quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Estreia de Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro comemora 20 anos do grupo O Buraco d’Oráculo

Foto de Carlos Goff
Contemplado pela a 5ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro, o grupo paulistano O Buraco d’Oráculo comemora 20 anos de história com a montagem de Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro, cuja estreia ocorre no formato de circulação pelas cinco regiões da cidade de São Paulo.

As 20 apresentações, grátis, acontecem no período de 4 de fevereiro a 25 de março, privilegiando os espaços públicos ocupados por coletivo de artes.

O espetáculo, dirigido por Elizete Gomes, é uma intervenção urbana, um mosaico de poemas extraídos da obra de Ray Lima que foram costurados dramaturgicamente a partir do conceito da cenopoesia: expressão artística que mistura imagens, gestos, canções e palavras na composição de uma mesma expressão artística. Os fragmentos poéticos que permeiam a encenação convergem para um tema central: a séria questão político-social da disputa de poder.

Em cena, os atores Edson Paulo Souza, Lu Coelho, Luiza Galavotti, Mizael Alves e Nataly Oliveira interpretam poemas em formato de cenas, de poesia teatralizada que transita com leveza entre o cômico e o dramático, provocando o espectador, seja pela sutileza poética ou pela contundência dos temas sociais. Desta forma, O Buraco d’Oráculo ultrapassa os limites do teatro prosaico e do recital de poesias. As cantigas originais, executadas ao vivo, foram criadas por Júnior Santos e Ray Lima.

Os locais de apresentação são: Praça do Casarão (Jardim Helena), Teatro Flávio Império (Cangaíba), Teatro Pandora (Perus), Ocupação Casa no Meio do Mundo (Jardim Brasil), Largo São Bento (Centro), Cine Campinho (Jardim Bandeirantes), Conjunto Residencial Prestes Maia (Cidade Tiradentes), Centro Cultural Arte em Construção (Cidade Tiradentes) e Sarau Pretas Peri (Itaim Paulista), Comunidade Quilombaque (Perus), Ocupação Coragem (Itaquera), Parque São Rafael, Largo do Campo Limpo, Casa de Cultura Salvador Ligabue (Freguesia do Ó), Arsenal da Esperança (Bresser), CDC Vento Leste (Cidade Patriarca) e Ocupação Canhoba (Perus).

Segundo a diretora, a intervenção “faz uma colagem da obra do poeta Ray Lima, explorando diversos sinais, signos, sons, cores, movimentos, objetos e palavras que, somados, funcionam como dispositivos para a manifestação da liberdade entre os atores e o público”.  Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro é uma aposta do Buraco d’Oráculo no tênue limite entre a realidade e a representação artística, onde a mediação entre esses dois pontos é feita pelo espectador que ora atua, ora contempla, inserido em um espaço cênico profanado, que se move apenas pela força lírico-dramática-épica da cenopoesia.

Ficha técnica

Espetáculo: Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro
Textos e dramaturgia: Ray Lima
Direção: Elizete Gomes
Elenco: Edson Paulo Souza, Lu Coelho, Luiza Galavotti, Mizael Alves e Nataly Oliveira
Concepção de figurinos e adereços: Luciano Wieser com colaboração de Raquel Durigon
Músicas: Júnior Santos e Ray Lima
Preparação vocal: Cadu Wintter
Colaboração dramatúrgica: Luciano Carvalho
Projeto gráfico: Jadiel Lima
Técnico: Romison Paulo
Produção e idealização: O Buraco d’Oráculo
Apoio: Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo – 5ª Edição/2016

Sinopse: Intervenção teatral que utiliza a poesia de forma dramatúrgica, a partir dos princípios da cenopoesia em que imagens, gestos, canções e palavras se misturam. Os poemas aparecem em cenas fragmentadas que transitam entre o cômico e o dramático com leveza poética e também de forma contundente tocando em temas sociais.

Programação

4/2 (domingo, às 17h) – Pré-estreia
Local: Praça do Casarão - Rua São Gonçalo do Rio das Pedras, S/N - Vila Mara, São Miguel Paulista (estação Jardim Helena/Vila Mara da CPTM).

17 e 18/2 (sábado e domingo, às 17h)
Local: Teatro Flávio Império - Rua Prof. Alves Pedroso, 600 - Engenheiro Goulart, Cangaíba. Tel: (11) 2621-2719.

23/2 (sexta, às 19h)
Local: Ocupação CORAGEM - COHAB II - Rua Vicente Avelar, 53 - José Bonifácio, Itaquera (estação José Bonifácio da CPTM).

24/2 (sábado, às 16h)
Local: Parque São Rafael
Praça Oswaldo Luiz da Silveira, S/N - Parque São Rafael. (Região do Grupo Rosas Periféricas).

25/2 (domingo, às 16h)
Local: Largo do Campo Limpo
Largo do Campo Limpo S/N – Campo Limpo. (Região do Bando de Trapos / CITA).

2/3 (sexta, às 20h30)
Local: Casa de Cultura Salvador Ligabue (Biblioteca) - Largo da Matriz, S/N - Freguesia do Ó.
3/3 (sábado, às 19h)
Local: Comunidade Quilombaque - Travessa Cambaratiba, 5 - Perus.

4/03 (domingo, às 17h)
Local: Arsenal da Esperança - Rua Dr. Almeida Lima, 900 - Bresser.

9/03 (sexta, às 16h)
Local: CDC Vento Leste (Clube da Comunidade) - Rua Frederico Brotero, 60 – Jardim Tirana, Cidade Patriarca. (Espaço de atuação do Coletivo Dolores).

10/3 (Sábado, às 16h)
Local: Ocupação Artística Canhoba - Rua Canhoba, 299 – Vila Fanton, Perus. (Espaço do Grupo de Teatro Pandora).

11/3 (domingo, às 16h)
Local: Ocupação Casa no Meio do Mundo - Rua Itamonte, 2008 - Jardim Brasil. (Espaço do Coletivo Casa no Meio do Mundo).

15 e 16/3 (quinta e sexta, às 17h)
Local: Largo São Bento - Centro. Metrô São Bento.

17/3 (sábado, às 17h)
Local: Cine Campinho - Rua Alessio Prates, S/N - Jardim Bandeirantes. (Espaço do Coletivo Cine Campinho).

18/3 (domingo, às 16h)
Local: Conjunto Residencial Prestes Maia - Praça José Ribeiro Carvalhais, S/N - Cidade Tiradentes.

22 e 23/3 (quinta e sexta, às 17h)
Local: Largo São Bento - Centro. Metrô São Bento.

24/3 (Sábado, às 19h)
Local: Centro Cultural Arte em Construção - Av. dos Metalúrgicos, 2100 - Cidade Tiradentes. (Espaço do grupo Pombas Urbanas).

25/3 (domingo, às 17h)
Local: Sarau Pretas Peri - Rua Manuel Álvares Pimentel, 432 / 442 - Jardim Camargo Velho, Itaim Paulista.

Serviço

Espetáculo: Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro
Circulação: 4 de fevereiro a 25 de março
Ingressos: Grátis.
Classificação: Livre. Duração: 50 min. Gênero: Teatro de rua (Cenopoesia)
Informações: (11) 98152-4483
Programação completa: http://www.buracodoraculo.com.br/

 Cenopoetizar é perceber a vida ato de recriação constante, onde o cenopoeta / de corpo inteiro age cultura adentro, / rompendo com as barreiras do individualismo, / do ser ilhado e egoísta das multidões do consumo, / restabelecendo o diálogo ancestral entre ser e existir com o outro, / com  o prazer, a espontaneidade e o respeito de uma / criança que brinca à beira de um rio caudaloso / a interagir e aprender com o perigo de viver, sem medo de existir dignamente. / É arte que segue, vida que continua. (Lima, Ray)


Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
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