por+vir / Novena (Luís Arrieta). Foto de Silvia Machado |
A Companhia
de Danças de Diadema apresenta o espetáculo por+vir na Galeria Olido (Sala Paissandu) nos dias
1, 2, 3 e 4 de setembro (quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h), com entrada
franca. Esta montagem reúne nove renomados coreógrafos, que já passaram pelas
produções do grupo, promovendo um reencontro com esta criação conjunta. Os artistas convidados da montagem são Ana Botosso, Cláudia Palma, Fernando Machado,
Henrique Rodovalho, Luís Arrieta, Mário Nascimento, Pedro
Costa, Sandro Borelli e Sérgio Rocha.
A concepção de por+vir se dá a partir da
experimentação de reviver o antigo junto com o atual, da pluralidade do
movimento: fatores que possibilitam essa experimentação, essa vivência com
coreógrafos impares, sendo cada um colaborador a partir de sua ótica sobre a
dança contemporânea. As coreografias que compõem o espetáculo por+vir
são: Nós de Nós (Cláudia Palma), Bakú (Ana Botosso), Caminhos Traçados (Pedro Costa e elenco), .entre pontos. (Fernando Machado), Gárgulas (Sandro Borelli), Esse
Samba é Meu (Sérgio Rocha), Entremeios
(Mário Nascimento), 1 + Um (Henrique
Rodovalho) e Novena (Luís Arrieta).
Com a realização deste projeto a Companhia de
Danças de Diadema reafirma sua versatilidade e expressa sua maneira de olhar a
dança por meio dos corpos de seus intérpretes, sob os diferentes estilos dos
coreógrafos convidados, proporcionando ao público um múltiplo panorama gestual
e sensorial.
O espetáculo não é só mais uma obra, é uma
homenagem aos grandes nomes que passaram pela Companhia: “uma festa em forma de
movimento, onde cada coreógrafo colabora numa criação para os corpos do elenco
da Companhia, sua ampla história e dramaturgia. Não há um tema linear, mas uma
linha de movimentos envolvendo a trajetória artística pessoal de cada criador e
suas facetas”, comenta a diretora. “Mergulhando num espírito de pluralidade
corporal, sensitiva e, por que não, emotiva, essa obra marca, na linha do tempo
da Companhia, um momento que, ao relembrar os 20 anos passados, ela relembra
também cada indivíduo, cada contribuição, cada obstáculo superado, cada cortina
desvelada”. Finaliza Ana Bottosso.
Concebida, em 2015, para comemorar os 20 anos
de atividade do grupo, por+vir estreou em janeiro de 2016,
no Sesc Santana, e passou por várias outras unidades do Sesc, entre outros
espaços.
Coreografias – por seus criadores
Nós de
Nós (Cláudia
Palma) - Quanto mais eu tenho o outro,
será que eu tenho a mim? O desejo é a pele, o espaço, entrar e pausar... O
olhar colhe e recolhe, toca e aproxima. O corpo se achega, aconchega e amolda,
entra até tornar-se um só. A montanha.
Bakú (intervenções entre
cenas - Ana Bottosso) - No intuito de
interligar as cenas do espetáculo, Ana trouxe a imagem de “Baku”, uma entidade
da tradição oriental, muito evocada pelos também artistas, que vem para
espantar os pesadelos e trazer bons sonhos. Uma homenagem, sobretudo, à Ivonice
Satie, criadora da Companhia de Danças de Diadema.
Caminhos
traçados
(Pedro Costa - criação coletiva com elenco da Cia.) - O trabalho investiga a trajetória de cada indivíduo. Através dos
recursos da memória afetiva do elenco, a proposta é um percurso pelos
acontecimentos que marcaram suas vidas, desde a infância até hoje. A partir de
um ponto, cada artista traçou seu caminho trazendo para a cena memórias,
lembranças e emoções, num diálogo entre passado e presente, revelando ainda o
confronto dos corpos que se encontram pelos caminhos.
.entre
pontos. (Fernando
Machado) - Partindo do conto “A tribo com
os olhos para o céu”, de Ítalo Calvino, comentado por Zigmunt Bauman no livro
“44 Cartas do Mundo Liquido Moderno”, .entre pontos. cria um paralelo no espaço da incerteza do que está por vir: olhar para o céu além das estrelas e refletir
sobre nossas condições para traçar possibilidades individuais e coletivas,
criando jogos de improviso que interrogam sobre o que acreditamos e abrir um
infinito de possibilidades a serem restabelecidas. “Contemplar o infinito como
tribo que dança suas raízes e seus anseios, o trabalho cria uma movimentação
que permeia o passado e o presente, o que fomos e o que nos tornaremos. Voltar
neste momento importante à Companhia de Danças de Diadema representa rever toda
uma trajetória dentro e fora dela, o que ela fez por mim e para a dança no
Brasil”.
Gárgulas
(Sandro
Borelli) - Inspirado na obra do pintor
Lucian Freud, neto de Sigmund Freud, criador da psicanálise, a coreografia
busca na solidão e no flagelo existencial o que o homem impõe a si mesmo. O que
interessa é a dilaceração física e moral, o erótico surge potencializado por
uma morbidez inevitável. Gárgulas é um espetáculo onde o ponto
central é a figura humana e sua essência. É a busca por uma imagem crua, sem
glamour, tendo a morte como companheira vital e necessária para a sua
libertação. “O que interessa em Gárgulas é direcionar o foco à descoberta da
intrigante beleza contida no grotesco de um corpo quase morto.”
Esse
Samba é Meu (Sérgio
Rocha) - O Brasil é conhecido mundialmente
como a terra onde nasceu o samba. Nem todos os brasileiros têm samba no pé, mas
na alma e na memória, de alguma maneira, todos nós o temos. A questão é: Quando
e como foi o seu primeiro contato com o samba? A partir de pequenos relatos dos
bailarinos como resposta, surgiu a coreografia.
Entremeios
(Mário
Nascimento) - Entre você e eu existe o
vazio. Vazio que pode ser preenchido com as ações e atos. No caos do mundo
procuramos os meios para ser real. Existir e estar no mundo entre o vácuo e as
brechas. Nas entranhas. Nos vãos. Nas pequenas possibilidades de
existência.
1 + um (Henrique Rodovalho) –
“Partindo de mais um desenvolvimento
técnico de movimento, dentro do estilo próprio que venho trabalhando, este duo
foi criado especialmente para a Companhia. Foi concebido a partir de diferenças
no pensar e no mover dos bailarinos que o compõe. Com detalhes próprios de cada
um, mas sobretudo, com muita qualidade e virtuosismo de ambos, resultando numa
possibilidade de relação e, por vezes, de desejo.”
Novena (Luís Arrieta) – No / Nove / Novena.
Sinopse
Muitos são os caminhos, diferentemente
traçados, às vezes desimpedidos, às vezes emaranhados de obstáculos. Sem muito
nem saber como, se desperta o desafio de transpassá-los e, em meio ao movimento
das emoções o artista traça, como uma novena, a busca de seus sonhos e o
espantar dos pesadelos. Um mais um, e mais um, e mais um, somam “Nós”.
Ficha técnica
Direção
geral: Ana Bottosso
Coreógrafos:
Ana Bottosso, Cláudia Palma, Fernando Machado, Henrique Rodovalho, Luís
Arrieta, Mário Nascimento, Pedro Costa, Sandro Borelli e Sérgio Rocha.
Assistente
de direção e produção administrativa: Ton Carbones
Assistente de coreografia: Carolini Piovani
Desenho de luz: Fernanda Guedella e Silviane Ticher
Assistente de coreografia: Carolini Piovani
Desenho de luz: Fernanda Guedella e Silviane Ticher
Operação
de Luz: Ronei Novais e Silviane Ticher
Sonoplastia:
Renato Alves
Figurino:
o elenco
Máscara:
Zé das Máscaras
Professor
de dança clássica: Eduardo Bonnis
Condicionamento físico: Carolini Piovani
Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação
Assistente de produção e comunicação: Renato Alves
Condicionamento físico: Carolini Piovani
Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação
Assistente de produção e comunicação: Renato Alves
Elenco:
Ana Bottosso, Carolini Piovani, Daniele Santos, Danielle Rodrigues, Dayana
Brito, Elton de Souza, Fernando Gomes, Jean Valber, Rafael Abreu, Thaís Lima,
Ton Carbones e Zezinho Alves.
Serviço
Espetáculo/dança: por+vir
Com Companhia de Danças de Diadema
Dias 1,
2, 3 e 4 de setembro. Quinta a sábado (às 20h) e domingo (às 19h)
Galeria
Olido (Sala
Paissandu)
Av. São João, 473. República. Tel: (11) 3331-8399
Ingressos:
Grátis (1h antes do espetáculo).
Duração: 75 min. Classificação: 14 anos
Ar condicionado. Acesso universal. Não possui
estacionamento.
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