quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Festival Curta Campos do Jordão leva o Cinema Peregrino a Gonçalves, Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí

Paixão pelo Cinema, de Manoel Coutinho

O 10º Festival Curta Campos do Jordão - FCCJ - que acontece entre os dias 15 e 22 de fevereiro de 2025 - dá início à sua programação integrada com o Cinema Peregrino 2025.  As três cidades contempladas vão receber, nos dias 6, 7 e 8 de fevereiro, uma sessão gratuita com oito filmes de curta-metragem que foram destaques nas edições anteriores do FCCJ.

Em Gonçalves, MG, o Cinema Peregrino chega ao Cine Gonçalves, no dia 6/2, quinta, às 18h30. Em Santo Antônio do Pinhal, SP, a sessão ocorre no Auditório Municipal, no dia 7/2, sexta, às 19h. Já em São Bento do Sapucaí, SP, a exibição acontece no Centro Cultural Municipal (antigo Cine São Bento), no dia 8/2, sábado, às 20h30.

A seleção que forma o Cinema Peregrino é composta pelos títulos: O Malabarista, de Iuri Moreno (Goiânia, GO); Marta, Consertadora de Guarda-Chuva, de Dannyel Leite (Jacareí, SP); Big Bang, de Carlos Segundo (Natal, RN); Ele Era Assim, de Ângela Zoé (Rio de Janeiro, RJ); Por Trás das Tintas, de Alek Lean (Rio de Janeiro, RJ); Paixão pelo Cinema, de Manoel Coutinho (São Bento do Sapucaí, SP); Ela Mora Logo Alí, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (Porto Velho, RO); e Reminiscências de Uma Viagem a Campos do Jordão, de Mateus Brito (Fortaleza, CE).

O FCCJ

O 10º Festival Curta Campos do Jordão vai exibir 109 curtas-metragens produzidos em todo o território nacional, que concorrem ao Prêmio Araucária de Cinema 2025. A Mostra será composta pelas categorias: Ficção (com 35 filmes, oriundos de 13 estados brasileiros e do DF); Documentário (com 27 obras, de 13 estados); Experimental (com 18 curtas, de 12 estados); Animação (com 15 filmes, de 8 estados e do DF); e Regional (com 14 obras produzidas nas cidades de São José dos Campos, Taubaté, Ubatuba, Ilhabela, São Sebastião, Pindamonhangaba e Campos do Jordão). O Prêmio Araucária de Cinema vai premiar também a Melhor Direção e o Melhor Roteiro.

À exceção da cerimônia de abertura, que será realizada no Auditório Claudio Santoro, as sessões de exibição vão acontecer nas dependências do Espaço Cultural Dr. Além (antigo Cine Glória de Campos do Jordão), no formato presencial. Cada sessão competitiva também será disponibilizada no canal do Cineclube Araucária no YouTube, por 24 horas, para visionamento e votação do público.

O FCCJ tem por objetivo abrir espaço para a difusão da produção audiovisual na Região da Mantiqueira, no estado de São Paulo e em todo o território nacional. Busca estimular a criatividade e promover a revelação de talentos pela produção independente de filmes de curta-metragem. Promove ainda o contato direto entre realizadores de obras audiovisuais de todo o País com os participantes dos programas de formação desenvolvidos pela Associação Cultural Cineclube Araucária juntamente com a Secretaria de Valorização da Cultura da Prefeitura de Campos do Jordão, com vistas à busca de novos horizontes profissionais, sobretudo entre os jovens artistas locais.

Festival Curta Campos do Jordão é organizado e produzido pela Associação Cultural Cineclube Araucária de Campos do Jordão em parceria com a Secretaria Municipal de Valorização da Cultura. Para a sua décima edição, o FCCJ conta com apoio do Ministério da Cultura do Governo Federal por meio da Lei Paulo Gustavo, da Prefeitura de Campos do Jordão, do Conselho Municipal de Turismo, da Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico, do Conselho Municipal de Políticas Culturais, do Campos do Jordão e Região Convention & Visitors Bureau e das empresas Natureza Maluca, Webz Comunicação Digital, VideoMidia Produção e Edição de Vídeos, GWG Telecom, Verbena Comunicação e DF Studio Foto e Vídeo.

Serviço

10º Festival Curta Campos do Jordão - FCCJ
Cinema Peregrino 2025
Exibição de 8 curtas-metragens. Duração total: 85 minutos. Livre.
Ingressos: Gratuitos. 

Gonçalves - MG
6 de fevereiro. Quinta, às 18h30
Local: Cine Gonçalves
Rua Joaquim Ferreira de Souza, ao lado do Shopping Mercato. Gonçalves/MG. 

Santo Antônio do Pinhal - SP
7 de fevereiro. Sexta, às 19h
Local: Auditório Municipal
Rua Cel. Sebastião Marcondes da Silva, 2-132. Santo Antônio do Pinhal, SP. 

São Bento do Sapucaí - SP
8 de fevereiro. Sábado, às 20h30
Local: Centro Cultural Municipal (antigo Cine São Bento)
Rua Alferes Pedrosa, 66. São Bento do Sapucaí, SP 

FCCJ - 15 e 22 de fevereiro de 2025
Informações, programação e sessões online: www.fccj.com.br
Ingressos: Gratuitos. Classificação: Livre. Tel.: (12) 3664-2300
Acompanhe o FCCJ pelo site e pelas redes sociais:
Instagram - @cineclube_araucaria | Facebook - @cineclube.araucaria e @araucariacineclube 

Informações à imprensa | VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 | verbena@verbena.com.br

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

CONCURSO CURTA CAMPOS DO JORDÃO

Festival Curta Campos do Jordão anuncia concurso de curtas produzidos durante a sua realização. 

Os filmes devem ser captados em Campos do Jordão, entre 15 a 21 de fevereiro. O vencedor ganhará um final de semana em hotel da cidade, além de ajuda de custo.

A décima edição do Festival Curta Campos do Jordão acontece entre os dias 15 e 22 de fevereiro de 2025. Nela, 109 filmes concorrem ao Prêmio Araucária de Cinema nas categorias previstas no regulamento, disponível em www.fccj.com.br (ficção, documentário, experimental, animação, regional e local, além dos Prêmios de Melhor Direção e Melhor Roteiro Original).

Celebrando esses 10 anos de difusão da produção audiovisual brasileira e do encontro de curta metragistas no Alto da Mantiqueira, o Festival Curta Campos do Jordão, por iniciativa da Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico, juntamente com a Secretaria de Valorização da Cultura, incluíram na programação do FCCJ uma nova modalidade competitiva. Trata-se do Concurso Curta Campos do Jordão que consiste na produção de filmes, com até três minutos de duração, rodados durante a realização do Festival, pelos cineastas e/ou representantes de filmes presentes na Cidade nesse período (de 15 a 21/2).

Este é, portanto, mais um bom motivo para realizadores, curta-metragistas, roteiristas, editores, produtores e técnicos em audiovisual, estarem presentes no Festival Curta Campos do Jordão munidos de uma câmera e um bom software de edição, e deixarem o registro do seu olhar sobre a cidade mais alta do Brasil. É importante ler o regulamento do Concurso Curta Campos do Jordão, disponível no site do FCCJ.

Vale ressaltar que os curtas concorrentes serão avaliados por um júri especialmente designado para esse fim. O realizador do curta mais bem avaliado receberá como prêmio um final de semana (hospedagem e alimentação) em um dos hotéis de Campos do Jordão, em qualquer período posterior ao Festival (até o final de 2025), além de ajuda de custo no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais).

O Concurso está atrelado à programação do Festival Curta Campos do Jordão e tem por objetivo estimular a criatividade dos participantes da décima edição do Festival em registrar o seu olhar sobre a Cidade e Região.

10º Festival Curta Campos do Jordão (FCCJ) - 15 a 22/2/2025
Concurso Curta Campos do Jordão - 15 a 21/2/2025
Regulamento e informações: www.fccj.com.br
Acompanhe o FCCJ pelo site e pelas redes sociais:
Instagram - @cineclube_araucaria | Facebook - @cineclube.araucaria e @araucariacineclube 

Informações à imprensa | VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 | verbena@verbena.com.br

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Paço Municipal de São Bernardo do Campo recebe o infantil VerDe Perto, o Musical Ecológico

Foto de Eugenio Goulart
O espetáculo infantil VerDe Perto, o Musical Ecológico chega à cidade de São Bernanrdo do Campo, SP, com ingressos gratuitos e intérprete de Libras. A apresentação acontece no dia 1º de fevereiro, sábado, no Paço Municipal, às 17h.

VerDe Perto, o Musical Ecológico é um espetáculo cênico-musical com linguagem simples e poética que fala diretamente com a natureza imaginária das crianças. Com canções autorais, assinadas por Renata Pizi, o espetáculo aborda temas sobre ecologia e sustentabilidade.

Observando a priminha Júlia, que adorava desenhar, mas rasgava e jogava fora o que não lhe agradava, Renata Pizi teve a ideia de criar algo que despertasse nas crianças a consciência ambiental, que pode estar nas atitudes mais simples do cotidiano. E foi refletindo sobre a nossa relação com a natureza que ela criou, em 2016, as poesias, e depois as melodias, extraindo a musicalidade própria de cada poema.

As músicas, tocadas ao vivo, passeiam por diferentes ritmos brasileiros, como baião e maracatu, e por gêneros como rock, pop e rap, entrelaçando músicas e intervenções cênicas. Personagens, histórias e coreografias - conduzidos pela personagem Júlia - reforçam os argumentos das canções, recheadas de curiosidades sobre a natureza ressaltando a necessidade de cuidarmos do planeta. O espetáculo trata o tema com leveza e bom humor, cativando os pequenos espectadores pela graça e originalidade dos poemas cantados. 

O roteiro é formado por “Pet Repet”, “Árvore”, “Lixo na Rua”, “Água”, “Tamanduá” e “Rio Tietê”, entre outras. Todas as músicas foram compostas por Renata, sendo as duas últimas em parceria com Sonekka. A cenografia e os objetos de cena aparecem em composição lúdica. Elementos como lixeiras e galões de água são vestidos com fitas coloridas sendo manipulados e ressignificados durante o espetáculo. E a concepção do figurino foi inspirada na estética clown, com cores vivas que remetendo a fauna e a flora.

Esse projeto, idealizado pela Belic Arte.Cultura e proposto pela Magistral Produções, foi contemplado pelo Edital Lei Paulo Gustavo 20/2023 - Difusão Cultural, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, do Governo do Estado de São Paulo e Ministério da Cultura, Governo do Brasil. A circulação, que totaliza 12 apresentações, após sessão em Guararema, segue por mais três cidades paulistas.

FICHA TÉCNICAConcepção e direção: Renata Pizi. Elenco: Renata Pizi (voz e violão), Renata Machado (atriz e voz), Paulo Ribeiro (voz e violão), Everton Alves dos Reis (percussão), Jonathan Campos (ator e voz). Cenário e visagismo: Rafaela Gimenez. Figurino: Alex Leandro. Gerenciamento e produção executiva: Adriana Belic. Assistência e produção executiva: Mili Slikta. Assistência de produção técnica: Arthur Maia. Técnico de som: Bárbara Frazao Martinez. Operação de luz: Igor Sully. Fotos: Eugenio Goulart. Projeto gráfico: Alexandre Caetano. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Assessoria em mídias: Platea Comunicação. Interpretação em Libras: Rosemeire Santos.

 

Serviço

Espetáculo: VerDe Perto, o Musical Ecológico

Dia 1º de fevereiro de 2025 - Sábado, às 17h
Duração: 45 min. Classificação: Livre. Gênero: musical infantil.

Apresentação gratuita - Sessão conta com intérprete de Libras.
Local: Paço Municipal de São Bernardo do Campo
Praça Samuel Sabatini, S/N - Centro. São Bernardo do Campo/SP 

Sinopse: A pequena Julia olhava pela janela, pegou alguns lápis de cor, folhas de papel em branco e pôs-se a desenhar. Mas, para cada traço errado, lá se ia mais um papel rasgado. Foi então que a tia, Renata, perguntou, um tanto indignada: “Júlia! Você não tem pena das árvores?”. Julia respondeu: “Árvores? E o que o papel tem a ver com elas?”. Esse é o mote que conduz o espetáculo. 

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena
(11) 99373-0181 - verbena@verbena.com.br 

Mario Tommaso lança CD Rasga o Coração: poemas e canções de amor para o nosso tempo

O cantor e compositor paulistano Mario Tommaso lança seu primeiro disco - Rasga o Coração: poemas e canções de amor para o nosso tempo, um trabalho que combina belas melodias e harmonias com o tema da melancolia que marcou toda uma geração da canção brasileira, a época do samba-canção.

Com produção musical e arranjos de Cezinha Oliveira, o disco traz obras primorosas Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, Johnny Alf e Ricardo Galeno, composições inéditas (e parcerias) de Mario Tommaso, inspiradas no universo temático do álbum, e ainda textos de autores consagrados como Clarice Lispector e Gilka Machado. Composições de outros repertórios, como jazz e flamenco, complementam essa coleção musical viva de paixões proposta pelo artista, que resulta em trabalho de elegância musical ímpar em suas 16 faixas.

O disco tem participação da dançarina de flamenco Ale Kalaf na percussão corporal, dos cantores Bruna Prado, Cezinha Oliveira, Claudio Lima, Keyla Fogaça e Solange Sá e das atrizes Vanessa Bruno e Letícia Soares. Nos instrumentais estão Guilherme Ribeiro (piano), Johnny Frateschi (baixo acústico), Rubinho Antunes (trompete e flugelhorn) e Pedro Macedo (baixo com arco).

Rasga o Coração: poemas e canções de amor para o nosso tempo é o resultado de um projeto que vinha sendo esboçado há cinco anos, desde o confinamento na pandemia, no qual Tommaso dá voz a diversos narradores como um cronista das dores e dos prazeres que advêm das relações amorosas. “Comecei estudando o samba-canção e resolvi preparar um espetáculo de teatro com música e textos poéticos. A coisa se estendeu. Chamei o Cezinha Oliveira para fazer os arranjos. Novas ideias e novas composições surgiram já prenunciando um álbum inteiro, com começo, meio e fim. Depois que Cezinha me trouxe os arranjos, a ideia foi trabalhar cada canção em sua poética e, ao mesmo tempo, alinhavar o conjunto em uma mesma atmosfera e identidade”, revela o intérprete.

A interpretação de Tommaso parte de referências da canção brasileira, que se modernizou desde o samba-canção, com a emissão tendendo ao natural. Mesmo quando a teatralidade chega o tom da fala, há espaço para o passional. O ouvinte mais atento vai perceber, inclusive, reverências sutis nas releituras, em pequenas citações. “Busquei um canto revelasse a vulnerabilidade das personagens que contam as histórias nas canções. Tentei evitar o purismo técnico e me apegar ao rigor melódico, rítmico e interpretativo, dialogando com os belos arranjos e com as criações dos instrumentistas. A ideia foi trazer a palavra poética das canções para uma cena musical intimista”, finaliza Mario Tommaso.

Sobre o título do disco, "Rasga o Coração" é uma expressão conhecida e bastante explorada na música, na poesia e no teatro brasileiros. Mario Tommaso retomou essa ideia com um título que abraça todo o repertório do álbum, trazendo a ideia do amor como um sentimento que leva a descobertas e transformações.

As canções

Mario Tommaso abre o álbum com a autoral “Falar de Amor Agora”. Bem representando a proposta do trabalho, um melodioso e melancólico trompete (Rubinho Antunes) faz a introdução, e o arranjo logo incorpora o baixo acústico (Johnny Frateschi) e o piano (Guilherme Ribeiro). Um interlúdio de piano com palmas de flamenco quebra o andamento e surpreende para, então, o intérprete retomar a canção, sugerindo uma cena na imaginação de quem ouve.

As clássicas canções de Dolores Duran, “A Noite do Meu Bem” e Noite de Paz”, de Ricardo Galeno, “Eu Sou a Outra” (com Ale Kalaf na percussão corporal de passos, palmas e jaleos), e de Lupicínio Rodrigues, Ela Disse-me Assim” (com Bruna Prado no arranjo vocal e na voz juntamente com Tommaso) e “Loucura”, trazem no arranjo a dramaticidade sugerida pelo título do disco. O piano e o baixo acústico dão sofisticado e o tom perfeito à carga dramática proposta, bem como no “jazz romântico” de Johnny Alf, “Ilusão à Toa” (arrebatando ainda mais com o som do trompete e do flugelhorn, de Rubinho Antunes) e na bela versão de Augusto de Campos para “Sophisticated Lady” (de Duke Elington, Irving Mills e Mitchell Parish).

Em duas das canções de língua espanhola, clássicas do repertório latino - “La Nave del Olvido” (Dino Ramos) e “Amar Duele” (Yvette Marchand), esta com participação da cantora Keyla Fogaça - os arranjos trazem somente um piano quase ad libitum. A outra, “Canción del Fuego Fatuo”, vem adornada pela dramaticidade do tradicional ritmo flamenco no qual aparecem também o baixo acústico e a percussão corporal de Kalaf.

Rasga o Coração traz ainda duas faixas nas quais o canto dá lugar à interpretação teatral: Pas de Deux Sobre uma Página do Livro dos Prazeres” (Clarice Lispector - Uma Aprendizagem ou O livro dos prazeres) onde a voz de Tommaso e Vanessa Bruno deslizam ao som sutil do baixo acústico em pizzicato (Johnny Frateschi) e do baixo com arco (Pedro Macedo); e Tua Voz”, fragmento do poema “O Grande Amor”, do livro Meu Glorioso Pecado (Gilka Machado), uma ode sincera ao amor dita por Letícia Soares de Lima, cheia de sussurros, gemidos e rasuras.

Outras três canções do artista, compostas em parcerias, estão no repertório. Eros e Psiquê nº 2” (Ricardo Wey e Mario Tommaso), um dueto de Tommaso com Claudio Lima, é uma canção sobre o feminino mítico, onde mulher, desejo, pecado, perdição e voz se confundem. Falso Desbunde” (Solange Sá e Mario Tommaso), um foxtrote debochado e brincante, tem a parceira de composição em mais um lúdico dueto com o intérprete. E a faixa que fecha o álbum, Elogio da Sombra” (Solange Sá, Cezinha Oliveira e Mario Tommaso), também traz o parceiro de composição Cezinha dividindo a interpretação da canção, cujo instrumental se destaca por frases e compassos ternários e por acordes dissonantes.

FAIXAS: 1 - Falar de Amor Agora (Mario Tommaso). 2 - A Noite do Meu Bem (Dolores Duran). 3 - Noite de paz (Dolores Duran). 4 - Pas de Deux Sobre Uma Página do Livro dos Prazeres (texto de Clarice Lispector). 5 - Ela Disse-me Assim (Lupicínio Rodrigues). 6 - Eu Sou a Outra (Ricardo Galeno). 7 - Loucura (Lupicínio Rodrigues). 8 - Ilusão à Toa (Johnny Alf). 9 - Tua Voz (poema de Gilka Machado). 10 - Eros e Psiquê nº 2 (Ricardo Wey e Mario Tommaso). 11 - Falso Desbunde (Solange Sá e Mario Tommaso). 12 - La Nave del Olvido (Dino Ramos). 13 - Amar duele (Yvette Marchand). 14 - Canción del Fuego Fatuo (Manuel de Falla & Gregório Sierra). 15 - Sophisticated Lady (Duke Ellington, I. Mills, M. Parish; versão: Augusto de Campos). 16 - Elogio da Sombra (Solange Sá, Cezinha Oliveira e Mario Tommaso).

FICHA TÉCNICA - Intérprete: Mario Tommaso. Produção musical e arranjos: Cezinha Oliveira. Produção executiva: Mario Tommaso. Músicos: Guilherme Ribeiro (piano), Johnny Frateschi (baixo acústico), Rubinho Antunes (trompete e flugelhorn) e Pedro Macedo (baixo com arco). Percussão corporal e jaleos:  Ale Kalaf. Cantores convidados: Bruna Prado, Cezinha Oliveira, Claudio Lima, Keyla Fogaça e Solange Sá. Atrizes convidadas: Vanessa Bruno e Letícia Soares. Arranjos vocais: Bruna Prado e Mario Tommaso. Gravação/estúdios: Giba Favery e Dançapé.  Mixagem e masterização: Cezinha Oliveira e Mario Gil. Técnicos/estúdio: Cezinha Oliveira, Edu Vianna e Helio Kazuo Ishitani. Arte: Claudio Lima. Diagramação: Eduardo César Machado. Foto e vídeo: Dani Gurgel e Rodrigo Tamassia.

Lançamento/CD: Rasga o Coração
Artista: Mario Tommaso
Janeiro/2025 - Em todas as plataformas de música.
Selo: Independente. Distribuição: Tratore.
https://linktr.ee/mariotommaso
Nas redes: Instagram - @mariotommaso.pirata | Facebook - @mariotommaso.art 

Mario Tommaso

Ator, músico e professor de Literatura, Mario Tommaso possui uma trajetória marcada pela pesquisa e experimentação artística em diferentes linguagens. Em 2014, criou e protagonizou o espetáculo solo Ensaio Sobre o Absurdo, no qual atuou também como dramaturgo, inspirado na obra de Albert Camus. Seu percurso no teatro inclui participações em montagens como Os Justos (2003), de Albert Camus, e Bixiga, Uma Bela Vista (2004), de Sérvulo Augusto e Viviane Dias, ambas com direção de Roberto Lage. De 2003 a 2005, integrou o Núcleo de Investigação do Ágora, onde ampliou sua abordagem artística. Como diretor, assinou produções como Cada Mesa É Um Palco, de Cláudio Lima (2005, TUSP), e Abre a Janela: Zé Guilherme Canta Orlando Silva (2015, Sesc Belenzinho). Sua formação musical inclui estudos de canto popular no Canto do Brasil e piano com Marcelle Barreto. Entre 2015 e 2018, coordenou a Escola Fórum das Artes, dedicada à formação de artistas e educadores na área cultural. Atualmente, é professor e pesquisador na Universidade de São Paulo (USP).

Informações à imprensa - VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

Núcleo Negro de Pesquisa e Criação abre inscrições para Laboratório de Poéticas Cênicas

Integrantes do NNPC - Divulgação

O Núcleo Negro de Pesquisa e Criação (NNPC), coletivo composto por artistas do teatro e do audiovisual residentes em São Paulo, abre inscrições para o seu Laboratório de Poéticas Cênicas (Lab NNPC), dividido em ciclos de estudos, cujos temas são: atuação, direção, percussão, voz e fotografia para artes cênicas. As oficinas serão ministradas por artistas convidados e por integrantes do coletivo. As inscrições - gratuitas - devem ser efetuadas por meio de link disponível na página do coletivo no Instagram - @nnpc.sp.

O Laboratório de Poéticas Cênicas tem como plataforma metodológica as técnicas de teatro e de audiovisual do NNPC, desenvolvida ao longo de oito anos de existência. Em fevereiro de 2025 acontecem: Lab de Atuação - (Re)Pensar Imaginários a Partir da Cena Encruzilhada - conduzido por Aysha Nascimento, nos dias 8 e 9/2 (sábado e domingo, das 9h às 15h); Lab de Percussão - Kalungas e Afluentes - comandado por Maurício Badé, nos dias 15 e 16/2 (sábado e domingo, das 8h às 15h); e Lab de Voz - Voz-Tambor: Escuta e Imaginação - ministrado por Fabiana Cozza, nos dias 24, 26 e 27/2 (segunda, quarta e quinta, das 19h às 22h). Para março estão previstos laboratórios de Direção e de Fotografia de Teatro.

Esta atividade formativa visa fomentar os estudos coletivos dos artistas do NNPC e, ao mesmo tempo, compartilhar processos criativos com o público interessado. Os ciclos de estudos do Lab dão início às atividades do projeto Escombro - Parte II: Nossa Conquista, contemplado pela 43ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, que prevê a montagem do espetáculo inédito Nossa Conquista, cuja estreia e temporada acontecerá em 2025, bem como o lançamento de um foto-livro comemorativo do NNPC, que completará 10 anos em 2026.  

O Núcleo Negro de Pesquisa e Criação (NNPC) surgiu, em 2016, do encontro de Maria Gabi, Thais Alves, Jerê Nunes, Deni Marquez e Gabriel Cândido. Com interesse, em um primeiro momento, de pesquisar poéticas e éticas cênicas a partir das suas identidades como pessoas negras brasileiras, o coletivo compreendeu como seu foco a realização de criações autorais nas linguagens do teatro e do audiovisual, articulando memória, política, história e as complexidades da população negra no Brasil.  

Programação de fevereiro

Lab de Atuação: (Re)Pensar Imaginários a Partir da Cena Encruzilhada
Com Aysha Nascimento
Dias 8 e 9 de fevereiro. Sábado e domingo, das 9h às 15h
Inscrições grátis: de 24/1 a 3/2 - Linktree na bio do @nnpc.sp.
Indicação: maiores de 18 anos com experiência em artes cênicas. Vagas: 15.
Local - 8/2: CRD - Centro de Referência a Dança
Galeria Formosa Baixos do Viaduto do Chá, S/N - Praça Ramos de Azevedo - Centro Histórico. SP/SP.
Local - 9/2: O Andar
Rua Dr. Gabriel dos Santos, 30 - 2º andar. Santa Cecília (Metrô Marechal Deodoro). SP/SP.

Nos encontros, Aysha Nascimento propõe apresentar, de forma abrangente, alguns procedimentos de criação teatral partindo das suas experiências no Teatro Negro e no teatro de rua e popular. (Re)Pensar Imaginários a Partir da Cena Encruzilhada parte de jogos teatrais, de experimentações na oralidade e nos conceitos sobre construção da imagem e imagem construída e do trabalho nas dramaturgias do corpo e do espaço. O intuito do processo é suscitar reflexões cênicas sobre as representações e pontos de vista na perspectiva de provocações cênicas sobre imaginários e nas disputas de narrativas, através de procedimentos calcados nos processos colaborativos e no teatro narrativo.

Aysha Nascimento é artista da dança e do teatro. Atua como atriz, dançarina, diretora de teatro, curadora e preparadora corporal. Formada pela Escola Livre de Teatro de Santo André (2007) e licenciada e bacharelada em Dança pela Universidade Anhembi Morumbi (2018), é também Mestre em Artes da Cena e Mediação Cultural pela Escola Superior de Artes Célia Helena em parceria com a Escola Itaú Cultural (2024).

Lab de Percussão: Kalungas e Afluentes
Com Maurício Badé
Dias 15 e 16 de fevereiro. Sábado e domingo, das 9h às 15h
Inscrições grátis: de 27/1 a 7/2 - Linktree na bio do @nnpc.sp.
Indicação: Maiores de 18 anos, interessados em geral. Vagas: 15.
Local: Estúdio Tamarineira
Rua Francisco Marson, 285 - Jardim Monte Kemel. SP/SP. CEP: 05634-160.

O laboratório de percussão Kalungas e Afluentes é um encontro imersivo dedicado à exploração e construção de percursos sobre a musicalidade em suas diversas formas. Nele, os participantes mergulham no universo dos instrumentos percussivos e na musicalidade do corpo por meio de jogos e brincadeiras, ampliando a compreensão sobre a pluralidade sonora. A proposta vai além da técnica, buscando aprofundar o entendimento da relação entre som, espaço e interação com o outro.

Maurício Badé é pernambucano radicado em São Paulo. Artista multifacetado nas artes da percussão, da dança e da culinária brasileira. Traz na bagagem experiências em alguns folguedos como brincante e músico.

Lab de Voz: Voz-Tambor: Escuta e Imaginação
Com Fabiana Cozza
Dias 24, 26 e 27 de fevereiro. Segunda, quarta e quinta, das 19h às 22h
Inscrições grátis: de 3 a 13/2 - Linktree na bio do @nnpc.sp.
Indicação: maiores de 18 anos com experiência em artes cênicas - teatro, circo, dança e teatro musical. Vagas: 15.
Local: IBT – Instituto Brasileiro de Arte
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 277 - Bela Vista. SP/SP. CEP: 01317-000. 

Voz-Tambor: Escuta e Imaginação é um trabalho de percepção de si pelo caminho da voz, usando a canção como ferramenta de trabalho, de desvelamento, de escuta. A proposta acontece coletivamente numa abertura para a escuta de si, do outro, das musicalidades e relações com o espaço e os impulsos-tempo gerados a partir de movimentos corporais e respiratórios que os tambores provocam. O encontro se dá na presença de tambores com a participação de uma percussionista, e os diálogos e performances musicais vão descortinando e cerzindo pequenos enredos pessoais e do grupo pelos cânticos improvisados ou não, sugeridos, desconhecidos, imaginados. Uma investigação da voz por meio de sensações e emoções que nascem da ação corporal dos intérpretes em performance.

Fabiana Cozza é paulistana, cantora e jornalista. Graduou-se em Comunicação Social pela PUC-SP. Estudou canto popular, teoria musical e prática de conjunto na Universidade Livre de Música Tom Jobim (atual Emesp). Seguiu seu trabalho técnico com os professores: Sira Milani, Maúde Salazar, Vânia Pajares, Felipe Abreu, Davide Rocca. Atualmente é orientada pela professora do Pantheatre, de Paris, Linda Wise. Fabiana tem levado a música brasileira a festivais na Alemanha, França, Canadá, EUA, Bulgária, Chile, Espanha, Portugal, Suécia, Cuba, Moçambique e Cabo Verde. A artista tem produzido seus projetos com parceiros e sido convidada a participar de mesas, workshops, simpósios e projetos sobre voz, interpretação, cultura afro-brasileira, empreendedorismo negro, curadoria (Ocupação Cartola - Itaú Cultural 2016). Como extensão de seu trabalho, desenvolve estudos e orientação para cantores, atores e pessoas interessadas. Tem nove CDs, três DVDs e um livro lançados.

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena
(11) 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Da poesia de Consuelo de Paula e da melodia de Regina Machado nasce o disco Pássaro Futuro


Duas artistas, Consuelo de Paula e Regina Machado - cantoras, compositoras e instrumentistas -, unem-se pela canção para lançar um trabalho autoral primoroso. Trata-se de Pássaro Futuro, que chega às plataformas no dia 14 de fevereiro de 2025 pelo selo Belic Music: um álbum de 11 faixas, construído em sintonia plena entre a poesia de Consuelo, a música de Regina e o canto de ambas.

Pássaro Futuro brotou de uma troca espontânea entre as musicistas, durante a pandemia, quando Consuelo de Paula enviou uma letra para Regina Machado que, instantaneamente, compôs a música de “Canto de Chegança”. Intuitiva, Consuelo percebeu que estava ali o início de uma nova obra. O processo não permitiu pausas, “foi uma espécie de surto criativo de 40 dias”, brincam elas. As letras de Consuelo foram se configurando dentro de um roteiro natural de construção desse “pássaro do futuro”, que se apresenta, se instala, e depois de configurado se despede deixando marcas de seu voo, reflexões sobre a nossa existência como parte da natureza, como parte do universo, como um só povo. Cada canção é única e, ao mesmo tempo, parte de um enredo maior. “O álbum é a ‘voz’ do artista”, ressalta Regina, e Consuelo completa: “queremos convidar o ouvinte a desfrutar do roteiro que criamos, e a se deliciar, não só com cada faixa, mas com o contexto pleno da obra”.

Partindo do violão e da voz das artistas, os arranjos são criações coletivas dirigidas por elas com a colaboração dos músicos convidados: Mário Manga (violoncelo), Guilherme Ribeiro (piano e acordeom), André Rass (percussões) e Nicolas Farias (percussões). “Os arranjos conversam com o silêncio, com as pausas, com as danças e oferecem ao ouvinte a possibilidade de ouvir o vento, de ouvir as fugas e o bater das asas desse Pássaro Futuro”, poetiza Consuelo. E Regina completa: “Esse trabalho traduz nossa espiritualidade por meio da arte e elucida um pouco da nossa devoção à música... Tudo tem um certo mistério...”

Sobre a concepção do trabalho, nota-se uma originalidade ousada, que não se enquadra em fórmulas do momento, ao trazer melodias sinuosas e letras nada óbvias com estrutura poética elaborada. As músicas de Regina Machado nasceram conectadas à sonoridade sugerida pelos versos e pelas palavras de Consuelo. Dentro do contexto de modernidade, chega uma obra surpreendente, que abre com as cordas do violão e do cello e fecha com a pulsação das percussões.

Para Regina Machado, “o disco representa a materialização do poder de criar, de fazer canções, insistindo em um voo que parece não ser mais percebido, que parece não mais habitar nas pessoas. Pássaro Futuro voa contra a ventania, contra o tempo do consumo, e arrisca uma musicalidade que envolve quem se deixa abraçar por ela”. E Consuelo de Paula completa: “Pássaro Futuro é um presente, um sopro de inspiração entre a brisa e a ventania, é cheio de luminosidades, frestas e brechas”.

Vale destacar ainda o trabalho de Tarita de Souza na criação da capa de Pássaro Futuro, em total consonância com a proposta musical do álbum. A artista visual criou uma imagem que sugere movimento, usando uma paleta de cores centrada no azul, no amarelo e com alguns traços vermelhos.

As canções

Pássaro Futuro abre com “Ayrá” que, apesar de não ser a primeira música composta por Regina Machado e Consuelo de Paula, foi produzida em vídeo numa primeira experiência de materialização, tornando-se o embrião do disco. Ayrá é também um orixá associado ao vento, aqui celebrado pelos sons do violão de Regina e do cello de Mário Manga, propondo o momento suspenso, antes do começo: (...) Voz que comanda os ventos / Pássaro de brancas penas / Embala meus sentimentos / Em tua dança serena (...). A segunda faixa, “Plumagem”, que apresenta o tema central da obra, na voz de Consuelo, tem letra que conversa com um poema do livro O Trovão e o Vento, de Kaká Verá, sobre a gênese da cultura tupi-guarani. O contato de Regina e Consuelo com o livro foi simultâneo, enquanto a primeira lia o livro, a outra recebia uma mensagem com o poema que a inspirou. Ao ritmo pulsante do violão de Consuelo e ao som do piano de Guilherme Ribeiro e do cello de Mario Manga, a canção diz (...) Ganhei três arcos brancos / Três coroas / Três pássaros futuros / Céu na plumagem das tardes / Ave (...) Sonhei estrelas grandes / Pássaros em minhas mãos / Raios de luz prontos pra voar / Pairando sobre nós (...).

“Canto de Chegança” fecha a primeira parte do roteiro de Pássaro Futuro. É a composição inaugural da parceria que resultou nesta obra, e bem representa o disco, com narrativas singulares, já com o componente rítmico inserido na estrutura do poema, que vai se desdobrando para o inesperado. As autoras dividem o canto, amparadas pela pulsação das percussões e pela levada do violão: (...) E na beira da praia ela fala / Passarinho mandou avisar / Mata inteira acena mudança / É meu canto, é o que tenho pra dar / Eu invento outro sinal, canto de guerra / Tribo reunida quer recomeçar (...).

A quarta música inicia a segunda parte do roteiro sugerido pelas autoras: “Mainu” (beija-flor, em tupi-guarani, cuja cosmologia diz que o mundo começou ao primeiro som do canto do primeiro colibri) - (...) Passa, passa colibri / Passa pertinho de mim / Filho do primeiro som / Pai desse mundo sem fim / (...) Pio do primeiro deus / Sai, vai cantando assim / Yaro toré yarê (...). O Pássaro Futuro, então, pousa no continente. Destaque para o cello de Mario Manga e para a caixa do divino de Consuelo, que também interpreta a canção junto com Regina. Seguindo, “Ave Grande” é uma composição carregada de um clima misterioso, interpretada pelas autoras, e traz o pássaro também como uma entidade: Gavião real, gavião real / Um olho bicho, um olho gente / Flor do sol quando poente / Vejo teu sinal / Teu voo rasante / Até o final (...). No arranjo, a presença do acordeom de Guilherme Ribeiro é destaque e as percussões criando contrastes, com André Rass nas bases e Nicolas Farias no contraponto.

O acordeom e a percussão também brilham na sexta faixa, o xote “Ave Passageira”, uma canção afetuosa na qual o canto das compositoras alerta para as aves extintas ou ameaçadas de extinção. (...) Ave passageira / O mundo pesou em sua asa / Caburé se retirou / Deixou a nossa casa / Ararinha azul sumiu, sumiu / Sumiu daqui bico de marfim (...). A composição “Ave-preta”, segundo Regina que canta a canção, “é o lugar da magia”. Do repertório, é a que mais conduz para esse lugar, tanto em letra como em música. (...) Distante do teu ninho / Ave preta, ave preta / Passarinho elegante / Semente e navio / Paisagem de rio / Oito pontas, oito pontes / Oito saltos / Miragem, mistério / Habitante do tempo / Desse sonho de beira-rio. Ao som do violão da intérprete e do melodioso cello de Manga, as imagens sugeridas, amorosamente, se expandem. Em “Vento-mar”, oitava canção do álbum, Regina canta e toca o violão, cuja textura musical preciosa se completa com os fraseados do piano de Guilherme Ribeiro. A letra evoca uma ave de metal, espaços vazios e ausências - (...) A saudade tem cor de metal / Asa de avião / Asa de animal / Meu olhar procurando o teu / Numa brisa na beira do mar / Faço estrada riscando o papel / Passarinho com tinta e pincel / O teu nome partindo o ar / E eu sozinha na ponta do mar (...) - e fecha esse segundo momento de Pássaro Futuro, cujo corpo foi sonoramente delineado.

A despedida do Pássaro Futuro começa com o solo de Consuelo que canta e toca violão em “Noturna Canção”. O arranjo é primoroso - além do violão, tem piano, cello e texturas percussivas -  para esta nona faixa que tem como cenário a noite na cidade. (...) No escuro da noite, a lua / No breu da cidade, a rua / E eu pensando em ti / Em tua voz nua / Pura luz no negrume das horas / Clareando com tua carne crua / A dura flor das demoras / Pirilampo, cigarra, vagalume / E eu pensando em ti / Relâmpago, guitarra, outro lume / E a noite passando aqui (...). Já em “Passarim-roseira”, Consuelo canta, Regina toca o violão, e o arranjo se completa com o piano de Guilherme, nesta vinheta que traz o instante de despedida do voo. Fechando o roteiro de Pássaro Futuro, a canção “Atiaru” apresenta Tupã como um deus-pássaro: Abra os braços sobre a terra, Tupã / Deite a luz do seu olhar sobre nós / Acenda todos os faróis / Chame Inaê, chame Iansã (...) / Tire a venda dos olhos dos homens. O canto forte das intérpretes é acompanhado apenas pelas percussões de Consuelo, André Rass e Nicolas Farias (nas percussões e efeitos vocais). As artistas se despedem com esta canção contundente sobre a natureza e a humanidade, cantando a uma só voz.

FICHA TÉCNICA | Pássaro Futuro

Composições: Regina Machado (músicas) e Consuelo de Paula (letras). Vozes: Consuelo de Paula e Regina Machado. Direção artística e produção musical: Consuelo de Paula e Regina Machado. Instrumentistas: Regina Machado (violão), Consuelo de Paula (violão e percussão), Mario Manga (violoncelo), Guilherme Ribeiro (piano e acordeom), André Rass (percussão) e Nicolas Farias (percussão). Gravação, mixagem e masterização: Mario Gil - Estúdio Dançapé. Arte da capa, fotos e vídeos: Tarita de Souza. Arte gráfica: Maury Catermol. Textos e acompanhamento do projeto: Fátima Cabral. Produção executiva: Andrea Leoncini. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Selo: Belic Music. Distribuição: Believe. Ano: 2025. Projeto contemplado: 7ª Edição do Edital de Apoio à Música para a Cidade de São Paulo – da Secretaria Municipal de Cultura.

Lançamento/disco: Pássaro Futuro
Artistas: Consuelo de Paula e Regina Machado
Data: 14 de fevereiro de 2025
Em todas as plataformas de música.
Pre-save: 31/01/2025 - https://bfan.link/passaro-futuro
Encarte virtual - Letras, ficha técnica e outras informações de Pássaro Futuro, no link:
https://drive.google.com/file/d/1ER9VoHTv8ozezJn62htL7p95iNo1fWzG/viewSelo: Belic Music. Distribuição: Believe.
Vídeo: “Ave Passageira” https://youtu.be/VT9YqpGUZCA
Vídeo: “Atiaru” https://youtu.be/xKih-M2vPM4 

Siga as artistas: @consuelodepaula | @reginamachado.cantora

PERFIL DAS ARTISTAS

Consuelo de Paula

Crédito: @ f.cabral.fotografia
Com 10 discos gravados, Consuelo de Paula é cantora, compositora, poeta, diretora artística e produtora musical. Possui músicas gravadas por Maria Bethânia (“Sete Trovas” - CD Encanteria, também lançada em single, em 2021) e Alaíde Costa (“Bem-me-quer” - CD Porcelana, com Gonzaga Leal). Apresentou-se no Theatro Municipal de São Paulo e no Gran Rex, em Buenos Aires, foi destaque na capa do Guia Brasilian Music (Japão), que elegeu os 100 melhores discos da música brasileira, e gravou o programa Ensaio, de Fernando Faro (TV Cultura).

Consuelo participa dos discos Divas do Brasil (em Portugal, que reúne Elis Regina, Maria Bethânia, Céline Imbert e outras), Senhor Brasil (ao lado de Rolando Boldrin), Prata da Casa (Sesc SP) e Cachaça Fina (Spirit of Brazil). Assina o roteiro de Velho Chico - Uma Viagem Musical, de Elson Fernandes, no qual interpreta “O Ciúme” (Caetano Veloso), considerada a “gravação definitiva” pelo crítico Mauro Dias (Estadão). Entre os projetos que participou, destaque para: Mostra Sesc Cariri de Culturas; Projeto Pixinguinha (Funarte); Elas em Cena, com Cátia de França e Déa Trancoso; Canta Inezita (show e CD); e livro Retratos da Música Brasileira (Pierre Yves Refalo / 50 anos da TV Cultura e 14 anos do Sr. Brasil). Consuelo também lançou o livro A Poesia dos Descuidos, com cartões de arte de Lúcia Arrais Morales.

Sua discografia teve início com a trilogia Samba, Seresta e Baião (1988), Tambor e Flor (2002) e Dança das Rosas (2004), da qual foi lançada a coletânea Patchworck, no Japão. Em 2011, lançou o DVD Negra, seguido pelos CDs: Casa (2012), O Tempo e O Branco (2015), Maryákoré (2019). O disco Beira de Folha (2020), gravado em parceria com o violeiro João Arruda, teve as letras das canções editadas em livro, junto a outros poemas da artista. Atualmente, trabalha o lançamento de Pássaro Futuro, obra criada em parceria com Regina Machado, que criou as melodias para letras/poemas de Consuelo de Paula.

Regina Machado

Crédito: @ f.cabral.fotografia
Regina Machado é cantora, compositora, violonista e professora de canto popular. Possui seis álbuns lançados: Sobre a Paixão (2000), Pulsar (2004), Agora o Céu Vai Ficando Claro (2010), Multiplicar-se Única - Canções de Tom Zé (2015), Enquanto o Tempo Para (2022) e Canções Guardadas nas Dobras do Tempo (2023), além de participações como convidada em diversos outros trabalhos.

A artista foi vencedora do Prêmio Profissionais da Música 2023 - categoria Professora Universitária de Canto. Em 2024, ganhou, junto com Déa Trancoso, o Prêmio BDMG Cultural - categoria Compositora, pelo álbum Canções Guardadas nas Dobras do Tempo, que reúne composições feitas por elas em parceria.

Regina é professora da graduação em Música Popular na UNICAMP, bem como do Programa de Pós-graduação em Música. Coordena o grupo de pesquisa Vox Mundi - grupo de estudos da voz cantada (CNPQ) e o CEMUPOP - Centro de Memória da Música Popular, que reúne mais de sete mil fonogramas, constituídos junto ao CIDDIC Unicamp, a partir da doação do acervo pessoal da radialista Maria Luiza Kfouri. Com o Vox Mundi, organizou todas as edições do Encontro de Estudos do Canto e da Canção Popular que, em 2024, chegou à quinta edição, cujo conteúdo pode ser acessado pelo YouTube - Grupo Vox Mundi. Fundou a escola Canto do Brasil Produção, Criação e Ensino Musical, especializada no ensino do canto popular a partir das matrizes da voz na canção brasileira.

Em 2022, teve publicado o capítulo Facing Covid-19 During the Bolsonaro Regime and the Aldir Blanc Emergency Bill, escrito em parceria com a etnomusicóloga Suzel Ana Reily, no livro Sounds of Pandemic (Routeldge); e o artigo Em Busca da Sonoridade no Contexto da Música Popular, escrito com Luisa Meirelles e Jonatas Manzolli, na Revista Vortex. Em 2023, foi publicado na Revista Permusi o artigo Por Uma Trama Metodológica para Análises de Condutas Vocais no Canto Popular, escrito em parceria com o Ricardo Lima. 

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 -
verbena@verbena.com.brShare Button