Consuelo de Paula | foto de f.cabral
Consuelo de Paula
vive um momento musical de comemoração. Maria Bethânia acaba de lançar o single
“Sete Trovas”, canção de Consuelo em parceria com Rubens Nogueira e Etel Frota.
E o show Maryákoré Duo, sobre seu sétimo álbum, estreia temporada online no dia 21 de março em seu
canal no Youtube, e segue com
exibição nos dias 27 de março, 3, 10, 14
e 18 de abril - domingos, às 19h, sábados e quarta-feira, às 21h.
MaryákoréI, lançado em 2019, é uma obra provocadora naquilo que tem de mais feminino, mais negra, mais indígena e mais reveladora de nós mesmos. O título pode ser entendido como uma nova assinatura de Consuelo de Paula: maryá (Maria é o primeiro nome de Consuelo), koré (flecha na língua paresi-haliti, família Aruak), oré (nós em tupi-guarani), yakoré (nome próprio africano).
O show foi gravado no estúdio Mirante, em São José dos Campos, SP, tendo as montanhas da Serra da Mantiqueira como cenário. Consuelo de Paula (voz, violão e caixa do divino), acompanhada por Ana Rodrigues (piano e bombo leguero), interpreta o repertório completo de Maryákoré: “Ventoyá” (poesia de Déa Trancoso, que Consuelo musicou), “Andamento”, “Chamamento”, “Maryákoré”, “Separação”, “Caminho de Volta”, “Arvoredo”, “Os Movimentos do Amor”, “Remando Contra a Maré” (melodia de Rafael Altério com letra de Consuelo) e “Saudação”.
O roteiro do show traz também canções essenciais de seus trabalhos anteriores, como “Riacho de Areia (do CD Samba, Seresta e Baião - tema popular dos canoeiros do Vale do Jequitinhonha adaptado por ela), “Retina” (em versão instrumental de Ana Rodrigues) e “Dança para Um Poema” (ambas são parcerias com Rubens Nogueira, gravadas no disco Danças Rosas), além de “Canto do Povo Kiriri” e “Canción con Todos” (música de César Isella e Armando Tejada Gómez).
O CD Maryákoré
Consuelo de Paula, além de assinar todas as composições, é responsável também pela direção, pelos arranjos e violões e por algumas percussões. É nítida no disco a harmonia entre Consuelo e sua música, sua poesia, sua expressão e a estética apresentada. Ao interpretar letras carregadas de imagens e sensações, ao dedilhar os ritmos que passam por Minas Gerais e pelos sons dos diversos “brasis”, notamos a artista imersa em sua história: vida e a arte integrada às canções. O violão, seu instrumento de composição, nesse trabalho revela-se também, de maneira ousada e criativa, como parte de seu corpo; e como koré provoca as composições ao mesmo tempo em que comanda e orienta os ritmos que dão originalidade à obra. Consuelo gravou o violão e a voz juntos, ao vivo no estúdio, transpondo para o disco a naturalidade e a energia original das canções. Um desafio que pode ser conferido nas faixas: ora o violão silencia as cordas para servir de tambor, ora se ausenta para deixar fluir a voz à capela; em outros momentos as cordas produzem somente um pizzicato para acompanhar o movimento da melodia; e, às vezes, soa como percussão e instrumento harmônico.
Abrindo o segundo movimento, “Caminho de Volta” traz Consuelo à capela, anunciando um recomeço em um canto limpo e forte; é um moçambique, ritmo afro-mineiro de forte presença nas origens de sua música. O álbum segue com “Arvoredo” que traz o clima das paisagens mineiras; mais uma composição com sua forma particular de cantar e tocar ritmos. “Os Movimentos do Amor” é um samba tocado com caixa de congo e berimbau, trazendo uma harmonia rica que passa pela sonoridade mineira mais urbana. A nona faixa, “Remando Contra a Maré”, conversa com “Andamento” por meio do canto dos congadeiros: “eu vou, eu vou remando contra a maré”. “Saudação” encerra o segundo movimento do CD com a despedida e a abertura para um recomeço: “E com o olhar cruzado no teu / abrirei caminho / noite afora, noite adentro / até que o sol retorne da casa de Lia / com o cheiro da terra que nossos olhos não alcançam / com aromas de um novo dia”. Maryákoré termina com o contagiante violão percussivo de Consuelo de Paula, como uma energia que nos visita, como um ciclo que se fecha e se abre no tempo.
Consuelo de Paula
Consuelo é cantora, compositora, poeta, diretora artística e produtora musical. Com oito discos gravados, Samba, Seresta e Baião (1988), Tambor e Flor (2002) e Dança das Rosas (2004) são os primeiros, compondo uma trilogia, da qual foi lançada a coletânea Patchworck no Japão. Em 2011, lançou o livro A Poesia dos Descuidos com cartões de arte de Lúcia Arrais Morales, e o primeiro DVD, Negra. Os próximos CDs são: Casa (2012), O Tempo E O Branco (2015), Maryákoré (2019) e Beira de Folha (2020; este em parceria com o violeiro João Arruda). Consuelo participou dos discos: Senhor Brasil (ao lado de Rolando Boldrin), Prata da Casa (Sesc SP), Divas do Brasil (em Portugal que reúne Elis Regina, Maria Bethânia, Céline Imbert e outras) e Cachaça Fina (Spirit of Brazil). Assina o roteiro de Velho Chico - Uma Viagem Musical, de Elson Fernandes, no qual interpreta “O Ciúme” (Caetano Veloso), considerada a “gravação definitiva” pelo crítico Mauro Dias, no jornal O Estado de S.Paulo. Apresentou-se no Gran Rex, Buenos Aires, e foi destaque na capa do Guia Brasilian Music (Japão) que elegeu os 100 melhores discos da música brasileira. Tem música gravada por Maria Bethânia (“Sete Trovas, CD Encanteria) e Alaíde Costa (“Bem-me-quer”, CD Porcelana com Gonzaga Leal). Entre os projetos que participou, destaque para: Projeto Pixinguinha (Funarte), Elas em Cena, com Cátia de França e Déa Trancoso; Canta Inezita (show e CD), livro Retratos da Música Brasileira (Pierre Yves Refalo sobre os 50 anos da TV Cultura e 14 anos do programa Sr. Brasil).
Facebook: @paginaconsuelodepaula
| Instagram: @consuelodepaula
Site: www.consuelodepaula.com.br
Ficha técnica | Serviço
Concepção, direção musical, voz, violão, caixa do divino e arranjos: Consuelo de Paula. Piano e bombo leguero: Ana Rodrigues. Direção geral: Adriana Belic. Assistência de direção. Mili Slikta. Associado internacional: Leandro Cortellini. Captação, gravação e edição de som e imagem: Espiral 21. Captação e registro de áudio e mixagem: Luiz Silva. Câmeras fixas e móvel e edição de vídeo: Rodrigo Silva. Coordenação de projetos: Karina Francis. Fotografias: f.cabral. Projeto gráfico: Workhouse Design. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Co-Produção: Belic Arte.Cultura. Produção: Maria Consuelo de Paula MEI. Agradecimentos: Carlinhos Ferreira, Kátya Teixeira e Cristina Silva. Edital: ProAC Expresso LAB 39/2020 - Produção e Temporada de Espetáculo de Música com Apresentação Online. Realização: Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Show: Consuelo de
Paula
Em Maryákoré Duo
Datas: 21 e 27 de março e 3, 10, 14 e 18 de abril
Horários:
Domingos (às 19h), sábados e quarta (às 21h).
Transmissão:
YouTube / Consuelo de Paula
https://cutt.ly/consuelodepaula
Grátis. Livre. Duração: 60
minutos.
INFORMAÇÕES
À IMPRENSA
Verbena
Assessoria / Eliane Verbena
(11)
99373-0181 / 2548-8409
verbena@verbena.com.br | eliane@verbena.com.br
Essa é, sem dúvida, uma de nossas artistas que mais mais representam a nossa brasilidade, a nossa suavidade poética. Consuelo de Paula tem uma obra que mostra o quanto essa país é rico em culturalidades. Deixar escapar Consuelo dos ouvidos é algo que não tem perdão.
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