não apresentam uma preocupação rigorosa com perspectiva ou proporção.

A originalidade, irreverência e personagens imaginários são notáveis nas suas obras. Os temas mais recorrentes em seu repertório são o cotidiano da vida simples do campo, o cangaço, o amor, os castigos do céu, os mistérios, os milagres, crimes e corrupção, os folguedos, a religiosidade, a picardia, enfim todo o rico universo cultural do povo nordestino.

A Gerente de Cultura do SESI-SP, Debora Viana, reforça a importância desta exposição integrar o circuito das mostras itinerantes nos Espaços Galerias. “Com a iniciativa, que começou em Campinas, reforçamos o compromisso que a instituição possui de fomentar o cenário cultural e artístico por meio do acesso do público a obras, ao processo criativo de artistas nacionais e internacionais, à reflexão e à experimentação. Para o SESI-SP, é de extrema importância a formação de novos públicos em artes, a difusão e o acesso à cultura de forma gratuita. É por isso que desenvolvemos e realizamos projetos das mais diversas áreas e convidamos o público a entrar de cabeça no universo do conhecimento e da arte”

Com curadoria de Ângelo Filizola (1959-2024) e produção do Maracatu Estrela de Ouro de Aliança e Cactus Promoções e Produções, a exposição J. Borges - O Mestre da Xilogravura já foi apresentada no Centro Cultural Fiesp e nos demais Centros Culturais do SESI em Campinas, São José do Rio Preto, Itapetininga, São José dos Campos e Ribeirão Preto.

Serviço

Exposição: J. Borges - O Mestre da Xilogravura
Abertura: 1º de agosto - Sexta, às 20h
Temporada: 2 de agosto a 30 de novembro de 2025.
Visitação: Quarta à sábado, das 10h às 21h, e domingo, das 10h às 20h.
Entrada gratuita. Classificação: Livre.
Acessibilidade: obras com audiodescrição.
Agendamentos de grupos e escolas: frank.aguillar@sesisp.org.br 

Fotos - Exposição e artista: J. Borges – O Mestre da Xilogravura AQUI !

Centro Cultural SESI Rio Claro
Avenida M-29, 441 - Jardim Floridiana. Rio Claro/SP. CEP:13505-007
Tel.: (19) 3522-5650 | www.sesisp.org.br | Nas redes: @sesisp.rioclaro

Sobre J. Borges

Nascido em Bezerros/PE, J. Borges (José Francisco Borges, 1935-2024) foi um dos mestres do cordel, um dos artistas folclóricos mais celebrados da América Latina e o xilogravurista brasileiro mais reconhecido no mundo. Criou figuras a partir das histórias e lendas populares, que impregnam o espírito do mestiço nordestino. Começou aos 20 anos na escrita do cordel com O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina; Mestre Dila, de Caruaru, ilustrou. Vendeu mais de cinco mil exemplares em dois meses e decidiu produzir as próprias gravuras para o segundo cordel: O Verdadeiro Aviso de Frei Damião. Na capa, uma igrejinha (talhou em um pedaço de madeira a primeira gravura). Amigos passaram a encomendar ilustrações e matrizes. Autodidata, Borges ilustrou mais de 200 cordéis ao longo da vida. Vendia as gravuras na feira de Caruaru, quando um grupo de turistas comentou que ‘adorava xilogravuras’, foi investigar o termo e descobriu-se um xilogravurista. Foi descoberto por colecionadores e marchands, que proporcionaram seu encontro com Ariano Suassuna que afirmava ser Borges o melhor do mundo. Ganhou notoriedade e foi levado aos meios acadêmicos. O artista aumentou o tamanho das gravuras e, o que inicialmente produzia apenas em preto, passou a colorir com uma técnica que o próprio inventou. Entre todas suas xilogravuras, a sua preferida é A Chegada da Prostituta no Céu (1976). Participou de exposições na França, Alemanha, Suíça, Itália, Venezuela e Cuba. Desembarcou em mais de 10 países, deu aulas na França e nos EUA. Ilustrou livros no Brasil, na França, em Portugal, na Suíça e nos Estados Unidos. Tem várias obras publicadas, muitos prêmios e distinções: Fundação Pró-Memória (Brasília, 1984), Fundação Joaquim Nabuco (Recife, 1990), V Bienal Internacional Salvador Valero (Trujilo, Venezuela, 1995), Ordem do Mérito Cultural (Ministério da Cultura, 1999) e Prêmio Unesco - Ação Educativa/Cultural. Em 2002, foi um dos 13 artistas escolhidos para ilustrar o calendário anual das Nações Unidas, com a xilogravura A Vida na Floresta. Em 1992, expôs na Galeria Stähli, em Zurique, Suíça, e no Museu de Arte Popular de Santa Fé, Novo México. Em 2006, foi tema de reportagem no The New York Times e recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, que garante apoio vitalício para salvaguardar e transmitir sua arte. 

Informações à imprensa: VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 | verbena@verbena.com.br

Teatro do Incêndio confronta o conservadorismo em São Paulo Surrealista que reestreia em agosto

Sucesso no repertório da companhia, a peça questiona um mundo em ruínas, e integra a programação dos 30 anos de trajetória que o Teatro do Incêndio comemora em 2026.

Foto de Kym Kobayashi
O Teatro do Incêndio, agora sob gestão da Colmeia Produções, volta em cartaz com o espetáculo São Paulo Surrealista - Corpo Antifascista, no período de 2 a 31 de agosto de 2025. As sessões ocorrem aos sábados e domingos, às 20 horas.

São Paulo Surrealista - Corpo Antifascista é um ritual teatral dirigido por Marcelo Marcus Fonseca, que mergulha no surreal para retratar símbolos e fantasias de São Paulo. É uma ode à cidade e seus personagens, confrontando - em um jogo de imagens sobrepostas - as contradições e fantasias da metrópole.

A peça, que cumpriu temporadas com ingressos esgotados em 2012, 2013, 2014 e 2019, retornou atualizada em 31 de maio de 2025, debochando da atual onda de conservadorismo, tendo no movimento surrealista a inspiração política de provocar as estruturas pela imagem poética. Claudio Willer (1940 - 2023) - escritor e poeta, cujos vínculos literários são com a criação mais rebelde e transgressiva, como o surrealismo e geração beat - foi consultor da companhia para esse projeto. Willer será homenageado nessa versão 2025.

O espetáculo não conta necessariamente uma história. O que não significa que a peça não tenha uma dramaturgia sólida e uma linha narrativa. Para revelar a cidade real, nada é realista. Os textos são colagens emolduradas por imagens e figuras da metrópole, sejam elas reais ou distorcidas, tendo na música ao vivo um elemento essencial para traduzir sua pulsação.

Mário de Andrade, Roberto Piva, Pagu, nativos, cidadãos comuns, ninfas e animais recebem o surrealista André Breton, observado por Antonin Artaud (dramaturgo francês, surrealista), para um mergulho na capital paulista, percorrendo Os Nove Círculos do Inferno de Dante Alighieri.

“Esta montagem propõe também que o espectador perceba a cidade pelos olhos de André Breton, um dos criadores do surrealismo, em um jogo que ressalta pontos turísticos, monumentos, terreiros, restaurantes e bordeis paulistanos”, explica Marcelo Marcus Fonseca. O público precisa, invariavelmente, ir fantasiado ao teatro ou não será permitido seu ingresso. “Como em um carnaval estendido, o público deve chegar ao teatro com figurinos para compor a plateia como personagem. Vale tudo”, afirma o diretor Marcelo Marcus Fonseca, liberando os espectadores usarem a criatividade.

Em cena estão 25 artistas em uma celebração musical da cidade com alusões ao cinema de Pier Paolo Pasolini e Frederico Fellini e textos escritos durante o processo e com colaboração do elenco da primeira montagem, com base na escrita automática característica do Surrealismo. Todas as canções foram compostas por Marcelo Fonseca e Wanderley Martins especialmente para o espetáculo, algumas delas “em parceria” com Arthur Rimbaud e Charles Baudelaire.

O projeto

Esta temporada integra o projeto Aumentar É Aumentar-se, que dá início às comemorações dos 30 anos de trajetória que a Companhia Teatro do Incêndio completa em 2026, agora com toda a sua programação sob gestão da Colmeia Produções. Completam a programação: montagens de dois espetáculos inéditos - Dois Perdidos Numa Noite Suja, de Plínio Marcos, e Vocês Não Entenderam Nada, de Marcelo Marcus Fonseca, livremente inspirado em René de Obaldia (15/11 a 15/12); Incêndios da Memória - Rodas de Conversa e Vivências (2/8 a 6/9, sábados, às 15h) e show Com o Coração na Boca, de Cida Moreira e Rodrigo Vellozo;  ações de projeto permanente A Aurora É Coletiva - Iluminar (curso de iluminação para jovens maiores de 18 anos), Vivência Artística (para jovens maiores de 18 anos) e Residência Artística (para um grupo, coletivo ou coletividade desenvolver suas atividades artísticas e de pesquisa na sede do Teatro do Incêndio).

FICHA TÉCNICA | São Paulo Surrealista - Corpo Antifascista
Com: Cia. Teatro do Incêndio.
Projeto: Aumentar é Aumentar-se
Roteiro e direção geral: Marcelo Marcus Fonseca.
Elenco: Josemir Kowalick, André Pottes, Amy Campos, Marcelo Marcus Fonseca, Isabela Alonço, Livia Melo, Sabrina Sartori, Mariana Peixoto, João Paulo Villela, Anna Bia Viana, Thauany Mascarenhas, Camilo Guadalupe, Sabrina Rodriguez, Bruno Vizzotto, Ana Ferrari, Stefanie Araruna, João Victor Silva, Giovanna Garcia, Fiore Scheide e Joviana Venture.
Direção musical: Dedéco (André Pereira Lindemberg).
Direção musical original: Wanderley Martins.
Música ao vivo: Xantilee Jesus, Bruno Vizzotto, Ricardo Martins e Dedéco.
Iluminação: Rodrigo Sawl.
Cenografia: Marcelo Marcus Fonseca.
Figurino: Sabrina Sartori.
Aderecista: Vyvy Vanazzi.
Fotos: Kym Kobayashi e Cristiano Pepi.
Designer gráfico: Livia Melo.
Assessoria de mídias sociais: Amy Campos.
Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação.
Direção de produção: Vanda Dantas.
Gestão: Colmeia Produções
Realização: Cooperativa Paulista de Teatro - CPT, Edital Fomento CULTSP PNAB Nº 38/2024 Manutenção e Modernização de Espaços Culturais - Programa de Ação Cultural - ProAC São Paulo, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, do Ministério da Cultura e do Governo Federal e Cia. Teatro do Incêndio.

Serviço
Espetáculo: São Paulo Surrealista - Corpo Antifascista
Temporada: 2 a 31 de agosto - Sábados e domingos, às 20h
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada)
Venda: https://www.sympla.com.br/evento/sao-paulo-surrealista-corpo-antifascista-temporada-popular/2998801 
Bilheteria: 1h antes das sessões. Aceita dinheiro, PIX e cartão.
Gênero: Surrealismo. Duração: 70 min. Classificação: 18 anos.
Importante: É obrigatório ao público ir com figurino (criação livre).

Teatro do Incêndio
Rua Treze de Maio, 48 - Bela Vista/Bixiga. São Paulo/SP.
Tel.: (11) 2609-3730. Na Rede: @teatrodoincendiooficial
Estacionamento pago em frente ou entorno ao Teatro. 

Informações à imprensa: VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Teatro dos Sentidos, criado por Paula Wenke, realiza imersão criativa gratuita em São Paulo

Programação no Edifício Oswald de Andrade inclui, além da ação imersiva, apresentação de espetáculo integrando a circulação comemorativa de seus 25 anos.

Pela primeira vez em São Paulo, o Teatro dos Sentidos, criado pela atriz e diretora Paula Wenke, ocupa o Edifício Oswald de Andrade com o curso Imersão Criativa ao Teatro dos Sentidos, no período de 29 de julho a 7 de agosto de 2025. Com inscrições gratuitas, esta ação integra o programa CULTSP PRO numa parceria com a Inima Produções e Wenke Produções Artísticas.

Sob coordenação de Paula Wenke, o curso formativo transforma o espaço em palco de experimentação. Serão realizados laboratórios sensoriais nos quais os participantes aprendem as técnicas e metodologias desenvolvidas por Paula Wenke. Esta imersão criativa funciona como prática voltada para fins pedagógicos, enriquecendo a experiência dos envolvidos. A experiência permite que os participantes vivenciem, na prática, a construção de uma encenação sensorial voltada para públicos cegos ou vendados, expandindo suas habilidades artísticas e sua compreensão sobre arte, inclusão e novas linguagens teatrais. Como conclusão do curso, os alunos participarão das apresentações do espetáculo da companhia, Feliz Ano Novo, que acontecerá no mesmo local, nos dias 08 e 09 de agosto.

Segundo a criadora da metodologia, Paula Wenke, a experiência em São Paulo será uma verdadeira imersão sensorial: os participantes percorrerão o espaço, ora de olhos vendados, ora guiando seus colegas, explorando os aromas, texturas e sabores que tornam o ambiente um turbilhão de estímulos para os sentidos. "O treinamento desafia o grupo a experimentar o mundo sem a visão, enquanto aguça os demais sentidos para expandir sua percepção e presença cênica”, afirma Paula, que também é dramaturga, atriz, poetisa e diretora multimídia.

O Teatro dos Sentidos, criado originalmente para plateia de cegos, hoje atrai também “enxergantes” que assistem vendados. A abordagem utiliza textos adaptados, e atores provocadores (responsáveis por gerar interações sensoriais com a plateia em diálogo sensível com a narrativa) estimulam os sentidos remanescentes - audição, tato, olfato e paladar - provocando a empatia da plateia e promovendo uma experiência ímpar. O que era inclusão virou linguagem cênica inovadora, na qual o público constrói imagens mentalmente por meio de estímulos sensoriais. A ausência da visão potencializa outros sentidos, surpreende o público com sensações intensas e acesso à criatividade e à memória afetiva.

Após muita militância em favor da causa da Pessoa com Deficiência na Cultura, Paula Wenke teve, em 2024, o diagnóstico tardio de autismo nível 1 de suporte e altas habilidades na área de criatividade, inovação e pensamento divergente. Paula fez seu primeiro curso de Teatro no Tablado (Rio de Janeiro), justo por ser essencialmente introspectiva. Seu desenvolvimento nas artes cênicas foi arma poderosa em favor do desenvolvimento social e profissional. Por outro lado, também dificultou a suspeita do autismo.

"Depois desta descoberta tudo passa a ter um outro sentido: autistas são introspectivos, têm o seu mundo particular, imagético. Por necessidade, o mundo da pessoa cega também é assim, em face da condição de privação da visão. Os cegos utilizam os outros sentidos para se situarem; autistas têm processamento sensorial particular, muitas vezes sendo mais sensíveis a estímulos. No Teatro dos Sentidos estes universos particulares distintos dialogam, entram em colaboração", finaliza a diretora.

A temporada paulistana dá início à Circulação Comemorativa de 25 Anos do Teatro dos Sentidos, uma das primeiras manifestações no país de arte inclusiva no teatro, desenvolvido originalmente para plateia de cegos, e seguirá para Fortaleza, CE, tendo ainda como objetivo criar novos grupos do Teatro dos Sentidos pelo Brasil. Desde 2010, vem ocupando palcos profissionais da cultura com sucesso de público e expandindo seus propósitos. Este projeto foi fomentado pela Bolsa FUNARTE de Teatro Myriam Muniz 2023.

Serviço / Inscrições

Vivência: Imersão Criativa ao Teatro dos Sentidos
Dias 29, 30, e 31/07 e 01, 02, 04 e 05/08 (das 15h às 19h) e 06 e 07/08 (das 15h às 20h30)
Inscrição online - Gratuita -  15 de a 21 de julho:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeR98PdPub1LBg4lEKi777160lOWXCF6PBjTxVHZD-TGkLrPw/viewform
Resultado/inscrições: 22 de julho - No site www.cultsppro.org.br e nas redes sociais @inimaproducoes e @teatrodossentidos.
Período de matrícula: 23 a 26 de julho.
Público-alvo: Maiores de 18 anos - artistas, atores, agentes culturais, estudantes, educadores e demais interessados, residentes no Estado de São Paulo.
Duração: 39 horas. Nº de vagas: 30 (prioridade para pessoas com deficiência).
Coordenação: Paula Wenke.
Realização: Wenke Produções Artísticas, Programa CULTSP PRO e Imã Produções.
Local: Edifício Oswald de Andrade - Sala 07
Endereço: Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro. São Paulo/SP. 

Sobre os Realizadores

Paula Wenke - Dramaturga, roteirista, poetisa, diretora teatral e outras mídias, atriz, locutora, produtora e professora de teatro, TV e cinema. É criadora do Teatro dos Sentidos (1997), técnica de encenação teatral idealizada para a total compreensão de uma plateia de cegos ou de enxergantes vendados. Os sentidos da audição, do tato, olfato e paladar são fortemente explorados. O Teatro dos Sentidos hoje é estudado na Academia não só pela inovação estética e tecnologia que representa, mas também pelo profundo efeito que causa na plateia: catarses intensas, emoções profundas. Wenke formou-se em Teatro na Universidade de Brasília. É criadora do Movimento Arte Inclusiva que em 2021, em 28 lives conversou com todos os Secretários de Cultura Estaduais e Municipais de capitais sobre Políticas para o avanço da Arte Inclusiva e Acessibilidade Cultural. É Coordenadora e Conselheira da GADIM BRASIL (Global Alliance for Disabilitys in Media and Enterteinment), traduzindo, Aliança Global para a Inclusão da Pessoa com Deficiência na Mídia e no Entretenimento. A GADIM BRASIL é uma organização que promove a inclusão das pessoas com deficiência na mídia e no entretenimento, baseada nos direitos humanos. Ela é o braço nacional da GADIM, uma aliança global criada em 2016 com o apoio da ONU e da International Disability Alliance.

Programa CULTSP PRO - Escolas de Profissionais da Cultura é o novo Programa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão, o IDG, que tem como foco a formação e qualificação dos profissionais que atuam nos bastidores dos Setores Culturais e Criativos. O IDG é reconhecido por sua experiência em gerir equipamentos culturais públicos de grande importância para o país, conceber, implementar e gerir projetos culturais e programas ambientais e educativos, além de ser um dos maiores captadores de recursos do país nos últimos 10 anos. No Rio de Janeiro, além da gestão do Museu do Amanhã desde sua inauguração em 2015, cabe destacar a implantação do Memorial às Vítimas do Holocausto e a gestão do Museu do Jardim Botânico, Museu das Favelas, Paço do Frevo, Fundo da Mata Atlântica e Museu das Amazônias.

Inima Produções - A Inima Produções é uma produtora artístico-cultural com atuação em todo o Brasil. Através da arte, oferecemos soluções personalizadas. Desde a nossa fundação em 2015, buscamos projetos inovadores que gerem impacto positivo na sociedade. Tornamo-nos referência em simulações realísticas com atores em universidades de medicina no Brasil, sendo a primeira empresa a profissionalizar e qualificar atores para atuar como pacientes simulados na graduação do curso. Somando mais de 150 mil horas simuladas. Acreditamos no poder transformador do teatro e na diferença que ele pode fazer na vida das pessoas. Na Inima Produções Culturais, somos cúmplices da transformação através da arte!

Informações à imprensa: VERBENA Assessoria
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terça-feira, 15 de julho de 2025

Centro Cultural SESI Sorocaba apresenta exposição fotográfica de Dani Sandrini com temática indígena

A mostra terra terreno território - que traz fotografias impressas em folhas de plantas e em papel com pigmento de jenipapo - possui obras com audiodescrição e peças táteis.

Foto e obra de Dani Sandrini

O Centro Cultural SESI Sorocaba apresenta a exposição terra terreno território que reúne obras de temática indígena da fotógrafa e artista visual Dani Sandrini. A temporada ocorre entre os dias 2 de agosto e 30 de novembro de 2025, com visitação gratuita e acessibilidade. O evento de abertura acontece no dia 1º de agosto, sexta-feira, às 19h, com bate-papo aberto ao público com a artista e o curador Wagner Souza e Silva.

A mostra - composta por cerca de 35 obras - possui piso tátil, audioguia, 9 obras táteis e 20 obras com audiodescrição, além de vídeo de 19 minutos com depoimentos de vários indígenas e da artista com legenda e tradução em Libras.

terra terreno território é apresentada em dois agrupamentos fotográficos nos quais a artista utiliza duas técnicas artesanais de impressão fotográfica do século XIX propondo uma reflexão sobre o indígena em grandes cidades, no século XXI. No primeiro, um processo chamado antotipia (técnica que utiliza pigmentos vegetais como material fotossensível), a impressão é feita em papéis sensibilizados com pigmento extraído do fruto jenipapo (que muitos indígenas usam nas pinturas corporais).

Já no segundo agrupamento, pelo processo de fitotipia (técnica que utiliza a própria clorofila como agente para produzir a imagem), as imagens são impressas diretamente em folhas de plantas como taioba, singonio, mandioqueira, helicônia e guiné.

Ambos processos se dão através da ação da luz solar, em tempos que variam de três dias a seis semanas de exposição. Todas as imagens de terra terreno território foram captadas durante o ano de 2019 em aldeias indígenas da cidade de São Paulo, onde predomina a etnia Guarani, e também no contexto da metrópole, onde vivem indígenas de aproximadamente 53 etnias.

As obras de Dani Sandrini trazem uma temporalidade inversa à prática fotográfica vigente, da rapidez do click e da imagem virtual. “A longa exposição convida à desaceleração para observar o entorno com outro tempo e sob outra perspectiva. Como a natureza, onde tudo se transforma, esses processos produzem imagens vivas e que se transformam com o tempo; uma referência a permanente transformação da cultura indígena, que não ficou congelada 520 anos atrás”, reflete a artista.

A delicadeza do processo orgânico traz também uma consequente fragilidade para as fotografias com a passagem do tempo. “Dependendo da incidência de luz natural diretamente na imagem, por exemplo, pode levá-la ao apagamento”, explica a artista. A concepção de Sandrini considera esta possibilidade como um paralelo ao apagamento histórico que a cultura indígena sofre em nosso país. Ela diz que “a proposta favorece também a discussão acerca da fotografia com seu caráter de memória e documento como algo imutável, ampliando seus contornos e podendo se vincular ao documental de forma bem mais subjetiva. A certeza é a transformação. A foto não congela o tempo. Os suportes que aqui abrigam as fotografias geram outros significados”, reflete.  

Com terra terreno território a fotógrafa alerta para a necessidade de compreender a cultura indígena para além dos clichês que achatam a diversidade do termo. “A intenção é exatamente oposta, é desachatar, lembrar que muitos indígenas vivem do nosso lado e nem nos damos conta. Já se perguntaram o porquê dessa história ter sido apagada?”, comenta Dani, que durante o projeto fotografou - na região metropolitana da cidade de São Paulo - pessoas indígenas de diversas etnias, oriundas de várias regiões do país, ora posando para um retrato ora em suas rotinas, suas atividades, seus eventos, rituais ou celebrações.

terra terreno território nasceu do projeto Darueira, em 2018, contemplado no 1° Edital de Apoio à Criação e Exposição Fotográfica, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo por meio da Supervisão de Fomento às Artes. Realizado em 2019, ganhou exposição na Biblioteca Mario de Andrade, de outubro a dezembro. Em 2020 (no formato online), passou pela Galeria Municipal de Arte, do Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes (Chapecó/SC), pelo Cali Foto Fest (Colômbia) - exposição virtual e projeções urbanas, além apresentação virtual na abertura do festival – e esteve no Pequeno Encontro de Fotografia (Olinda/PE). Em 2021, integrou o Festival Photothings (exposição online no metrô de São Paulo; ensaio escolhido para integrar a Coleção Photothings) e foi tema de conversa no Fórum Virtual - Fotografia Experimental (Argentina) e de palestra no Interfoto Itu. Em 2022, terra terreno território foi selecionada para a coletiva Exposição Latinas en Paris (Fotografas Latam, Fundación Fotógrafas Latinoamericanas), na Galerie Rivoli 59, e integrou a coletiva Acervo Contemporâneo do Museu de História e Arte de Chapecó, SC. Em 2023, a exposição ocupou a Galeria de Fotos do Centro Cultural FIESP (SP), o Centro Cultural Matarazzo (Presidente Prudente, SP), a Pinacoteca Municipal Dr. Antônio Cintra e esteve no Festival Amparo em Foco (Amparo, SP) e no festival internacional Indian Photo Fest; e em 2025, no Sesc Pato Branco (PR) e Museu de Arte e Cultura de Caraguatatuba (SP). Vem circualndo por várias unidades do SESI São Paulo: Itapetininga, Campinas e São José do Rio Preto (2022); Ribeirão Preto (2024); São José dos Campos (2024 / 2025); e Sorocaba (2025).

Dani Sandrini - Fotógrafa, educadora e artista visual radicada em São Paulo, Brasil, Dani Sandrini fotografa comercialmente desde 1998, e desde 2014 desenvolve projetos mesclando fotografia documental/imaginária com impressões artesanais ou experimentais. Nos últimos anos tem estudado o entrelaçamento de materiais e suportes com as imagens fotográficas e a ação do tempo sobre elas. Dependendo do projeto e de sua singularidade, sua fotografia pode ser simplesmente tirada com câmera digital e colocada em papel ou telas, mas também pode conter outros elementos que acrescentem significado à imagem final, além de camadas extras de subjetividade. Dani tem experiência em processos fotográficos artesanais e desenvolve projetos utilizando tranferprint, pinhole, cianotipia, antotipia e fitotipia. Nos últimos anos, circulou com o projeto terra terreno território, sobre os povos indígenas do século XXI, por várias cidades. Capturadas digitalmente em São Paulo, as imagens expostas são impressas em folhas de plantas e também com o pigmento natural extraído do jenipapo. Esse projeto esteve em exposições nas seguintes localidades: São Paulo, Itapetininga, Campinas, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Ribeirão Peto, São José dos Campos, Caraguatatuba, Pato Branco/PR, Olinda/PE, Amparo, Chapecó/SC e nos países Colômbia, França, Portugal e Índia.

Serviço

Exposição: terra terreno território
Artista: Dani Sandrini
Abertura: 1º de agosto - Sexta, às 19h
Bate-papo com Dani Sandrini e Wagner Souza e Silva
Temporada: 2 de agosto a 30 de novembro de 2025
Horários: Quarta a domingo, das 10h às 19h
Visitação gratuita. Classificação: Livre.
Acessibilidade: piso tátil, audioguia, obras táteis e com audiodescrição.
Agendamento de grupos e escolas: cacsorocaba@sesisp.org.br 

Centro Cultural SESI Sorocaba
Espaço Galeria
Rua Gustavo Teixeira, 369 - Vila Independência. Sorocaba/SP.
Tel.: (15) 3388-0444. www.sorocaba.sesisp.org.br. Na rede: @sesisp.sorocaba 

Terra Terreno Território na rede:
Instagram - @terraterrenoterritório
Facebook - @Terra-terreno-território-408261089792472 

Informações à imprensa: VERBENA Comunicação
Eliane Verbena
verbena@verbena.com.br | (11) 99373-0181

Comunicação Espaço Cultural SESI Sorocaba
Amanda Campos
(15) 3388-0480 | amanda.campos@sesisp.org.br
Isabelle Santos
(15) 3388-0480 | isabelle.santos@sesisp.org.br
Gabriela Dias
(15) 3388-0480 | gabriela.dias@sesisp.org.br

Centro Cultural SESI Sorocaba promove Oficina de Xilogravura com Pablo Borges, filho de J. Borges

A partir do dia 18 de julho, estarão abertas as inscrições para a Oficina de Xilogravura que acontece no Centro Cultural SESI Sorocaba, nos dias 25 e 26 de julho, sexta e sábado, com turmas de manhã (das 9h às 12h) e à tarde (das 15h às 18h). Os interessados devem fazer reserva, gratuitamente, pelo Meu Sesi, no portal sesisp.org.br. Esta atividade integra a programação da exposição J. Borges - O Mestre da Xilogravura, em cartaz no local, até o dia 27 de julho, com visitação gratuita.

A oficina será ministrada pelo artista Pablo Borges, filho de J. Borges, falecido em 2024 aos 88 anos, do qual Pablo também foi aprendiz. Baseada na literatura de cordel, a arte da xilogravura retrata a cultura, as tradições e o cotidiano nordestino. A oficina tem como foco principal a teoria inicial de como se fazer uma xilogravura, partindo do desenho e, depois, com a utilização de ferramentas como goiva, formão, faca, lixa, tinta, rolo de impressão etc. Para concluir, é feita a impressão em papel A3. Ao final da oficina, os participantes terão sua própria matriz e sua xilogravura impressa.

Pablo Borges - herdeiro do mestre J. Borges - honra o legado de desenho e dá continuidade à arte da xilogravura de seu pai e mentor. Já ministrou diversas oficinas de xilogravuras no Brasil e em países como China, França e Argentina.

A exposição J. Borges - O Mestre da Xilogravura

O imaginário popular do Nordeste está presente em símbolos e figuras talhadas por J. Borges (1935-2024). A exposição traz uma coletânea de 44 xilogravuras, sendo oito delas, até então, inéditas (com suas respectivas matrizes), junto a outras 28 obras importantes da carreira do artista. Os temas retratados simbolizam a trajetória de vida do artista, considerado pelo dramaturgo Ariano Suassuna como o “melhor gravador popular do Brasil”. Também fazem parte da mostra duas obras assinadas por Pablo Borges e Bacaro Borges, filhos e aprendizes do artista, além de uma cinebiografia sobre sua vida e obra, assinada por Eduardo Homem.

A exposição traz trabalhos de diversas fases d história de J. Borges, identificadas pelos temas:  Viagem a Trabalho e Negócios, Serviços do Campo, Plantio de Algodão, Forró Nordestino, Plantio de Cana, Feira de Caruaru, Carnaval em Pernambuco e Festa dos Apaixonados. A poesia popular também tem lugar na exposição: um espaço dedicado à literatura de cordel. Cordelista por mais de 50 anos, seus versos tratam do cotidiano do agreste, de acontecimentos políticos e de fatos lendários, folclóricos e pitorescos da vida.

Patrimônio Vivo de Pernambuco, título que lhe foi concedido pelo Estado, J. Borges expôs na França, Alemanha, Suíça, Itália, EUA, Venezuela e Cuba, deu aulas na França e nos EUA, ilustrou livros em vários países e foi destaque no The New York Times. Borges desenhava direto na madeira, equilibrando cheios e vazios com maestria, sem a produção de esboços, estudos ou rascunhos. O título era o mote para criar o desenho, onde as narrativas próprias do cordel tinham espaço na expressiva imagem da gravura. No processo, o fundo da matriz, talhado ao redor da figura, recebe aplicação de tinta, tendo como resultado um fundo branco e a imagem impressa em cores. As xilogravuras não apresentam uma preocupação rigorosa com perspectiva ou proporção.

Serviço

Oficina de Xilogravura
Ministrante: Pablo Borges
Quando: 25 e 26 de julho de 2025
Dias/horários: sexta e sábado - das 9h às 12h e das 15h às 18h
Inscrições gratuitas: a partir de 18/7 - https://www.sesisp.org.br/evento/d12154a3-5017-4142-8e92-c4366741ef1d/oficina-de-xilogravura--exposicao-j-borges--o-mestre-da-xilogravura
Duração: 180 min. Indicação: maiores de 14 anos.
Local: Foyer 

Exposição: J. Borges - O Mestre da Xilogravura
Temporada: Até a 27 de julho de 2025
Horários: Quarta a domingo, das 10h às 19h
Entrada gratuita. Classificação: Livre.
Acessibilidade: obras com audiodescrição.
Agendamentos de grupos e escolas: cacsorocaba@sesisp.org.br

Fotos/link – Exposição: J. Borges – O Mestre da Xilogravura AQUI !

Centro Cultural SESI Sorocaba

Rua Gustavo Teixeira, 369 - Vila Independência. Sorocaba/SP.
www.sesisp.org.br | Nas redes: @sesisp.sorocaba

INFORMAÇÕES À IMPRENSA

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segunda-feira, 14 de julho de 2025

Teatro do Incêndio e Colmeia Produções convidam o público a partilhar saberes no ciclo de encontros Incêndios da Memória

Entre os dias 02 de agosto e 06 de setembro, o Teatro do Incêndio se transforma em terreiro de escuta, canto e memória viva com o ciclo Incêndios da Memória - Rodas de Conversa e Vivências, sempre aos sábados, às 15h, com entrada gratuita.

Os encontros tratam de ancestralidade, samba, folguedos e cultura popular com a participação de grupos tradicionais, mestres e mestras que mantêm acesas as tradições dos festejos populares no Brasil. São eles: Samba de Lenço de Mauá (2/8), Samba de Bumbo de Pirapora do Bom Jesus (9/8), Reinados de Congos e Congadas (16/8), Moçambique do Mestre Paizinho (23/8), nomes do samba, do teatro e dos folguedos (30/8) e Yalorixá Ivone Ty Oxum e Babalorixá Ivo Ty Odé (6/9). As rodas de conversa têm curadoria do folclorista Diego Dionísio que, há mais de 25, anos pesquisa e vivencia os patrimônios culturais do país.

Incêndios da Memória - Rodas de Conversa e Vivências integra o projeto Aumentar é Aumentar-se, contemplado no Edital Fomento CULTSP PNAB Nº 38/2024 Manutenção e Modernização de Espaços Culturais - ProAC, Programa de Ação Cultural, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo. Esse projeto inicia as comemorações dos 30 anos de trajetória que a Companhia Teatro do Incêndio completa em 2026, agora com toda a sua programação sob gestão da Colmeia Produções. Sua atuação abrange a produção de espetáculos autorais, tendo seu projeto estético como sua principal verve, incorporando organicamente ações formativas, trocas e difusão de saberes sobre cultura brasileira, diversidade e diálogos com comunidades tradicionais.

Até o final de 2025, Aumentar é Aumentar-se oferece ao público um extensa programação. Três espetáculos serão montados: São Paulo Surrealista - Corpo Antifascista, de Marcelo Marcus Fonseca (2 a 31 de agosto), Dois Perdidos Numa Noite Suja (inédita), de Plínio Marcos (29/9 a 3/11) e Vocês Não Entenderam Nada (inédita), de Marcelo Marcus Fonseca, livremente inspirado em René de Obaldia (15/11 a 15/12). Acontecem também o show Com o Coração na Boca, de Cida Moreira e Rodrigo Vellozo, além de ações de seu projeto permanente A Aurora É Coletiva: Iluminar (curso de iluminação para jovens maiores de 18 anos), Vivência Artística (administração, criação artística, técnica, produção e atuação para jovens maiores de 18 anos) e Residência Artística (um grupo, coletivo ou coletividade desenvolverá suas atividades/trabalhos artísticos e de pesquisa na sede do Teatro do Incêndio).

“Acreditamos que um teatro privado pode, e deve, ser um bem público, rompendo barreiras e levando arte para o maior número de pessoas possível. Nosso espaço é um laboratório de convivência com o todo, a diversidade, onde a rua e o palco se encontram, seja por meio de intervenções urbanas, ações gratuitas ou acolhimento a artistas emergentes”, afirma do diretor do Teatro do Incêndio, Marcelo Marcus Fonseca.

Programação | Rodas de Conversa

Incêndios da Memória - Rodas de Conversa e Vivências
Datas: 02, 09, 16, 23 e 30 de agosto e 06 de setembro de 2025
Horário: Sábados, às 15 horas
Entrada Gratuita. Classificação: Livre. Duração: 2 horas.
Local: Teatro do Incêndio
Rua Treze de maio, 48 - Bela Vista. São Paulo/SP.
Tel.: (11) 2609-3730. Na Rede: @teatrodoincendiooficial
Estacionamento pago em frente ao Teatro do Incêndio. 

02 de agosto
Tema: O Canto que Vem da Terra
Convidado: Samba de Lenço de Mauá 

O Samba de Lenço de Mauá - uma dança folclórica de origem afro-brasileira originária das áreas rurais - chega com seu ritmo cadenciado e ancestral do interior paulista. O encontro promete uma roda com mestres que mantêm viva a musicalidade que brota da terra e dança com a fé.

09 de agosto
Tema: Entre o Tambor e o Passo: O Tempo do Bumbo
Convidado: Samba de Bumbo de Pirapora do Bom Jesus 

A batida forte do bumbo conduz a memória coletiva dos festejos populares. O Samba de Bumbo de Pirapora do Bom Jesus traz a celebração de São Benedito e da herança afro-brasileiras. O grupo - importante representante da tradição do samba de bumbo (ou samba rural paulista) – apresenta as características dessa manifestação como seu batuque, sua dança e seu canto, fortes contribuições dos povos banto para a cultura do Brasil. Sua figura mais importante foi a mestra Dona Maria Esther (que faleceu em 2017 aos 93 anos).

16 de agosto
Tema: Rainhas, Congos e Reinos Invisíveis
Convidado: Reinados de Congos e Congadas 

Reinados de Congos e Congadas - Os estandartes ganham voz! O encontro faz um mergulho na tradição das Congadas e sua força devocional e cultural. congada é uma expressão cultural e religiosa afro-brasileira que mistura dança, canto, teatro e espiritualidade de matrizes africana e cristã, e homenageiam os reis do Congo.

23 de agosto
Tema: Moçambique: A Caminhada dos Ancestrais
Convidado: Moçambique do Mestre Paizinho 

Moçambique do Mestre Paizinho traz o som das caixas, bastões e as ladainhas que nos guia por caminhos sagrados de fé e resistência ancestral. Mestre Paizinho comanda a Companhia Moçambique de São Benedito de Taubaté, organiza, cria versos e leva arte e sua fé para diferentes cantos do estado de São Paulo. Herdeiro da tradição passada por seu pai, Mestre Paizão, ele representa a terceira geração de mestres do grupo, cujas raízes datam de 1947. 

30 de agosto
Tema: Festa, Corpo e Memória: Encruzilhadas da Cultura Popular
Convidados: Vários 

Esta roda de conversa promete um grande encontro de celebração ao samba, ao teatro, aos folguedos e à ancestralidade, com participação de convidados diversos.

06 de setembro
Tema: Ilê Asé Ya Oju Omin
Convidadas: Yalorixá Ivone Ty Oxum e Babalorixá Ivo Ty Odé 

Arte e cultura relacionadas ao Candomblé encerra o ciclo Incêndios da Memória - Rodas de Conversa e Vivências. Com condução da Yalorixá Ivone Ty Oxum e Babalorixá Ivo Ty Odé este é um encontro com a casa tradicional de matriz africana em roda de conversa sobre a diferença entre a arte e a cultura relacionadas ao Candomblé.

Informações à imprensa: VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 - verbena@verbena.com.br