Artista lança
trabalho inédito em vinil, gravado nos anos 90, no mesmo momento em que coloca
no mercado a edição digital de seus três primeiros discos pelo seu selo digital
Cafezinho Edições.
O Sesc Belenzinho apresenta a cantora
e compositora Dulce Quental – uma das precursoras do pop brasileiro - em
show de lançamento do LP Música e Maresia, no dia 25 de junho
(sábado, às 21h).
O vinil – que sai pelo selo paraense
Discosaoleo – traz a marca atemporal da artista reunindo gravações inéditas,
realizadas em meados dos anos 90, de composições feitas em parceria com Frejat,
George Israel e Luiz Carlini.
Somente agora os fãs de Dulce Quental - vocalista original da banda Sempre Livre, autora de discos
clássicos do fim dos anos 80 - podem apreciar o registro dessas
composições com os arranjos originais da época, sobretudo canções
surpreendentes pela atualidade sonora, pelo pop brasileiro de todos os tempos.
Músicos como Sérgio Dias, Sasha Amback, Nilo Romero, Jaques Morelenbaum, além
de Frejat e Carlini participam das faixas.
Este é um momento
ímpar na carreira de Dulce: além de lançar o vinil, guardado por mais de duas
décadas, seus três primeiros discos solos ganham lançamento digital pela
Cafezinho Edições, selo da artista. Trata-se de Délica (1986), Voz
azul (1987) e Dulce Quental (1988), que estarão disponíveis no
iTunes a partir do dia 17 de junho e nas lojas digitais, dia 24 de junho. (Release
completo aqui - http://goo.gl/kLxfXW).
O show Música e
Maresia marca esse momento importante da trajetória de Dulce Quental, que celebra
o tempo de suas canções apresentando não só hits, mas também obras inéditas e
parcerias recentes com jovens compositores. Do novo LP a cantora interpreta a
música título e “Girassóis Azuis” (escritas com George Israel), “Eternamente no
Coração”, “Antes de Acordar”, “Amor, Perigoso Amor”
e “Guarde Essa Canção” (todas com o parceiro Frejat) e “Púrpura” (um rock
composto junto com o guitarrista Luiz Carlini).
Do repertório dos
anos 80, Dulce promete cantar “Caleidoscópio”, “Natureza Humana”, “Não Atirem
no Pianista”, “Bossa do Bayard”, “Numa Praia
do Brasil” (de Arrigo Barnabé), “Bordados de Psicodélia” (bela parceria com
Moska, registrada no CD Beleza Roubada - 2004), “A Inocência do Prazer”
(música de Cazuza e George Israel, escrita para ela) e “Qualquer Lugar do Mundo” (de Beto Fae e Aldo Meolla). Destaque
também para “O Poeta Está Vivo” (balada escrita com
Frejat em homenagem a Cazuza) e “Tempo Circular” (música inédita, parceria com
Paulo Monarco), entre outras.
O repertório, embora extraído de contextos
diferentes, não confere ao show de Dulce Quental o caráter retrospectivo. Seu
percurso na cena musical brasileira segue um ritmo pessoal, onde a busca pela
escrita poética e sofisticação do pop resulta em um estilo sempre atual. Sobre
o processo de renovação de seu trabalho, Dulce declara: “Eu priorizo o processo
em vez do resultado, fazendo da busca e da pesquisa pessoal um objetivo maior
do que o sucesso e o mercado. Nesse sentido, a minha trajetória acabou se
tornando singular... Por estar sempre recomeçando e desejando aprender mais,
inclusive com os novos. Estar junto de quem está no início para aprender com
eles e me renovar... Sou uma espécie de Vampiro Lestat”.
Música e Maresia – o LP
O LP Música
e Maresia (Cafezinho Edições/Discosaoleo) foi gravado, originalmente, entre
1991 e 1994. O disco preenche uma lacuna na carreira da artista, fase marcada
por intenso trabalho como compositora para o Barão Vermelho, Frejat, Ana
Carolina, Cidade Negra, Leila Pinheiro, Simone e outros artistas. As 11 gravações
são inéditas, mas algumas canções do disco acabaram sendo gravadas por outros
intérpretes.
“Eu sempre tive o desejo de
lançar um disco com essas gravações. Esperava pelo momento certo. Mas foi preciso
um empurrão de amigos e colaboradores para acontecer. A gente não faz nada
sozinho. Acho também que estou conseguindo devido ao momento da indústria: a
volta do vinil e a possibilidade de um artista independente lançar seu próprio
selo e distribuir diretamente por meio de uma plataforma digital sem o
intermédio de uma gravadora”, conta Dulce. Ela destaca a importância dos parceiros
Mariano Klautau Filho na concepção e Leo Bitar na realização do projeto, além
do artista visual José Diniz que cedeu as imagens para a arte da capa do disco.
O existencialismo e o estilo MPB
misturado ao pop, rock e blues que a projetaram estão no novo álbum, que traz
parcerias com Roberto Frejat, Rodrigo Santos (Barão Vermelho), Luiz Carlini
(Tutti Frutti) e George Israel (Kid Abelha), além de participações especiais de
nomes históricos da música brasileira como Sérgio Dias (Mutantes), Nilo Romero (que assina a
produção musical de algumas faixas), Sasha Amback e
Jaques Morelenbaum.
“Muitas das canções foram
gravadas no sistema ADAT, formato que era possível gravar em casa, pois
computador e programas de gravação ainda estavam por vir. Não há autotune para
corrigir a voz, nem nada desse tipo”, explica a artista. “As gravações foram
feitas, em parte, na casa do Nilo Romero, sem dinheiro, numa época em que as
gravadoras estavam totalmente de portas fechadas. Infelizmente, as fitas
originais se perderam, mas consegui salvar algumas coisas em fitas DAT, um
pré-mix que acabou servindo de master.”
Música e Maresia traz um
olhar maduro de uma artista para sua própria obra. Além do formato digital, o
álbum chega às lojas no mês de junho em uma limitada edição em vinil
(Discosaoleo). A produção é da Cafezinho Edições e Produções Musicais, selo da
artista destinado a projetos nas áreas de literatura e música.
“Tirar isso do baú e adicionar à
minha biografia é importante no sentido de olhar retrospectivamente para os
caminhos que poderiam ter sido seguidos. Hoje certamente não faria da mesma
maneira. Algumas coisas são mais datadas do que outras, mas a compositora está
presente ali e a cantora em forma. Uma boa referência para projetos futuros.
Importante arrumar o baú antes de seguir em frente. Outros projetos virão. A
voz está voltando com força”, conclui Dulce Quental.
Faixas: “Ao Som
de um Tambor (R. Frejat e D. Quental), “Eternamente
no Coração” (R. Frejat e D. Quental), “Antes de Acordar” (R.
Frejat e D. Quental), “Guarde
Essa Canção” (R. Frejat e D,
Quental), “Vida Frágil” (R. Frejat, Rodrigo Santos e D.
Quental), “Música e Maresia” (George Israel e D. Quental), “Púrpura” (L. Carlini e D. Quental), “Dia a
Dia” (R. Frejat e D. Quental), “Girassóis
Azuis” (G. Israel e D. Quental), Último Vagão de Trem” (D. Quental) e “Amor,
Perigoso Amor” (R. Frejat e D. Quental).
Ouça Música e Maresia - Spotify: https://open.spotify.com/album/5I5pIlWNhG9hjFvFADsVFZ
Música
e Maresia
- por Mariano Klautau Filho - http://goo.gl/gpa5nv
Dulce Quental
Dulce Quental é uma
das vozes de maior personalidade da música pop brasileira. Surgida na
efervescência dos anos 80, começou com a banda de garotas Sempre Livre, revelou
um talento especial em mesclar sofisticação e atitude rock, além de ocupar
lugar entre os melhores letristas da explosão do rock brasileiro. Em 1985,
reuniu Cazuza, João Donato, Branco Melo e os irmãos Jorge e Waly Salomão, entre
outros, no conceito sonoro de Délica, seu primeiro disco solo, que foi
marcado pelo sucesso “Natureza Humana” (versão dos irmãos Salomão para o hit de
Michael Jackson) e pela elegante “Bossa do Bayard” (com o requinte de Donato ao
piano). Em 1987, o segundo disco, Voz Azul, veio pautado entre o rock e
o blues, misturando Celso Fonseca, Ciro Pessoa e Herbert Viana. Novamente a
cantora mostra seu pop refinado em canções como “Caleidoscópio”, um de seus
maiores sucessos, e sua pegada jazzística em “Não Atirem no Pianista”. No
terceiro disco, Dulce Quental, de 1988, gravou Arnaldo Antunes, Itamar
Assunção, Arrigo Barnabé e Cazuza. Após um longo intervalo, decidiu traçar uma
carreira independente: em CD, ela lançou a primeira coletânea, em 2001, Dulce
Quental - Série Para Sempre, e gravou Beleza Roubada, em 2004, um
belo trabalho composto por parcerias com Moska, Zélia Duncan e Frejat. O quinto
disco de careira, Música e Maresia, sai em LP, em 2016, com gravações
feitas nos anos 90.
Ficha técnica
Show: Dulce Quental
Lançamento do LP Música e Maresia
Participação especial: Luiz Carlini (guitarra)
Músicos: Dulce Quental (voz), Aquiles Faneco
(guitarra e direção musical), Lucas Vargas (teclados), Beto Birger (baixo),
Adriano Busko (bateria), Marcelo Pereira (sax) e Reynaldo Izeppi (trompete).
Arte visual cenográfica: José Diniz
Marketing
digital: Agencia Milk
Produção
executiva: Belic Arte.Cultura
Fe-Lis veste Dulce Quental
Serviço
Dia 25 de junho. Sábado, às 21h
Sesc Belenzinho
Teatro
(3º andar)
Rua Padre Adelino, 1000. Belenzinho/SP. Tel:
(11) 2076-9700
Ingressos: R$ 25,00 (inteira); R$ 12,00 (aposentado, pessoa acima de
60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública); R$
7,50 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e
dependentes).
Classificação:
12 anos. Duração: 1h30. Capacidade: 392 lugares
Estacionamento:
R$ 11,00 (não matriculado) e R$ 5,50 (matriculado no SESC).
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