O NUO (Núcleo Universitário
de Ópera) estréia em dezembro mais uma produção, sob direção do maestro Paulo
Maron. Trata-se da ópera-balada The Beggar’s Opera, A Ópera do
Mendigo, obra concebida pelo dramaturgo inglês John Gay, em
1724. As récitas acontecem nos dias 12 e 13 de dezembro, quinta e
sexta-feira, na Sala Crisantempo, às 21 horas.
O texto de A Ópera do Mendigo
sempre foi uma obra muito atual. Inspirou, inclusive, uma famosa adaptação de
Bertolt Brecht com o título de Ópera dos Três Vinténs.
A ideia de John Gay foi escrever uma
peça teatral intercalada por canções bem populares da época, incluindo Arias de
Purcell e canções folclóricas, escocesas, Irlandesas e inglesas. Essa ideia deu
um charme todo especial a obra, que desde então teve várias versões e
adaptações.
Com esta obra Gay desejava fazer uma
dura crítica à maneira de encenar ópera, tanto nos libretos quanto na
musicalização dos mesmos, sobretudo as árias “Da Capo”. Isso (vale lembrar) em
pleno início do século XVIII. Por isso, ele pediu ao amigo
compositor Johann Pepush para selecionar uma série de canções que fossem bem
famosas na época. Gay escreveu novos poemas para essas canções e tirou todas as
repetições, fazendo assim com que os diálogos se intercalassem às músicas de
maneira a não comprometer o ritmo cênico. O sucesso foi estrondoso para a época
com centenas de récitas, fazendo com que John Gay ficasse muito rico e seu nome
fosse perpetuado por toda a Inglaterra.
Na versão do NUO, tanto os
atores-cantores como os instrumentistas fazem parte da cena. A orquestra de
câmara, formada por 12 instrumentistas, toca a obra “décor” e, constantemente,
entram na cena. As canções, em inglês, são legendadas. E os diálogos, em
português.
Sinopse
A história de A Ópera do Mendigo
tem início na casa do Sr. Peachum, homem corrupto que ganha a vida tirando uma
porcentagem de tudo que é roubado pela maior parte dos ladrões da cidade de
Londres. Em troca promete proteção caso eles sejam presos. Mas ele descobre que
pode lucrar ainda mais se manipular o sistema jurídico para que alguns sejam
executados, contando com a ajuda de seu sócio, o Tenente Lockit.
Peachum e sua esposa Célia ficam preocupados ao descobrir que a filha Polly se casou com um jogador profissional - e ladrão -, conhecido como Capitão Macheath. Com receio de que ele roube a fortuna da família, tramam um jeito de prendê-lo e levá-lo à forca. Esse é o ponto de partida para uma história que faz uma profunda crítica social, política e cultural, e que permanece extremamente atual.
Peachum e sua esposa Célia ficam preocupados ao descobrir que a filha Polly se casou com um jogador profissional - e ladrão -, conhecido como Capitão Macheath. Com receio de que ele roube a fortuna da família, tramam um jeito de prendê-lo e levá-lo à forca. Esse é o ponto de partida para uma história que faz uma profunda crítica social, política e cultural, e que permanece extremamente atual.
Personagens / intérpretes
Sr. Peachum – Pedro Ometto
(barítono); Sra. Peachum – Gabrielle Agura (soprano); Polly – Marcela Panizza
(soprano); Lockit – André Estevez (tenor); Lucy – Isabel Nobre (soprano);
Capitão Macheath – Luis Fidelis (barítono); Jenny – Angélica Menezes
(mezzosoprano); Molly – Natália Capucim (soprano); Suky – Rafaela Martinelli
(soprano); Filch – Wesley Fernandez (tenor); Matt – Murilo Vilas Boas (tenor);
Mendigo – Paulo Maron (ator).
John Gay – autor
Dramaturgo e poeta
britânico, John Gay (1685-1732) fundou a revista The British Apollo e escreveu
inúmeras poesias e peças teatrais. Ele é mais conhecido, porém, pela criação da
ópera balada The Beggar’s Opera (1728) que teve 62
apresentações consecutivas (um recorde para a época). A peça, com música
selecionada por John C. Pepusch (1667-1752), é um conto cínico de ladrões,
salteadores e prostitutas que pretendem espelhar a degradação moral da
sociedade. Seu sucesso foi um marco na história do teatro musicado. Esta obra
foi adaptada por Bertolt Brecht e Kurt Weill
como A Ópera dos Três Vinténs (1928). Gay foi enterrado na Abadia de
Westminster.
Pioneiro no trabalho operístico com jovens, oriundos das mais diversas faculdades de música, o NUO é reconhecido pela interpretação e pelo forte trabalho corporal. O trabalho de formação artística vai além da música. Os jovens estudam interpretação e passam por preparação corporal para formar um grupo atuante com performance totalmente particular. Anualmente, duas montagens são realizadas com sucesso pela companhia.
Espetáculo: A Ópera do Mendigo
Pioneiro no trabalho operístico com jovens, oriundos das mais diversas faculdades de música, o NUO é reconhecido pela interpretação e pelo forte trabalho corporal. O trabalho de formação artística vai além da música. Os jovens estudam interpretação e passam por preparação corporal para formar um grupo atuante com performance totalmente particular. Anualmente, duas montagens são realizadas com sucesso pela companhia.
Espetáculo: A Ópera do Mendigo
Autor: John Gay
Direção geral: Paulo Maron
Com: NUO – Núcleo Universitário de Ópera
Cenário, iluminação e produção: Paulo Maron
Preparação corporal: Marília Velardi
Coreografia: Wesley Fernandez
Membros da Orquestra Sinfônica do NUO
Solistas e coro do NUO
Realização: NUO - http://nucleodeopera.blogspot.com
Dias 12 e 13 de dezembro – quinta e sexta - às 21 horas
Sala Crisantempo
Rua Fidalga, 521 - Vila Madalena/SP. Tel.: (11) 3819-2287
Ingresso promocional / preço único: R$ 20,00. Bilheteria:
1h antes das récitas
90 min. Classificação: 12 anos. 100 lugares.
Acesso universal. Ar condicionado.
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