Foto de Carlos Goff |
Nos dias 20 e 21 de outubro (sábado e
domingo, às 16h), os grupos Rosas Periféricas e O Buraco d’Oráculo apresentam,
respectivamente, os espetáculos Radio Popular da Criança e Pelas
Ordens do Rei Que Pede Socorro na Praça Oswaldo Luis da Silveira, no
Parque São Rafael - região do bairro São Mateus, que fica na zona leste
paulistana
As apresentações integram o projeto
Circulação – Residência: iniciativa do Buraco d’Oráculo que promove uma
circulação de teatro de rua, a partir de seu próprio repertório, em territórios
onde atuam companhias parceiras. E, juntos,
comandarem um mês de programação local.
O Grupo Rosas Periféricas, atuante no Parque
São Rafael, foi o primeiro contemplado. Duas montagens do Buraco d’Oráculo
abriram a programação, em outubro O Cuscuz Fedegoso (6/10) e O Encantamento
da Rabeca (7/10).
Esta Circulação - Residência é parte do
projeto Buraco 20 Anos: da (R)existência na Rua à Poesia em Cena,
contemplado pela 32ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro Para a Cidade de
São Paulo.
20 de outubro. Sábado,
às 16h
Espetáculo: Rádio Popular da Criança
Com: Grupo Rosas Periféricas
Quatro palhaços
apresentadores fazem provocações ao público por meio das cenas e, juntos,
dialogam abertamente sobre nossa responsabilidade quanto ao lugar em que
vivemos. Vidrilho, Metálicio e as
repórteres Papelúcia e Plastiqueta comandam um programa recheado de diversão e
conhecimento. Quadros sobre ecologia, reciclagem e consumo consciente desfilam
pela programação da rádio, que inclui ainda música ao vivo, radionovela,
previsão do tempo e entrevistas.
Ficha técnica -
Texto: Gabriela Cerqueira. Com: Grupo Rosas Periféricas. Elenco: Gabriela
Cerqueira, Michele Araujo, Paulo Reis e Rogerio Nascimento.
Duração: 40 min.
Classificação: Livre.
21 de outubro. Domingo,
às 16h
Espetáculo: Pelas Ordens do Rei Que Pede
Socorro!
Com: O Buraco d’Oráculo
Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro é uma intervenção
teatral que utiliza a poesia como forma dramatúrgica. Baseando nos princípios
da “cenopoesia”, em que imagens, gestos, canções e palavras se misturam para
completar um todo. O Buraco d’Oráculo leva à cena um recorte de poemas por meio
de cenas fragmentadas que transitam entre o cômico e o dramático com leveza
poética, mas também de forma contundente, tocando em temas do nosso cotidiano e
de nossa sociedade.
Ficha técnica - Texto: Ray Lima. Direção: Elizete Gomes. Elenco: Luiza
Galavotti, Lu Coelho, Mizael Alves, Nataly Oliveira e Edson Paulo.
Duração:
50 min. Classificação: 14 anos. Foto: divulgação.
Serviço
Teatro
de rua: Circulação - Residência
20 e 21 de outubro. Sábado e domingo
(16h)
Local: Praça Oswaldo Luis da Silveira
Parque São Rafael –
São Mateus. SP/SP. Informações: (11) 98152-4483
Grátis.
Livre. https://www.facebook.com/oburacodoraculo
O Buraco d’Oráculo - O grupo
nasceu, em 1998, resultado do trabalho do Núcleo de Teatro de Rua, da Oficina
Cultural Amacio Mazzaropi, que, hoje, se encontra com as portas fechadas,
deixando uma lacuna
nas ações de fomento à cultura por parte do poder público. O trabalho do grupo
é calcado em três pontos estético/políticos: a rua, local fundamental para
promover o encontro direto com o publico; a cultura popular, fonte inspiradora;
e o cômico, destacando-se a farsa e as relações com o denominado “realismo
grotesco”. O Buraco d’Oráculo optou pelo popular e pela rua como determinação e
alvo de crítica. Com seus trabalhos o grupo encontrou um público diferente
daquele que frequenta as tradicionais salas de espetáculos, e começou a
desenvolver projetos de forma descentralizada, buscando democratizar o acesso
ao fazer teatral, e promover uma reflexão sobre o mesmo. Por isso, desde 2002,
atua na zona leste da cidade de São Paulo, sobretudo na região de São Miguel
Paulista, sendo a Praça do Casarão seu principal ponto de atuação, desde 2004. O Buraco d’Oráculo já produziu 11 espetáculos que são protagonizados por pessoas comuns e que
estão à margem da sociedade. Dessa forma busca discutir o homem urbano e seus
problemas.
Grupo Rosas Periféricas - Rosas Periféricas é um grupo de teatro de artistas e educadores
que desenvolve suas pesquisas em São Paulo, desde 2008, investigando linguagens
cênicas em processos de criação coletiva. Sua sede é no Parque São Rafael e os
temas trabalhados em seus espetáculos vêm da realidade das periferias: Vênus
de Aluguel (2009), A Mais Forte (2010), Fêmea (ato
performativo, 2012), Rádio Popular da Criança (2013), este sendo
seu primeiro espetáculo infantil, que foi apresentado, inclusive em 10
estações de trem com apoio do ProAC-ICMS Em 2014, realizou o cortejo Narrativas
Submersas - primeira parte da trilogia Parque São Rafael, projeto fomentado
pelo Programa VAI da Prefeitura de São Paulo, que teve seu segundo capítulo
realizado no ano seguinte: Lembranças do Quase Agora. Em 2016, pelo
ProAC Primeiras Obras, apresentou Narrativas Submersas no bairro e
em Mogi das Cruzes e Rubineia. A trilogia se completou com Labirinto
Selvático (Programa VAI II), apresentado em unidades do Sesc,na I
Mostra da Casa (Casa de Cultura de São Rafael, apoio do ProAC e organização do
Rosas Periféricas). O grupo participou da Ocupação Decolonialidade: Poéticas da
Resistência, no Teatro de Arena Eugênio Kusnet.
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