quarta-feira, 11 de setembro de 2024

SESI São José dos Campos promove Oficina de Xilogravura com Pablo Borges, filho de J. Borges

Pablo Borges e J. Borges (divulgação)

Estão abertas as inscrições para a Oficina de Xilogravura, que acontece no Centro Cultural SESI São José dos Campos, nos dias 27 e 28 de setembro, sexta e sábado, das 14h às 17h. Os interessados devem fazer reserva, gratuitamente, pelo Meu Sesi, no portal sesisp.org.br. Esta atividade integra a programação da exposição J. Borges - O Mestre da Xilogravura, em cartaz no local até o dia 30 de setembro de 2024, com visitação gratuita.

A oficina será ministrada pelo artista Pablo Borges, filho de J. Borges, falecido recentemente aos 88 anos, do qual Pablo também foi aprendiz. Baseada na literatura de cordel, a arte da xilogravura retrata a cultura, as tradições e o cotidiano nordestino. A oficina tem como foco principal a teoria inicial de como se fazer uma xilogravura, partindo do desenho e, depois, com a utilização de ferramentas como goiva, formão, faca, lixa, tinta, rolo de impressão etc. Para concluir, é feita a impressão em papel A3. Ao final da oficina, os participantes terão sua própria matriz e sua xilogravura impressa.

Pablo Borges - herdeiro do mestre J. Borges - honra o legado de desenho e dá continuidade à arte da xilogravura de seu pai e mentor. Já ministrou diversas oficinas de xilogravuras no Brasil e em países como China, França e Argentina.

A exposição J. Borges - O Mestre da Xilogravura

O imaginário popular do Nordeste está presente em símbolos e figuras talhadas por J. Borges (1935-2024). A exposição traz uma coletânea de 44 xilogravuras, sendo oito delas, até então, inéditas (com suas respectivas matrizes), junto a outras 28 obras importantes da carreira do artista. Os temas retratados simbolizam a trajetória de vida do artista, considerado pelo dramaturgo Ariano Suassuna como o “melhor gravador popular do Brasil”.

A mostra traz obras de diversas fases de sua história, identificadas pelos temas:  Viagem a Trabalho e Negócios, Serviços do Campo, Plantio de Algodão, Forró Nordestino, Plantio de Cana, Feira de Caruaru, Carnaval em Pernambuco e Festa dos Apaixonados. A poesia popular também tem lugar na exposição: um espaço dedicado à literatura de cordel. Cordelista por mais de 50 anos, seus versos tratam do cotidiano do agreste, de acontecimentos políticos e de fatos lendários, folclóricos e pitorescos da vida. A exposição traz ainda duas obras assinadas por Pablo Borges e Bacaro Borges, filhos e aprendizes do artista, além da exibição de uma cinebiografia sobre vida e obra de Borges, assinada pelo jornalista Eduardo Homem.

J. Borges foi Patrimônio Vivo de Pernambuco, título que lhe foi concedido pelo Estado. Borges expôs na França, Alemanha, Suíça, Itália, EUA, Venezuela e Cuba, deu aulas na França e nos EUA, ilustrou livros em vários países e foi destaque no The New York Times. Borges desenhava direto na madeira, equilibrando cheios e vazios com maestria, sem a produção de esboços, estudos ou rascunhos. O título era o mote para criar o desenho, onde as narrativas próprias do cordel tinham espaço na expressiva imagem da gravura. No processo, o fundo da matriz, talhado ao redor da figura, recebe aplicação de tinta, tendo como resultado um fundo branco e a imagem impressa em cores. As xilogravuras não apresentam uma preocupação rigorosa com perspectiva ou proporção.

Serviço

Oficina de Xilogravura
Ministrante: Pablo Borges
Quando: 27 e 28 de setembro - Sexta e sábado, às 14h.
Inscrições gratuitas: https://www.sesisp.org.br/evento/d12154a3-5017-4142-8e92-c4366741ef1d/oficina-de-xilogravura--exposicao-j-borges--o-mestre-da-xilogravura
Duração: 180 min. Indicação: maiores de 14 anos. 

Exposição: J. Borges - O Mestre da Xilogravura
Temporada: 26 de abril a 30 de setembro de 2024
Horário: Quarta a domingo, das 10h às 20h
Entrada gratuita. Classificação: Livre.
Acessibilidade: obras com audiodescrição.
Agendamento de grupos e escolas: culturasesisjc@sesisp.org.br 

Centro Cultural SESI São José dos Campos
Espaço Galeria

Av. Cidade Jardim, 4389 - Bosque dos Eucaliptos. São José dos Campos/SP.
saojosedoscampos.sesisp.org.br
Instagram: @sesi_sjc | Facebook - @ sesisjcampos 

Fotos da exposição e do artista (acesse o link) - J. Borges – O Mestre da Xilogravura AQUI ! 

Informações à imprensa: VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
verbena@verbena.com.br | (11) 99373-0181

Comunicação SESI São José dos Campos
Victor Hugo
victor.rupolo@sesisp.org.br
Tel.: (12) 3919-2000 | WhatsApp (12) 98148-2093


segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Exposição Terra Terreno Território no SESI Ribeirão Preto recebe alunos com deficiência visual

No dia 13 de setembro, sexta-feira, a partir de 13h30, um grupo de alunos cegos, da Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto e Região (ADEVIRP), fazem visita guiada na exposição Terra Terreno Território, da fotógrafa e artista visual Dani Sandrini, em cartaz no Centro Cultural SESI Ribeirão Preto. Trata-se de adolescentes, a partir de 17 anos, que cursam o terceiro ano do Ensino Médio, além de jovens adultos em processo de alfabetização em braile.

Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto e Região, sediada em Ribeirão Preto, SP, atende 250 pessoas com deficiência visual, oriundas de mais de 40 cidades da região, chegando até o Sul de Minas Gerais. “Para a ADEVIRP, é uma alegria participar de eventos culturais na cidade de Ribeirão Preto. Nós, deficientes visuais, estamos sempre em movimento para sermos lembrados e podermos ocupar espaços acessíveis, e é isso que encontramos junto com o SESI. A cultura é fundamental para a formação do cidadão por completo, e eu, como fundadora desta casa, alegro-me em saber que portas estão sendo abertas para que pessoas como eu possam conviver na sociedade de forma plena e digna”, comenta Marlene Taveira Cintra, fundadora e presidente da instituição.

Terra Terreno Território - que fica em cartaz até o dia 29 de setembro de 2024 no SESI Ribeirão Preto, com visitação gratuita - conta com piso tátil, audioguia, nove obras táteis e dez com audiodescrição. A mostra é composta por cerca de 50 obras de temática indígena em dois agrupamentos fotográficos nos quais a artista utiliza duas técnicas artesanais de impressão fotográfica do século XIX, propondo uma reflexão sobre como é ser indígena em grandes cidades, no século XXI.

No primeiro agrupamento a impressão é feita em papéis sensibilizados com pigmento extraído do fruto jenipapo (que muitos indígenas usam nas pinturas corporais), em um processo chamado antotipia (técnica que utiliza pigmentos vegetais como material fotossensível na impressão). São 10 obras emolduradas no tamanho 50x75cm. Já no segundo, as imagens são impressas diretamente em folhas de plantas - taioba, singonio, helicônia, cará-moela, batata-doce, cúrcuma e guiné - pelo processo de fitotipia (nesta técnica, a própria clorofila é o agente para produzir a imagem). As próprias folhas abrigam as 40 fotografias em molduras que variam de 35x45cm a 100x100cm.

Ambos processos se dão através da ação da luz solar, em tempos que variam de três dias a seis semanas de exposição. Todas as imagens de Terra Terreno Território foram captadas, durante o ano de 2019, em aldeias indígenas da cidade de São Paulo, onde predomina a etnia Guarani, e também no contexto da metrópole, onde vivem indígenas de aproximadamente 53 etnias.

Com Terra Terreno Território a fotógrafa alerta para a necessidade de compreender a cultura indígena para além dos clichês que achatam a diversidade do termo. “A intenção é exatamente oposta: é desachatar, lembrar que muitos indígenas vivem do nosso lado e nem nos damos conta. Já se perguntaram o porquê de essa história ter sido apagada?”, comenta Dani Sandrini que, durante o projeto, fotografou pessoas de diversas etnias, oriundas de várias regiões do país, ora posando para um retrato ora em suas rotinas, suas atividades, seus eventos, rituais ou celebrações.

Dani Sandrini - Fotógrafa, educadora e artista visual radicada em São Paulo, Brasil, Dani Sandrini fotografa comercialmente desde 1998, e desde 2014 desenvolve projetos mesclando fotografia documental/imaginária com impressões artesanais ou experimentais. Em seu ttrabalho, tem estudado o entrelaçamento de materiais e suportes com as imagens fotográficas e a ação do tempo sobre elas. Dependendo do projeto e de sua singularidade, sua fotografia pode ser simplesmente tirada com câmera digital e colocada em papel ou telas, mas também pode conter outros elementos que acrescentem significado à imagem final, além de camadas extras de subjetividade. Dani tem experiência em processos fotográficos artesanais e desenvolve projetos utilizando tranferprint, pinhole, cianotipia, antotipia e fitotipia. Nos últimos anos, seu projeto terra terreno território, sobre os povos indígenas do século XXI, vem circulando por grandes cidades. Capturadas digitalmente em São Paulo, as imagens expostas são impressas em folhas de plantas e também com o pigmento natural extraído do jenipapo. Este projeto esteve em exposições nas seguintes localidades: São Paulo, Itapetininga, Campinas, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Amparo, Olinda, Chapecó (Brasil), Colômbia, França, Portugal e Índia.

Serviço

Exposição: Terra Terreno Território
Artista: Dani Sandrini
Temporada: 26 de abril a 29 de setembro de 2024

Horário: Quarta à sábado, das 11h às 20h, e domingo, das 13h às 19h.
Visitação gratuita. Classificação: Livre.
Acessibilidade: piso tátil, audioguia, obras táteis e obras com audiodescrição.
Agendamentos de grupos e escolas: enviar e-mail para jade.coelho@sesisp.org.br. 

Centro Cultural SESI Ribeirão Preto

Local: Espaço Galeria
Rua João Ignacchitti, S/N - Jd. Castelo Branco.
Ribeirão Preto/SP |Tel.: (16) 3603-7300 | Site: ribeiraopreto.sesisp.org.br
Na rede: Instagram - @sesirpreto | Facebook - @sesiribeiraopreto. 

Terra Terreno Território na rede: Instagram - @terraterrenoterritório
Facebook - @Terra-terreno-território-408261089792472

 

INFORMAÇÕES À IMPRENSA

Exposição - VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
(11) 99373-0181 | verbena@verbena.com.b

Assessoria de Comunicação - Sesi Ribeirão Preto
Júlia Costa
(16) 99251-1152 | julia.costa@sesisp.org.br

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Terreiros Nômades leva a cultura Guarani com Márcio Cacique a escolas da Zona Sul

Márcio Cacique / Divulgação

O projeto TERREIROS NÔMADES - Macamba Faz Mandinga - Saberes Afrodiaspóricos nas Corporeidades da Cena, realiza encontro entre o indígena Márcio Cacique e alunos e professores de escolas zona sul de São Paulo: EMEI Cruz e Souza e EMEF Ana Maria Alves Benetti, nos dias 17 e 24 de setembro, respectivamente.

Com o tema Cosmovisões do Povo Guarani - Lutas e Resistências, as atividades e vivências ocorrem no dois turnos de ambas escolas. Após o encontro, as escolas retomam o tema junto aos alunos, expandindo as possibilidades de entendimento.

Cacique Karai Márcio Verá Mirim, da aldeia Yvy Porã TI Jaraguá, é atuante na luta pela demarcação da Terra Indígena Jaraguá, conselheiro do Museu das Culturas Indígenas São Paulo e do Conselho Estadual dos Povos Indígenas - CEPISP e membro do GT PNGATI - Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial Indígena. Também atua como guia indígena Guarani e palestrante sobre cultura e tradição do Povo Guarani.

Contemplado na 41ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, TERREIROS NÔMADES - Macamba Faz Mandinga - Saberes Afrodiaspóricos nas Corporeidades da Cena é realizado pela N’Kinpa - Núcleo de Culturas Negras e Periféricas. O projeto visa valorizar as culturas africanas, afrodiaspóricas e originárias colaborando para a aplicação efetiva, por meio da linguagem artístico-pedagógica, das Leis Federais nº 10.639/03 e nº 11.645/08, que estabelecem a obrigatoriedade do ensino de história e de culturas afro-brasileira e indígena nas grades curriculares do ensino fundamental e médio. As duas escolas envolvidas no projeto - EMEF Ana Maria Benetti e EMEI Cruz e Sousa - foram contempladas por serem instituições onde essas leis são aplicadas levando a educação antirracista para além do material didático.

Ao longo de 2024, várias atividades e estudos vêm sendo realizados nas escolas numa parceria da N’kinpa com coletivos do entorno: vivências com mestres da cultura afrodiaspóricas, palestras e bate-papos com pensadores da cultura negra e indígena, encontros com pais, alunos e comunidade, programas de Podcast (Diáspora - A Cor da Nossa Cultura em Encontros e Redes) e criação de um espetáculo de teatro performático, concebido a partir desse percurso, cuja estreia está prevista para novembro.

Segundo Joice Jane Teixeira, idealizadora e proponente do projeto Terreiros Nômades e coordenadora da coletiva N’kinpa, “a escolha das duas escolas, além de serem instituições cujos projetos políticos-pedagógicos se pautam na implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08, deve-se ao fato de estarem localizadas no bairro do Jabaquara, na região sul da cidade, um dos territórios de grande relevância histórica para o povo negro”. E completa: “buscamos com ações, conteúdos e vivências estabelecer, além de um diálogo com crianças, jovens e adultos, devolver o que lhes foi negado, ou seja, as histórias e os saberes de povos que, por conta do racismo estrutural histórico, foram e ainda são invisibilizados. Acreditamos que a partir disso ampliaremos as reflexões políticas, culturais e sociais/econômicas, além de fomentar e formar um público ativo na luta pelos os direitos, propositivo e participativo da vida de sua comunidade”.

N’KINPA -  Núcleo de Culturas Negras e Periféricas é uma coletiva formada do encontro entre artistas-educadoras/es e agentes culturais negros e negras, dispostos/as e politicamente comprometidos/as a bulir, criar e propor ações contra coloniais para crianças, adolescentes e jovens a partir das cosmovisões africanas, afrodiaspóricas e originárias, visando a implementação das leis federais 10.639/03 e a 11.645/08.

Projeto: TERREIROS NÔMADES - Macamba Faz Mandinga
Encontro/vivência: Cosmovisões do Povo Guarani - Lutas e Resistências
Convidado: Márcio Cacique
Horários: Manhã - às 9h30 / Tarde - às 13h30
Duração: 2h. Evento restrito às escolas. 

19 de setembro - Terça
EMEI Cruz e Souza
Rua Henrique da Costa, 348 - Jardim Itacolomi. São Paulo/SP. 

24 de setembro - Terça
EMEF Ana Maria Benetti
Rua Cruz das Almas, 74 - Vila Campestre. São Paulo/SP.

 

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 -
verbena@verbena.com.br