Helio Cicero, Samir Yazbek, Djin Sganzerla - fotos: Fernando Stankuns |
‘Frank
–1’ é o mais recente trabalho da Companhia Teatral Arnesto nos
Convidou. Com texto de Samir
Yazbek , a montagem ganhou direção conjunta de Helio
Cicero e do próprio Samir Yazbek. Ambos também atuam na peça ao lado
da atriz Djin Sganzerla.
O
espetáculo inspira-se na engenharia genética para contar, por meio do Homem (papel
de Samir Yazbek ),
a história do Cientista (interpretado por Helio Cicero) e da Criatura
(vivida por Djin Sganzerla), primeiro ‘ser humano’ gerado em laboratório. A estreia
acontece no dia 31 de outubro, quinta-feira, às 21 horas, no Sesc
Santana. A temporada segue até 15 de dezembro, sempre aos sábados (21
horas) e domingos (18 horas). Haverá espetáculo, excepcionalmente, no dia 1º de
novembro, sexta-feira, às 21 horas.
‘Frank –1’ reúne artistas que participaram dos dois trabalhos mais
recentes da Companhia (‘As Folhas do Cedro’ e ‘Fogo-Fátuo’), Telumi Hellen (Cenografia e
Figurino) e Osvaldo Gazotti (Iluminação), além da produção e administração
de Silvia Marcondes Machado (Mecenato Moderno). A trilha sonora é
composta por Gregory Slivar.
Durante
a temporada de ‘Frank –1’ será apresentado (às sextas-feiras)
o repertório da Companhia Teatral Arnesto nos Convidou: dia 8 de
novembro às 21h e 15 de novembro às 18h – ‘As Folhas do Cedro’ (Prêmio
APCA 2010 de Melhor Autor); dia 22 de novembro às 21h – ‘Fogo-Fátuo’ (2012);
dias 29 de novembro, 6 e 13 de dezembro às 21h – ‘O Fingidor’ (Prêmio
Shell 1999 de Melhor Autor). ‘Fogo-Fátuo’ e ‘As Folhas do Cedro’
contam com o elenco original e ‘O Fingidor’ com parte do elenco original
(Helio Cicero e Douglas Simon), além de atores de ‘As Folhas do Cedro’,
como Daniela Duarte e Gabriela Flores. Samir Yazbek faz uma participação especial em ‘O
Fingidor’, como Alberto Caeiro.
A
programação de ‘Imersão Samir
Yazbek ’ traz também leituras dramáticas (dias 9, 16
e 23 de novembro, sábados, às 15 horas) de outros textos do autor, com participação
de artistas convidados, alguns deles envolvidos com as montagens originais das
peças. São elas, respectivamente: ‘A Entrevista’ (2004), com Lígia
Cortez e Marcelo Lazzaratto (também direção); ‘A Terra Prometida’ (2001),
com Luiz Damasceno e Marco Antônio Pâmio, direção de Luiz Arthur Nunes; e o
inédito ‘Os Gerentes’ (2009), com a Fraternal Companhia de Arte e
Malas-Artes, direção de Ednaldo Freire.
Destaque
também para workshops (sábados, às 13h), ministrados por integrantes da
Companhia e um de seus principais colaboradores, cujos temas são ligados às
suas áreas de atuação: ‘Presença e Transfiguração’ (30 de novembro), com Antônio Januzelli; ‘Dramaturgia em Movimento’ (7 de dezembro),
com Samir Yazbek ; ‘A Palavra Poética em Cena’ (14 de dezembro), com Helio Cicero.
Enredo
A história de ‘Frank-
A
narrativa acompanha a trajetória da Criatura, desde o momento em que ela
descobre ter sido gerada em laboratório por um homem que acreditava ser seu
pai, passa pelo enfrentamento de terríveis mutações genéticas em seu corpo, e
culmina na busca de um sentido para a sua existência. Ao mesmo tempo em que se
mostra cúmplice da Criatura, o Homem compreende o sonho prometéico da ciência
moderna, representado pelo Cientista.
O
enredo, pontuado pelo humor, culmina com uma licença poética do narrador, que se contagia pelas personagens ao criar um
final inspirador, sobretudo para a Criatura. Há pelo menos três níveis
possíveis de leitura em ‘Frank-1’: o diálogo entre pai e
filha; entre o cientista e a criatura; e entre o criador e o ser humano.
Encenação
Sem
se ater às características da ficção científica, presentes no cinema e na
literatura do gênero, ‘Frank-1’ se
ampara em uma cenografia minimalista que valoriza o espaço cênico, além de um
figurino que destaca o aspecto mítico das personagens.
Através
de elementos épicos e dramáticos da narrativa, a montagem aprofunda as questões
éticas implicadas na reinvenção do ser humano por meio da engenharia genética.
A peça também explora as complexas relações entre o dramaturgo/narrador e suas
personagens, durante a criação da peça.
Considerando
a estética do film noir, a iluminação pontua o suspense do thriller,
e reforça a metalinguagem por meio da manipulação dos refletores pelo autor. A
trilha sonora colabora com a ambientação do thriller, além de reverberar
as consciências dilaceradas das personagens, em suas tortuosas relações.
Pesquisa
‘Frank-1’
insere-se na
linha de trabalhos da Companhia Teatral Arnesto nos Convidou que busca
amalgamar elementos épicos e dramáticos do Teatro, servindo-se da metalinguagem
para traduzir as inquietações do autor, como ocorria em ‘O Fingidor’ e ‘As
Folhas do Cedro’. Assim como se deu em ‘Fogo-Fátuo’, ‘Frank-1’ traz Yazbek de
volta aos palcos, agora como dramaturgo/narrador, mesclando seu depoimento
pessoal a uma ficção que teatraliza, em forma de parábola, a revolução que a
engenharia genética vem promovendo nas últimas décadas.
‘Frank-1’
fecha a tetralogia
de uma obra que tem se caracterizado pela complementaridade das funções em
Yazbek, como autor, diretor e ator. Essa trajetória começa com ‘O Fingidor’,
peça em que o dramaturgo dialoga com a poética de Fernando Pessoa através da
criação de um ‘heterônimo vivo’, passa por ‘As Folhas do Cedro’, em que
a narradora, ao investigar sua ascendência libanesa, revela-se o alter ego do
autor, e culmina em ‘Fogo-Fátuo’, em que o metateatro se evidencia com a
presença de Yazbek em cena, discutindo o fazer artístico no mundo
contemporâneo.
Em
‘Frank-1’ ,
o autor assume a integralidade do jogo teatral, enfrentando o desafio de
contar, como ator, uma história de interesse social premente. Para a realização
desses trabalhos, é de fundamental importância a parceria com Helio Cicero,
seja como ator, coautor e agora diretor teatral.
A peça teve sua primeira leitura dramática no Auditório da Folha de S.Paulo, em junho de 2013.
A peça teve sua primeira leitura dramática no Auditório da Folha de S.Paulo, em junho de 2013.
Título
O
título da peça é uma alusão ao livro ‘Frankenstein ou o Moderno Prometeu’
(1831), de Mary Shelley, em que se apresenta uma criatura monstruosa, mas de
boa índole. ‘Frank-1’ ,
ao trazer o ‘menos um’ como potência de ‘Frank’, retrata uma criatura inversa
da original - que mais parece se aproximar do espírito de nosso tempo -, ou
seja, um ser belo de alma atormentada.
Ficha técnica / serviço
Espetáculo:
‘Frank-1’
Texto:
Samir Yazbek
Direção:
Helio Cicero e Samir Yazbek
Elenco:
Helio Cicero, Djin Sganzerla e Samir
Yazbek
Cenografia
e figurino: Telumi Hellen
Iluminação:
Osvaldo Gazotti
Trilha
sonora original: Gregory Slivar
Projeções:
Geandre Tomazoni
Voz
em off: Marina Flores
Assistência
de direção: Izabel Hart
Visagismo:
Emerson Murad
Programação
visual: Diego Spino
Operação
de luz: Osvaldo Gazotti
Operação
de som e montagem de palco: Vinícius Andrade
Vídeo:
Daniel Lopes
Assessoria
de imprensa: Verbena Comunicações
Assistência
de produção: Patricia Borba e Henrique Alves
Produção
executiva: Marcela Sanchez Cappabianco
Produção
e administração: Silvia Marcondes Machado/Mecenato Moderno
Sinopse: O próprio dramaturgo narra a história de sua amizade com um
geneticista que gerou o primeiro ‘ser humano’ em laboratório.
Estreia: 31 de outubro- quinta-feira – às 21 horas
Sesc Santana (Teatro)
- www.sescsp.org.br
Av.
Luiz Dumont Villares, 579 – Santana/SP - (11) 2971-8700
Temporada:
de 31 de outubro a 15 de dezembro
1ª
semana (31/10 a 3/11): quinta, sexta e sábado (às 21h) e domingo (às 18h)
2ª
semana em diante: sábados (às 21h) e domingo (às 18h)
Ingressos:
R$ 24,00, R$ 12,00, R$ 4,80 - Unidades
ou Portal Sesc.
Gênero:
drama cômico. Duração: 50 min. Classificação etária: 14 anos.
Estacionamento
- R$ 7,00 p/ período (desc. 50% p/ matriculados no Sesc).
Bilheteria/Sesc
Santana: de ter. a sáb. (10h às 21h) e dom. (10h às 19h).
Aceita
cheque, cartões/crédito (V, MC, DC e AE) e débito (VE, MCE, M, RS e CE).
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