O ator Cássio Reis vem do Rio para protagonizar comédia dirigida
por Darson Ribeiro.
Guilherme, Cássio e Olivetti (fotos: Eliana Souza) |
Na antessala da psicanalista, três
homens, desesperados por suas mulheres se encontram e se tornam amigos. Este é
o enredo da comédia. O público se diverte com revelações e transformações inusitadas
que vão acontecendo a partir daquele encontro inesperado.
A novidade desta temporada está na
estreia do ator Cássio Reis que,
opostamente à “fama” de bom moço, vive Renato Paes de Barros Seabra – um
sedutor oficial do Corpo de Bombeiros com fama de “galinha”. Do elenco
original, Olivetti Herrera interpreta Carlos Eduardo Carrara- Travertino, um médico obstetra narcisista. E,
também estreando nessa temporada, Guilherme
Chelucci substitui Darson
Ribeiro na trama com o impagável e traído Fred – Frederico
Freitas Fernandes, um executivo da Eletropaulo.
Foi com a intenção de dar uma
espécie de resposta às diversas indagações das mulheres e, por tabela, elucidar
os machões de plantão, que Darson Ribeiro
decidiu adaptar e dirigir o original -
Desesperados - de Miriam Palma e dar mão à palmatória,
expondo as muitas fraquezas e dúvidas masculinas. E, ainda por cima, num divã
freudiano.
Por esse motivo, buscou tipos para brincar com o fetiche
feminino, com profissões bem reconhecidas nas três personagens: bombeiro, executivo
e médico. Sem contar convidou Marília
Gabriela para participar com a voz em off,
interpretando a Dra. Maczka, a tão temida psicanalista.
Sem falsos moralismos, o texto
traz à tona as inúmeras facetas das relações discutindo traição e sexo, assim
como o verdadeiro amor entre um homem e uma mulher, levando inclusive à
possibilidade do perdão. Deles, dos homens, é claro!
Os três machões com suas
idiossincrasias vão mesclando suas personalidades tornando-se inseparáveis. A terapia,
ao invés de reduzida entre as quatro paredes da Dra. Maczka, acaba acontecendo
espontaneamente nos ambientes frequentados por eles, como academia, balada, e até
uma palestra onde realmente o turning- point
acontece – numa cena interativa envolvendo totalmente a plateia. Tudo isso numa
linguagem altamente digerível -
gostosa de ouvir e pra lá de engraçada.
Cenário e figurinos do próprio diretor, fazem contraponto
com o classicismo freudiano e o órgão genital feminino (divã) – isso em cores e
formas. A Luz, com supervisão de Guilherme Bonfanti cria o clima tenso do
início (homem na terapia) e vai aos poucos amenizando, acompanhando a
trajetória, até o ápice quando os três recebem alta – a psicanalista se
apaixona por eles.
Perfil das personagens
Renato Paes de Barros
Seabra, o Renatão (Cássio)
– É um quarentão dono de si que nunca se viu questionado por mulher nenhuma.
Principalmente no “senso de masculinidade”. Sua pretendida Kelly torna- se obsessão e o obriga a iniciar um tratamento
psicanalítico, reduzindo as aventuras amorosas dele em “galinhage”. Oficial do
Corpo de Bombeiros, ele se vê colocado em cheque porque até então era seguro de
si, tanto no amor como no sexo. É nesse enfrentamento do divã que ele vai
percebendo que “homi que é homi” pode ser também sensível e romântico. Ainda
mais quando o assunto é a conquista da mulher amada.
Carlos Eduardo Carrara- Travertino, o Cadú (Herrera) – É obstetra. Ao nascer, sua
mãe já o viu altamente lindo e sedutor, predestinando- o
a ser narciso. “Narcísico!” E, assim, o batizou com nomes compostos de mármore por
ter “ofuscado as enfermeiras com tanta luz”. Consequentemente, ele passa a não
levar uma vida normal e espontânea com as mulheres. É pela mesma mãe – e pela
namorada - que ele vai para o divã, ao ponto de ter que abandonar o conforto
maternal do lar. Ele é apaixonado por Tássia, cujo trocadilho do “tá se
achando” é mais cabível nele que nela, mas, ainda assim, teima no tête- à- tête
com a psicanalista, até receber alta e se redescobrir enxergando as qualidades
femininas.
Frederico Freitas
Fernandes, Fred (Chelucci)
- Executivo da Eletropaulo, reto nas
decisões e honestíssimo, passou 18 anos vivendo e confiando na esposa, a amada Marjorie. Diante das circunstâncias, da
mesmice, da falta de criatividade e do
nonsense sexual do dia- a- dia do casal, acaba surpreendendo a esposa na cama
com seu melhor amigo. A traição vem acompanhada por uma alta avaliação de si e,
mesmo sob o deboche dos amigos, mantém- se
firme no romantismo da relação, conseguindo -
por meio do divã - perdoar o ato que
o deixou acabrunhado na busca pela mulher ideal. Dá uma lição de moral ao mundo
masculino: o perdão é possível quando o amor fala mais alto.
Ficha
técnica
Espetáculo:
Homens No Divã
Texto: Miriam Palma
Coautoria
e direção geral: Darson
Ribeiro
Elenco: Olivetti Herrera, Guilherme Chelucci e Cássio Reis
Cenografia,
trilha e figurinos: Darson
Ribeiro
Iluminação: Leandra Demarchi e Darson Ribeiro, com
supervisão de Guilherme
Bonfanti
Preparação
corporal: Gustavo
Torres
Fotos: Eliana Souza
Assistência
de direção: Cecília
Arienti
Serviço
Estreia: 25 de Outubro – sexta-feira
– às 21h30
Teatro Ruth Escobar (Sala Dina
Sfat) – teatroruthescobar.com.br
Rua dos Ingleses, 209. Bela
Vista/SP. Tel: (11) 3289-2358
Temporada: sexta e sábado (às 21h30)
e domingo (às 20h) – Até 01/12
Ingressos: R$ 60,00 (meia: R$ 30,00). Bilheteria: quin. e sex. (14h-21h30), sáb. (após 12h) e dom. (após
10h). Aceita cartão de débito e crédito (MC, V, D). Duração: 1h30. Capacidade: 370 lugares. Gênero: comédia.
(Estreou em 21/06/13). Acesso universal. Bar e café. Estacionamento: R$ 20,00
(valet).
Ingressos antecipados: ingresso.com ou tel.: 4003 23 30.
Darson Ribeiro - direção e coautoria
Formado em
Artes Cênicas pela PUC/Fundação Teatro Guairá do Paraná, Darson Ribeiro tem especialização em
direção e cenografia, e é produtor. Passou pelos dois mais importantes teatros
do país, Municipal de SP e do RJ, e recentemente foi consultor na obra do
Teatro Bradesco, onde dirigiu artisticamente por dois anos. Trabalhou com
grandes diretores como Ulysses Cruz (de quem foi diretor assistente), Jorge
Takla, Abujamra, e Gabriel Vilella; valendo também citar alguns internacionais
como Bob Wilson, Pina Baush e G. Strehler, além de companhias como Grupo Corpo,
Ballet Stagium e Cisne Negro. No ano passado dirigiu Abrigo, pelo SESC, e no anterior, Herótica (texto, direção e atuação). Outras montagens importantes
em sua carreira foram Sangue na Barbearia,
com Antônio Petrin também pelo SESC SP, 8Mulheres,
de Robert Thomas, com Ruth de Souza, Miriam Pires, Sylvia Bandeira e Sura
Berdichevski, Oberosterreich, de
Franz Kroetz, elogiada pela crítica carioca, que criou e atuou, tendo a
parceria de Ney Matogrosso na Luz e Marco Pereira na música composta; Maratona, de Naum Alves de Souza, entre
outras. Recentemente, destacou-se com a montagem Disney Killer, de Philip Ridley (produção, direção e atuação).
Olivetti Herrera – ator
Paulistano, 43 anos, Olivetti Herrera iniciou a carreira cursando Direção e Interpretação para Cinema e
TV com Fátima Toledo, Celso Frateschi e Roberto Lage e no Teatro Escola Célia
Helena com Sistema Stanislavski: Ação e
Circunstâncias, além de workshop com Robert Milazzo (fundador do Modern
School of Film e professor do Lee Strasberg Theatre). Na Rede Globo, integrou as minisséries Divã, ao lado de Lilia Cabral; Na Forma da Lei, de Antonio Calmom e direção
de Wolf Maya; Força Tarefa, de Marçal
Aquino e direção de José Alvarenga; e Aquarela
do Brasil, direção de Jayme Monjardim, além de atuar nas novelas Esperança, Caras & Bocas, Páginas da
Vida e Terra Nostra. No SBT,
participou de Esmeralda, Cristal, Amigas e Rivais, O Direito de
Nascer e, atualmente Chiquititas.
Entre as peças de teatro, destaque para Nossa
Vida É Uma Bola, direção de Imara Reis. Recentemente integrou a série Surtadas na Yoga (GNT), ao lado de
Flávia Garrafa, Sophia Folch e Fernanda Young.
Cássio Reis - ator
Não é só a fama de bom moço que faz de Cássio Reis, um dos
mais queridos modelos, atores e apresentadores da televisão brasileira. Com
apenas 36 anos, já passou pelo teatro, cinema e integrou elencos de importantes
novelas e seriados na TV Globo. É atualmente apresentador contratado da Rede
Record. Ganhou o mundo sendo âncora da TV TAM Nas Nuvens, em num programa de excelente
repercussão. Saiu-se muito bem também no comando do Passaporte Hoje em Dia,
Extreme Makeover Social e Rebeldes Para Sempre, pela Rede Record, além de
apresentar o programa Ídolos Kids por duas temporadas na mesma emissora.
Guilherme Chelucci - ator
Chelucci tem 36 anos e, além de ter se formação em Direito,
formou-se como ator na Globe SP. É muito requisitado como Mestre de Cerimônias
e Apresentador, assim como para trabalhos em publicidade. Recentemente, ganhou
destaque ao lado da atriz Sheila Mello, na comédia Eu Que Amava Ele Que Amava Ela, com direção de Marcos Weinberg, e
em À Noite Todo Gato É Pardo,
dirigida por Ricardo Rizzo no Teatro Shopping Frei Caneca.
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