Foto: Weslei Barba
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Comemorando 10 anos,
grupo formado somente por mulheres ‘coloca em campo’ A Bola: Histórias que Rolam, com direção de Pedro Pires.
O Grupo Arte Simples de Teatro
inspirou-se no livro O Chute que a Bola
Levou, de Ricardo Azevedo, para falar sobre sonhos, infância e memórias em
seu novo projeto infantojuvenil, A Bola: Histórias que Rolam,
espetáculo que tem a bola de futebol como protagonista. Com direção de Pedro Pires (da Cia. do Feijão), o
espetáculo será apresentado gratuitamente em espaços da região de Heliópolis,
entre os 20 de fevereiro a 13 de março.
O elenco é formado somente
por mulheres - Andréa Serrano, Eugenia Cecchini, Isadora Petrin, Marcela Arce, Marília Miyazawa,
Tatiana Eivazian e Tatiana Rehder. A ficha técnica traz ainda nomes
como Kleber Montanheiro no cenário e
figurino, Adilson Rodrigues na
direção musical e Daniel Gaggini na articulação de produção.
A
adaptação segue a ideia principal do livro em que a bola (ou bolas) de futebol conta
a história. Elas, em diversos modelos, chegam cheias de sonhos à prateleira da
loja: querem jogar com os craques mundiais e balançar as
redes em grandes campeonatos. Mas, fora da loja, a história é outra: a bola passa por situações
inesperadas, bem diferentes daquelas sonhadas, seja como protagonistas ou como testemunhas
de experiências da vida-jogo. As bolas vão descobrindo os outros caminhos
traçados pela vida, que podem ser tão divertidos quanto seus sonhos. “O prazer
da bola é rolar; o prazer é o brincar”, comenta o diretor Pedro
Pires.
Montar um espetáculo
a partir do universo da bola de futebol era desejo antigo do Arte Simples. Atuantes
há sete anos na Comunidade de Heliópolis, as atrizes constataram a importância
do futebol na vida das crianças, dos jovens e adultos. Em 2014, caiu em suas
mãos o livro O Chute que a Bola Levou,
que usava o futebol para tratar de outros assuntos. Apresentado a meninos e
meninas de uma oficina, entre 10 e 13 anos, foi encanto imediato e ele foi
usado no trabalho teatral com a turma. Esta foi a semente para a montagem de A
Bola: Histórias que Rolam, um espetáculo cujo ingrediente principal é a
bola, a vida que rola. A peça mostra os ciclos da vida de pessoas simples e suas
alegrias, frustrações, sonhos e esperanças.
Segundo o diretor, o
enredo tem a bola como narradora e protagonista – desde o sonho de consumo à
legitimidade dos desejos – para apresentar cenas ora líricas, ora de relações
afetivas, ora cômicas. “A narrativa em forma de mosaico e a independência das
histórias permite o uso de várias linguagens. A música original dá um tom
lúdico ao espetáculo ao lado de outros elementos teatrais, como a manipulação e
a ressignificação de objetos, resultando na pluralidade de contato com
espectador”, argumenta o diretor.
A bola - também usada
como metáfora - conhece pessoas diferentes, reflete sobre o futuro, vai parar
numa comunidade, aprende a lidar com a imprevisibilidade da vida e desvenda o
universo humano. Tudo é apresentado com muito bom humor, com graça e diversão.
Pedro Pires explica que o processo de criação, além da inspiração no livro,
traz elementos das memórias das integrantes do grupo. “A partir da história
original, criamos juntos o argumento, o roteiro e a dramaturgia”, comenta. A
direção segue a linha de pesquisa que o diretor desenvolve na Cia do Feijão: a
narrativa, a dramaturgia brasileira e a ressignificação de objetos.
A Bola: Histórias que
Rolam
é uma realização com apoio do Prêmio Zé Renato (Programa de Fomento ao Teatro
da Secretaria Municipal de Cultura) e ProAC (Programa de Ação Cultural da
Secretaria de Estado da Cultura).
Ficha técnica
foto: Daniel Gaggini |
Espetáculo:
A
Bola: Histórias que Rolam
Inspirado
no livro O Chute que a Bola Levou de
Ricardo Azevedo
Direção: Pedro Pires
Dramaturgia: Grupo
Arte Simples de Teatro e Pedro Pires
Elenco: Andréa
Serrano, Eugenia Cecchini, Isadora Petrin, Marcela Arce, Marília Miyazawa, Tatiana
Eivazian e Tatiana Rehder.
Direção de arte: Kléber
Montanheiro
Direção musical e
músicas originais: Adilson Rodrigues
Músicos:
Lucas Paiva e Fernando Stelzer
Produção: Andréa Serrano e Tatiana Rehder
Articulação de produção: Daniel Gaggini / Muk
Articulação de produção: Daniel Gaggini / Muk
Fotos: Weslei Barba
Redes sociais: Luh
Moreira
Assessoria de
imprensa: Verbena Comunicação
Idealização: Grupo
Arte Simples de Teatro
Realização:
Prêmio Zé Renato e ProAC
Serviço
Temporada: de 20 de fevereiro a 13 de março
Horários:
Sábado (às 16h) e domingo (às 11h e 16h)
Duração:
55 minutos. Classificação: livre.
Informações: (11) 96848-6554. Capacidade: 80 lugares
Transporte grátis nos finais de semana: van disponível da Estação Sacomã do Metrô (R.
Silva Bueno) até o local da apresentação, mediante reservas pelo (11)
96848-6554 ou reservas@artesimples.com.br.
Programação
20 e 21 de fevereiro. Sábado (16h) e domingo
(11h e 16h)
Campinho da Escola de
Samba Imperador do Ipiranga
Av. Carioca, 99. Heliópolis. (Próximo ao CCA Imperador)
27 e 28 de fevereiro. Sábado (16h) e domingo
(11h e 16h)
Quadra do CCA PAM (Centro
da Criança e do Adolescente)
Rua Jovens do Sol, 128. Heliópolis.
5 e 6 de março. Sábado (16h) e domingo (11h e 16h)
Quadra do CCA
Heliópolis (Centro da Criança e do Adolescente)
Rua Cel. Silva Castro, 58. Heliópolis.
12 e 13 de março.
Sábado (16h) e domingo (11h e 16h)
Quadra da Mina
Rua
da Mina Central, 38. Heliópolis.
Apresentações em CEUs
24 de fevereiro. Quarta-feira (14h e 15h30)
07 de março. Segunda-feira (8h30 e 10h)
CEU Heliópolis – Sala Multiuso
Av. Estrada das Lágrimas, 2385. Heliópolis.
01 e 02 de março. Terça-feira (8h30 e 10h) e quarta-feira
(14h e 15h30)
CEU Meninos - Teatro
Rua Barbinos, 111. Heliópolis.
08 e 09 de março. Terça-feira (8h30 e 10h) e
quarta-feira (14h e 15h30)
CEU Parque Bristol – Teatro
Rua Prof. Artur Primavesi, S/N. Jardim Imperador.
PERFIS
Pedro Pires - diretor
Pedro Pires é diretor da Companhia do Feijão, desde sua criação em 1997.
Formado em teatro pela École Internationale de Théâtre Jacques Lecoq (França) e
em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (São Paulo), Pedro também
estudou artes cênicas na Escola de Comunicação e Artes (USP). Na Companhia do
Feijão dirigiu os espetáculos Armadilhas
Brasileiras (2013), EnXurro
(2011), Veleidades Tropicais (2009), Pálido Colosso (2007), Nonada (2006), Reis de Fumaça (2004), Mire
Veja (2003), Antigo 1850 (2001), O Ó da Viagem (1999), Movido a Feijão (1998) e Julgamento do Filhote de Elefante
(1997). Pedro também assina como diretor e dramaturgo em outras montagens: Peter Pan e Webdy (infantil, Cia Le Plat
Du Jour), Um Conto Nosso (infantil,
Cia Baitaclã), Vamos Brincar de Médico
(infantil, Doutores da Alegria) e Puro e
Impuro (EAD/ECA/USP). Seu currículo registra várias premiações: o
espetáculo Mire Veja recebeu o Prêmio
APCA de Melhor Espetáculo e Prêmio Shell de Criação e Concepção e Categoria
Especial; Antigo 1850 ganhou o Prêmio
Estímulo da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo de Montagem de
Espetáculos; o infantil Vamos Brincar de
Médico foi contemplado com o Prêmio APCA de Revelação Infantil e Prêmio
Coca-cola na Categoria Especial (além de ser indicado também como Melhor
Direção e Espetáculo). Como ator, atuou em cerca de 10 montagens (no Brasil e
França) e foi coordenador artístico e palhaço do Programa Doutores da Alegria.
Pedro Pires é professor curso técnico de formação de atores no Teatro Escola
Célia Helena, desde 2011.
Grupo Arte Simples de Teatro
O Grupo Arte Simples
de Teatro foi criado em 2006. No ano seguinte estreou As Histórias dos Amores Difíceis, iniciando a pesquisa em busca de
elementos cênicos que pudessem ser resignificados e de fácil montagem. Após
participação no Encontro de Políticas Públicas, em São Luiz (MA), iniciou o Projeto
Moitará, cuja proposta era uma criação coletiva entre São Paulo e Maranhão,
partindo das diferenças. Já atuantes em Heliópolis, foi exatamente a diferença
entre as realidades que apontou o caminho de pesquisa para os espetáculos A Festa (2009), livre adaptação de O aniversário da Infanta, de Oscar
Wilde, e Blacaman, o Bom Vendedor de Milagres,
de Gabriel Garcia Márquez. Desde então, o Arte Simples reside artisticamente na
comunidade, onde circulam com suas peças e ministram oficinas de teatro. Em
2010, foi contemplado com o programa de Fomento ao Teatro da Prefeitura de São
Paulo e pôde continuar a residência. No mesmo ano, levaram A Festa para festivais (Juiz de Fora e Catanduva) e Teatro Paulo
Eiró. Em 2011, realizou três apresentações na cidade do Porto, em Portugal,
além de ministrar uma oficina em Coimbra para adolescentes carentes, e estreou
a peça Arte Simples Conta Tchekhov (que
une o universo do dramaturgo russo e com histórias de moradores de Heliópolis)
no Teatro Zanoni Ferrite, pelo Edital de Ocupação dos Teatros Distritais da
Secretaria de Cultura de São Paulo. Em 2012, entrou em cartaz com O Último Pássaro (Edital ProAC Inédito),
do inglês Keith Johnstone, com direção de Frank Totino, explorando o método do
autor calcado na improvisação e nas máscaras de transe, e viajou para a Guiné
Bissau onde apresentou A Festa e Arte Simples Conta Tchekhov (viabilizado
pelo MinC, Edital de Difusão da Língua Portuguesa). Ainda foi selecionado pelo
Edital Sesi Viagem Arte Educação com o infantil A Festa. Em 2013, o grupo realizou o workshop O Ato e o Fato - o Ator Narrador com o diretor Ednaldo Freire, e
participou como mediador do III Seminário da Educação, em Heliópolis.
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