Zé Guilherme (foto de Alessandra Fratus) |
Artista que sempre se destacou como
intérprete, Zé Guilherme, comemora
20 anos de carreira com o lançando de Alumia, seu quarto disco composto
por músicas autorais em sua maioria. O show acontece no dia 29 de março, sexta, no Teatro do Sesc Belenzinho, às 21 horas.
Após lançar, em 2015, um disco em homenagem
ao “cantor das multidões”, o artista cearense, radicado em São Paulo, registrou
nesse trabalho canções autorais e parcerias. No show, além de faixas de Alumia, Zé Guilherme mostra composições
dos três discos anteriores: Recipiente,
Tempo ao Tempo e Abre a Janela - Zé Guilherme
Canta Orlando Silva.
Nesse novo álbum, Zé Guilherme assina letra e
melodia das composições “Alumia”, “Teus Passos” e “Canção de Você”. As letras
são frutos de seus poemas. “As melodias nasceram intuitivamente, pois não sou
instrumentista”, afirma. Ele ainda divide a autoria de “Espelho” com Luis
Felipe Gama, de “Ave Solitária” e “Teu Cheiro” com Cris Aflalo, de “Laço” com
Marcelo Quintanilha e de “Oferendas” com Cezinha Oliveira, que é o produtor musical
e arranjador do álbum. Completando o repertório, Luis Felipe, Quintanilha e
Cezinha aparecem novamente como autores de “Franqueza”, “A Voz do Rio” e “Cesta
Básica”, respectivamente, ao lado do baiano Péri, compositor de “Clarão” e
“Paixão Elétrica”.
“Nunca tive pretensões de ser um compositor,
pois meu ofício maior é o de cantor. A poesia é um exercício que me acompanha
desde a adolescência, mas só agora, depois de 20 anos de dedicação à música,
sinto-me mais à vontade para mostrar também o meu lado autoral”, comenta.
Alumia registra o amadurecimento artístico
de Zé Guilherme, não só pelo fato dele se mostrar também como compositor, mas também
pela própria trajetória musical. O primeiro CD, Recipiente (Lua Discos, 2000), com arranjos de Swami Jr.,
apresentava sua origem nordestina e sua música universal brasileira em um
trabalho com a força da raiz e do pop brasileiro. Seis anos depois, o disco Tempo ao Tempo chega com uma linguagem
pop mais contemporânea nos arranjos de Serginho R. O terceiro disco viaja no
tempo e o artista faz um pouso na época mais romântica da música brasileira com
Abre a Janela - Zé Guilherme Canta
Orlando Silva (2015), trabalho que também tem produção musical e arranjos
de Cezinha Oliveira.
O novo CD faz um sobrevoo por esses caminhos e
apresenta a música de Zé Guilherme, agora mais romântica, que envereda por uma
sonoridade acústica mais jazzística. “Os arranjos trazem como unidade estética
a sonoridade característica do piano, executado de forma primorosa por Jonas
Dantas (também no acordeon), e do baixo acústico tocado por Johnny Frateschi”,
justifica o produtor musical. É possível perceber que todas as canções se
harmonizam como células dentro da estrutura musical do disco. Os demais
instrumentos que aparecem são: bateria e percussão (por Adriano Busko), violão e
guitarra (por Cezinha Oliveira) e sopros (por Walter Pinheiro). “Esse trabalho
pode ser considerado uma declaração de amor, amor a outras pessoas e à minha
própria vida”, confessa o intérprete.
O show de Zé Guilherme no Sesc Belenzinho tem
participação dos mesmos músicos que gravaram nas faixas do CD Alumia. A direção artísitica é de
Maurício Inafre e a iluminação tem assinatura de Silvestre Garcia.
As canções de Alumia
A faixa “Oferendas”
(Cezinha Oliveira e Zé Guilherme) traz arranjo elaborado para essa letra que
fala do encontro carnal, da viagem pelo corpo da pessoa amada. “Espelho” (Luis Felipe Gama e Zé
Guilherme) é uma composição que se assemelha à “lide” alemã. Composta para voz
e piano, o lirismo nasce da tensão entre a execução do instrumento e a voz do
intérprete. Fala do encantamento sentido na manhã seguinte à noite de amor.
“Ave
Solitária”
(Cris Aflalo e Zé Guilherme) tem o sotaque nordestino do baião. Essa canção
brejeira canta a alma solitária que, como uma ave, busca um lugar para pousar.
A romântica “Canção de Você” (Zé
Guilherme) é um poema sobre a saudade e as ilusões do amor. “Teu Cheiro” (Cris Aflalo e Zé
Guilherme) é também uma canção de amor, em ritmo de bossa nova, que fala sobre
a espera pela pessoa amada.
A música “Alumia”
(Zé Guilherme), que dá nome ao CD, remete à origem nordestina do autor.
Concebida originalmente como coco com toques de carimbó, ela ganhou arranjo com
destaque para o piano de Jonas Dantas. A faixa “Teus Passos” também fala de amor, de sedução, de conquista. O
samba-choro “Franqueza” (Luis Felipe
Gama e João P. de Souza) traz na letra um soneto escrito, em 1918, por João
Pinto (avô das cantoras Ana Luiza e Juliana Amaral) e registrado em um livreto
artesanal. “A Voz do Rio” (Marcelo
Quintanilha) é uma homenagem a Oxum (orixá das águas doces, das cachoeiras;
protetor da voz, do amor). “Escolhi esta música porque também sou filho de
Oxum”, comenta o artista.
Com uma pegada mais pop, vem “Laço” (Marcelo Quintanilha e Zé
Guilherme), outra canção romântica, cuja letra discorre sobre as possibilidades
e impossibilidades do amor. “Clarão”
(Péri) é uma homenagem a Oxalufan pela suprema criação (no candomblé ele é Deus,
um Oxalá velho e sábio). “Com esta música agradeço por estar vivo, pela
proteção nos momentos difíceis e por estar completando 20 anos de carreira
artística”, confessa o cantor. “Paixão
Elétrica” (Péri), como o próprio nome sugere, canta a paixão e as
armadilhas do amor. Estava na seleção de músicas do segundo CD de Zé Guilherme,
mas só agora a ideia de gravá-la se concretizou. E “Cesta Básica” (Cezinha Oliveira) é a faixa mais pop de Alumia. A letra fala de sentimentos,
sensações da vida, da busca pela felicidade. “Esta composição faz uma síntese
do que repertório do disco aborta. Tinha que estar nesse roteiro, para
amarrá-lo”, finaliza Zé Guilherme.
Lançamento/CD: Alumia
Artista: Zé Guilherme
Twitter:
@zeguilhermeofic | Instagram: @zeguilhermeoficial | Youtube: Zé Guilherme
Oficial
Serviço
/ show
Show: Zé
Guilherme
Dia: 29
de março. Sexta-feira, às 21h
Local: Teatro (392 lugares).
Não recomendado para menores de 12. Duração:
1h30.
Ingressos: R$ 20,00
(inteira); 10,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com
deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante) e R$ 6,00
(credencial plena do Sesc - trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo
credenciado no Sesc e dependentes). Venda no Portal e unidades do Sesc.
Sesc Belenzinho
Rua Padre Adelino, 1000. Belenzinho.
São Paulo/SP.
Zé
Guilherme
Cearense
nascido em Juazeiro do Norte, Zé Guilherme cresceu ouvindo grandes nomes do
cenário musical brasileiro como Orlando Silva, Dalva de Oliveira, Ângela Maria,
Cauby Peixoto, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, entre outros, além de
cantadores, repentistas, violeiros, banda cabaçal, maracatu, frevo e boi-bumbá,
influências fundamentais para a realização do sonho de ser cantor. Em São Paulo,
desde 1982, cantou no circuito de casas noturnas, participando de shows ao lado
de amigos e parceiros musicais como Maurício Pereira, Cris Aflalo, Madan,
Cezinha Oliveira, Marcelo Quintanilha, Péri e outros.
Em 1998, estreou o
show Clandestino,
no Espaço Anexo Domus, com direção
musical de Swami Jr. e direção geral do ator Luiz Furlanetto. Mais tarde,
apresentou o show Zé Guilherme e
Convidados no Teatro Crowne
Plaza com a participação especial de Carlos Careqa, Maurício Pereira,
Vânia Abreu, Zé Terra e René de França. Cantou nos projetos Arte nas Ruas,
Clima do Som no Parque da Aclimação e MPB nas Bibliotecas, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo; Quinta Mariana,
do SESC Vila Mariana; e Quatro
Vozes, do Centro Experimental de Música do Sesc Consolação.
Em 2000, Zé Guilherme lançou seu primeiro CD,
Recipiente (Lua Discos)
com produção musical e arranjos de Swami Jr., que foi apresentado no Teatro Crowne Plaza, Sesc’s Ipiranga, Vila Mariana e Pompeia (Prata da Casa), Supremo
Musical, Centro Cultural São Paulo
e outros. Em 2002, a interpretação de Zé Guilherme para Mosquito Elétrico,
de Carlos Careqa, foi incluída na coletânea Brazil Lounge: New Electro-ambient Rhythms from Brazil,
lançada pela gravadora portuguesa Música
Alternativa. Em 2003 participou do CD homônimo do mineiro Cezinha Oliveira (faixa “Seca”).
Em 2004, estreou o show Canto Geral com canções de seu CD
de estreia e músicas inéditas de Marcelo Quintanilha, Carlos Careqa, Péri,
Alexandre Leão e outros. Em 2005, apresentou-se no projeto Música no Museu,
do Museu da Casa Brasileira, em São Paulo. Lançou, em 2006, o segundo CD, Tempo ao Tempo, com produção e arranjos
de Serginho R., direção
artística do próprio Zé Guilherme,
que assina também a coprodução em parceria com Marcelo Quintanilha. Em 2007,
cantou no CD ao vivo Com os Dentes -
Poesias Musicadas, de Reynaldo Bessa. Em 2015, lançou o disco Abre a Janela – Zé Guilherme
Canta Orlando Silva, uma releitura da obra do cantor Orlando Silva
em comemoração ao centenário de nascimento do Cantor das Multidões, que faria
100 anos em 2015. Atualmente, o artista trabalha no lançamento de Alumia, que mostra também seu lado
autoral, na maioria das canções.
Assessoria de imprensa:
VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena / João
Pedro
Tel: (11) 2738-3209 /
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