“O resultado do trabalho soa agressivo apesar
de romântico, e moderno apesar do clima dor de cotovelo” (Luiz Chagas).
Gaúcho radicado em São Paulo, Luque Barros
apresenta show (grátis) de lançamento de seu primeiro CD solo, Muito
Pouco Menos Mais (selo Sete Sóis), no dia 25 de março,
sexta-feira, no Teatro Cacilda Becker,
às 21 horas.
Além
de canções autorais registradas no disco, como “Jogo de Vaidade”, “História Sem
Fim”, “Ando Bem Ligado”, “Muito Pouco Menos Mais” e “Nada Passa”, o artista
interpreta outros compositores, que considera referências para seu trabalho.
Entre eles estão o gaúcho Vitor Ramil e o “rei” Roberto Carlos. A
apresentação integra a programação do Circuito
Municipal de Cultura.
O show tem participação especial dos
guitarristas Daniel Brita (produtor musical do CD ao lado de Luque) e da
cantora Ela Solo Amore. Para acompanhá-lo, Luque Barros (voz e contrabaixo)
reuniu uma banda de amigos - Amilcar Rodrigues (trompete), Allan Abbadia (trombone), Caio
Lopes (bateria), Allen Alencar
(guitarra), Ricardo Prado (teclados), Jorge Cirilo
(sax tenor) e Simone Julian (flauta) - com quem vem trabalhando ao longo
de mais de 15 anos em São Paulo, inclusive tocando com artistas como Vanessa Da
Mata, Banda Glória, Tulipa Ruiz, Marcelo Jeneci e Elza Soares.
Muito Pouco Menos Mais – por Luiz Chagas
Um
cantor romântico a esta altura do campeonato? É algo a se pensar. Luque Barros,
em seu primeiro disco individual, investe no gênero com propriedade. O Brasil
tem uma tradição de cantores nessa área que a partir da jovem guarda criou
majestades e o artista gaúcho representa essa ponte, que une a natureza
passional do intérprete com a capacidade de um grande músico contemporâneo.
Para tanto se dedicou a maior parte do disco a apenas cantar suas composições à
frente de uma banda reunida em torno de Gustavo Ruiz (baixo), Caio Lopes
(bateria), ambos da banda de Tulipa Ruiz, e Estevan Sinkovitz (guitarra),
figura conhecida pela diversidade de trabalhos e como acompanhante de Marcelo
Jeneci.
Para
que não houvesse dúvidas quanto à natureza do trabalho, Luque chamou Evandro
Camperom para a pré-produção, e Daniel Brita, a guitarra mais rápida do oeste,
para gravar, mixar e masterizar o trabalho no Estúdio Lamparina em São Paulo. E
aqui estamos nós. A decisão de entregar o contrabaixo a Gustavo Ruiz, um
guitarrista, o deixou mais livre pra realizar o antigo sonho – tocou apenas em
“Desacelerar” e em “Ando Bem Ligado”, enquanto Estevan e Gustavo inverteram as
posições em “Você e Eu”.
A
trinca Gustavo, Caio e Estevan, reunida por Luque, recebeu ainda as
colaborações de Jeneci e Giovanni Barbieri, nos teclados, e de Allen Alencar e
Caio Andrade nas guitarras, além de Amílcar Rodrigues, Allan Abadia, Jorge
Cirilo e Simone Julian que tocaram os arranjos de sopros criados pelo cantor.
Ricardo Herz e Fernando Catatau aparecem também (em “Você e Eu” e “Falta de
Educação”), completando um elo afetivo na escalação do disco. O resultado é um
trabalho que soa agressivo apesar de romântico e moderno apesar do clima dor de
cotovelo.
Luque
canta, mais uma vez com propriedade, versos como “Nosso amor foi um grande jogo
de vaidade, Que durou só a eternidade, Que pensava despertar a cidade, E
depois?” (“Jogo de Vaidade”) ou “Meu coração é imenso mesmo ferido e
indisciplinado” (“História Sem Fim”). “Nada Passa” é linda, “Entendo”, um funk,
“Muito Pouco Menos Mais”, um vira, “De Fato” tem uma coda instrumental à
Beatles. Dá para se entender porque Luque canta em “Ando Bem Ligado”, “Eu olho
vejo tudo presto muita atenção... Ando eletrocutado, 220 volts !!”
Serviço
Show:
Luque Barros
Lançamento/CD: Muito Pouco Menos Mais
Dia
25 de março. Sexta-feira, às 21 horas
Rua
Tito, 295. Lapa/SP. Tel: (11) 3864-4513
Grátis.
Duração: 60 min. Classificação: Livre
Ar
condicionado. Acessibilidade. Capacidade: 622 lugares.
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