O
espetáculo musical infanto-juvenil O Jovem Príncipe e a Verdade estreia
no dia 18 de janeiro, sábado, no Teatro Viradalata, com direção de Regina
Galdino, às 16 horas. O texto inédito de Jean-Claude Carrière -
ganhou música original, executada ao vivo,
assinada por Fernanda Maia. A peça conta a história do Jovem Príncipe
que, para se casar com sua amada, sai pelo mundo em busca da Verdade,
acompanhado pelo engraçado Contador de Histórias.
Esta
divertida comédia tem elenco afiado, formado por Gerson Steves, Daniel
Costa, Leonardo Santiago e Amanda Banffy (que também assina a
tradução da peça). A ficha técnica traz ainda Luis Rossi na cenografia, Fran
Barros na iluminação, Rosângela Ribeiro no figurino e Henrique
Benjamin na direção de produção.
O Jovem Príncipe e a Verdade é a única peça para crianças escrita por Carrière - autor francês
contemplado com prêmios como Oscar, Molière e César por
diversos trabalhos. É uma história baseada em "contos filosóficos"
(não moralizantes) da tradição oral de todo o mundo. O autor ganhou fama por
colaborar na escrita de Mahabharata, de Peter Brook,
e de quase todos os filmes de Buñuel, inclusive Bela da Tarde e Discreto
Charme da Burguesia.
Segundo
a diretora Regina Galdino, o texto foi transformado em musical sem perder seu
caráter filosófico e simbólico, nem o poder de síntese proposto pelo autor. “As
músicas dialogam com o texto e as letras são inteligentes e divertidas”,
comenta. Tarefa executada com primor por Fernanda Maia, profissional
reconhecida pelos prêmios Shell e indicações no Femsa, entre outros.
O
enredo ganha ritmo e descontração com músicas como “O Burro”, “O Príncipe”, “Ao
Norte, ao Sul, a Leste e a Oeste” e “O Crocodilo”. Elas funcionam tanto para apresentar personagens, quanto para narrar a história,
mostrar a passagem de tempo ou sublinhar as diferentes regiões por onde os
personagens passam. Para acompanhar a interpretação dos atores, o espetáculo
tem a participação de dois músicos: Rafa Miranda (no piano) e Flávio Rubens
(no clarinete).
A
história de O Jovem Príncipe e a Verdade é inspirada, entre
outros, em um antigo conto indiano (A Mentira da Verdade), sobre um
príncipe que recebe a missão de encontrar a “Verdade” para poder se casar com a
jovem que ama. Pronto para cumprir sua missão, o Jovem Príncipe (Leonardo
Santiago) inicia uma viagem pelo mundo, sempre acompanhado pelo Contador de
Histórias (Gerson Steves); este personagem foi inspirado no hilário Nasreddin
Hodja, homem de grande senso de humor que viveu no Oriente Médio, contador de
anedotas e que tinha sempre uma resposta na ponta da língua para todo o tipo de
pergunta. Juntos, eles vivem incríveis aventuras em cada região por onde
passam.
Regina
Galdino explica que “como Carrière cria a figura do ‘narrador’ (o Contador de
Histórias) baseado na figura de Nasreddin Hodja
e o ‘Jovem Príncipe’ tem origem em um conto indiano, os dois personagens
foram mantidos no universo oriental. E eles passeiam pelas diferentes situações
propostas no texto, atravessando diversas regiões e períodos históricos,
misturando oriente e ocidente por meio do contato com os outros personagens”.
O
Jovem Príncipe, porém, não encontra uma definição simplista para a “Verdade”. O
tema é tratado como uma surpreendente questão filosófica. Sua jornada é uma
grande metáfora: um jovem em busca do amadurecimento, até se tornar um homem
capaz de contar sua própria história. O espetáculo consegue, com maestria,
provocar reflexão, curiosidade e muitas gargalhadas. E o final desta história
está bem longe do típico “felizes para sempre” dos contos de fadas. O
Jovem Príncipe e a Verdade promete surpreender.
Ficha técnica
Espetáculo: O Jovem
Príncipe e a Verdade
Autor: Jean-Claude
Carrière
Tradução: Amanda Banffy
Direção
geral: Regina Galdino
Elenco:
Gerson Steves (Contador de Histórias), Leonardo Santiago (Jovem Príncipe),
Daniel Costa (diversos personagens), Amanda Banffy (diversos personagens), Rafa
Miranda (piano) e Flávio Rubens (clarinete).
Direção
musical e música original: Fernanda Maia
Cenografia
e adereços: Luis Rossi
Figurino:
Rosângela Ribeiro
Desenho
de luz: Fran Barros
Direção
produção: Henrique Benjamin
Assistente de direção:
Renata Calmon
Produção administrativa/executiva:
Fabio Hilst
Assistente de produção:
Fernanda Lorenzoni
Operação de luz: Bianca
Livonius
Contrarregras: Henrique
Andrade e Tomé de Souza
Camareira: Cida Neves
Assistente de figurino: Kelciane campos
Execução de adereços: FCR Produções Artísticas
Costureiras: Vera Luz e Noeme COSTA
Execução de adereços: FCR Produções Artísticas
Costureiras: Vera Luz e Noeme COSTA
Fotografia: Erik Almeida
Design gráfico: João Maia
e Tatiane Vesch
Serviço
Estreia: dia 18 de
janeiro de 2014
Teatro Viradalata
Rua Apinagés, 1387. Perdizes/SP.
Tel: (11) 3868-2535
Temporada: sábados e
domingos - às 16 horas. Até 06/04
Ingressos: R$ 30,00
(meia: R$ 15,00).
Gênero: infanto-juvenil.
Duração: 60 min. Indicação de idade: 6 anos
Bilheteria: quarta (19h-21h), sábado (14h-21h) e domingo
(10h-20h).
Ingressos antecipados: ingressorapido.com.br (Tel: 4003-1212).
Aceita cartões - débito/crédito (MC, RC, V, VE). Não aceita cheques. 273 lugares.
Acesso universal. Ar condicionado.
Estacionamento / vallet:
R$ 15,00.
Jean-Claude Carrière – autor
Nascido na França, em 1931, Jean-Claude Carrière é premiado
roteirista, escritor, diretor e ator do cinema francês. Foi colaborador frequente do diretor Luis Buñuel e, menos frequente,
de Peter Book. Foi ainda presidente da La Fémis, escola cinematográfica do
estado francês. Sua colaboração com Buñuel começou com o filme Diário de
uma Camareira (1964), para o qual ele co-escreveu o roteiro e
também interpretou o papel de um padre da aldeia. Mais tarde, Carrière
colaborou com quase todos os roteiros dos seus filmes, Incluindo A Bela da
Tarde (1967), O Estranho Caminho de São Tiago (1969), O
Fantasma da Liberdade (1974) e Esse Obscuro Objeto do Desejo
(1977). Agraciado em diversas premiações, incluindo Oscar, César e BAFTA,
ele escreveu ainda os roteiros de A Insustentável Leveza do Ser
(1988), Cyrano (1990), Brincando nos Campos do Senhor (1991) e O
Último Entardecer (1997). Colaborou com Peter Brook nas duas versões do
antigo épico sânscrito Mahabharata. O Terraço foi indicado ao
prêmio Les Molières, de melhor texto.
Regina Galdino - diretora
Regina Galdino é diretora teatral e atriz formada
pela Escola de Arte Dramática - EAD/ECA/USP. Para o teatro lírico, dirigiu a
ópera Idomeneo, de Mozart, no Teatro
Municipal de São Paulo, com regência do maestro Rodolfo Fisher e, trabalhou com
música erudita para o público infantil dirigindo os seguintes espetáculos, com
autoria e interpretação de Andréa Bassitt: Operilda
na Orquestra Amazônica, direção musical de Miguel Briamonte e camerata de
seis músicos (indicado para seis categorias do Prêmio FEMSA 2013); A Flauta Mágica, o Maestro e a Feiticeira
e Operilda na Ciranda de Villa-Lobos,
regidos pelo Maestro João Maurício Galindo. Dirigiu O Barbeiro de Sevilha, de Clodoaldo Medina e O Carnaval dos Animais, de João Maurício Galindo, ambos com Cassio
Scapin e também com regência de João Maurício Galindo. É uma das criadoras,
junto com o maestro João Maurício Galindo e Cassio Scapin, da série Aprendiz
de Maestro, onde dirigiu espetáculos de autoria de Andréa Bassitt para a
série infantil TUCCA, por nove anos, na Sala São Paulo. Em teatro, entre
outros, dirigiu; Intimidade Indecente, de Leilah Assumpção, com Irene
Ravache e Marcos Caruso; As Pontes de
Madison, de Robert James Waller, com Denise Del Vecchio e Marcos Caruso;
As Turca, de Andréa Bassitt, com Cláudia Melo, Juçara Morais e Andréa
Bassitt e Macbeth, de W. Shakespeare,
com Evandro Soldatelli e Renata Zanetha. Dirigiu e adaptou o premiado Memórias
Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, com Cássio Scapin. Dirigiu
e é co-autora de Filhos do Brasil, Prêmio Shell/2000 de Melhor Música e As
Favoritas do Rádio, com Andréa Bassitt e Luciana Carnielli, Premiado na
Jornada SESC/94. Foi assistente de direção de Gianni Ratto e Myrian Muniz.
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