terça-feira, 2 de setembro de 2025

Music Stage, plataforma digital inova ao conectar artistas, mercado e patrocinadores fortalecendo o artista brasileiro

A plataforma (site e aplicativo) vai conectar diretamente artistas e contratantes com ferramentas de cadastro personalizado, busca otimizada, negociação e contratação em ambiente seguro e eficiente.

No dia 04 de setembro de 2025, o setor musical brasileiro ganha um novo aliado estratégico: a plataforma digital Music Stage - www.musicstage.com.br, empresa de base tecnológica voltada à cadeia produtiva da música que nasce com a proposta de otimizar a interação no mercado entre artistas, curadores, produtores, patrocinadores e consumidores. A startup foi idealizada por Adriana Belic e por Leandro Cortellini, respectivamente diretora geral e diretor de conteúdo.

Disponível em versão web e aplicativo, o Music Stage é um ambiente seguro e ágil para contratação de shows, licenciamentos, patrocínios e conteúdos musicais que abrange quatro áreas principais: Booking - para venda e contratação de shows; Sincronização - para licenciamento de músicas para audiovisuais e games; Patrocínios - vitrine para projetos em busca de apoios e investimentos; e Conteúdos - manuais, métodos, livros virtuais e outros materiais.

Os artistas assinantes poderão cadastrar shows, músicas, projetos, e-books e métodos, disponibilizando agenda e serviços para negociações diretas, sem intermediários, mediante assinatura de um dos três planos disponíveis. Curadores, programadores e consumidores poderão, gratuitamente, cadastrar e disponibilizar circuitos, eventos, festivais, e seus demais projetos musicais de interesse. Às agências de publicidade, produtoras de audiovisual e de conteúdos e empresas de games será oferecido um banco de músicas para licenciamento em seus projetos. Os patrocinadores encontrarão projetos artísticos prontos para receber investimentos.  Aos usuários não profissionais a plataforma facilitará contratar artistas diretamente para eventos particulares e corporativos.

Mais que uma ferramenta de negócios, o Music Stage pretende ser um catalisador da economia criativa, fortalecendo a música de autor e apoiando a difusão de obras que representem a riqueza cultural do Brasil. Desta forma, contribui para o fortalecimento da economia da cultura com agilidade, segurança e acessibilidade, reafirmando o papel da música brasileira como expressão criativa e motor de desenvolvimento econômico. A plataforma facilitará o mapeamento de circuitos de circulação e o acesso a serviços artísticos de qualidade, oferecendo maior agilidade, variedade e segurança aos artistas e contratantes.

O Music Stage tem como propósito final reunir o melhor da música brasileira em um só lugar. Segundo a diretora Adriana Belic, a plataforma busca transformar as relações entre artistas e contratantes, ampliando conexões, fortalecendo circuitos. “O Music Stage é uma plataforma de negócios criada a partir da convicção de que a música precisa de pontes sólidas e transparentes entre artistas e contratantes. Mais do que conectar, a proposta busca reconfigurar essas relações, fortalecendo circuitos existentes e buscando novos espaços de circulação. Assim, a música se afirma não apenas como expressão cultural, mas como potência de desenvolvimento humano, social e econômico, garantindo condições para que artistas vivam de sua arte, e para que a sociedade usufrua plenamente de sua força transformadora.”

O projeto de criação da plataforma foi contemplado pelo Edital Lei Paulo Gustavo 17/2023 -  Fomento à Economia Criativa, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo.

FICHA TÉCNICA - Direção geral: Adriana Belic. Direção de conteúdo: Leandro Cortellini.  Direção de marketing: Pedro Bandera. Assistência direção: Mili Slikta. Projeto gráfico: Ana Rodrigues, Work Design. Assessoria Jurídica: Lisandre Garavazzo. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Assessoria em mídias: Platea Comunicação.

Serviço |

Plataforma Music Stage
Lançamento: 04 de setembro de 2025 - Quinta-feira
Acesso à plataforma: https://www.musicstage.com.br
Instagram: @musicstage_br

Informações à imprensa: VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 - verbena@verbena.com.br
 

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Centro Cultural SESI Itapetininga apresenta a exposição Maracatu Rural - A Magia dos Canaviais

Foto de Hans Von Manteuffel 
Mostra com curadoria de Afonso Oliveira faz panorama de uma das mais representativas manifestações da cultura popular brasileira.

Entre os dias 6 de setembro e 30 de novembro de 2025, o Centro Cultural SESI Itapetininga apresenta a exposição Maracatu Rural - A Magia dos Canaviais (gratuita). A mostra - com audiodescrição e legendas em braile - reúne a produção artística de trabalhadores da Zona da Mata de Pernambuco, que são representantes desta manifestação que é Patrimônio Cultural Brasileiro, o Maracatu Rural ou Maracatu de Baque Solto. 

O evento de abertura ocorre no dia 5/9, sexta-feira, às 14h30, para grupos de interesse da educação, e duas visitas mediadas estão programada para o dia 6/9, às 10h e às 15h, com o curador Afonso Oliveira, que compartilha informações e curiosidades sobre o Maracatu Rural.

Ambientada em uma cenografia que remete ao território da Zona Canavieira Pernambucana, a exposição apresenta documentos, vídeos, fotografias, objetos, textos, indumentárias e peças de artesanato, além de audiovisuais. São objetos e obras que vão além dos maracatus, e adentram no universo do trabalho, da religião e das influências que o Maracatu Rural exerceu sobre artistas contemporâneos como Chico Science, Gilberto Gil, Jorge Mautner e Siba.

Com projeto expográfico assinado pela designer pernambucana Júlia Filizola, a exposição conta com mais de 60 fotografias selecionadas, assinadas por diversos fotógrafos pernambucanos como Hans von Manteuffel (alemão/pernambucano), Toni Braga, Pedro Raiz, Ederlan Fábio, Fred Jordão e Afonso Oliveira, além de obras da antropóloga americana Katarina Real que, entre 1950 e 1990, pesquisou sobre o Carnaval do Recife e outras manifestações culturais do Nordeste (suas fotografias foram cedidas pela Fundação Joaquim Nabuco).

Entre os documentos estão troféus, CDs, livros, ferramentas da agricultura, instrumentos e a medalha da Ordem do Mérito Cultural (concedida pelo Ministério da Cultura). Na indumentária, a exposição traz 11 manequins com os figurinos típicos de Caboclos de Lança, Rei, Rainha, Reiamar, Mestre de Apito, Burra, Catirina e Mateus. Destaque também para uma Mesa de Jurema Sagrada, ritual religioso de origem indígena e cultuado por aqueles que fazem o Maracatu Rural, e para o Totem, onde o visitante, de forma interativa, irá conhecer a história e a estética dessa cultura.

O público pode ainda assistir a um documentário produzido especialmente para a exposição, que mostra o Maracatu Rural desde os preparativos, à noite, até as apresentações durante o carnaval. Será exibido também o filme Maracatu Atômico - Kaosnavial (2012), com Jorge Mautner e Mestre Zé Duda, dirigido por Afonso Oliveira e Marcelo Pedroso, produzido na Zona da Mata Pernambucana.

A produção e curadoria Maracatu Rural - A Magia dos Canaviais é assinada por Afonso Oliveira, que tem uma vivência de mais de 30 anos junto a esta manifestação cultural, já tendo desenvolvido diversos projetos com os maracatus rurais. “Quem visitar a exposição viverá uma experiência marcante e única. O Maracatu Rural vai além do colorido de seus caboclos de lança, é um mergulho na história da formação do povo nordestino. É muito representativo trazer este acervo para São Paulo. Aqui vive uma parte de nós.”

Maracatu Rural - O maracatu rural ou de baque solto é uma manifestação cultural que surgiu no período republicano, na Zona da Mata, em Pernambuco. A partir da festa dos caboclos, personagens de outras brincadeiras foram se juntando e formando-o como conhecemos hoje. A tradição diz que o primeiro maracatu rural tem local e data de nascimento. O mais antigo foi criado no Engenho Olho d’Água, em Nazaré da Mata, no dia 10 de dezembro de 1914, num sábado, como diz Ernesto Francisco do Nascimento, o mais antigo dos caboclos em atividade e mestre do Maracatu Cambindinha de Araçoiaba. O protagonista do maracatu rural é o caboclo de lança, de fantasia exuberante com golas e chapéus coloridos, além dos caboclos de pena, das baianas, do rei e da rainha e das damas de buquê. O cortejo do maracatu rural é conduzido por instrumentos de percussão (bombo, tarol, mineiro, porca e gonguê), acompanhado por instrumentos de sopro (trombone e trompete), vindo das orquestras de frevo. O canto é de responsabilidade do Mestre de Apito ou poeta e contra-mestre. Sambas e marchas feitos de improviso mostram a qualidade e prestígio do Mestre perante à população que, durante o carnaval, aguarda ansiosa para ver qual será o melhor. Durante o carnaval, existem vários encontros de Maracatus, com destaque para os realizados nas cidades de Nazaré da Mata, Aliança e Goiana.

Afonso Oliveira (curador) - Criador do Método Canavial de Ensino de Produção Cultural Coletiva e Comunitária, que tornou-se livro (2009) e já formou 180 produtores culturais. Afonso Oliveira lançou o projeto Curva do Mundo (2019) com exposição de pinturas, livro de poesias e composições musicadas por diversos artistas brasileiros. Elaborou, entre 1995 e 2003, com o Governo do Estado de Pernambuco e o Ministério da Cultura, uma política de valorização dos Maracatus pernambucanos; idealizou e coordenou o projeto que tornou Nazaré da Mata, PE, a Terra do Maracatu, e Goiana, PE, a Terra dos Caboclinhos. Realizou projetos nacionais e internacionais de valorização da cultura popular pernambucana, destaque para a EXPO 2000, em Hanover, Alemanha; turnês europeias com os Maracatus Estrela Brilhante e Maracatu Leão Coroado; ida ao Festival Lincoln Center em Nova Iorque com Selma do Coco, Vanildo de Pombos e Mestre Salustiano. Coordenou mais de 120 projetos culturais de música, artesanato, cinema, cultura popular, teatro e dança. A convite do Ministério da Cultura, foi diretor artístico, produtor e curador do Festival Interações que levou mais de 40 atrações para às Paralimpíadas do Rio de Janeiro (2016), coordenador geral do Encontro Nacional das Culturas Populares (2015), em Serra Talhada, e coordenador de programação da TEIA - Encontro Nacional dos Pontos de Cultura (2008), em Brasília. Prêmios: Cavaleiro da Ordem do Mérito Cultural - 2017; Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa – Fundação Joaquim Nabuco - 2020; Prêmio Economia Criativa do MinC - 2012; Prêmio Patativa do Assaré do MinC - 2011; Prêmio Tuxauá do MinC - 2010

Serviço

Exposição: Maracatu Rural - A Magia dos Canaviais
Abertura: 5 de setembro - Sexta, às 14h30
Temporada: 6 de setembro a 30 de novembro de 2025

Dias/horários: Terças-feiras, somente com agendamento. Quarta a sábado, das 9h às 20h. Domingos e feriados, das 13h às 19h.
Visitação gratuita. Classificação: Livre.
Visita mediada: 6/9, sábado, às 10h e às 15h - Com o curador Afonso Oliveira.
Acessibilidade: obras com audiodescrição.
Agendamento escolar e de grupos: cacitapetininga@sesisp.org.br

Fotos aqui: MARACATU RURAL – A Magia dos Canaviais

Centro Cultural SESI Itapetininga
Av. Padre Antônio Brunetti, 1360 - Vila Rio Branco. Itapetininga/SP
Tel.: (15) 3275-7920 | itapetininga.sesisp.org.br | Na rede: @sesisp.itapetininga

Informações à imprensa

Exposição: VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
(11) 99373-0181 | verbena@verbena.com.br

 Comunicação SESI Itapetininga
Fernanda Leme
(15) 99613-6032 | fernanda.leme@sesisp.org.br

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

IV Festival SP Choro In Jazz, em setembro, faz homenagem a Hector Costita e Laércio de Freitas

Entre os dias 5 e 7 de setembro, de sexta a domingo, acontece a quarta edição do Festival SP Choro in Jazz no palco do Teatro Paulo Eiró, na zona sul da capital. O evento, com curadoria de Fabio Bergamini e Roberta Valente, tem ingressos a preços populares em todos os concertos e atividades.

A atual edição do Festival faz homenagem a dois ícones da música paulista: Hector Costita, saxofonista e maestro argentino radicado no Brasil, ativo aos 90 anos, e Laércio de Freitas, pianista, compositor e maestro paulista, falecido em 2024 aos 83 anos. Além das apresentações musicais, a programação traz uma aula show de percussão, para pais, mães e filhos, e o lançamento de dois livros de partituras, sendo um deles de choro e o outro de instrumental/jazz. Estes lançamentos são resultantes da edição de 2024 do Festival SP Choro in Jazz.

O recital de piano solo de Paulo Braga, no dia 5/9, sexta-feira, abre o Festival com homenagem ao maestro Laércio de Freitas, às 21h. No dia 6/9, sábado, o percussionista e musicoterapeuta Fabio Bergamini ministra a aula show Ritmo em Família: Percussão para Pais, Mães e Filhos, às 16h, e a Paulistânea Jazz Band apresenta-se, às 21h, com participação especial do homenageado Hector Costita.  E no dia 7/9, domingo, o Quarteto Fora de Contexto abre a noite, às 18h, e o Quarteto Praga de Sogra convida Milton Mori fechando a programação, às 19h. Paralelamente às apresentações dos quartetos, ocorre os lançamentos dos Livros de Partituras de Choro e de Jazz.

Idealizado e dirigido por Adriana Belic, o Festival SP Choro in Jazz busca evidenciar criações da música instrumental brasileira, do chorinho e do jazz. Segundo a idealizadora Adriana Belic, “entre outros motivos, a realização de um festival com esse perfil contribui não só para o reconhecimento da importância desses gêneros musicais, mas também para que as novas gerações de apreciadores da música brasileira possam ouvi-los e conhece-los”. A ficha técnica tem Fabio Bergamini e Roberta Valente na curadoria musical e a Belic Arte.Cultura na produção geral. Em 2025, o festival é realizado com o apoio institucional da Secretaria Municipal da Cultura e Economia Criativa de São Paulo.

Serviço | Programação

IV Festival SP Choro in Jazz 
De 5 a 7 de setembro de 2025
Horários: Sexta, às 21h | Sábado, às 16h e 21h | Domingo, às 18h e 19h
Ingressos: Concertos - R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)
Ingressos: Aula show - R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Vendas online: www.sympla.com.br
Acesse a programação: @festivalspchoroinjazz. Livre. 60 minutos cada.
Onde: Teatro Paulo Eiró
Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro. São Paulo/SP - 04733-100.
Metrô Adolfo Pinheiro. Tel.: (11) 5546-0449. 467 lugares. Acessibilidade.

5/9 - Sexta-feira
21h - Concerto: Paulo Braga - Piano solo

6/9 - Sábado
16h - Aula show: Ritmo em Família: Percussão para Pais, Mães e Filhos - com Fabio Bergamini
21h - Show: Paulistânea Jazz Band convida Hector Costita

7/9 - Domingo
18h – Show: Quarteto Fora de Contexto

19h – Show: Quarteto Praga de Sogra convida Milton Mori
A partir das 19h: Lançamentos dos Livros de Partituras de Choro e de Jazz

Sobre as atrações

Paulo Braga (5/9, às 21h) 

Nesse recital solo, o pianista e compositor Paulo Braga apresenta obras autorais, além de temas de Laércio de Freitas e peças do mestre Moacir Santos. O programa traz também valsas de Arrigo Barnabé, compositor com quem Braga mantém uma sólida parceria, desde 1988. As valsas integram o álbum solo que Paulo gravou no início de 2025, com lançamento previsto para o segundo semestre, que promete ser mais um marco de sua trajetória como intérprete e pesquisador da linguagem pianística brasileira contemporânea.

Natural de Jundiaí (SP), Paulo Braga é líder do Paulo Braga Piano Trio, ao lado de Edu Ribeiro (bateria) e Bruno Migotto (contrabaixo), e atua em diversos grupos como o Trio Bonsai, Trio 3-63, o duo com o guitarrista Lupa Santiago, o Sexteto Mestre Negro e o duo com a atriz e cantora Letícia Sabatella. Seu álbum mais recente, Farol (2023), reafirma sua identidade musical com composições autorais em diálogo com o jazz moderno e a música brasileira.

Repertório: “Cabeça de Melão”, “Nhonhô da Botica”, “Julho 18”, “Ô Lugar!”, “Muita Hora Nessa Calma”, “Manhã” e “Oolaiá” (temas autorais); “Ano Bom” (Arrigo Barnabé e Luiz Tatit), “Todo Coração” (Arrigo Barnabé, Eduardo Gudin e Roberto Riberti); e “Camundongas” “Festa na Taba” e (ambas de Laércio de Freitas).

Ritmo em Família, Percussão para Pais, Mães e Filhos - Fabio Bergamini (06/09, às 16h)

O percussionista e musicoterapeuta Fábio Bergamini conduz uma aula show muito especial, pensada para pais, mães e filhos, uma atividade conjunta para toda a família. Em uma experiência sensível e divertida, os participantes são convidados a explorar instrumentos percussivos e dinâmicas musicais que estimulam a escuta mútua, a improvisação e o vínculo afetivo por meio do som e do ritmo.

Voltada ao público geral e sem necessidade de conhecimento musical prévio, a atividade promove o encontro entre gerações em torno da música como linguagem universal e ferramenta de conexão. Esta é uma oportunidade de compartilhar momentos de criação conjunta, diversão e descoberta, ideal para famílias que desejam experimentar novas formas de convivência através da arte.

Paulistânea Jazz Band convida Hector Costita (6/9, às 21h)

A Paulistânea Jazz Band, fundada por Hector Costita e Décimo Mazzocatto, ambos com longa experiência no Jazz, traz o suingue e a vibração do jazz tradicional, originário da fusão de vários estilos musicais afro-americanos, como o blues, o ragtime, as marchas militares e as work songs, que eram muito tocados por bandas do final do século XIX. A Paulistânea incorpora a missão de divulgar essa importante vertente da cultura musical, o jazz para ser ouvido e dançado com alegria. Nesta apresentação convida o maestro e saxofonista fundador Hector Costita, que toca ao lado de Austin Roberts (trompete), William Anderson (trombone), Joseval Paes (guitarra, maestro), Thomas Fiedler (tuba), Decimo Mazzocato (banjo) e Adolfo Carlucci (bateria).

A Paulistânea Jazz Band já se apresentou em espaços como All of Jazz, Tupi or Not Tupi, JazzB, Clube Athletico Paulistano, Sesc Vila Mariana e Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, O Garimpo, em Embu, e nos festivais Bsoe – Brasil Swingout Festival, Festival Internacional I Love Jazz (BH / MG), Vintage Jazz Party e Moara Jazz Festival (Cunha SP).

No programa do concerto estão obras icônicas como “At The Jazz Band Ball” (Nick La Rocca e Larry Shields), “Bye Bye Blues” (Hamm, Bennett, Lown e Gray), “Charleston” (James Johnson), “I Can't Give You Anything But Love” (Jimmy Mc Hugh), “My Blue Heaven” (Donaldson e Whiting), “Rose Room” (Art Hickman), “Si Tu Vois Ma Mère (Sidney Bechet), “Someday You'll Be Sorry” (Louis Armstrong), “Tea For Two” (Vincent Youmans) e outras.

Quarteto Fora de Contexto (7/9, às 18h)

O Quarteto Fora de Contexto iniciou suas atividades em julho de 2020, quando os integrantes se reuniram para participar do NDC (Núcleo de Desenvolvimento de Carreira), um edital interno de aconselhamento de carreira artística realizado pela EMESP Tom Jobim. A pesquisa do grupo fundamenta-se na música instrumental brasileira, com foco principal no choro e em seus subgêneros, mas dialoga com outros estilos da cultura popular, como baião e forró. Em janeiro de 2024, lançou o single Baião Lascado, com a participação de Wanessa Dourado e, em março, o EP Ponto de Partida com músicas autorais. No primeiro semestre de 2025, lançou o single Mexerico, baião autoral que tem participação de Camila Silva e João Pellegrini. No repertório do grupo figuram, principalmente, músicas dos próprios integrantes, além de compositores e compositoras contemporâneos. Nesse concerto, apresenta choros autorais e contemporâneos, intercalando breves explanações sobre a história do gênero, desde Pixinguinha até a cena atual. Quarteto Fora de Contexto é formado por Amanda Calixto (flauta), Leo Matheus (cavaco), Matheus Caitano (violão de 7 cordas) e Nathalie Magalhães (percussão).

Quarteto Praga de Sogra convida Milton Mori (7/9, às 19h)

O Quarteto Praga de Sogra - formado por Alexandre Moura (violão de 7 cordas), Ildo Silva (cavaquinho), Roberta Valente (pandeiro e produção) e Stanley Carvalho (clarinete) - convida o consagrado bandolinista Milton Mori para uma apresentação vibrante no Festival SP Choro in Jazz. O quarteto reúne músicos experientes e apaixonados por Choro e Samba. O nome do grupo, Praga de Sogra, vem do título de um choro extremamente difícil, de Joaquim Sobreira, que foi gravado pelo flautista Altamiro Carrilho, em 1959.

Com formações e trajetórias diversas, Alexandre Moura, Ildo Silva, Roberta Valente e Stanley Carvalho criaram o grupo para se apresentar semanalmente no Bar da Vânia, reduto musical de SP, onde mantêm apresentações regulares sendo referência para os apreciadores da boa música instrumental brasileira. Com larga experiência na cena instrumental brasileira, os integrantes têm passagens por importantes rodas, shows e gravações por todo o Brasil, bem como carreira internacional. A presença de Milton Mori, reconhecido por sua atuação como compositor, bandolinista, cavaquinista, violonista e arranjador de excelência, promete elevar ainda mais a performance da noite.

Livros de Partituras de Choro e de Jazz (7/9, às 19h)

Dois livros de partituras serão lançados, sendo um de Choro e o outro de Jazz, idealizados pela Belic Arte.Cultura desde a primeira edição do festival. Ambos lançamentos serão em formato digital, com acesso gratuito pela plataforma Sympla. As publicações foram concebidas no âmbito do Festival SP Choro In Jazz, de 2024, contemplado pelo Edital Lei Paulo Gustavo 21/2023 - Festivais e Mostras Culturais, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo. Os dois livros de partituras surgem como uma extensão natural do festival, mas também como um gesto de permanência, como forma de registrar e compartilhar o que muitas vezes nasce no calor do palco e desaparece no instante da última nota.

 

O Livro de Partituras de Jazz, com 27 partituras, foi elaborado sob a curadoria sensível e criteriosa de Fábio Bergamini. A publicação reúne composições de importantes artistas da cena musical paulistana, refletindo a diversidade e a inventividade do músico brasileiro, especialmente no campo da música instrumental, em diálogo com a alma musical de São Paulo e com a pluralidade estética que caracteriza a música brasileira.

 

O Livro de Partituras de Choro, também com 27 partituras, foi realizado com curadoria de Roberta Valente, com a colaboração de Milton de Mori e Paulo Henrique Mori. A coletânea apresenta obras de importantes nomes da cena contemporânea do choro, de diferentes gerações, em um convite aberto: tocar, escutar com atenção, improvisar, recriar, compartilhar e viver uma era de afirmação e valorização do gênero, reconhecido em 2024 pelo Iphan como patrimônio imaterial da cultura brasileira.

 

 

Informações à imprensa: VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
(11) 99373-0181 |
verbena@verbena.com.br

A Boca que Tudo Come Tem Fome (Do Cárcere às Ruas) reestreia na sede da Companhia de Teatro Heliópolis

O novo espetáculo tem dramaturgia assinada por Dione Carlos e encenação de Miguel Rocha, fundador da companhia.

Foto de José de Holanda
A Companhia de Teatro Heliópolis reestreia o espetáculo A Boca que Tudo Come Tem Fome (Do Cárcere às Ruas) no dia 08 de agosto, sexta-feira, às 20h, na Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho, sede do grupo localizada no Ipiranga. A montagem - que aborda a vida e os obstáculos enfrentados por pessoas egressas do sistema prisional - fica em cartaz até 26 de outubro, às sextas e sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h.

Com dramaturgia de Dione Carlos e encenação de Miguel Rocha, A Boca que Tudo Come Tem Fome (Do Cárcere às Ruas) joga luz sobre a questão: o que significa recuperar a liberdade? Em cena, seis pessoas que passaram pelo sistema prisional brasileiro têm suas trajetórias entrelaçadas. Diante das dificuldades de reinserção social e reconstrução da própria vida, cada uma delas, a seu modo, tenta encontrar uma saída. As marcas do período que passaram atrás das grades permanecem na memória, no corpo e nos afetos. Exu, o orixá das encruzilhadas e destrancador dos caminhos, aparece como uma presença provocativa ao despertar naqueles sujeitos a fome por novos começos e a avidez por dignidade.

A encenação de Miguel Rocha se dá em um espelho d’água, uma cenografia de Telumi Hellen, que usa a simbologia do deságue para o momento em que o egresso sai da prisão, quando percebe tudo como novo. O reflexo reporta ao aprisionamento das emoções, às vivências e memórias que afloram quando “a liberdade canta”. “A saída da prisão é um desaguar. A força da água tanto pode purificar como ser violenta, e o reflexo na água pode ser espelho que leva as personagens a encararem a própria situação”, comenta o encenador Miguel Rocha.

Este é o ponto de partida para a imersão na realidade que se apresenta, nos obstáculos que enfrenta o sobrevivente do sistema carcerário para reafirmar a própria cidadania. ‘O cárcere não termina no cárcere’, é o que constatam as personagens que carregam o estigma de serem ex-detentos/tas, com o ônus de uma multa prisional a ser paga, com as dificuldades para reativar a documentação, os hábitos e experiências adquiridos na prisão, os fatores emocionais consequentes e os desafios e as armadilhas da liberdade que não raramente os levam à reincidência.

A companhia cria um espetáculo que coloca em cena a carga que o passado representa na vida das personagens egressas da prisão, mas não se fecha nisso. A dramaturgia não é determinista ao ponto de condicionar a experiência do cárcere à experiência do crime. “O olhar do Estado e da sociedade para as questões relativas à vida após o desencarceramento, que acomete geralmente pretos e pobres, ainda é muito restrito, inviabilizando a possibilidade de se viver dignamente”, comenta Miguel Rocha. “É fato que esse é um processo circular com as mesmas pessoas; as mazelas sociais se repetem nesse lugar de violência e invisibilidade, o que acaba sendo um entrave para a transformação. É preciso fugir desse ciclo para que haja mudanças. Nosso trabalho busca compreender e refletir sobre esse contexto histórico-social”, completa o encenador.

A Companhia de Teatro Heliópolis sempre trabalha com a perspectiva de histórias humanas, onde a experiência estética é alinhada ao discurso. O texto, a música ao vivo, o figurino, o corpo em cena, a luz e as imagens criadas colaboram para a expansão do discurso. “Nosso desafio não é somente contar a história, mas como contá-la. Todos esses elementos são costurados, tecendo a cena que queremos apresentar. O que fazemos é teatro, então procuramos extrair a poesia contida mesmo nos temas mais densos para propiciar ao expectador experiência artístico-poética”, afirma Miguel Rocha.

A Boca que Tudo Come Tem Fome é resultado do projeto Do Cárcere às Ruas: O Estigma da Vida Depois das Grades, contemplado pela 43ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. A pesquisa partiu da premissa de que o encarceramento deflagra traumas, comportamentos e perspectivas que inevitavelmente estarão presentes na retomada da vida, buscando compreender as consequências do aprisionamento nas tentativas de adaptação fora da prisão e na reconstrução das vidas. O encenador ressalta a dificuldade em encontrar material, tanto acadêmico quanto artístico e literário, sobre o assunto. Para aprofundar no tema, a Companhia de Teatro Heliópolis realizou entrevistas com egressos na comunidade de Heliópolis e em instituições de acolhimento e de ativismo em prol do desencarceramento e abolicionismo penal. Também realizou debates abertos ao público com o articulador e assistente social Fábio Pereira, o rapper Dexter, a percursora do movimento anti-cárcere, Tempestade, e com o professor de artes cênicas Vicente Concílio. O processo criativo contou ainda com provocações teórico-cênicas de Maria Fernanda Vomero (também na mediação dos debates) e dos comentadores Salloma Salomão e Bruno Paes Manso.

FICHA TÉCNICA - Concepção geral e encenação: Miguel Rocha. Dramaturgia: Dione Carlos. Elenco: Cristiano Belarmino, Dalma Régia, Davi Guimarães, Jucimara Canteiro, Klavy Costa e Walmir Bess. Música original e direção musical: Alisson Amador. Música “A Benção”: Júlia Tizumba. Música em cena: Alisson Amador, Amanda Abá, Denise Oliveira e Nicoli Martins. Cenografia: Telumi Hellen. Assistência de cenografia: Nicole Kouts. Figurino: Samara Costa. Assistência de figurino: Clara Njambela. Provocação vocal: Alisson Amador, Edileuza Ribeiro e Isabel Setti. Direção de movimento: Erika Moura e Miguel Rocha. Provocação corporal: Erika Moura. Oficinas de dança: Ana Flor de Carvalho, Diogo Granato, Janette Santiago e Marina Caron. Criações coreográficas: O coletivo, Erika Moura, Diogo Granato e Janette Santiago. Provocação teórico cênica e mediação do ciclo de debates: Maria Fernanda Vomero. Estudos em teatro épico, performance e dança: Alexandre Mate, Murilo Gaulês e Sayonara Pereira. Iluminação: Miguel Rocha e Toninho Rodrigues. Operação de luz: Gabriel Rodrigues. Operação de som: Lucas Bressanin. Microfonação: Katheleen Costa. Cenotecnia: César Renzi e Wanderley Silva. Contrarregra: Antônio Portela. Convidados do ciclo de debates: Fábio Pereira, Dexter, Tempestade e Vicente Concílio. Comentadores: Bruno Paes Manso e Salloma Salomão. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Coordenação de comunicação: Luiz Fernando Ferreira. Assistência de comunicação: João Teodoro Junior. Fotografia: José de Holanda e Duda Viana. Registros do processo de criação: João Guimarães. Design gráfico: Rick Barneschi. Edição de textos do programa: Maria Fernanda Vomero. Direção de produção: Dalma Régia. Produção executiva: Álex Mendes e Miguel Rocha. Idealização: Companhia de Teatro Heliópolis. Agradecimentos: Amparar (Associação de Familiares e Amigos de Presos/as e Internos/as na Fundação Casa), Associação Ação Comunitária Nova Heliópolis e Frente Estadual pelo Desencarceramento de São Paulo.

Histórico da Companhia de Teatro Heliópolis

Serviço

Espetáculo: A Boca que Tudo Come Tem Fome (Do Cárcere às Ruas)
Com Companhia de Teatro Heliópolis
Temporada: 08 de agosto a 26 de outubro 2025
Horários: Sexta e Sábado, às 20h, e domingos, às 18h.
Ingressos: Gratuitos – Retirar 1 hora antes das sessões.
Reservas online: www.sympla.com.br
Classificação: 14 anos. Duração: 120 minutos. Gênero: Experimental. 

Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho
Rua Silva Bueno, 1.533 – Ipiranga. São Paulo/SP.
Telefone: (11) 2060-0318 (WhatsApp). Capacidade: 60 lugares.
Transporte público - Metro Sacomã / Terminal de Ônibus Sacomã 

Instagram: @ciadeteatroheliopolis | Facebook: @companhiadeteatro.heliopolis

Informações à imprensa - VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 – verbena@verbena.com.br

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Teatro dos Sentidos, criado por Paula Wenke, comemora 25 anos e apresenta-se pela primeira vez em São Paulo

As apresentações gratuitas no Edifício Oswald de Andrade é destinada a pessoas com deficiência visual e espectadores de olhos vendados, que vivenciam o teatro ativando a imaginação com estímulos auditivos, táteis, olfativos e gustativos.

Pela primeira vez em São Paulo, o Teatro dos Sentidos, criado pela atriz e diretora Paula Wenke, apresenta o espetáculo Feliz Ano Novo no Edifício Oswald de Andrade, em duas sessões gratuitas, nos dias 8 e 9 de agosto, sexta e sábado, às 14h e às 17h. As apresentações integram o programa CULTSP PRO, em parceria com a Inima Produções e Wenke Produções Artísticas.

Com elenco formado por cinco atores e participantes da Imersão Criativa ao Teatro dos Sentidos (realizada no mesmo local pela companhia), o espetáculo Feliz Ano Novo foi concebido por Paula Wenke, que também assina dramaturgia e direção, além de atuar na montagem. O enredo traz a história do jovem Gabriel, um grito silencioso de resistência, beleza e esperança.

Gabriel, um adolescente apaixonado, filho de Roberto, um viúvo e Comandante da Marinha. O rapaz está na biblioteca de seu pai vasculhando em seus livros de poesia uma explicação para os sentimentos que o deixam tão aéreo. Descobre, então, a dedicatória de uma mulher misteriosa na Antologia Poética de Vinícius de Moraes. Vai até seu pai para saber sobre esta tal ''Dama do Mar". Roberto relembra o romance que se iniciou numa passagem de ano, um baile de carnaval com máscaras. Gabriel provoca reflexões em Roberto, levando esta história ao um novo e surpreendente desfecho.

No final da apresentação, ao retirarem as vendas, o público é surpreendido por uma exposição tátil e visual, formada por 20 obras criadas por artistas que traduziram em formas, cores e texturas as emoções da narrativa de Feliz Ano Novo. São eles: Ana Kaíta, Ana Pimentel, André Mexias, Andrea Bussinger, Cesar Aschar, Cida Carvalh, Flávia Franco, Helena Godoy, Lia Paes, Maia Sallemar, Mara Xavier, Marília Albino, Nayara Adami, Paula Wenke, Raíssa da Silva, Ryad Arbash , Sandra Ugah, Teresa Pessoa, Ubiratan Lima, Wissam Arbash e Tornich

O Teatro dos Sentidos, criado originalmente para plateia de cegos, hoje atrai também “enxergantes” que assistem vendados. A abordagem utiliza textos adaptados, e atores provocadores (pessoas responsáveis por gerar interações sensoriais com a plateia em diálogo sensível com a narrativa da peça) estimulam os sentidos remanescentes - audição, tato, olfato e paladar – provocando a empatia da plateia e promovendo uma experiência ímpar. O que era inclusão virou linguagem cênica inovadora, onde o público constrói imagens mentalmente por meio de estímulos sensoriais. A ausência da visão potencializa outros sentidos, surpreende o público com sensações intensas e acesso à criatividade e à memória afetiva.

Após muita militância em favor da causa da Pessoa com Deficiência na Cultura, Paula Wenke teve, em 2024, o diagnóstico tardio de autismo nível 1 de suporte e altas habilidades na área de criatividade, inovação e pensamento divergente. Paula fez seu primeiro curso de Teatro no Tablado (Rio de Janeiro), justo por ser essencialmente introspectiva. O seu desenvolvimento nas artes cênicas foi arma poderosa em favor do desenvolvimento social e profissional. Por outro lado, também dificultou a suspeita do autismo.

"Depois desta descoberta tudo passa a ter um outro sentido: autistas são introspectivos, têm o seu mundo particular, imagético. Por necessidade, o mundo da pessoa cega também é assim, em face da condição de privação da visão. Os cegos utilizam os outros sentidos para se situarem; autistas têm processamento sensorial particular, muitas vezes sendo mais sensíveis a estímulos. No Teatro dos Sentidos estes universos particulares distintos dialogam, entram em colaboração", finaliza a diretora.

A temporada paulistana dá início à Circulação Comemorativa de 25 Anos do Teatro dos Sentidos, uma das primeiras manifestações no país de arte inclusiva no teatro, desenvolvido originalmente para plateia de cegos, e seguirá para Fortaleza, CE, tendo ainda como objetivo criar novos grupos do Teatro dos Sentidos pelo Brasil. Desde 2010, vem ocupando palcos profissionais da cultura com sucesso de público e expandindo seus propósitos. Este projeto foi fomentado pela Bolsa FUNARTE de Teatro Myriam Muniz 2023.

“O maior preconceito contra a Pessoa com Deficiência é o capacitismo que faz alusão à crença equivocada de que não somos capazes. Não vemos a proporção tal qual existem em nosso cotidiano. Isto significa que ainda estão prioritariamente em casa, na invisibilidade.  A Arte é um instrumento de potência incomensurável para essa transformação de crenças, de cultura. O pódio e o palco são lugares de virtuosos, de capazes. Urge que ocupem estes espaços merecidos, também por uma questão de representatividade e cidadania. O temos a dizer a partir de nossa percepção de mundo? O que experiências ricas em conflitos e desafios diários podem mostrar? Os esportes paralímpicos, culminando com as Paralimpíadas estão revelando tal verdade claramente. Podemos concluir então que a Arte, atividade mais espiritual, mental, emocional do que física é o trampolim perfeito onde nem o céu é o limite” (Paula Wenke).

O Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com deficiência, o equivalente a seis vezes a população do Uruguai, duas vezes a população do Paraguai ou uma vez e meia a da Bélgica. Se cada PCD tiver dois familiares, são 54 milhões de brasileiros diretamente ligados à deficiência - um número capaz de decidir uma eleição presidencial. Essa revelação acende a reflexão: onde estão essas pessoas no nosso dia a dia? O quanto ainda precisam lutar por acessibilidade e inclusão? Esta é uma luta de todos. Afinal, podemos nos tornar parte desse universo: a idade, um acidente, qualquer circunstância pode nos transformar.

FICHA TÉCNICA – Elenco: Gabriel Calasans, Gaê, Kauan, Maia Salemar, Paula Wenke e participantes da oficina Imersão Criativa ao Teatro dos Sentidos. Criação do Método do Teatro dos Sentidos, autoria, direção e seleção musical: Paula Wenke. Direção de produção Teatro dos Sentidos: Gaê. Assistência de produção: Kauan Mansur e Tornich. Design visual e social media: Tornich. Operação de som: Jazz Kaipora. Direção de produção - Inima: Deivid Miranda. Coordenação de produção - Inima: Vanda Dantas. Produção - Inima: Katia Lobracci. GestãolLocal: Inima Produções. Exposição - artistas visuais: Ana Kaíta, Ana Pimentel, André Mexias, Andrea Bussinger, Cesar Aschar, Cida Carvalho, Flávia Franco, Helena Godoy, Lia Paes, Maia Sallemar, Mara Xavier, Marília Albino, Nayara Adami, Paula Wenke, Raíssa da Silva, Ryad Arbash, Sandra Ugah, Teresa Pessoa, Ubiratan Lima, Wissam Arbash e Tornich. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Projeto: Circulação Comemorativa de 25 Anos do Teatro dos Sentidos. Fomento: Bolsa Funarte de Teatro Myriam Muniz 2023. Realização: Wenke Produções Artísticas, Programa CULTSP PRO e Imã Produções.

Serviço

Espetáculo: Feliz Ano Novo
Dias 08 e 09 de agosto - Sexta e sábado, às 14h e às 17h
Ingressos gratuitos: www.sympla.com.br - No local: 1 hora antes.
Local: Edifício Oswald de Andrade - Sala 07
Endereço: Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro. São Paulo/SP.
Duração: 60 minutos (entrada do público vendado: 30 min). Classificação: 12 anos.
Acessibilidade: Com Libras Tátil
Mais informações: Instagram - @teatrodosentidos

Sobre os Realizadores

Paula Wenke - Dramaturga, roteirista, poetisa, diretora teatral e outras mídias, atriz, locutora, produtora e professora de teatro, TV e cinema. É criadora do Teatro dos Sentidos (1997), técnica de encenação teatral idealizada para a total compreensão de uma plateia de cegos ou de enxergantes vendados. Os sentidos da audição, do tato, olfato e paladar são fortemente explorados. O Teatro dos Sentidos hoje é estudado na Academia não só pela inovação estética e tecnologia que representa, mas também pelo profundo efeito que causa na plateia: catarses intensas, emoções profundas. Wenke formou-se em Teatro na Universidade de Brasília. É criadora do Movimento Arte Inclusiva que em 2021, em 28 lives conversou com todos os Secretários de Cultura Estaduais e Municipais de capitais sobre Políticas para o avanço da Arte Inclusiva e Acessibilidade Cultural. É Coordenadora e Conselheira da GADIM BRASIL (Global Alliance for Disabilitys in Media and Enterteinment), traduzindo, Aliança Global para a Inclusão da Pessoa com Deficiência na Mídia e no Entretenimento. A GADIM BRASIL é uma organização que promove a inclusão das pessoas com deficiência na mídia e no entretenimento, baseada nos direitos humanos. Ela é o braço nacional da GADIM, uma aliança global criada em 2016 com o apoio da ONU e da International Disability Alliance.

Programa CULTSP PRO - Escolas de Profissionais da Cultura é o novo Programa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão, o IDG, que tem como foco a formação e qualificação dos profissionais que atuam nos bastidores dos Setores Culturais e Criativos. O IDG é reconhecido por sua experiência em gerir equipamentos culturais públicos de grande importância para o país, conceber, implementar e gerir projetos culturais e programas ambientais e educativos, além de ser um dos maiores captadores de recursos do país nos últimos 10 anos. No Rio de Janeiro, além da gestão do Museu do Amanhã desde sua inauguração em 2015, cabe destacar a implantação do Memorial às Vítimas do Holocausto e a gestão do Museu do Jardim Botânico, Museu das Favelas, Paço do Frevo, Fundo da Mata Atlântica e Museu das Amazônias.

Inima Produções - A Inima Produções é uma produtora artístico-cultural com atuação em todo o Brasil. Através da arte, oferecemos soluções personalizadas. Desde a nossa fundação em 2015, buscamos projetos inovadores que gerem impacto positivo na sociedade. Tornamo-nos referência em simulações realísticas com atores em universidades de medicina no Brasil, sendo a primeira empresa a profissionalizar e qualificar atores para atuar como pacientes simulados na graduação do curso. Somando mais de 150 mil horas simuladas. Acreditamos no poder transformador do teatro e na diferença que ele pode fazer na vida das pessoas. Na Inima Produções Culturais, somos cúmplices da transformação através da arte!

Informações à imprensa: VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 - verbena@verbena.com.br