sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Josemir Kowalick volta ao palco com a montagem poética Amor em 79:05” dirigida por Elias Andreato

Temporada adiada!
O ator Josemir Kowalick volta ao cartaz com o espetáculo Amor em 79:05”, na Giostri Livraria Teatro. A reestreia acontece no dia 7 de março, sábado, às 21 horas.

A montagem é uma adaptação do diretor Elias Andreato para o livro homônimo de Vinícius Márquez, cuja estreia foi em 2016.

Com uma abordagem contemporânea, o enredo apresenta um escritor de meia idade em momentos de solidão, vivenciando o amor em seus múltiplos sentidos. Amor em 79:05” mostra os sentimentos, as frustrações, os desejos e as derrotas da personagem sob intensa égide poética.

E em pleno momento criativo, o homem imagina seu encontro com um jovem e belo rapaz (vivido por Eduardo Ximenes) e relata um cotidiano fictício desse relacionamento homoafetivo. Ele expõe as dificuldades da relação, alternando devaneios, discussões e momentos de ternura. As imagens são difusas. O jogo entre imaginação e realidade sugere também a possibilidade de ser o jovem quem escreve a história. “O que fica claro na peça é a certeza de que o artista é capaz de todas as fantasias. Para falar de uma dor é preciso inventar uma história”, comenta o diretor Elias Andreato.

A presença desse jovem em cena não tira o caráter de monólogo da peça, pois sua presença é quase etérea. Os diálogos não chegam a ocorrer, são solitários. A presença do interlocutor - imaginário ou não - reforça o sentido das palavras e atinge de forma eficaz aquele a quem são destinadas. “O jovem representa a presença da ausência nesse momento de amor e dor”, explica Josemir Kowalick. “Esse rapaz pode representar também um desejo do escritor, projetado em sua cama”, completa o diretor.

Andreato argumenta que Amor em 79:05” discute a relação do tempo com o amor e a solidão. “O texto mostra a intensidade de um relacionamento, independente da opção sexual, e nos faz pensar nas relações afetivas que, hoje, são tão efêmeras, quando não se valoriza o contato direto, quando a tecnologia pode substituir a intensidade do toque, do olhar próximo”. Ele completa: “há falta de tempo para falar de si, das angústias; muitas pessoas querem mesmo é provar publicamente, nas redes sociais, o quanto são felizes”.

A trilha sonora original do espetáculo - assinada por Fábio Sá - traz duas canções com letras de Elias Andreato, interpretadas (em gravação) por Josemir Kowalick. O diretor também criou o cenário (o quarto do escritor) com poucos objetos: poltrona, cama e persiana (esta possibilita frestas e transparências sem delimitar ou fechar o ambiente). A cenografia é composta também por projeções que reportam à natureza, sugerindo um universo lúdico em contaste com as dores expostas pela personagem. A ficha técnica tem ainda Leo Sgarbo no figurino, Rodrigo Alves “Salsicha” na iluminação e Daniel Torrieri Baldi na produção.

Para Josemir Kowalick, a montagem propõe cumplicidade com o público, ao apresentar questões afetivas inerentes a todas as pessoas de forma sensível e, ao mesmo tempo, dura e direta. “Sempre é importante falar de amor, em todos os tempos, principalmente agora”.

Este é um momento ímpar para Josemir Kowalick em 29 anos de carreira como ator e diretor teatral, 19 deles dedicados também à docência em artes cênicas. Seus trabalhos mais recentes foram Ator Mente (de Steven Berkoff, direção de Marco Antônio Pâmio), Abajur Lilás (de Plínio Marcos, direção de André Garolli), Os Anjos da Praga (de Marcelo Marcus Fonseca) e Pano de Boca (de Fauzi Arap, direção de Marcelo Marcus Fonseca). O artista lembra também com afeto que dirigiu ator e crítico teatral Alberto Guzik (1944-2010) em O Monólogo da Velha Apresentadora, sua última incursão em cena.

Sobre o livro, por Elias Andreato - Quando li o livro de Vinícius Márquez pensei em todos os amores que perdi e tantos que não tive coragem de viver intensamente por medo ou preconceito meu ou dos outros. Senti um profundo desprezo por mim mesmo. Chorei até sentir dó de mim. Busquei Oscar Wilde, Clarice Lispector e Pessoa, quando diz que a vida chega a ranger... A dor de quem ama é imensa... Mas a felicidade do enquanto dure é eterna. Mesmo sendo a solidão o fim de quem ama, preciso me arriscar mais e não importa a idade do meu coração. E daí se eu ouvir um não? Quero amar e isto basta. Amar ainda é melhor do que não amar e não ser amado. O teatro sobrevive há séculos falando de amor. Como artista, tenho estudado esta matéria obcecadamente... Não é possível que eu fique de recuperação para sempre.

Ficha técnica

Autor: Vinícius Marquez
Direção e adaptação: Elias Andreato
Elenco: Josemir Kowalick e Eduardo Ximenes
Cenografia: Elias Andreato
Figurino: Leo Sgarbo
Iluminação: Rodrigo Alves (Salsicha)
Canções: Elias Andreato e Fábio Sá
Trilha composta: Fábio Sá
Preparação corporal: André Capuano
Direção de produção: Daniel Torrieri Baldi
Assistente de produção: Sabrina Nask
Design gráfico: Alexandre Muner
Fotografia artística: Rodrigo Chueri e Francisco Júnior
Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação
Realização: Desembuxa Entretenimento

Serviço

Reestreia: 7 de março, sábado, às 21h
Temporada: 7 de março a 26 de abril, sábados (21h) e domingos (20h)
Ingressos: R$ 60,00 (meia-entrada: R$ 30,00)
Bilheteria: 1 hora antes das sessões
Ingressos online: https://www.sympla.com.br/
Aceita dinheiro e cartões. Ar condicionado.
Gênero: Drama. Duração: 60 minutos. Classificação: 14 anos.

Giostri Livraria Teatro
R. Rui Barbosa, 201 - Bela Vista, São Paulo/SP
Tel: (11) 2309-4102. Capacidade: 50 lugares


PERFIS

Elias Andreato (diretor) - Elias Andreato é ator e diretor. Como intérprete, transita com desenvoltura nos variados estilos da cena contemporânea, destacando-se nas atuações em personagens densas, comprometidas com o ato de viver. Como diretor, distingue-se, sobretudo, nas produções de comédias, buscando efeitos de leveza e entretenimento. Seus principais trabalhos como diretor de teatro são: Não Tenha Medo de Virgínia Woolf (com Esther Góes), Arte Oculta (de Cristina Mutarelli, com Carlos Moreno e Cristina Mutarelli), Rimbaud - Fragmentos da Obra e Vida de Rambaud (roteiro de Andreato, com Ariel Borghi, Nilton Bicudo e Vitória Camargo), A Lista de Alice” (de Betinho, com Ângelo Antônio), Visitando o Sr. Green (de Jeff Baron, com Paulo Autran e Cassio Scapin), Eu Não Sou Cachorro (de Fernando Bonassi, com Celso Frateschi), A Filha da ... (de Carlos Eduardo Silva, com Marília Pêra, Luciana Coutinho, Nina Morena e Luciano Barbalho), Elas Cantam Chico (show com Ana Carolina, Zizi Possi, Elba Ramalho, Zélia Duncan, Fernanda Abreu, Wanderléa, Alcione, Elza Soares e outras), 3 Versões da Vida (de Yasmina Reza, com Denise Fraga, Marco Ricca, Mário Schoemberger e Ilana Kaplan), O Rim (de Patrícia Melo, com Carolina Ferraz, Ivone Hoffmann, Marcelo Serrado e Heitor Martinez), Adivinhe Quem Vem Para Rezar (de Dib Carneiro Neto, com Paulo Autran e Cláudio Fontana), Operação Abafa (de Jandira Martini e Marcos Caruso, com Miguel Magno, Jandira Martini, Marcos Caruso, Tânia Bondezan, Noemi Marinho, Francarlos Reis e Diego Leiva), Andaime (de Sérgio Roveri, com Cassio Scapin e Cláudio Fontana) e Alma Despejada (de Andréa Bassitt, com Irene Ravache). Nos últimos anos, dirigiu importantes montagens, em cartaz no eixo Rio-São Paulo, entre elas Cruel (com Reynaldo Gianecchini, Maria Manoella e Erik Marmo), Meu Deus (com Irene Ravache e Dan Stulbach), A Casa de Bernarda Alba (com Walderez de Barros e grande elenco) e Rei Lear (com Juca de Oliveira). Atualmente, apresenta o monólogo Arap, criação do ator e diretor em homenagem a Fauzi Arap.

Josemir Kowalick (ator) - Josemir Kowalick é ator formado em artes cênicas, com especialização no Método Stanislawski pela Escola de Arte Dramática de Moscou. Como Diretor, desenvolveu projetos e montagens como Toda Nudez Será Castigada, O Monólogo da Velha Apresentadora, Atire a Primeira Pedra, Traições, As Mulheres de Shakespeare, A Margem do Desejo e Gritos Andaluzes. É professor desde 1998, tendo passado pela reformulação pedagógica de uma escola de teatro de São Paulo e acompanhado, desde o princípio, o surgimento da Escola de Atores Wolf Maya. Atuou em peças como Ator Mente, Mulher Sem Pecado, Diálogos, O Despertar da Primavera, Fogo Morto, A Gaivota, Aurora da Minha Vida, O Sol Está Quente e a Água Esta Ótima, O Grande Dia, O Inspetor, Os Anjos da Praga, Abajur Lilás, Pano de Boca e Ator Mente entre outros. Atualmente, é o Coordenador Pedagógico da Escola Wolf Maya e professor das disciplinas de Interpretação Teatral e Improvisação.

Eduardo Ximenes (ator) - Eduardo Ximenes é formado nos cursos de especialização em Interpretação para Televisão (nível profissional) e Profissionalizante de Ator, ambos pela Escola de Atores Wolf Maya, além de ser formado e em Administração com ênfase em Comércio Exterior. Estudou também atuação para cinema e participou de oficinas ministradas por Ariane Mnouchkine, Jair Assumpção, Erick Gallani e Eve Doe Bruce (Théâtre du Soleil), em espaços como Teatro Escola Macunaima e Indac. Eduardo é protagonista no curta-metragem Caerostris Darwini, dirigido por Jair Assumpção, e, atualmente, atua na peça Amor em 79:05", de Vinícius Marquez e direção de Elias Andreato, ao lado de Josemir Kowalick.

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena / João Pedro
Tel: (11) 2548-8409 / 99373-0181- verbena@verbena.com.br

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