Teaser: https://www.youtube.com/watch?v=kD7MeqKqXeY
Foto de Pri Fiotti |
Conduzido essencialmente pela música, Um Dia, Um Rio narra a vida de um rio, desde o seu nascimento como um riacho até a exuberância de suas águas que desenham lindas paisagens. Ao longo do percurso, o rio encontra um grande desafio para preservar suas águas, as formas de vida que abriga e as que surgem ao redor. O enredo traz um lamento, um grito de socorro tardio de um rio indefeso que não tem como reagir ao ser invadido pela lama da mineração.
A montagem
Um Dia, Um Rio é resultado de um processo continuado de pesquisa do Grupo 59 de Teatro (O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá e Histórias de Alexandre) sobre a transposição da literatura para o palco, na fricção entre literatura e teatro, e a musicalidade na cena, em interlocução com o público infantojuvenil. O novo projeto traz uma adaptação teatral a partir da obra de Leo Cunha e André Neves (ilustrações) voltada para a infância, um trabalho imagético para crianças de 4 a 12 anos.
O livro conta um lamento sensível e profundo de um rio indefeso que é completamente destruído ao ser invadido pela lama da mineração. Esse rio - que personifica e simboliza o grito de socorro do meio ambiente, vitimado por inúmeras ações predatórias e pela nossa falta de cuidados ambientais - sonha em ser rio outra vez, um dia.
A montagem cria um poema cênico contundente, conduzido pela música. A variedade de ritmos da cultura musical brasileira e o canto coral, acompanhado de instrumentos de percussão tocados ao vivo pelo próprio elenco, marcam a experiência sonora do espetáculo, retomando a marca do Grupo 59 de “contar cantando” e “cantar contando”. As canções foram criadas pelo elenco junto aos diretores musicais Felipe Gomes Moreira e Thomas Huszar, a partir de trechos do livro, além de algumas citações ao cancioneiro das festas populares brasileiras. “O canto traz o fluxo para a condução da história, traz a narrativa com consciência pelo entendimento das palavras”, comenta Felipe. Ele explica que “a trilha sonora é inspirada em temas de congada, toadas de boi, cantos de canoeiros e de trabalho na beira do rio, religiosidade e por lamentos, como uma forma de louvação pela vida que o rio carrega”.
Segundo o diretor Fabiano Lodi, “a dramaturgia musical e corporal encontra no espírito brincante dos ritmos brasileiros a leveza para tratar a contundência do tema e pensar caminhos para um mundo diferente. Os atores brincam em cena como o rio brinca com suas águas, com a terra, com as montanhas”. A oralidade proposta pelo Grupo 59 coloca os cinco atores em cena todo o tempo. Todos interpretam a personagem Rio, que tem voz própria, que brinca de interpretar outros papeis do contexto ao seu redor (canoeiro, margem e outros).
O espaço cênico é inspirado no movimento de folhear o livro e se surpreender, a cada página, com uma ilustração diferente que ajuda a contar uma parte da história. O cenário, com formas angulares em madeira, se reconfigura como uma brincadeira que remete ao impacto das ilustrações do livro. Em contraponto, os atores usam figurinos leves e sinuosos, combinando espaços, sensações e estados de espírito no jogo cênico.
Em O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá (2009), o Grupo 59 de Teatro mergulhou no universo da fábula de Jorge Amado, em Histórias de Alexandre (2017) na prosa de Graciliano Ramos e agora, com Um Dia, Um Rio, aventura-se nos caminhos da poesia contemporânea para a infância e juventude, da palavra-poema em potência de encantamento que toca os sentidos.
A investigação da linguagem poética na cena, à luz de uma temática tão urgente e delicada como a preservação ambiental, convida as crianças a construírem um vínculo afetivo com a história narrada pelo personagem Rio e a percorrerem as águas da imaginação em reflexões muito importantes: Quantos outros rios também sofrem assim? Será que somente os peixes são afetados pelas águas poluídas? E como fica a população ribeirinha e a vida nas cidades? Como podemos proteger os nossos rios e o meio ambiente?
FICHA TÉCNICA
Uma criação do Grupo 59 de Teatro inspirada na obra de Leo Cunha e
André Neves.
Direção: Fabiano
Lodi.
Dramaturgia: Bruno
Gavranic e Grupo 59 de Teatro.
Elenco: Carol
Faria, Fernando Vicente, Gabriel Bodstein, Nathália Ernesto e Jane Fernandes.
Elenco
alternante: Gabriela Cerqueira e Thomas Huszar.
Direção musical: Felipe
Gomes Moreira e Thomas Huszar.
Cenário e
figurinos: Kleber Montanheiro.
Assistência
em cenário e figurinos: Marcos Valadão.
Desenho
de luz: Gabriele Souza.
Operação
de luz: Sylvie Laila.
Técnico
de som: Nicholas Rabinovitch.
Pensamento
corporal: Fernando Vicente.
Ilustrações: André
Neves.
Fotos: Pri
Fiotti.
Assessoria
de imprensa: Verbena Comunicação.
Produção
executiva: Gabriela Cerqueira.
Coordenação
de produção: Gabriel Bodstein.
Idealização
de projeto: Carol Faria e Fabiano Lodi.
Produtora
associada: Leneus Produtora de Arte.
Idealização
e produção: 59 Produções Artísticas e Culturais.
Realização: Sesc
São Paulo.
SINOPSE - Espetáculo cênico musical que narra a vida de um rio, desde seu nascimento como um riacho à exuberância de suas águas que desenham lindas paisagens. Ao longo de seu percurso, encontra um grande desafio para preservar suas águas, as formas de vida que abriga e as que surgem ao redor. A peça é inspirada no livro de mesmo nome, de Leo Cunha e André Neves, e apresenta um lamento, um grito de socorro tardio de um rio indefeso que não tem como reagir à lama da mineração que destrói suas águas. Com lirismo e contundência aborda o desastre ambiental que destruiu a Bacia do Rio Doce, em 2015.
Sobre o Grupo 59 de Teatro
O Grupo 59 de Teatro é o encontro de 12 atrizes e atores formados pela Escola de Arte Dramática (EAD/ECA/USP). Desde a fundação, em março de 2011, realizou mais de 400 apresentações, com um público estimado em mais de 70 mil espectadores. Recebeu o Prêmio APCA, Prêmio São Paulo de Teatro para Infância e Juventude e Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro. No repertório: O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá e Histórias de Alexandre, ambas dirigidas por Cristiane Paoli Quito; A Última História, dirigida por Tiche Vianna; Mockinpó - Estudo sobre um homem comum, dirigida por Claudia Schapira; e Terra à Vista, dirigida por Fabiano Lodi.
Sobre Fabiano Lodi – Diretor
Fabiano Lodi é diretor teatral. Mestre em Teatro pela UNESP e graduado em Artes Cênicas pela UDESC. Participou de diversas atividades de formação internacional, com destaque para o programa de aprimoramento técnico do Método Suzuki, no Japão, e de Viewpoints e Composição, em Nova York. Vem realizando diferentes projetos artísticos e formativos pela Leneus Produtora de Arte, que fundou em 2010, em São Paulo. Seus trabalhos recentes incluem: Rádio Cassandra (2022); C4V4L0 D3 TR014 (2021); Mercado Branco (2019) e Os Guardas do Taj (2018). Atualmente, é artista docente no curso técnico de Direção da SP Escola de Teatro, professor no curso de Pós-Graduação em Educação do IBFE-SP (Instituto Brasileiro de Formação de Educadores) e coordenador artístico dos projetos Jovem em Cena e Treinos Públicos.
SERVIÇO
Espetáculo: Um Dia, Um Rio
com
Grupo 59 de Teatro
Dias 03, 10 e 17 de
dezembro de 2023.
Domingos, às 15h e às 17h
Duração: 60 min. Classificação: Livre (indicado para crianças a partir de 4 anos).
Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia-entrada) e R$ 10 (Credencial Plena do Sesc) - crianças até 12 anos não pagam.
Sesc
Pinheiros
R. Pais Leme, 195 – Pinheiros, São Paulo – SP, 05424-150
Tel.:
3095-9400 | sescsp.org.br/Pinheiros | Nas redes: @sescipinheiros.
Assessoria
de Imprensa Sesc Pinheiros:
Fernanda Porta Nova | José Maurício Lima
imprensa.pinheiros@sescsp.org.br
Informações à imprensa
| Espetáculo
VERBENA Assessoria | Eliane
Verbena
Tel: (11) 99373-0181- verbena@verbena.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário