Stan VanDerBeek. Movie Drome. Cortesia Estate of Stan VanDerBeek Foto de Stefan Altenburger Photography. Zurich |
A mostra reúne
filmeinstalações e multiprojeções de Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Stan
VanDerBeek, Tunga, Gill Eatherley, Lis Rhodes,Regina Vater, Annabel Nicolson e
Valie Export, além dos filmes experimentais da FluxFilm Anthology.
O Sesc Belenzinho inaugura, no dia 17 de agosto (quinta-feira), ILUMINADOS - Experiências Pioneiras em
Cinema Expandido, exposição que fica em cartaz até o dia 15 de outubro.
A mostra - com
curadoria de Roberto Moreira S. Cruz
- é uma antologia de obras pioneiras do cinema expandido, resultantes da
experimentação da linguagem audiovisual, realizada entre os anos de 1960 e
1980, período em que os artistas se interessavam pelo entrecruzamento entre as
artes visuais e o desenvolvimento das novas mídias.
Segundo o curador,
“ILUMINADOS traz uma seleção de trabalhos, de fundamental importância
histórica, que utilizam o cinema como forma de expressão artística,
relacionando possibilidades de explorar os recursos da imagem em movimento, da
linguagem audiovisual e os diversos dispositivos de projeção, elaborados pelos
artistas no contexto embrionário da arte contemporânea”.
Cinema expandido é o
termo utilizado para tratar as muitas maneiras de trabalhar essa linguagem,
ampliando-a e multiplicando-a para além da tela. Ao ser projetado em um espaço
onde o espectador circula livremente, o filme ganha nova perspectiva, propondo
narrativas descontínuas com outras formas de estímulos visuais e sonoros. E rompe
com a obrigatoriedade de uma tela única e frontal, de um discurso audiovisual
linear e sequencial.
O curador comenta: “Nestas
condições, abrem-se possibilidades para se romper com a linearidade temporal da
narrativa mais comumente realizada nos filmes para projeção em salas de cinema
tradicionais. Na galeria ou no museu, o tempo de duração da exibição não segue
a convenção do mercado institucionalizado do cinema. Contando com um espectador
que transita livremente por este espaço, sem uma previsão de quanto tempo
durará a sua audiência, o cinema expandido implica em filmes que podem não ter
um tempo de duração padronizado, por sua ação dramática ou por uma história que
transcorre com princípio, meio e fim. O filme pode, assim, ser elaborado para projeção
em looping ou até mesmo para que seja assistido em parte, sem que isso
comprometa a sua compreensão”.
A exposição é
composta por nove trabalhos que formam um mosaico de informação visual de
artistas que pesquisavam essas interfaces, propondo formas originais, incomuns,
não arbitrárias de criação, experimentando com a técnica e a forma da imagem e
do som. Todas as obras foram produzidas em película.
Gill Eatherley.Hand Grenade.cortesia Gill Eatherley/LUX.Londres |
São elas: Lupe, de Andy Warhol; Slides, de Annabel Nicolson; Light Music, de Lis Rhodes; Hand Grenade, de Gill Eatherley; Conselhos de Uma Lagarta, de Regina
Vater; Three Landscapes, de Roy Lichtenstein; Movie Drome, de Stan
VanDerBeek; ÃO, de Tunga; Adjugated Dislocation, de Valie
Export. Completando esta seleção, está a antologia de 35 curtas
experimentais, produzidos pelos artistas do movimento Fluxus, reunidos por
George Maciunas na Fluxfilm Anthology.
Para
a execução de ILUMINADOS - Experiências
Pioneiras em Cinema Expandido, além dos projetores de vídeo, foram
necessários 11 projetores 16 mm com um sistema de projeção em lopping e uma
diversidade de lentes que não se encontram mais disponíveis no mercado
brasileiro.
Roberto
Moreira S. Cruz comenta que a exposição ILUMINADOS
oferece ao visitante a oportunidade de apreciar, em suas configurações
originais, obras produzidas em formatos pouco usuais no campo do cinema
experimental. “Algumas foram restauradas recentemente, apresentadas em
raríssimas oportunidades e, certamente, exibidas pela primeira vez no Brasil
nesta ocasião. Em alguns casos, os filmes foram transferidos para mídias
digitais para uma melhor adaptação aos modos de exibição ininterrupta, durante
vários dias”.
Serviço
Exposição: ILUMINADOS - Experiências Pioneiras em
Cinema Expandido
Visitação: 17 de agosto a 15 de outubro de 2017
Terça a sábado, das
10h às 21h. Domingos e feriados, das 10h às 19h30.
Local: Galpão e
Espaço Expositivo
Agendamento / visitas educativas: tel. (11) 2076-9704 (das 10h às 17h) ou agendamento@belenzinho.sescsp.org.br.
Sesc Belenzinho
Rua Padre
Adelino, 1000. Belenzinho – SP/SP. Tel: (11) 2076-9700
Estacionamento: R$ 5,50 a
primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (credencial plena); R$ 12,00 a
primeira hora e R$ 3,00 por hora (Credencial Atividade, MIS e visitantes).
O curador
Roberto Moreira S. Cruz (curador) –
Pós-doutorando em Estética e História da Arte (Interunidades USP); Doutor em Comunicação e Semiótica pela
PUC-SP e mestre em Comunicação e Cultura pela UFRJ. Desde 2012, é o curador da
Coleção Itaú Cultural de Filmes e Vídeos, tendo apresentado a exposição em
diversas cidades do país. Foi curador, entre outras, das exposições: Cinema Sim: Narrativas e Projeções
(2008), no Itaú Cultural; Fluxus Black
and White (2012), no Oi Futuro; e, em parceria com Aracy Amaral, realizou Expoprojeção 1973-2013, Sesc Pinheiros,
em São Paulo. Idealizou e coordenou a produção executiva de Iconoclássicos, série de cinco
longas-metragens sobre artistas brasileiros. Atualmente, atua como consultor da
Enciclopédia de Cinema do Itaú Cultural e é Diretor Executivo da SAC -
Sociedade Amigos da Cinemateca.
Artistas e obras
Andy Warhol - Lupe (1965. 2 projetores 16 mm.
Versão digital. Coleção Warhol Foundation) - Andy Warhol foi um dos mais
profícuos cineastas da geração do cinema underground americano, na
década de 1960. No seu ateliê em Nova Iorque, a Factory, fabricava imagens a
partir de exercícios de câmera e da encenação de artistas e performers com quem convivia
rotineiramente. O cinema para ele era uma ferramenta de celebração deste
ambiente contracultural e dionisíaco. As dezenas de filmes e vídeos que
realizou nesta época eram ensaios experimentais que adequavam as limitações de
suas câmeras de super-8, 16 mm e do portapack,
primeiro equipamento de vídeo disponível no mercado, às possibilidades de criar imagens que dialogassem com o espírito
coletivo e afetivo daqueles com quem convivia em seu estúdio. Uma destas
personalidades era Edie Sedgwick. Jovem, bonita e com estilo muito próprio,
atuou em vários dos filmes de Warhol, de quem se tornou amiga e uma espécie de
musa do desbunde daquela época. Nesta exposição o público confere um destes
filmes, Lupe (1965), feito para dupla
projeção e interpretado por Edie Sedgwick. Lupe foi uma atriz mexicana que fez
carreira em Hollywood na década de 1940. Ela se suicidou ainda jovem. No filme
Warhol e Edie recriam os instantes solitários da artista, representados
simbolicamente na atmosfera blasé e nas cores esmaecidas da película 16 mm.
Annabel Nicolson – Slides (1971 - 1 projetor de 16 mm
sem audio 8 min. - Exibição em looping -
Distribuição Lux. Copyright Annabel Nicolson). Uma sequência contínua de
fragmentos de películas de 8 mm e 16 mm, diapositivos (slides) e filme velado,
foram emendados pela artista, compondo uma longa e ininterrupta tira. Este
material foi manipulado simulando o movimento da película enquanto era
registrado através da câmera, compondo assim um novo filme passível de ser
projetado. As imagens são em grande parte abstratas, com cores vibrantes
pulsantes, sequências pintadas à mão, fragmentos figurativos reconhecíveis como
o rosto de uma mulher, movendo-se freneticamente dentro e fora da moldura do
quadro da película. Um filme feito a mão, cuja estrutura plástica e formal é
resultado da manipulação do próprio substrato da imagem. Esta obra foi criada
nos laboratórios do Film Co-op (London Film Makers Cooperative), em Londres,
uma cooperativa criada em 1966 por um grupo de cineastas independentes. Grande
parte destes realizadores era oriunda das escolas de arte, se interessando,
portanto, muito mais pelos aspectos materiais e formais da produção e projeção
da imagem fílmica do que pelo seu apelo naturalista e narrativo. A Film Co-op
se estabeleceu como um espaço para a prática do filme experimental, dispondo de
infraestrutura de produção e promovendo mostras e festivais nos quais estes
projetos eram difundidos.
Lis Rhodes - Light Music (1975. 2 projetores de 16mm. 2 caixas acústicas.
Distribuição Lux Film. Copyright Lis Rhodes) - Constituída de duas projeções
voltadas uma para a outra e em telas opostas, esta filmeinstalação estabelece
uma relação direta entre a imagem e o som. Os feixes de luz que atravessam o
espaço, levemente esfumaçado, tornam-se formas etéreas escultóricas, sombrias e
teatrais. O espectador está livre para circular entre as telas, envolvendo-se
diretamente na instalação, transformando a projeção em um fenômeno coletivo, de
sociabilidade. Neste trabalho a artista compôs um diagrama de desenhos que
formam padrões abstratos de linhas pretas e brancas em cada um dos fotogramas.
Este diagrama foi impressos em toda a borda óptica da película de 16 mm. A
medida que as faixas de luz são projetadas, o que se vê e o que se ouve são
representações exatas do que está indexado no filme. Forma-se uma relação
direta entre o sonoro e o visual, um equivalente audiovisual concreto entre a
banda sonora e os padrões gráficos da imagem que cintilam nas telas.
Gill Eatherley - Hand Grenade (1971. 3 projetores 16
mm com áudio. 8 min. Exibição em looping. Distribuição Lux. Copyright de Gill
Eatherley) - Filme resultante de um trabalhoso processo de elaboração das
imagens, a partir da captura do movimento da luz de uma lanterna. A sucessiva
sobreposição da película criou um imprevisível desenho de cores e formas
abstratas compondo um sugestivo ritmo visual. Os primeiros registros da imagem
se originaram desta sensibilização da película, produzindo cerca de três
minutos de linhas em preto e branco. A partir desse substrato de imagens, a
artista criou em laboratório um novo contraste em preto e branco e o reimprimiu
em filme colorido, usando filtros de cor que transformaram as linhas do desenho
de luz em cores fortes. O filme é composto, essencialmente, de linhas e
desenhos abstratos que se movimentam vertiginosamente. A artista ampliou a
experiência da percepção visual das imagens, projetando a obra como uma
filmeinstalação em três telas e sincronizado-as com a trilha sonora do grupo de
rock experimental alemão NEU!.
Regina Vater - Conselhos de Uma Lagarta (Advice From a Caterpillar. 1976. 2 Projetores Versão Digital) - Conselhos de uma lagarta é uma filmeinstalação montada de forma a relacionar duas telas dispostas em ângulo, uma em frente à outra. Numa tela há uma sucessão de imagens de pessoas filmadas em primeiro plano e olhando diretamente para a câmera. Numa outra, também olhando para a câmera, a própria artista é filmada em situações prosaicas – maquiada, despenteada, vestida para o trabalho etc. Intercalando às imagens, ela mostra anotações em inglês em uma agenda, que se referem ao texto de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carol. Ao indagar “Quem é você?” em voice over, a artista cria uma curiosa relação entre as imagens e o próprio espectador, que está inserido no campo da projeção, se tornando também um personagem da narrativa. Regina é uma das primeiras artistas no Brasil a trabalhar em suas obras a integração entre o audiovisual e as instalações, tendo realizado posteriormente vários trabalhos em vídeo, entre 1980 e 1990.
Regina Vater - Conselhos de Uma Lagarta (Advice From a Caterpillar. 1976. 2 Projetores Versão Digital) - Conselhos de uma lagarta é uma filmeinstalação montada de forma a relacionar duas telas dispostas em ângulo, uma em frente à outra. Numa tela há uma sucessão de imagens de pessoas filmadas em primeiro plano e olhando diretamente para a câmera. Numa outra, também olhando para a câmera, a própria artista é filmada em situações prosaicas – maquiada, despenteada, vestida para o trabalho etc. Intercalando às imagens, ela mostra anotações em inglês em uma agenda, que se referem ao texto de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carol. Ao indagar “Quem é você?” em voice over, a artista cria uma curiosa relação entre as imagens e o próprio espectador, que está inserido no campo da projeção, se tornando também um personagem da narrativa. Regina é uma das primeiras artistas no Brasil a trabalhar em suas obras a integração entre o audiovisual e as instalações, tendo realizado posteriormente vários trabalhos em vídeo, entre 1980 e 1990.
Roy Lichtenstein - Three Landscapes (1971. 3 projetores 35 mm. 3 telas back
projection. Versão
digital. Coleção Whitney Museum) - Uma obra pouco conhecida de Roy Lichtenstein,
exibida em uma única ocasião em 1971 e só recentemente restaurada pelo Whitney
Museum em seu formato 35mm original. Esta filmeinstalação é um exemplo
excepcional da experimentação de Lichtenstein com a forma e a matéria da
imagem, utilizando o dispositivo cinematográfico para representar e
redimensionar a impressão visual sobre fenômenos da natureza. É possível
perceber uma relação entre o filme e a série de colagens-paisagens realizadas
por ele nos anos 1964 e 1965, nas quais utilizava um processo de criação com
materiais heterogêneos: texturas plásticas e metálicas que refletiam a luz,
gerando efeitos semelhantes aos raios de sol e das ondas no mar. Aqui estes
elementos são justapostos às imagens cinematográficas captadas da própria
natureza, compondo paisagens sintetizadas como simulacros do real.
Stan Vanderbeek - Movie Drome (1968-2013. 10
projetores de vídeo. 3 projetores 16 mm. 4 projetores de slides. Copyright Stan
VanDerBeek Estate) - Instalação que recupera as imagens do Movie Drome
de 1965 e recria o espaço de exibição em formato de cúpula de 180 graus,
semelhante ao projeto original de VanDerBeek. Na época, as exibições utilizavam
projetores de 16 mm dispostos em superfícies giratórias, que permitiam mover o
foco de luz em várias direções. Sem uma narrativa pré-definida ou uma
orientação linear objetiva, estas imagens projetadas eram associadas a outras
projeções de slides, efeitos de iluminação e de sons previamente gravados. Na
versão atual, parte das imagens são exibidas em formato digital em combinação
com as projeções em 16 mm e diapositivos (slides),
como concebido pelo artista originalmente. VanDerBeek se interessava
essencialmente em propor formas experimentais de linguagem e comunicação, tendo
inclusive publicado em 1965 o manifesto Culture Intercom, no qual ele
utiliza a expressão cinema expandido, que se tornaria um conceito próprio do
gênero no campo do cinema e das artes visuais.
Tunga – ÃO (1981. 1 projetor de 16mm. Filme
em looping. 12 hastes. 2 caixas acústicas. Copyright Agnut Produções) - O
cinema foi uma linguagem não muito frequente no repertório de Tunga, mas mesmo
assim esta obra se insere integralmente no vocabulário estético do artista. Da
mesma forma em que a matéria plástica do aço, do vidro, da madeira, do cobre,
da argila, tão frequente em suas esculturas e instalações, era moldada em
formas simbólicas e orgânicas, representando questões filosóficas e
antropológicas da cultura brasileira, a filmeinstalação ÃO cria uma
transmutação entre a imagem, o som e o próprio dispositivo da projeção. No
espaço da instalação o espectador assiste ao interminável plano-sequência que
exibe o percurso circular por dentro de um túnel sem saída. Este trajeto
contínuo tem como trilha sonora um fragmento da canção Night and Day de
Cole Porter, interpretada por Frank Sinatra, que repete também infindavelmente
a frase que dá título à canção. Esta experiência visual e sonora também se
estende para uma percepção física, para o próprio espaço da exibição, no qual a
película de 16 mm circula além do carretel do projetor, transformando a sala em
cenário da representação. A obra de Tunga transporta a percepção do espectador
para uma dimensão sobrenatural, onírica. Cria outros significados para a
imagem, o som e o próprio devaneio do corpo, presente numa mediação dos
sentidos que se estabelece entre a experiência de ver, ouvir e estar.
Valie Export - Adjugated Dislocation (1973. 2
projeções em 8 mm. 1 projeção em 16 mm. Versão digital. Copyright Sixpack Film)
- Valie Export realizou nas décadas de 1960 e 1970 inúmeras experiências com o
cinema e a fotografia, relacionando o corpo, o espaço e a dimensão plástica da
imagem. Neste filme a percepção do ambiente e da continuidade do movimento é
captada por duas câmeras super-8 fixadas no peito e nas costas da artista. Uma
terceira câmera documenta o deslocamento que a artista realiza no processo de
captação das imagens, numa posição paralela e diametralmente oposta, movendo-se
em espaços diversos. Uma obra em que o corpo e não o olhar é o agente da imagem,
criando uma relação indissociável entre um e outro. O resultado final compõe a
obra que exibe as três perspectivas, projetadas em paralelo, de modo que o
processo da filmagem é apresentado ao lado da representação fílmica do
ambiente. Dislocation = distribuição espacial. Adjugated = união do que é
separado.
Fluxfilm Anthology - 35 filmes experimentais de curta-metragem (Distribuição Electronic
Arts Intermix. Copyright Anthology Film Archive) - Realizados nos anos
1960 e compilados por George Maciunas (1931-1978), fundador do Fluxus, Fluxfilm
Anthology é um seleção composta por 37 curtas-metragens que variam de 10
segundos a 10 minutos de duração. Esses filmes, alguns feitos para serem em
exibidos em looping, foram realizados como parte de happenings e performances
no contexto da arte experimental produzida em Nova Iorque. Feito por artistas
como Wolf Vostell, Yoko Ono, Dick Higgins, Pauls Sharits, entre outros, esses
filmes celebram a iconoclastia própria do movimento Fluxus. As sinopses foram
escritas originalmente por George Maciunas. Filmes experimentais transferidos
de formatos variados para suporte de vídeo:
Fluxfilm #2: Invocation Of Canyons And Boulders (For Stan Brakhage) -
Dick Higgins, 1966, 20s, p&b, sem som. Boca, movimentos de mastigação.
Fluxfilm #3: End After 9 - George Maciunas, 1966,
1min, p&b, sem som. Imagem com as palavras e o número do título, sem
câmera.
Fluxfilm #4: Disappearing Music For Face - Chieko Shiomi, 1966, 11min15s, p&b, sem som. Transição de um
sorriso para um não sorriso, filmado a 2000 quadros por segundo. A câmera
mostra apenas o close de uma parte da boca.
Fluxfilm #5: Blink - John Cavanaugh, 1966,
2min20s, p&b, sem som, Flicagem: alternância de quadros pretos e brancos.
Fluxfilm #6: 9
Minutes
- James Riddle, 1966, 9min45s, p&b, sem som. Contador de tempo, em segundos
e minutos.
Fluxfilm #7: 10
Feet - George Maciunas,
1966, 23s, p&b, sem som. Números de fita métrica em película não revelada,
3 metros de comprimento. Sem câmera. Ao final de cada metro de filme aparecem
os números 1, 2, e assim por diante, até 10.
Fluxfilm #8: 1000
Frames -
George Maciunas, 1966, 43s, p&b, sem som. Números de 1 a 1000 em película
não revelada.
Fluxfilm #9: Eye
Blink
- Yoko Ono, 1966, 15s, p&b, sem som. Câmera de alta velocidade, 200 quadros
por segundo. Imagem de um piscar de olhos.
Fluxfilm #10: Entrance
To Exit
- George Brecht, 1965, 7min, p&b. Transição suave e linear do branco para o
preto, passando por tons cinza, produzidos no tanque de revelação.
Desvanecimento da palavra ENTRADA escrita em fundo preto, na placa de uma
porta. As letras surgem por alguns segundos e, depois, desaparecem lentamente,
fundindo-se na cor branca. Cinco minutos de desvanecimento da cor preta e a
palavra SAÍDA surge, por alguns segundos, para também desaparecer dentro do
branco.
Fluxfilm #11: Trace #22
- Robert Watts, 1965, 3min, p&b, sem som. O filme começa com uma fotografia de
Marilyn Monroe e, em seguida, mostra um corpo feminino, filmado do umbigo para
baixo, contorcendo-se sob camadas de papel celofane.
Fluxfilm #12: Trace #23 -
Robert Watts, 1965, 3min, p&b, sem som. Começa com a imagem de uma linha de
demarcação de uma quadra de tênis de cimento. Uma mão aponta para uma paisagem
distante, em seguida, aparece o número 408 e depois 409 pintados em um busto
feminino. Uma mulher passa, insinuantemente, por entre as pernas e debaixo do
braço, diferentes objetos de plástico em formato de banana e de salsicha. O
filme termina com um ovo flutuando sobre a água.
Fluxfilm #13: Trace #24 -
Robert Watts, 1965, 4min20s, p&b, sem som. Sequência de imagens de raios-X de uma
boca e uma garganta comendo, salivando e falando.
Fluxfilm #14: One
- Yoko Ono, 1966, 5min, p&b, sem som. Câmera de alta velocidade, 2000 quadros por
segundo. Fósforo pegando fogo.
Fluxfilm #15: Eye
Blink -
Yoko Ono, 1966, 35s, p&b, sem som. Provavelmente, igual ao Nº 9.
Fluxfilm #16: Four - Yoko Ono, 1967,
6min15s, p&b, sem som. Sequências mostrando os movimentos das nádegas de
performers caminhando. Filmado a uma distância constante.
Fluxfilm #17: Five O'clock In The Morning - Pieter Vanderbeck, 1966, 5min20s, p&b, sem som. Imagens de um punhado
de pedras e castanhas caindo, filmadas com uma câmera de alta velocidade.
Fluxfilm #18: Smoking
-
Joe Jones, 1966, 5min10s, p&b. Imagens da fumaça de um cigarro filmadas com
uma câmera de alta velocidade, 2000 quadros por segundo.
Fluxfilm #19: Opus 74
- Version 2, Erik Andersen, 1966, 1min35s, p&b e cor. Exposição de
fotogramas coloridos. Surgem diferentes imagens em cada fotograma, vários
objetos em uma sala etc.
Fluxfilm #20: Artype
-
George Maciunas, 1966, 2min40s, p&b. Desenhos artísticos de símbolos e
signos projetando loops. Padrões de pontos de impressão do tipo Benday. Pontos,
linhas. Telas, linhas onduladas, linhas paralelas e outras em película não
revelada. Sem câmera.
Fluxfilm #22: Shout
-
Jeff Perkins, 1966, 2min10s, p&b, sem som. Close de dois rostos gritando um
com o outro.
Fluxfilm #23: Sun In Your Head (Television Decollage) - Wolf Vostell, 1963, 7min10s, p&b, sem som. Sequências de
fotogramas de imagens de cinema ou televisão, com distorções periódicas. São
imagens de aeronaves, homens e mulheres intercaladas por textos como:
‘silêncio, gênio trabalhando,’ e ‘eu te amo.’ O crédito final é:
"Televisão, décollage, Colônia, 1963".
Fluxfilm #24: Readymade
-
Albert Fine, 1966, 2min20s, p&b e cor, sem som. Tiras de teste de cor do
tanque de revelação.
Fluxfilm #25: The Evil Faerie - George Landow, 1966, 28s, p&b, sem som. Um homem no telhado
fazendo gestos ondulantes com as mãos. O filme é precedido pela foto de um
objeto em formato da letra ‘L’ em movimento. Ao final, surge a imagem breve de
uma ‘menina Kodak’.
Fluxfilm #26: Sears Catalogue 1-3 - Paul Sharits, 1965, 28s, p&b, sem som. Páginas animadas de um
catálogo da Sears.
Fluxfilm #27: Dots
1 & 2 -
Paul Sharits, 1965, 35s, p&b, sem som. Projeção de um único plano de pontos
animados na tela.
Fluxfilm #28: Wrist Trick -
Paul Sharits, 1965, 28s, p&b, sem som. Vários gestos de uma mão com uma lâmina de
barbear sobrepostos.
Fluxfilm #29: Word Movie -
Paul Sharits, 1966, 3min50s, p&b e cor. Plano único com animação de palavras.
Fluxfilm #30: Dance
-
Albert Fine, 1966, 2min23s, p&b, sem som. Rosto sorridente. Martelando um
tijolo. Close de um ouvido (em movimento?). Rosto se contraindo. Dançando em
uma perna. Rolando, contorcendo-se no chão. Socando a parede.
Fluxfilm #31:
Police Car -
John Cale, 1966, 1min17s, p&b e cor, sem som. Sequência subexposta das
luzes intermitentes de um carro de polícia.
Fluxfilm #36: Fluxfilm
Nº 36 -
Peter Kennedy; Mike Parr, 1970, 2min30s, p&b. Imagem de pés caminhando nas
bordas ao redor de todo plano.
Fluxfilm #37: Fluxfilm
No. 37 -
Peter Kennedy; Mike Parr, 1970, 1min30s, p&b, sem som. Rosto sendo
desfocado por camadas de fitas adesivas entre ele e a câmera.
Fluxfilm #38: Je Ne Vois Rien Je N'entends Rien Je Ne Dis
Rien - Ben Vautier, 1966, 7min32s, p&b, sem som. Nada ver, ouvir e
dizer. Ben está com a boca, os olhos e os ouvidos tapados.
Fluxfilm #39: La
Traversée Du Port De Nice Á La Nage - Ben Vautier, 1963, 3min15s, p&b, sem
som. Ben atravessa uma baía do porto de Nice, nadando completamente vestido.
Fluxfilm #40: Faire Un Effort - Ben Vautier, 1969, 2min13s, p&b, sem som. Erguer e segurar uma
cômoda.
Fluxfilm #41: Regardez
Moi Cela Suffit -
Ben Vautier, 1962, 6min48s, p&b, sem som. Sentado em um agradável passeio
público com o seguinte cartaz: Observe-me: isso é tudo.
Assessoria
de imprensa – Sesc Belenzinho
Período: 16/05 a 16/08/2017
VERBENA
COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena / João Pedro
Tel: (11) 2738-3209 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br
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