O teatro de rua invade a Zona Leste com 13 espetáculos, além de
intervenções circenses, oficina e lançamento de livro, na nona edição da
Mostra. Cultura e diversão ao ar livre!
Entre os dias 22 e 31 de Maio,
acontece a IX Mostra de Teatro de São Miguel Paulista na Praça do
Casarão (ao lado da Estação Vila Mara, da CPTM), no Jardim Helena, Zona
Leste de São Paulo. A programação – gratuita e diversificada – dá um panorama
atual do teatro de rua brasileiro.
O evento reúne grupos, artistas e
coletivos que são referência nesta arte, oriundos de regiões como Porto Alegre
(RS), Campo Grande (MS), Goiana (GO), Itapipoca (CE), João Pessoa (PB), Macapá
(AP) e São Paulo (interior e capital). O cortejo de Abertura acontece no
dia 22/5, às 15h, no bairro da Vila Mara, com a Cia. Antropofágica. A
programação traz ainda Oficina de Intervenção Urbana (30/5,
às 10h) com Dyonisio Bombinha (Grupo Teatro Que Roda, de Goiana) e lançamento
do Livro Artes da Enganação do cearense Orlângelo Leal,
integrante da Banda da Dona Zefinha.
Os
espetáculos apresentados são: Tekoha – Ritual de Vida e Morte do Deus
Pequeno (Teatro Imaginário Maracangalha), Um Show de Variedades
Palhacística (Teatro de Rocokóz), O Concerto da Lona Preta (Trupe
Lona Preta), Canção, Malazarte e Trupezupe (Quem Tem Boca é Pra
Gritar), A Cobra
Vai Fumar - Uma Estória da FEB (Teatro Popular União e Olho Vivo), Guerras desconhecidas na Barraca de
Cena (Estudo de
Cena), Metapólis (Cia. Trova 8), Pinta de Palhaço (Núcleo Pavanelli de
Teatro de Rua e Circo), Futebol Mossa Paixão: Pra Falar de Política, Futebol e Religião (Cambada
de Teatro em
Ação Direta Levanta FavelA.. .), Era Uma Vez Um Rei!
(Pombas Urbanas), Pagina 469 (Grupo
Engasga Gato), Pato e Laranjinha Pintando o 7 (Ass. Cultural Teatral Trupe
do Pato) e O
Casamento de Tabarim
(Dona Zefinha).
Idealizada e realizada pelo Buraco
d’Oráculo, a Mostra chega à nona edição, contemplada pelo ProAC Festivais e
Mostras, da Secretaria de Estado da Cultura. O evento, atualmente, é referência
nacional no âmbito do teatro de rua. Desde sua quarta edição, essa modalidade
teatral se tornou a sua principal atração.
Neste ano, buscando fortalecer e
reconhecimento de sua história, a mostra reafirma laços com os artistas locais
e faz uma homenagem ao Movimento Popular de Artes - MPA, que surgiu no final de 1970, a partir da pesquisa
de Antonio Arantes e Tadeu Giglio, antropólogos da Unicamp, para a
revitalização de sítios históricos de bairros paulistanos.
Com o movimento surgiu a
necessidade de espaços para abrigar a produção artística local e ter um centro
aglutinador e irradiador da cultura produzida na região. Mais de 30 anos
depois, o MPA continua sendo referência para pesquisadores de diversas linguagens
e instituições. “Homenagear este importante movimento cultural é reconhecer que
suas ações foram significativas e que ainda reverberam no bairro de São Miguel Paulista, um
dos mais antigos da cidade”, explica Edson Paulo Souza, diretor do Buraco
D’Oráculo. Outro ponto importante é que neste ano a Mostra reforçará as ações
do grupo na Praça do Casarão, visto que, juntamente com outros coletivos, ocupa
o espaço do antigo casarão, localizado na praça.
PROGRAMAÇÃO / SERVIÇO
Mostra
de Teatro de São Miguel Paulista
Local: Praça do Casarão
Vila Mara (ao lado da estação Vila Mara
da CPTM). Jardim Helena/SP
De 22 a 31 de maio - sexta a domingo - 15h, 16h,
17h, 18h e 19h
Grátis (espetáculos
ao ar livre). Recomendação: Livre
Informações: (11) 98152-4482
Mestres de Cerimônias - Antes
de cada apresentação e também nos intervalos entre uma e outra, os mestres de
cerimônia fazem breves intervenções.
· Dias 22, 23 e 24 de maio – J.E. Tico
(São Paulo, SP) - O ator, bonequeiro e palhaço, faz pequenas intervenções, tendo como inspiração os brinquedos populares.
·
Dias 29,28 e 31 de maio – Pato e Laranjinha (Macapá, AP) -
A dupla de palhaços, realiza números próprios e clássicos da
palhaçaria, típicos do jogo do cômico feito por duplas. De forma
hilária, eles se colocam em constante competição.
22
de Maio - sexta-feira
Mestres
de cerimônia: J.E. Tico (São Paulo – SP)
·
15h
– Cortejo de abertura pelo bairro da Vila Mara com a Karroça
Antropofágica
Com Cia. Antropofágica (São Paulo, SP) -
Duração: 2h.
Sinopse
- Tomando as ruas com Cortejo
cênico-musical conduzido por nossa Karroça, inicialmente inspirada nos
tropeiros, homens livres do Brasil escravocrata responsáveis pela circulação de
mercadorias. As intervenções de rua estão sempre ligadas aos
estudos realizados pela companhia. É a mais antiga máquina do catálogo de máquinas de
intervenção urbana, já tendo percorrido a cidade de São Paulo do extremo Leste
ao extremo Oeste e realizado marchas com diversos outros coletivos da cidade. É
uma máquina altamente adaptável às variações de conteúdo, podendo abarcar
diversas paradas temáticas numa única jornada.
Ficha
técnica - Dramaturgia: Companhia Antropofágica.
Direção e encenação: Thiago
Reis Vasconcelos. Direção Musical: Lucas Vasconcelos. Elenco:
AdonisRossato, Alessandra Queiroz, Amanda Freire, Andrews Sanches, Danilo
Santos, Débora Xavier, Deborah Hathner, Fabi Ribeiro, Flávia Ulhôa, Jaques
Cardeal, José Abrão, Karina Pêra, Martha Guijarro, Maristela Rodrigues, Rafael
Frederico, Rafael Gracioli, Renata Adrianna, Renê Costanny, Ruth Melchior e
Suelen Moreira. Músicos: Bruno Miotto,
Bruno Mota e Lucas Vasconcelos. Iluminação: Renata Adrianna e Rafael Frederico. Produção: Maria Tereza Urias.
·
18h
– Espetáculo: Tekoha – Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno
Com Teatro Imaginário Maracangalha (Campo Grande -
MS) - Duração: 50 min.
Sinopse
- O espetáculo, narra a trajetória do líder
guarani Marçal de Souza e sua resistência histórica na luta pela terra e
direitos dos povos indígenas. A palavra que dá nome ao espetáculo, Tekoha, tem
um significado peculiar. “Teko” significa modo de estar, sistema, lei, hábito,
costume. Tekoha, assim, refere-se à terra tradicional, ao espaço de
pertencimento da cultura guarani. É no Tekoha que os guaranis vivem seu modo de
ser. O Teatro Imaginário Maracangalha, faz da rua a representação tão sagrada
aos guaranis.
Ficha técnica - Diretor: Fernando
Cruz. Dramaturgia:
Fernando Cruz em processo colaborativo com o grupo.
Elenco: Alê Moura, Camila Brito, Fernando
Cruz, Fran Corona e Moreno Mourão. Figurino:
Ramona Rodrigues. Cenografia: Zé
Eduardo Calegari Paulino. Adereços: Lício Cstro.
Sonoplastia: o Grupo
23
de Maio - sábado
Mestres de cerimônia: J.E.
Tico (São Paulo, SP)
·
15h
– Espetáculo: Um Show de Variedades Palhacística
Com Teatro de Rocokóz (São Paulo, SP) -
Duração: 50 min.
Sinopse - Uma
família de palhaços chega com sua Carroça e abre a roda para apresentar ao
público Um Show de Variedades Palhacísticas, um caldeirão de números
divertidos, no qual, na maior parte do tempo, o protagonista é o próprio
espectador. Eles anunciam: “senhoras e senhores, damas, cavalheiros, crianças:
com vocês... A Besta Fera! O Mago do Eterno Silêncio! O Acrobata Anônimo! O Homem-Bala!
A Malabarista do Nilo! E o mais incrível e inacreditável número de Altíssimo
Risco!”.
Ficha técnica - Texto: Teatro de Rocokóz. Direção e canções:
Carlos Biaggioli. Elenco: Carlos e Ciléia Biaggioli. Participação: Júlia,
Laura e Davi S. Biaggioli. Produção
geral: Ciléia S. Biaggioli.
·
17h -
Espetáculo: O Concerto da Lona Preta
Com Trupe Lona Preta (São
Paulo, SP) - Duração: 50 min.
Sinopse
- O Concerto da Lona Preta é um espetáculo inspirado na tradição
circense e em músicas que fazem parte do imaginário popular. Cinco músicos, ou
melhor, cinco palhaços tentam de forma divertida executar um concerto musical
com um amplo e variado repertório, que abrange arranjos musicais
concernentes às manifestações populares, eruditas e popularescas.
Ficha técnica - Direção: Sergio
Carozzi. Elenco: Alexandre Matos,
Elias Costa, Joel Carozzi, Sergio Carozzi e Wellington Bernado.
Figurinos: O Grupo.
Produção: Henrique Alonso.
·
19h -
Espetáculo: Canção, Malazarte e Trupezupe
Com Quem tem Boca é Pra
Gritar (João Pessoa, PB) - Duração: 60 min.
Sinopse
- O espetáculo Canção,
Malazarte e Trupizupe busca, por meio dos trambiques de três espertalhões,
mostrar uma faceta do povo nordestino que, para sobreviver, precisa desenvolver
uma enorme sagacidade, uma perspicácia e um extraordinário senso de humor. Esta
faceta proporciona a esses anti-heróis brasileiros a possibilidade de
existirem, não anonimamente, mas como sobreviventes de um país onde os
abastados e poderosos usufruem da totalidade. O pano de fundo da trama é uma
história simples que transita por um mosteiro, terminando numa pensão onde a
aparente fragilidade dos conflitos esconde personagens que, apesar de serem
aqueles que não têm poder, utilizam de uma esperteza ímpar para continuarem
vivos e de certa forma, levando no “bico” os poderosos e tiranos.
Ficha
Técnica: Direção:
Humberto Lopes. Texto/concepção: Bráulio
Tavares. Atores / músicos: Ademilton
Barros, Cleiton Teixeira, João Paulo, Joelson Topete, Maycon Nascimento e
Mirtia Guimarães. Música original: Beto Brito. Direção musical: Cleiton
Teixeira. Preparação de canto: Eleonora Montenegro. Figurino: Adriano Bezerra.
Cenografia: Grupo de Teatro Quem Tem Boca é Pra Gritar. Operação de som: Arthur
Lopes. Produção executiva: Mirtia Guimarães.
· 19h
– Homenagem ao Movimento Popular de Arte – MPA - Com a presença de
remanescentes do Movimento.
24
de Maio - domingo
Mestres de cerimônia: J.E.
Tico (São Paulo, SP)
·
16h -
Espetáculo: A Cobra Vai Fumar – Uma Estória da FEB
Com Teatro Popular União e
Olho Vivo (São Paulo, SP) - Duração: 90 min.
Sinopse
- A
partir de relatos de ex-pracinhas da Força Expedicionária Brasileira, que
combateram na Itália na Segunda-Guerra Mundial (1944-1945), o Olho Vivo conta
fragmentos, um passado-presente, como se a memória teimasse em esquecer e
lembrar.
Ficha técnica - Texto e direção: César Vieira (Idibal Pivetta).
Direção de arte: Graciela Rodriguez. Músicas: Jose Maria Giroldo. Assistente de
direção: Oswaldo Ribeiro. Coordenação musical: Ana Lucia Silva. Coordenação de
percussão: Cesinha Pivetta. Violão: Thiago Nogueira. Produção: Teatro Popular União e Olho Vivo.
Coordenação produção: Cícero Almeida e Isaias Cardoso.
Confecção de figurinos: Euda Alves Souza. Elenco: Ana Lucia Silva,
Césinha Pivetta, Cícero Almeida, Camila Morelli, Edir Evaristo da Silva, Isaias
Cardoso, Luiza
Maia,
Michelle Gabriolli, Neriney Moreira, Osmar Azevedo, Pedro
Inovador, Rafinha Werblowsky, Talita Ferreira e Thiago Nogueira.
·
18h -
Espetáculo: Guerras desconhecidas na Barraca de Cena
Com Estudo de Cena (São
Paulo, SP) - Duração: 120 min.
Sinopse
- Guerras
Desconhecidas na Barraca de Cena tem característica de um espetáculo de variedades que
acontece na Barraca de Cena, um pequeno teatro mambembe. No espetáculo são
apresentadas três Peças curtas de conflitos sociais brasileiros: Cortejo de Quintino
Gatilheiro, Guerra do Pau-de-Colher e Guerra de São Bonifácio, junto com as
Peças curtas são apresentados uma série de números de variedades que se remetem
ao universo da memória e da resistência popular.
Ficha
técnica - Concepção
e produção: Companhia Estudo de Cena.
Direção e dramaturgia: Diogo Noventa. Atores criadores: Anderson Oliveira, Cau Peracio,
Juliana Liegel, Marilza Batista, Nei Gomes e Roberto Kroupa. Núcleo de direção musical: Iraci
Tomiato, Juh Vieira, Lucas Vasconcellos, Vinícius Hoffman e Roberto Kroupa. Preparação
vocal: Rani Guerra. Direção de Arte: Valter Mendes. Assistente de arte: Danielly Abreu. Apoio: Engenho Teatral. Produção
executiva: Juliana Liegel e Nei Gomes.
29
de Maio - sexta-feira
Mestre de cerimônia: Pato e
Laranjinha (Macapá, AP)
·
16h -
Espetáculo: Metapólis
Com Cia. Trova 8 (São
Paulo, SP). Duração: 45 min.
Sinopse - Retomando a forma tradicional do
espetáculo de rua, desenvolvida nos jograis e por menestréis desde a Idade
Média, a Cia Trova 8, apresenta Metápolis. Num tempo muito distante, vem
à tona a relação de uma comunidade com o nascimento e o desenvolvimento de seu
líder. A trajetória de alguns dos habitantes de Metápolis se funde às vontades
e injúrias supremas, o que provoca uma reflexão acerca do papel do homem no
mundo e da obediência. Em plena arena de cena, o público é convidado para uma
suspensão de seu cotidiano – o que não carrega o intuito de transportá-los à
nenhuma outra dimensão, mas sim aos seus anseios e desejos mais profundos –
condição na qual, se sente a verdadeira liderança... ou a sua ausência.
Ficha
técnica - Direção:
Jonas Mendes. Dramaturgia: Vana
Medeiros. Iluminação e figurino: Natália
Peixoto e Patricia Savoy. Sonoplastia: Alexandre Assis e Hélio Romano. Elenco:
Fernando Vasques, Gabriel Augusto, Jô Freitas e Marcus Mazieri. Artistas
convidados: Filipe P., Natália Peixoto e Maurício Shirakawa.
·
18h -
Espetáculo: Pinta de Palhaço
Com Núcleo Pavanelli de Teatro de Rua e Circo
(São Paulo, SP) - Duração: 60 min.
Sinopse: É a história de uma trupe que
enfrenta dificuldades financeiras para manutenção do circo e decide despedir um
artista para cortar gastos. Com isso, ficará no circo aquele que tiver mais
pinta de palhaço. Quem será? Baseado em reprises clássicas, reporta o público
de qualquer idade aos circos antigos onde o palhaço era personagem de destaque.
É uma homenagem aos palhaços de todos os tempos, a
tradição e valorização do circo. O riso ingênuo que o palhaço provoca,
proporciona uma imediata identificação com as crianças e leva os adultos aos
seus tempos de infância.
Ficha técnica - Texto: Reprises Clássicas de
Palhaço adaptadas por Marcos Pavanelli e Simone Brites Pavanelli. Elenco:
Beatriz Barros, Marcos Pavanelli, Mizael Alves, Lucas Branco e Simone Brites Pavanelli.
Direção musical: Charles Raszl. Produção: Cristiane Accica e Simone Brites
Pavanelli.
30
de Maio - sábado
Mestre de cerimônia: Pato e
Laranjinha (Macapá, AP)
·
10h
- Oficina de Intervenção Urbana com Dyonisio Bombinha, integrante
do Grupo Teatro Que Roda (Goiana, GO). Duração: 2h.
Local: Ocupação Casarão Vila Mara. Praça do Casarão, SN. Estação Vila Mara da CPTM
Inscrições: no local, 1h antes.
Vagas: 20. Idade recomendada: 16 anos
· 15h
- Lançamento do Livro Artes da Enganação autoria de
Orlângelo Leal, integrante da Banda da Dona Zefinha (Itapipoca, CE) – Local:
Ocupação Casarão Vila Mara.
· 17h -
Espetáculo: Futebol Nossa Paixão: Pra Falar de Política, Futebol e Religião.
Com Cambada de
Teatro em
Ação Direta Levanta FavelA... (Porto Alegre, RS) -
Duração: 70 min.
Sinopse:
Em uma adaptação do
texto Corinthians, Meu Amor, de César Vieira, o Levanta FavelA... encena
passagens da vida de personagens populares, moradores de uma favela,
apaixonados por futebol e que têm suas vidas mudadas a partir Copa do Mundo de
Futebol em 2014, no Brasil, tanto pela expectativa de ver os jogos de perto,
quanto pelas mudanças no país e na cidade. Esses favelados, representando o
povo brasileiro, fazem de tudo para ver a grande final da Copa, mas acabam se
deparando com as agruras das injustiças sociais, devido ao meio em que estão
inseridos.
Ficha técnica: Direção e concepção:
Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA... Figurinos:
Eloísa Cônsul. Texto: César Vieira. Adaptação do texto: Coletiva da Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta
FavelA... Painel da favela:
Muralha Rubro Negra. Elenco: Ana Eberhardt, Elisa Carbonell, Felipe Fleischer,
Kacau Soares, Márcio Prestes, PachaCarbo, Robson Reinoso, Rodrigo Reis e Roger
Ribeiro. Equipe técnica: Rafael Mautone. Máscaras, maquiagem, elementos e
músicas:Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta
FavelA.. .
·
19h -
Espetáculo: Era Uma Vez Um Rei!
Com Grupo Pombas Urbanas
(São Paulo, SP) - Duração: 60 min.
Sinopse: Em cena a vida de três mendigos,
catadores de papelão, ferro e garrafas que se revezam para empurrar o seu
carrinho. Aos poucos, o trabalho se transforma em uma brincadeira na qual, a
cada semana, um deles se torna rei, depois presidente e, em seguida, ditador. O
jogo humano e imaginativo torna-se intenso e esses mendigos saem completamente
da realidade em que vivem para entrar em um espaço lúdico e de fantasia sobre o
poder e a riqueza. Ao mesmo tempo inocente e malicioso, a despolitização deles
coloca-os na posição de subjugar o
seu próximo. Eles acabam abrindo mão dos escrúpulos para dominar um ao outro e
se manter no poder, ou melhor, em cima do carrinho.
Ficha técnica: Texto: Oscar Castro. Direção:
Juliana Flory. Trilha Sonora, figurino, cenotécnica, sonoplastia e produção
executiva: Pombas Urbanas. Elenco: Adriano Mauriz (Papelão), Marcelo Palmares
(Barulheira), Paulo Carvalho Jr. (Sucata), Cinthia Arruda (Coro de Rua),
Juliana Flory (Coro de Rua), Marcos Kaju (Coro de Rua), Natali Santos (Coro de
Rua), Ricardo Big (Coro de Rua).
31
de Maio - domingo
Mestre de cerimônia: Pato e
Laranjinha (Macapá, AP)
·
16h
– Espetáculo: Pagina 469
Com Grupo Engasga Gato (Ribeirão
Preto, SP) - Duração: 50 min.
Sinopse
– A peça conta a história de um homem que tem a obsessão de obter o mais
bonito paletó do mundo. Controlado por esse incontrolável desejo, Getúlio
destrói suas relações familiares e termina como um solitário morador de rua.
Uma equipe - assistente social, médico, pastor evangélico, todos cegos - trata
de recuperar esse homem e o levam a um abrigo para sua salvação. A sua mulher,
que o perdeu para a loucura da busca pelo paletó dos seus sonhos, aparece e o
reconhece. Ele não tem mais memória sobre sua vida anterior. A partir das
tensões entre o morador de rua, os assistentes sociais e a esposa desesperada,
são criados acontecimentos, nos quais se envolvem os espectadores em um jogo de
esperanças e tristezas.
Ficha técnica - Criação e concepção: Grupo Engasga
Gato e André Carreira. Direção: André Carreira. Elenco: Douglas Pires, Fausto
Ribeiro, Fernanda Soto, Gabriel Galhardo, Monalisa Machado e Poliana
Savegnago. Ator convidado: Álvaro
Cherubini. Dramaturgia: André Felipe.
Cenografia: Grupo Engasga Gato e André Carreira. Técnico de som: Álvaro
Cherubini. Figurinos: Grupo Engasga Gato
e Zezé Cherubini. Coordenação geral: Grupo Engasga Gato.
·
17h
– Espetáculo: Pato e Laranjinha Pintando o 7
Com Associação Cultural Teatral Trupe do Pato
(Macapá, AP) - Duração: 50 min.
Sinopse - Pato e
Laranjinha é uma dupla de palhaços de rua que, vez ou outra, se debate diante
da necessidade de provar algo alguém. Tal condição os coloca em constantes
competições, ora por beleza, ora por esperteza, ora por astúcia. E assim, ambos
vão levando a vida. No entanto, percebemos no decorrer da performance que um
não consegue viver sem o outro. Assim, diante da necessidade incessante pela
competição, o público é presenteado com momentos únicos de magia e graça.
Ficha técnica: Texto: Erivaldo Vieira Virginio.
Direção: Erivaldo Vieira Virginio. Sonoplastia: Jimewesley Maciel Virginio.
Produção: Erivaldo Vieira Virginio.
·
18h
– Espetáculo: O Casamento de Tabarim
Com Dona Zefinha
(Itapipoca, CE) - Duração: 60 min.
Sinopse - Tabarim deseja encontrar uma noiva
para se casar e vive inventando trapaças para ganhar dinheiro do modo mais
fácil. Górgibus, o velho avarento, é seduzido pelas facetas do malandro e troca
sua valiosa aliança, por um saco de feijões mágicos. A trapaça é descoberta e o
velho, na ânsia de tornar-se rico, vende a alma de sua filha Angélica para
Méfisto, um diabo que vagueia pelo mundo em busca de novas almas. O destino
cruel faz Tabarim se apaixonar por Angélica e, para escapar das garras do velho
e conseguir a mão da moça em casamento, aceita enfrentar Méfisto.
Ficha técnica: Texto e direção: Orlângelo Leal.
Figurino: Joélia Braga. Produção: Grupo Dona Zefinha. Elenco: Paulo Orlando,
Orlângelo Leal, Ângelo Márcio e Joélia Braga.
Sobre o BURACO D’ORÁCULO
O
Buraco d’Oráculo nasceu em 1998, como resultado do Núcleo de Teatro de Rua da
Oficina Cultural Amácio Mazzaropi que hoje se encontra com as portas fechadas,
deixando uma lacuna nas ações de fomento à cultura por parte do poder público. O trabalho do grupo é
calcado em três pontos fundamentais para a expressão de sua arte: a rua, como
local fundamental para promover o encontro direto com o público, a cultura
popular, como fonte inspiradora, e o cômico, destacando-se a farsa e as
relações com o chamado “realismo grotesco”. O Buraco d’Oráculo optou pelo
popular e pela rua como determinação e também como alvo de crítica e reflexão.
O trabalho levou o grupo até um público diferente daquele que frequenta as
salas de espetáculos, quando começaram a desenvolver os projetos de forma
descentralizada, buscando democratizar o acesso ao fazer teatral. Por isso,
desde 2002, atua na Zona Leste de São Paulo, sobretudo na região de São Miguel
Paulista, sendo a Praça do Casarão o seu principal ponto de atuação desde 2004.
O Buraco d’Oráculo, já produziu nove espetáculos que são protagonizados
por pessoas comuns e que estão à margem
da sociedade. Dessa forma, busca discutir o homem urbano e seus problemas.
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