Darson,Calomeni e Herrera. Foto de Eliana Souza |
Imagine a antessala de um
consultório de psicanálise frequentada por três homens desesperados por suas
respectivas mulheres! Em Homens no Divã o público testemunha
o encontro inesperado dos personagens Renato
Paes de Barros Seabra (Rafael Calomeni),
Carlos Eduardo Carrara- Travertino (Olivetti Herrera) e Frederico Freitas
Fernandes (Darson Ribeiro) e a hilárias consequêencias desta nova amizade.
A comédia estreia para convidados no dia 11 de julho, quinta- feira, no Teatro
Brigadeiro, às 21 horas. A temporada aberta ao público acontece a partir do
dia 12, com sessões de sexta a domingo.
Foi com o objetivo de entreter as
mulheres e, por tabela, elucidar os machões de plantão, que Darson Ribeiro
decidiu adaptar o original - Desesperados
- de Miriam Palma e dar mão à palmatória expondo as mais diversas
fraquezas masculinas. E, ainda por cima, num divã freudiano.
O texto explicita, sem ser
moralista, e traz à tona inúmeras facetas das relações amorosas ao discutir
traição e sexo, assim como o verdadeiro amor entre um homem e uma mulher,
levando inclusive à possibilidade do perdão. Deles, dos homens, é claro!
Os três machões, de
personalidades bem distintas, vão mesclando suas idiossincrasias e, tornam- se amigos. A terapia ao invés de reduzida entre as quatro
paredes da Dra. Maczka, acaba acontecendo espontaneamente nos ambientes
frequentados por eles, como academia, balada, e até uma palestra onde realmente
o turning- point acontece.
Tudo isso numa linguagem altamente digerível -
gostosa de ouvir e pra lá de engraçada.
Brincando com o fetiche feminino, os tipos são ainda
sublinhados por profissões bem reconhecidas, como o Oficial do Corpo de
Bombeiros vivido por Calomeni, juntamente com um Executivo da Eletropaulo
(Darson), e um Obstetra (Herrera). E, de quebra Marília Gabriela participa
com voz em off, interpretando a disputada Dra. Maczka.
Cenário e figurinos, assinados pelo próprio diretor, fazem
um contraponto com o classicismo freudiano e o órgão genital feminino – isso em
cores e formas. A Luz - com
supervisão de Guilherme Bonfanti -
foi criada e executada por Leandra Demarchi.
Renato Paes de Barros
Seabra, Renatão(Calomeni) – É um quarentão dono de si que nunca se viu questionado por mulher
nenhuma. Principalmente no “senso de masculinidade”. Kelly torna- se obsessão,
obriga- o a iniciar um tratamento
psicanalítico, reduzindo as aventuras amorosas dele em “galinhage”. Oficial do
Corpo de Bombeiros, ele se vê colocado em cheque porque até então era seguro de
si amorosa e, sexualmente. É nesse enfrentamento do divã que ele vai percebendo
que “homi que é homi” pode ser sensível sim, e romântico também. Ainda mais
quando o assunto é a conquista da mulher amada.
Carlos Eduardo Carrara- Travertino, Cadú (Herrera) – É obstetra. Ao nascer, sua mãe já o viu
altamente lindo e sedutor, predestinando- o
a ser narciso. Narcísico! E, assim, o batizou com nomes compostos de mármore por
ter “ofuscado as enfermeiras de tanta luz”. Consequentemente passa a não levar
uma vida normal e espontânea com as mulheres. É pela mesma mãe que ele vai para
o divã, ao ponto de ter que abandonar o conforto maternal do lar pela rua. É
apaixonado por Tássia – cujo
trocadilho do “tá se achando” é mais cabível nele que nela, mas, ainda assim,
teima no tête- à- tête com a psicanalista, até receber alta e se redescobrir
enxergando as qualidades femininas.
Frederico Freitas
Fernandes, Fred
(Darson) - Executivo da Eletropaulo,
reto nas decisões e honestíssimo, passou 18 anos vivendo e confiando na esposa
amada, Marjorie. Diante das
circunstâncias, da mesmice, da falta de criatividade e do nonsense sexual do dia- a- dia do casal, “surpreende” a esposa na cama com seu
melhor amigo. A traição vem acompanhada por uma alta avaliação de si, e, mesmo sob
o deboche dos amigos, mantém- se
firme no romantismo da relação, conseguindo -
por meio do divã - perdoar o ato que
o deixou acabrunhado na busca pela mulher Ideal. Dá uma lição de moral ao mundo
masculino: o perdão é possível sim, quando o amor fala mais alto.
Ficha técnica
Espetáculo: Homens
no Divã
Texto: Miriam
Palma
Coautoria e direção
geral: Darson Ribeiro
Elenco: Darson Ribeiro , Olivetti Herrera
e Rafael Calomeni
Cenografia, trilha e
figurinos: Darson Ribeiro
Iluminação: Guilherme
Bonfanti/Leandra Demarchi
Preparação corporal:
Gustavo Torres
Fotos: Eliana Souza
Assistência de
direção: Cecília Arienti
Assistência de
Cenografia e Figurinos: Clau do Carmo
Assistência de
Produção: Priscila Pinto Soares
Serviço
Estreia p/
convidados: 11 de julho – quinta- feira
– às 21 horas
Estreia p/
público: 12 de julho – sexta- feira
– às 21 horas
Teatro Brigadeiro – www.teatrobrigadeiro.com.br
Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 884 - Bela Vista/SP – Tel: (11) 3115- 2637
Temporada: sexta e
sábado (às 21 horas) e domingo (às 19h30) – Até 29/09
Ingressos:
40,00 (sexta), R$ 60,00 (sábado) e R$ 50,00 (domingo).
Bilheteria:
terça à quinta (10h- 18h), sexta,
sábado e domingo (a partir de 14h).
Aceita dinheiro
e cartão/débito. Duração: 1h40. Indicação etária: 16 anos.
Capacidade:
700 lugares. Ar condicionado. Acesso universal.
Ingressos
antecipados: www.ingresso.com
ou tel 4003 23 30
Estacionamento
conveniado (Gigante) - Av Brigadeiro
Luiz Antonio, 759: R$ 15,00
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