Crédito/foto: Pri Fiotti |
No
dia 20 de agosto, domingo, às 16
horas, entra em cartaz no Sesc Vila
Mariana o espetáculo Entre Mundos, montagem infantil com
narrativa visual, que segue em temporada até o dia 01 de outubro, sempre aos
domingos no mesmo horário.
Com
direção de Elisa Rossin, que também
assina a criação junto com os atores/intérpretes Gabriel
Bodstein
e Gabriela Cerqueira, Entre Mundos é um espetáculo com
máscaras teatrais, sem utilização de palavras, propondo uma experiência
sensorial para o público infantil.
No
enredo, duas criaturas nascem diante dos olhos do público. São seres
embrionários, figuras mascaradas, com formas e tempo próprios. Movidos pela
curiosidade, eles descobrem que possuem em si mesmos um misterioso portal que
lhes permite transitar por diferentes dimensões. Nessa encantada aventura, eles
conhecem lugares inusitados e inesperados como a terra dos dinossauros, o fundo
do mar, a agitação de uma grande cidade, a aridez do deserto e o interior
escuro de uma caverna, entre outros.
A concepção é calcada na narrativa visual, utilizando a máscara como objeto estético definidor de linguagem, construída pelo jogo de imagens. As máscaras cobrem o rosto dos intérpretes, propondo uma encenação simples, elementar e poética. Sem o uso da palavra falada, propicia aos pequenos espectadores uma experiência teatral contemplativa, sensorial e lúdica, despertando o espírito imaginativo do brincar, tocando em camadas sutis de percepção.
Essa composição teatral visual é estruturada por um roteiro simplificado de ações que remete ao storyboard dos desenhos animados ou à sequência das tirinhas das histórias em quadrinhos. Dessa forma, a dramaturgia é construída em cenas curtas e independentes, que obedecem ao esquema clássico com início-meio-fim. Entre Mundos apresenta uma realidade que é moldável e se constrói como haicais ou pequenos poemas visuais e sonoros. O palco se transforma em matéria imaginária, convidando crianças e adultos a mergulharem nas infinitas possibilidades de ser e estar no mundo.
“Um espetáculo que inventa outros mundos e tempos (dentro da gente). O tempo da peça é o da poesia – aquela que faz perguntas, leva a contemplar, escava medos, cria pausas e faz rir e devanear acordado”. (Gabriela Romeu - @_gabrielaromeu_)
“A concepção é toda
voltada para que a gente sinta as cenas com a nossa imaginação, com nossa
disposição para entrar no jogo. (...). Mas o melhor é sair de lá sabendo que
nada, nenhuma palavra ou sentença dará conta de descrever todas as
possibilidades infinitas sugeridas em cena. Os múltiplos gestos, os jogos de
corpos, os sons guturais, a escatologia pueril, a sonoplastia ardilosa, a
trilha marcante. Que belo trabalho de trilha sonora e de luz.” (Dib Carneiro Neto / Pecinha É a Vovozinha)
Sobre a encenação
Esse portal, que transporta os protagonistas aos diversos “mundos”, é representado por uma fita elástica, por onde eles entram e saem das variadas situações. A trilha sonora é quase uma terceira personagem que interage com os intérpretes, situando os espaços e as aventuras numa sensorial experiência. É pelo som que a plateia identifica os ambientes onde as criaturas se encontram, e sentem com elas as emoções de cada descoberta. A metrópole aparece nos apitos, ruídos dos carros, barulhos de obras; os dinossauros chegam com seus passos pesados e grunhidos; o deserto traz uma assustadora e divertida ventania; o mar apresenta suas criaturas e ondas; na chuva é necessário se abrigar; o pio da coruja assusta na noite escura; a festa de carnaval contagia com muitos sons, música e dança; e tantas outras surpresas e sensações acometem as personagens e também a plateia.
“Dirigir um espetáculo sem palavras é provocar o imaginário, mergulhar em outras camadas comunicativas, aguçar os sentidos, expandir a compreensão para além do racional”, comenta Elisa Rossin. “Nossa proposta foi usar a máscara sem muito nos preocuparmos com conceitos, regras e definições. Ela é usada mesmo como um embrião, que projeta sobre si muitas possibilidades. As figuras mascaradas se comunicam com o público por uma frequência própria e uma lógica não verbal. É o espírito, a energia da criança que circula dentro delas: inquietas, curiosas, por vezes assustadas, entregues por inteiro no instante do presente”, finaliza a diretora.
FICHA
TÉCNICA - Criação
e roteiro: Elisa Rossin, Gabriel Bodstein
e Gabriela Cerqueira. Direção: Elisa
Rossin. Atuação: Gabriel Bodstein e
Gabriela Cerqueira. Trilha sonora:
Alex Huszar, Max Huszar e Thomas Huszar. Direção
de arte: Maria Zuquim. Iluminação:
Gabriel Greghi. Preparação corporal:
Lívia Seixas. Criação de máscaras:
Elisa Rossin e Gabriel Bodstein. Confecção
de máscaras: Gabriel Bodstein. Costura:
Rita de Cássia e Mônica Rocha. Assistência
em costura: Bruna Vizer. Operação de
som: Max Huszar. Operação de luz:
Gabriel Greghi. Ilustração e design
gráfico: Nathália Ernesto. Idealização
e coordenação de projeto: Gabriel Bodstein e Gabriela Cerqueira. Produção: Pulo do Gato Produções
Artísticas. Realização: Sesc São
Paulo.
Serviço
Espetáculo
infantil: Entre Mundos
Temporada:
20 de agosto a 01 de outubro de 2023
Horário:
Domingos, às 16 horas.
Ingressos:
R$ 25,00 (inteira), R$ 12,50 (estudante, servidor de escola pública, idosos,
aposentados e PCD),
R$ 8,00 (Credencial Plena) e Gratuito (para crianças até 12 anos).
Vendas:
Portal Sesc e bilheterias das unidades, a partir de 9/8, às 17h.
Duração: 50 minutos. Recomendação etária: 4 anos. Classificação: Livre.
Sesc Vila Mariana
Local:
Auditório (200 lugares)
Rua
Pelotas, 141 - Vila Mariana. São Paulo/SP.
Telefone: (11) 5080-3000.
Site: sescsp.org.br/vila-mariana |
Nas redes: @sescvilamariana.
Bilheteria: terça a sexta,
das 9h às 20h30; sábado, das 10h às 18h e das 20h às 21h; domingos e feriados,
das 10h às 18h.
Estacionamento: R$ 5,50 a
primeira hora + R$ 2,00 a hora adicional (credencial Plena: trabalhador no
comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). R$ 12
a primeira hora + R$ 3,00 a hora adicional (outros).
Paraciclo: gratuito (obs.: é necessário a utilização travas de seguranças). 16 vagas
Sobre a equipe de criação
Elisa Rossin – Elisa é diretora cênica, atriz, figurinista e diretora de arte. Doutora em Artes Cênicas pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. É integrante da Cia. do Quintal (São Paulo/SP), desde 2012. Ministra cursos de atuação com máscaras na Escola do Quintal e na Escola de Palhaças, em São Paulo. Realizou estágios artísticos com a companhia teatral alemã Familie Flöz, em Berlim, nos anos de 2008 e 2009. Participou do seminário internacional de criação de máscara Arte dela Maschera, no Centro Maschere e Strutture Gestuali - Museo dela Maschera, em Albano Terme, Itália, com Donato Sartori. Ministrou o curso Corpo-Máscara, no Programa de Pós-graduação Latu Sensu de Direção e Atuação da Escola Superior de Artes Célia Helena (São Paulo, 2014 a 2016).
Gabriel Bodstein - Gabriel é ator, diretor e pesquisador. Formado pela Escola de Arte Dramática (EAD/ECA/USP), dedica-se à pesquisa da máscara teatral pelo estudo de sua confecção e utilização, pela criação e atuação em espetáculos. Mantém, desde 2005, parceria de criação com o Barracão Teatro – referência brasileira na pesquisa com a máscara teatral, onde atuou em montagens como Diário Baldio e Freguesia da Fênix, com direção de Tiche Vianna. Em 2015, estreou seu primeiro trabalho autoral, o solo A Vedete, em que atua e dirige. Sua formação na linguagem da máscara passa ainda por experiências com artistas como Enrico Bonavera, Venício Fonseca, Erika Rettl, Esio Magalhães, Fernando Linares, Fernando Martins, Daniela Carmona, Luís Louis, Cristiane Paoli Quito, Liane Venturelli e Fábio Cuelli.
Gabriela Cerqueira - Artista/atriz formada
pela Escola de Arte Dramática (EAD/ECA/USP), Gabriela é Integrante fundadora do
Grupo 59 de Teatro onde atua nos espetáculos: Histórias de Alexandre, dirigido por Cristiane Paoli Quito (Prêmio
São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem, nas categorias melhor trilha
adaptada, melhor direção e prêmio especial pelo domínio criativo dos recursos
de narração de história); O Gato Malhado
e a Andorinha Sinhá, também dirigido por Paoli Quito; Mockinpó - Estudo Sobre um Homem Comum, dirigido por Claudia
Schapira; A Última História, dirigido
de Tiche Viana; e Terra à Vista,
dirigido por Fabiano Lodi.
Informações à imprensa
| Espetáculo
VERBENA Assessoria | Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181- verbena@verbena.com.br
Informações
à Imprensa | Sesc Vila Mariana
Estevão Denis Silveira | Rafael Nicolas
Tel.:
5080-3011 / 5007 l imprensa.vilamariana@sescsp.org.br
sescsp.org.br/vila-mariana | @sescvilamariana
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