Agô, “com licença”: coletivo de cultura negra lança clipe
que mistura rock, sonoridade da capoeira e batida do candomblé.
O
coletivo Aruandê Camarado! nasceu da
ideia de Ordep Lemos (músico e produtor musical) e Dadá Jaques (músico e
capoeirista) em desenvolver um trabalho voltado para a cultura negra. O
projeto se concretizou quando reuniram artistas, capoeiristas, comunicadores e
outras cabeças empenhadas em valorizar e amplificar a cultura afro-brasileira,
bem como a cultura regional do Brasil. São eles: Capinan, Guellwaar Adún, Vicente
Dias, Percussa Obá Okê, Alexandre Lyrio, Nestor Madrid,
Carlos Rezende, Cláudia Simões e Mestre Alex.
O
dia escolhido para o lançamento oficial do site (http://aruandecamarado.com) e do primeiro clipe (https://www.youtube.com/watch?v=omHNZs_Pm9I&feature=youtu.be, também de nome Aruandê Camarado!), foi 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, considerando sua
representatividade que vem de encontro ao perfil do coletivo.
Aruandê Camarado! é para ouvir, assistir,
ler, fruir, participar, se identificar e curtir. Por isso se utiliza do
conceito da transmídia, onde qualquer plataforma de comunicação é bem vinda,
com conteúdos que se interliguem e promovam diálogos criativos; que, juntos, se
transformem e derivem novos experimentos, perspectivas e ideias sobre os
conteúdos em pauta. No caso do Coletivo, a capoeira, o mundo negro, o Brasil
regional, a África e a diáspora africana. Eventos culturais, em diversas
vertentes, destacando uma ou várias manifestações artísticas estão nos projetos
destes artistas.
Tudo
isso está posto na obra inaugural, o clipe Aruandê.
O som apresentado por Ordep Lemos (voz, guitarra), Dadá Jaques (berimbaus,
percussão e vocais), Vicente Dias, (baixo), Percussa Obá Okê (berimbaus,
percussão, vocais) e Cláudia Simões (voz) - mistura rock raiz com a sonoridade
do berimbau e instrumentos percussivos. O resultado é uma composição cheia de
suingue groovado e adrenalina. Na letra, homenagens a importantes nomes da
capoeiragem baiana. Com direção e fotografia de Toni Couto, Aruandê resgata a sonoridade dos
terreiros de candomblé e figuras históricas da cultura negra, sem esquecer a
modernidade musical.
Mas
o Coletivo tem como base algo maior. Antes de tudo, comunicar-se com o mundo.
Aruandê Camarado! compra o jogo da cultura e da informação para mandingar com a
Internet, com a malícia da musicalidade, o tempero da poesia, o ritmo das
tradições, sempre assentados sob os ventos da ancestalidade. Aruandê Camarado!
ginga com vídeos, reportagens, opiniões, debates e tudo o mais que for
possível. Aruandê Camarado é tudo que a boca come, como diria Mestre Pastinha.
É som e história afro-brasileira. Aruandê Camarado! valoriza os grandes mestres
da capoeira, personagens, líderes negros, heróis e heroínas da cultura
afro-brasileira.
Dentro
dessa perspectiva, o clipe Aruandê, que leva o nome do grupo e foi gravado em
Salvador-BA e em São Paulo-SP (no estúdio Comando S Áudio), é o ponto de
partida dessa iniciativa que, mais do que entrar na roda da capoeira, busca
vadiar com todas as expressões culturais afro-brasileiras.
O
propósito é ser um eterno tributo (evidentemente, banhados em respeito) a
ícones como os mestres Bimba, Pastinha e Traíra, Mãe Menininha do Gantois,
Mestre Popó (maculelê), os escritores José Carlos Limeira, Carolina Maria de
Jesus, Jair Moura e Fred Abreu, as guerreiras Dandara, Luíza Mahin e Maria Felipa,
entre outras figuras que, de alguma forma, entraram na roda da história para
bambear o preconceito e dar um potente rabo de arraia no racismo. E afirma: “o
primeiro golpe é o clipe, é Exu abrindo caminhos”.
Os camaradas
(Fotos pela ordem: Cláudia Simões, Carlos Rezende, Dadá Jaques & Percussa Obá Okê, Nestor Madrid, Ordep Lemos, Percussa Obá Okê, Carlos Capinan, Guellwaar Adún, Vicente Dias, Toni Couto Saruaba, Dadá Jaques e Coletivo)
Ordep
Lemos - Músico, compositor, produtor e multi-instrumentista, atuante em
São Paulo. Participou ativamente do cenário musical baiano tocando, compondo e
fundando bandas importantes como Lampirônicos e Utopia.
Dadá
Jaques - Músico, produtor cultural, designer, fotógrafo e professor de
capoeira no Terreiro Casa Branca e no Pelourinho. Editou e produziu vários
livros e CDs. Na cena musical de Salvador, foi guitarrista das bandas
Treblinka e Orelha de Van Gogh.
José
Carlos Capinan - Poeta e letrista baiano. Autor, entre outras, de Soy Loco por Ti America (com Gilberto
Gil), Papel Machê (com João Bosco) e Moça Bonita (com Geraldo Azevedo). Ocupa
a cadeira 36 da Academia de Letras da Bahia. É presidente do Museu AMAFRO, em
Salvador.
Guellwaar
Adún - Poeta, escritor e editor da Editora Ogum’s Toques, residente nos
EUA. Lançou em, 2016, o livro Desinteiro.
Toni Couto Saruaba - Guitarrista da banda
de rock Saci Tric, estudou Comunicação na UFBA. É roteirista na Mandacaru
Filmes, diretor na Brasil Pandeiro e sócio-diretor da PortoNave.
Vicente
Dias - Finalizador de áudio e multi-instrumentista paulistano. Iniciou-se
na música aos 11 anos como baixista e integrou várias bandas da cena
underground de São Paulo, além de estudar produção musical.
Percussa
Obá Okê - Percussionista baiano, residente na Bélgica, professor de
capoeira do Terreiro Casa Branca, compositor e cantor. Participou de
blocos afro, como o Apaxes do Tororó, e de cursos com a folclorista e
etnomusicóloga Emília Biancardi.
Alexandre
Lyrio - Trabalhou na TV Aratu e no jornal Correio da Bahia. É repórter
especial do Correio. Lançou O Terapeuta
do Afeto, biografia do psiquiatra Juliano Moreira. Como jornalista, foi indicado
ao Prêmio Esso, recebeu menção honrosa no Prêmio Wladmir Herzog e ganhou o prêmios
Tim Lopes e AMB. Com a série Silêncio das Inocentes, conquistou o Prêmio Inma
Global Media Awards.
Nestor
Madrid - Produtor musical que participou do nascimento da Axé Music. Tem
cerca de 90 discos no currículo como produtor e diretor de Estúdio.
Foi técnico de gravação e/ou mixaou 162 discos e criou centenas de jingles. Premiações:
Troféu Caymmi, Troféu Imprensa, Discos de Platina e Discos de
Ouro.
Carlos Rezende -
Cartunista e ilustrador. Participou do livro MSP+50 Artistas (São Paulo) dos Estúdios
Mauricio de Sousa; ganhou o Prêmio Mídia Jovem Airton Senna; criou a primeira
revista baiana em quadrinhos, Pau de Sebo; criou o primeiro Salão de Humor
da Bahia (1989) e a logomarca do Coletivo Aruandê Camarado!
Cláudia
Simões - Nascida e criada no candomblé Jeje da Bahia, a cantora baiana
também é compositora e produtora cultural. Atualmente reside em São Paulo.
Alex Santos Muniz - Mestre Alex é capoeirista baiano, formado pela Academia de João Pequeno de Pastinha, e professor de teatro, graduado em artes cênicas pela UFBA.
Carla Pita – Educadora e professora de literatura afro-brasileira. Atualmente desenvolve trabalho junto ao Olodum e em diversos museus da cidade de Salvador.
Alex Santos Muniz - Mestre Alex é capoeirista baiano, formado pela Academia de João Pequeno de Pastinha, e professor de teatro, graduado em artes cênicas pela UFBA.
Carla Pita – Educadora e professora de literatura afro-brasileira. Atualmente desenvolve trabalho junto ao Olodum e em diversos museus da cidade de Salvador.
Informações à imprensa – VERBENA
ASSESSORIA
Eliane
Verbena / João Pedro
Tel:
(11) 2738-3209 / 99373-0181 – eliane@verbena.com.br
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