quarta-feira, 6 de julho de 2011

CCBB apresenta Biliri e o Pote Vazio, montagem inédita de Ricardo Karman

foto de Sérgio Marreiro
A peça é uma encantadora história da tradição oral chinesa sobre perseverança, honestidade e amor à natureza. Karman, como sempre faz em seus inusitados espetáculos, explora várias técnicas de linguagem cênica e recursos tecnológicos. Desta vez, estabelece um inesperado jogo cênico entre o bidimensional e o tridimensional, criando ilusões e obtendo resultados curiosos como sombras tridimensionais que saem da tela e contracenam ao vivo com suas parceiras bidimensionais.

O espetáculo infantil Biliri e o Pote Vazio estreia dia 9 de julho (sábado), no Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em duas sessões, às 11h e às 15 horas. A montagem – que leva a assinatura do diretor de teatro multimídia Ricardo Karman - é uma livre adaptação do antigo conto chinês O Pote Vazio.

Esta produção da Kompanhia do Centro da Terra promete surpreender a plateia com um espetáculo que vai muito além de uma boa história interpretada por bons atores. Karman usa recursos multimídia que integram a milenar técnica chinesa de teatro de sombras com a mais contemporânea técnica de animação computadorizada. O resultado é uma incrível e fascinante brincadeira de Karman para confundir o espectador que não saberá identificar quando as personagens são atores de verdade ou recursos do teatro de sombras. Tudo isto ao som das sonatas de Beethoven.

foto de Sérgio Marreiro

O enredo se insere em um tempo longínquo. O Imperador – sem herdeiros - de um reino cinza, devastado pela guerra, lança um desafio a todas as crianças. A cada uma ele dá uma semente de flor e ordena que seja cuidada com total dedicação para que a criança mais esforçada seja a herdeira do trono. Biliri, um garoto que adora flores e cores, cuida da sua semente com muito carinho, mas apesar de todo seu empenho ela não germina. Biliri, então, apresenta-se, ao Imperador apenas com seu vaso vazio e assume seu “fracasso”. E, para surpresa de todos, ele vence o desafio, cuja finalidade era justamente testar o grau de honestidade dos participantes.

Para o diretor Ricardo Karman, o grande desafio desta montagem foi fazer desaparecer a emenda entre os elementos bidimensionais (tela usada no palco pra recursos de vídeo e teatro de sombras) e tridimensionais (atores em cena). Ele ainda explica que os atores, ou suas silhuetas bidimensionais, saem da tela e continuam como sombras tridimensionais no palco. “Esse diálogo entre o ‘bi’ e ‘o tri’ também ilustra dois lados da humanidade: o sombrio das guerras, reforçado em nossa história pela falta de herdeiros, e o lado colorido da esperança, da possibilidade de futuro, representado em O Pote Vazio pelo menino Biliri e pela criança como simbolismo de semente.”

foto de Sérgio Marreiro
Outro recurso usado pelo encenador, para representar estas duas facetas da humanidade, é a utilização da “cor” na imagem cenográfica e teatral: quando a história se passa no “reino sombrio das guerras” as cenas são em preto e branco, já no mundo florido de Bliliri as cores se sobressaem. Para que tudo isto se materialize no palco, Ricardo Karman contou com o talento de seu velho parceiro José de Anchieta que criou uma cenografia com dois planos, o real e o virtual, dialogando com a animação computadorizada de Amir Admoni. Ao final do espetáculo, esta cenografia se estende até a plateia, invadindo-a de forma surpreendente.

Na peça existe também um narrador em off, que no caso da montagem de Ricardo Karman é também virtual; alguém que, hipoteticamente, teria presenciado a história. É ele quem introduz a lenda por meio da “semente das histórias”, plantada por uma criança em um pote, no começo do espetáculo, de onde brota Biliri e o Pote Vazio.
Espetáculo infantil: Biliri e o Pote Vazio
Concepção e direção geral: Ricardo Karman
Texto: Ricardo Karman (livremente inspirado na lenda chinesa O Pote Vazio)
Elenco: Gustavo Vaz (Imperador, Xang Xú, Sr. Pô/voz e Sra. Mei/voz), Mario De La Rosa (Carteiro, Ministro - voz, Arauto e Pai), Paula Arruda (Biliri) e Hellen Regina (Zy/voz).
Cenografia e figurinos: José de Anchieta
Assistência de direção: Bernardo Galegale
Direção de animação e sombras: Amir Admoni
Direção de animação de marionetes: Luciana Eguti e Paulo Muppet
Iluminação: Denilson Marques
Caracterização: Westerley Dornellas
Preparação vocal: Mônica Montenegro
Adereços de cena: Gilberto de Oliveira
Adereços infláveis: Carlos Delfino - Infla
Adereços eletromecânicos: Ricardo Karman
Trilha sonora: Ricardo Karman e Bernardo Galegale
Projeto gráfico: Keren Ora Karman
Coordenação de produção: Silvia Rodrigues
Produção: Kompanhia do Centro da Terra
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Patrocínio: Banco do Brasil e Ministério da Cultura
Co-patrocínio: Sabesp
Apoio: Sec. Estado da Cultura de S.P. (Prog. Incentivo ao Teatro e à Dança Paulista)
Serviço
Estreia: 9 de julho – sábado – 11 horas e 15 horas
Local: Centro Cultural Banco do Brasil - www.bb.com.br/cultura
Rua Álvares Penteado, 112 - Centro - São Paulo – Tel: (11) 3113-3651 / 3113-3652
Temporada: sexta e sábado (11 horas e 15 horas) e domingo (15 horas) – Até 14/8
Ingressos: Grátis (retirar na bilheteria do CCBB 1h antes das sessões).
Classificação etária: 5 anos - Capacidade: 125 lugares  – Duração: 50 min
Possui acesso universal, ar condicionado, loja, Café Cafezal e Bistrô (wireless).

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