terça-feira, 27 de agosto de 2024

III Festival SP Choro In Jazz acontece de 6 a 8/9 no Teatro Paulo Eiró, em São Paulo, e na Escola dos 7 Portões, em Araçariguama

Entre os dias 6 e 8 de setembro, de sexta a domingo, acontece a terceira edição do Festival SP Choro in Jazz, com programação no Teatro Paulo Eiró, zona sul da capital, e na Escola dos 7 Portões, em Araçariguama, SP. O evento - com direção musical assinada por Filó Machado - tem ingressos gratuitos em todos os concertos e atividades.

O Festival também faz homenagem ao choro, manifestação musical nascida no Brasil, há mais 150 anos, que recentemente tornou-se patrimônio imaterial da humanidade pelo IPHAN. Nos três dias do FSPCJ, acontece sessão de projeção mapeada na fachada do Teatro Paulo Eiró, às 19h, durante a performance aérea do Grupo Ares

O duo de piano Léa Freire e Thais Nicodemo (6/7, às 20h) abre o Festival, no Teatro Paulo Eiró, onde ocorrem também as demais atrações programadas para São Paulo: show Tati de Paula e Shu Sigolo (7/9, às 18h); show Jazzmin’s Big Band (7/9, às 20h); aula-espetáculo com Chorando as Pitangas, João Poleto, Alessandro Penezzi e Julio Cesar Barro (8/9, às 11h); Roda de Choro com Chorando as Pitangas, João Poleto, Alessandro Penezzi, Julio Cesar Barro, Stanley Carvalho e Cleber Silveira (8/9, às 12h); show Fabio Bergamini e Marcus Simon (8/9, às 15h); Ricardo Vignini e O Gajo (8/9, às 17h); e Lula Barbosa convida Amandha e Selma Fernands (8/9, às 19h).

A programação na Escola dos 7 Portões, em Araçariguama, acontece no dia 7/9, sábado, com as seguintes atrações: concerto comentado (Ressonâncias) com Antônio Loureiro e Rafael Martini (10h); oficina Improvisação intuitiva: Diálogos entre o Jazz e a Música Brasileira (11h), com Filó Machado; oficina A Tradição Oral nos Ritmos Brasileiros: Diálogos entre o Konnakol Indiano e a Música Brasileira (12h), com Fabio Bergamini; oficina História Ilustrada do Choro (14h), com Roberta Valente e participação de Zé Barbeiro e Stanley Carvalho; show Olivia Mônaco e Leo Bergamini (15h); aula-espetáculo com Escola de Choro de São Paulo (16h); e show com músicos da Escola do Choro de São Paulo (17h).

Idealizado e dirigido por Adriana Belic, o Festival SP Choro in Jazz busca evidenciar criações da música instrumental brasileira, do chorinho e do jazz, com gratuidade em toda a programação. Segundo a idealizadora Adriana Belic, “entre outros motivos, a realização de um festival com esse perfil contribui não só para o reconhecimento da importância desses gêneros musicais, mas também para que as novas gerações de apreciadores da música brasileira possam ouvi-los e conhece-los”. Além de Filó Machado na direção musical, a ficha técnica tem Fabio Bergamini na direção das oficinas, Roberta Valente na curadoria de chorinho e Belic Arte.Cultura na produção geral.

Em 2024, o festival foi contemplado pelo Edital Lei Paulo Gustavo 21/2023 - Difusão Cultural, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo.

Serviço | Programação

III Festival SP Choro in Jazz
De 6 a 8 de setembro de 2024 - Sexta, sábado e domingo
Onde: Teatro Paulo Eiró (São Paulo/SP) e Escola dos 7 Portões (Araçariguama/SP)
Ingressos: Gratuitos - Distribuição e inscrições nos locais, 1h antes.
Horários: Diversos. Classificação: Livre.
Acesse a programação nas redes sociais: @festivalspchoroinjazz
Locais com acessibilidade. Apresentações com intérprete de Libras.
FOTOS + programação: FOTOS e PROGRAMAÇÃO completa - Clique aqui!! 

Teatro Paulo Eiró - Teatro e fachada
Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro. São Paulo/SP - 04733-100.
Metrô Adolfo Pinheiro. Tel.: (11) 5546-0449. 467 lugares. Acessibilidade. 

6/9 - Sexta-feira
20h - Concerto: Léa Freire e Thais Nicodemo 

7/9 - Sábado
18h - Show: Tati de Paula e Shu Sigolo
20h - Show: Jazzmin’s Big Band 

8/9 - Domingo
11h - Aula-espetáculo: Chorando as Pitangas, Alessandro Penezzi, João Poleto e Julio Cesar Barro
12h - Roda de Choro: Chorando as Pitangas, Alessandro Penezzi, Cleber Silveira, João Poleto, Julio Cesar Barro e Stanley Carvalho
15h - Concerto: Fabio Bergamini e Marcus Simon - em Akshara – Percussão Cósmica

17h - Show: Ricardo Vignini e O Gajo (PT) - em Terra Livre
19h - Show - Lula Barbosa convida Amandha e Selma Fernands

6, 7 e 8/9 - Sexta e sábado (19h) - Domingo (12h e 19h)
Site Specific: Grupo Ares - Performance aérea com homenagem ao chorinho em projeção mapeada (fachada)

Escola dos 7 Portões
Estrada São Roque a Araçariguama, 1.971, Araçariguama/SP - 181147-000.
Tel.: (11)  99259 909. 278 lugares. Acessibilidade. 

7/9 - Sábado
10h Concerto comentado: Antônio Loureiro e Rafael Martini - em Ressonância
11h - Oficina: Improvisação intuitiva: Diálogos entre o Jazz e a Música Brasileira - com Filó Machado
12h - Oficina: A Tradição Oral nos Ritmos Brasileiros: Diálogos entre o Konnakol Indiano e a Música Brasileira - com Fabio Bergamini
14h - Oficina:  História Ilustrada do Choro - com Roberta Valente, participação especial de Zé Barbeiro e Cleber Silveira
15h - Show: Olivia Mônaco e Leo Bergamini - em O que Nasce do Rio É Doce
16h - Aula-espetáculo: Escola de Choro de São Paulo
17h - Show: Escola do Choro de São Paulo

ATRAÇÕES - TEATRO PAULO EIRÓ

Léa Freire e Thais Nicodemo (6/9, às 20h)

Léa Freire é pianista, flautista, compositora, arranjadora e orquestradora. Thais Nicodemo é pianista, compositora, arranjadora e produtora. No Festival SP Choro in Jazz as artistas apresentam concerto em duo de pianos, cujo repertório é formado por composições de Léa, como “Vento em Madeira”, “Mamulengo”, “Copenhaguen”, “Temperança”, “Turbulenta”, “Brincando com Theo”, “Samba da Lana” e “Sem Dó Nem Piedade”. O programa traz ainda “Trani”, música de Thais Nicodemo.

Léa Freire iniciou a carreira musical nos anos 1970, como flautista autodidata. E em 2022, celebrou 50 anos de carreira. Em sua trajetória comprovou, rompendo as fronteiras entre erudito, popular e jazz. Realizou várias turnês com seus discos nos Estados Unidos, Portugal e Inglaterra. Celebrada compositora, tem parcerias com Joyce Moreno lançadas; dois CDs lançados com trombonista Bocato - Antologia da Canção Brasileira I e II; três CDs com Amilton Godoy, sendo o mais recente Novos Caminhos; fundou o grupo Vento em Madeira (2009) com o qual gravou três CDs. Gravou, na Dinamarca, o CD Waterbikes. Em 2020, lançou CinePoesia, disco solo de piano, acompanhado por uma série de filmes criados por Lucas Weglinski. Como arranjadora e orquestradora atua com o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo e em concertos com orquestras no Brasil e no exterior. Criou a Maritaca Discos, gravadora que há mais de 25 anos dedica-se ao cenário instrumental brasileiro. Em 2022, fez uma série de concertos e gravações no EUA com os flautistas Keith Underwood e Ali Ryerson, junto com o pianista Felipe Senna e o Toomai Quintet. A Música Natureza de Léa Freire é o documentário de Lucas Weglinski que entrou em circulação nacional, recentemente. Thais Nicodemo é pianista, compositora, arranjadora e docente do Departamento de Música do Instituto de Artes, da Unicamp. Faz parte da cena da canção e da música instrumental de São Paulo, atuando ao lado de artistas como Léa Freire, Tatiana Parra, Tarita de Souza, Juçara Marçal, Verônica Ferriani, Juliana Amaral, Renato Braz, Alessandra Leão e outros. Na Unicamp é uma das coordenadoras do Laboratório de Pianoe responsável pelas disciplinas práticas da área de piano popular; atua na pós-graduação em musicologia e performance, com foco em música popular. Possui experiência como pesquisadora na Universidade de Lisboa, Universidade de Bolonha, Universidade de Roma, La Sapienza, Berklee College of Music e Instituto de Estudos Brasileiros, da USP. É autora do capítulo A Case Study of Brazilian Music and Censorship, no Oxford Handbook of Music Censorship (org. HALL, Patricia. Oxford University Press, 2017).

Tati di Paula e Shu Sigolo (7/9, às 18h)

As musicistas Tati di Paula (piano e voz) e Shu Sigolo (bateria) apresentam um show regado a muita brasilidade, nos ritmos, nas composições e nos arranjos. A apresentação conta com participação de Renê Ricardo no contrabaixo. No repertório estão canções como "Se Todos Fossem Iguais a Você" (Tom Jobim e Vinícius de Morais), "Lilás" (Djavan) e "Altar Particular" (Maria Gadú), entre outras. A paulistana Tati de Paula perdeu a visão quando, recém-nascida, teve descolamento de retina na incubadora.  Iniciou na música aos oito anos, tendo o primeiro contato com o teclado. Sua formação, em grande parte, se deu de forma autodidata. Mais tarde começou a cantar. Na igreja, atua como tecladista e cantora, também compõe canções em parceria com a irmã. Paralelamente, desenvolve trabalho de releitura de obras da música popular brasileira. Estudou Musicografia Braille, Teoria Musical e História da Música. Em 2010, lançou o disco Desejos (independente), tendo como carro-chefe a canção homônima junto a clássicos nacionais. Em 2018, iniciou aperfeiçoamento técnico em piano popular com Karlinhos Ferreira.

Jazzmin’s Big Band (7/9, às 20h)

Pioneira como grupo exclusivamente feminino, a Jazzmin’s Big Band reúne 17 instrumentistas de diferentes tendências musicais e gerações. Idealizada pela saxofonista Paula Valente e pela pianista Lis de Carvalho, apresenta uma sonoridade particular tendo na formação vibrafone, clarinete, clarone, trompa e flautas, além dos instrumentos tradicionais de uma big band. A Jazzmin’s estreou em 2017 no 7º Festival Jazz na Fábrica (Sesc Pompeia) e vem se apresentando em espaços e festivais, incluindo Rio Montreux Jazz Festival e as séries Instrumental Sesc Brasil e TUCCA Concertos Internacionais.  A banda ganhou o Prêmio Profissionais da Música - Orquestras e lançou o CD QuandoTe Vejo - Jazzmin’s Big Band (2021). O repertório privilegia a música brasileira e apresenta composições originais e arranjos feitos especialmente para esta formação: “Feminina” (Joyce Moreno, arr. Rodrigo Morte) e “Se as estrelas falassem (Elisete Cardoso, arr. Rodrigo Morte, “Alguém Me Avisou” (D. Ivone Lara, arr. Paulo Malheiros) “Essa Mulher” (Joyce Moreno e Ana Terra, arr. Paula Valente), “Dois Amores” (Fátima Guedes, arr. Tiago Costa), “Pagu” (Rita Lee, arr. Rafael Rocha), “Corta Jaca” (Chiquinha Gonzaga, arr. Rafael Rocha), “Esperança” (Lis de Carvalho, arr. Rodrigo Morte) e “Frevo in Changes”, “7X1” e “Fanka” (comp. e arr. Gê Cortes).

Chorando as Pitangas (aula-espetáculo - 8/9, às 11h)

 

A aula-espetáculo com o grupo Chorando as Pitangas e convidados estimula a reflexão cultural e histórica do Brasil a partir da história de sua música, intercalando-se músicas emblemáticas e textos falados sobre temas diversos. A plateia se encanta com a beleza e profundidade da música popular brasileira e seus intérpretes. O objetivo é mostrar como “funciona” um grupo, como os instrumentos dialogam entre si, a função de cada instrumento dentro do grupo etc. Cada músico fala sobre si e seus instrumentos, com muito humor, descontração e leveza. O grupo tem um trabalho sólido, construído em 20 anos de existência e registrado em três CDs. Nesta apresentação, o Chorando as Pitangas, formado por Vitor Lopes (gaita), Roberta Valente (Pandeiro), Milton Mori (bandolim), Ildo Silva (cavaquinho) e Gian Correa (violão de 7 cordas), recebe os músicos João Poleto (sax e flauta), Alessandro Penezzi (violão) e Julio Cesar Barro (percussão). Logo após a aula-espetáculo, o grupo e seus convidados fazem uma grande rode de choro, quando recebem mais dois convidados. Repertório:

Roda de Choro - Chorando as Pitangas e Alessandro Penezzi, Cleber Silveira, João Poleto, Julio Cesar Barro e Stanley Carvalho (8/9, às 12h)

Com um trabalho sólido, de mais de 20 anos e três CDs lançados, o grupo Chorando as Pitangas - formado por Vitor Lopes (gaita), Roberta Valente (Pandeiro), Milton Mori (bandolim), Ildo Silva (cavaquinho) e Gian Correa (violão de 7 cordas) - comanda uma Roda de Choro com participação de músicos convidados, mestres do choro. São eles: Alessandro Penezzi (violão), Cleber Silveira (acordeon), João Poleto (sax e flauta), Julio Cesar Barro (percussão) e Stanley Carvalho (clarinete) e. O espetáculo traz uma diversidade de timbres, instrumentos e gerações extremamente ricas.

Chorando as Pitangas nasceu no início dos anos 2000, e logo de estabeleceu como uma das principais referências do choro paulista, tocando ao lado de Paulo Moura, Yamandu Costa, Proveta e outros. Em 2005, gravou seu primeiro CD, que rendeu a Vitor Lopes o Prêmio APCA de Instrumentista do ano. Em 2013, gravou o segundo disco, Um Passeio na Benedito Calixto, seguido por Terceira Dose, disco autoral, em 2022, com a participação de Ricardo Herz, Chico Pinheiro e Barbatuques. Alessandro Penezzi (Piracicaba, SP) é um dos virtuoses do violão brasileiro. Seus concertos já foram vistos em países como EUA, Rússia, Japão, Gabão, Angola, Itália, Alemanha, Dinamarca, Kosovo, Macedônia, Bélgica, Holanda, Argentina, Uruguai, Colômbia, Marrocos e Portugal. Formado em Música Popular pela Unicamp com especialização em Processos Criativos pela Faculdade Souza Lima, ministra cursos, oficinas e seminários em festivais no Brasil e no exterior. Multi-instrumentista - toca violão de 7 cordas, violão tenor, cavaquinho, bandolim e flauta - e compositor fecundo teve destaque nos prêmios Visa MPB Instrumental (2001), Tim de Música Brasileira (2006), Shell de Teatro e Prêmio da Música Brasileira (2006). Cleber Silveira é considerado um virtuose do acordeon, sendo um dos instrumentistas mais requisitados de São Paulo. Dono de excepcional técnica e muito bom gosto, Cleber segue a antiga escola musical dos regionais de choro, inspirado em grandes acordeonistas como Orlando Silveira, Caçulinha e Luiz Gonzaga. Já se apresentou com Inezita Barroso, Cauby Peixoto, Ângela Maria, Wanderléa, Sérgio Reis, Claudette Soares, Carmen Queiroz muitos outros. 

Fábio Bergamini e Marcus Simon: Akshara - Percussão Cósmica (8/9, às 15h)

Formado pelo músico compositor Fabio Bergamini em parceria com o percussionista e musicoterapeuta Marcus Simon, o Akshara - Percussão Cósmica é um projeto que traz o universo percussivo como protagonista, tanto na criação das composições originais, quanto em arranjos de músicas conhecidas adaptadas para os mais diversos instrumentos de percussão brasileiros e de outras culturas mundiais. Instrumentos melódicos como o handpan, o balafon africano, a mbira, a marimba de vidro e o kântele compõem esse universo de sonoridades, junto a ouros como tabla indiana, djembê, kalimba, taças tibetanas, gongos, frame drums e instrumentos eletrônicos. Bergamini e Simon são percussionistas, pesquisadores, compositores, musicoterapeutas e professores. O espetáculo trabalha as diversas facetas do universo percussivo, desde as percussões melódicas e paisagens sonoras, até os ritmos e timbres das mais diversas culturas do planeta, criando assim uma linguagem ímpar e uma experiência sinestésica com elementos trazidos tanto da “world percussion”, quanto do soundscape e do sound healing (terapia do som). 

Ricardo Vignini e O Gajo - Terra Livre (8/9, às 17h)

Esse é um encontro transatlântico dos violeiros O Gajo (João Morais), na viola campaniça de Lisboa, e Ricardo Vignini, na viola caipira de São Paulo. O show é baseado no álbum Terra Livre (2023 - vinil e CD), território exploratório dos violeiros, que têm suas origens ligadas ao rock, no qual expandem os seus horizontes criativos sem fórmulas ou regras pré-definidas. O disco e o show trazem a fusão de dois diferentes países e, ao mesmo tempo, com povos tão parecidos. Uma união singular faz de Terra Livre um grito pela liberdade em um mundo cheio de intolerâncias. O álbum foi lançado nas plataformas de streaming, e as apresentações aconteceram em Portugal, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, seguindo também para Coimbra, Braga e Évora. Agora, em Setembro, é a vez do Brasil receber a turnê do duo. Uma sintonia musical surgiu na participação de Vignini no disco Não Lugar, do Gajo (2023). Rapidamente surgiu numa regular troca de ideias e vontade de cruzar os dois mundos artísticos e culturais que caracterizam os tocadores. No Brasil, Ricardo Vignini, que tem uma carreira solo de 20 anos, leva a sua viola caipira em grandes viagens, desde as referências tradicionais a abordagens mais personalizadas e contemporâneas. Em Portugal, O Gajo, com uma trajetória de sete anos, faz um caminho similar levando a sua tradicional viola campaniça para territórios artísticos mais urbanos e atuais, inspirado na sua carreira musical de mais de 25 anos ligada ao rock.

Lula Barbosa convida Amandha e Selma Fernands (8/9, às 19h)

O cantor, violonista e compositor Lula Barbosa apresenta o show show Amigos, Sonhos e Canções, no qual convida as cantoras Amandha e Selma Fernands para apresentar um primoroso repertório. A formação instrumental tem Lula ao violão, Omar Campos na guitarra, Sidão no baixo e Jica na percussão. No roteiro, composições de Lula como “Mira Ira” (com Vanderlei de Castro), “Tempo de Fé”, “Um Menino e Seu Violão”, “Moleca” (com Ary Marcos) e “Rio Potengi” (parceria com Almir Padilha), além de “Brincos” (de Amaury Falabella).

Paulistano de belíssimo timbre vocal, Lula Barbosa iniciou sua carreira aos 15 anos, na efervescência do final dos anos 70, com o seu Grupo Semente. No início dos anos 80, lançou em carreira solo. Gravou o primeiro compacto, em 1981, e em 1982 cantou no LP Cau Pimentel Entre Amigos. Quatro anos mais tarde, ficou em segundo lugar no Festival dos Festivais, da Rede Globo, com “Mira Ira”. Suas músicas foram gravadas por Roberto Carlos, Fábio Jr. e Jair Rodrigues, Jessé, Sergio Reis. Em 2000 interpretou “Brincos” (Amauri Falabella) que ganhou o prêmio Preferência do Público no Festival da Música Brasileira, na Globo. Seus CDs autorais são Os Tempos São Outros, A Voz do Violão (indicado ao Prêmio Sharp), Amigos, Sonhos e Canções (indicado ao Prêmio TIM), Mar de Espanha (parceria com Ricardo Castro), Simplesmente Assim e A Casa de Don Inácio (parceria com Zéca Aquino). Já tocou em cidades por todo o Brasil e fez show em New Jersey, USA (Selebrate Southlake, Texas 7) representando o Brasil na música popular brasileira. Amandha, de Montes Claros (MG) radicada em São Paulo, é cantora, compositora e educadora. Imprime em sua arte musical tons da sua ancestralidade em clássicos do MPB, jazz brasileiro, forró, samba e bossa nova. Recentemente Amandha lançou seu primeiro single como interprete, Teletransportar. Selma Fernands - paulista de Itapevi – apresenta um trabalho musical contemporâneo com influências da música mineira, do jazz, do blue e do samba. Participando do The Voice 2005 (Rede Globo), a cantora lançou dois discos: Tudo É Rarefeito e Samba de Maria.

Grupo Ares

Criado em 2010, dirigido por Monica Alla, o Ares é um núcleo artístico de pesquisa e criação que tem como principal objetivo buscar a verticalidade em cena por meio dos mais diferentes aparelhos aéreos, unindo-os à dança, ao teatro físico e ao circo contemporâneo para a criação de espetáculos, performances e intervenções. Usando estas linguagens, as criações sempre buscam mudar a perspectiva da cena e contrapor o virtuosismo e a força do movimento à sensibilidade e leveza do voo, do salto. O Grupo Ares faz da busca por novas possibilidades estéticas e de estados corporais o seu grande desafio, colocando os corpos e as ideias no ar. A escolha de locais inusitados para as apresentações também é uma característica do trabalho do grupo, que já performou em fachada de prédios de São Paulo (e de outras cidades), em piscinas, galerias de arte, espaços públicos diversos, além de teatros convencionais.

ATRAÇÕES - ESCOLA DOS 7 PORTÕES

Antonio Loureiro e Rafael Martini - Ressonância (concerto comentado, 7/9, às 10h)

Antonio Loureiro e Rafael Martini são parceiros na música, há 15 anos. Iniciando a história conjunta como músicos da banda do cantautor Kristoff Silva, tiveram uma experiência com a canção em seu entendimento, sua execução e sua gênese. Os dois foram também membros fundadores de grupos de música instrumental - Misturada Orquestra, Associação Livre e Ramo (Prêmio Pixinguinha / FUNARTE e Marco Antônio Araújo de melhor disco instrumental do ano de 2009). Transitam entre as linguagens da canção e da música instrumental como choro e jazz contemporâneo, como pode ser conferido nos trabalhos solo e no álbum do duo, Ressonância, que coloca em evidência a influência mútua entre os músicos, deixando-se escutar, justamente, a ressonância das musicalidades nas obras de cada um, em músicas inéditas e releituras de faixas de álbuns individuais, nas quais arranjos e espontaneidade se confundem. Tocando simultaneamente vários instrumentos e cantando, o duo alcança sonoridades surpreendentes. Antonio assume a bateria, synths, piano acústico e elétrico; Rafael, o piano, synth, eletrônica e acordeon. Os dois dividem os vocais. Além de Antonio e Rafael, o disco tem os letristas Renato Negrão, Makely Ka e Leonora Weissmann. Produzido por André Mehmari, o álbum foi gravado ao vivo e tem como parceiro o selo Japonês NRT.

Improvisação intuitiva: Diálogos Entre o Jazz e a Música Brasileira - com Filó Machado (oficina, 7/9, às 11h). Inscrições no local.

Nessa aula magna, o multi-instrumentista, compositor, arranjador e violonista brasileiro Filó Machado fala sobre improvisos e as principais técnicas vocais, demonstrando a utilização da voz com os ritmos brasileiros. Na aula expositiva Filó faz demonstrações de técnica vocal, além orientar os participantes sobre prática de repertório. A atividade é indicada para musicistas em geral, em especial cantores, violonistas/guitarristas. Os participantes devem levar seus instrumentos.

A Tradição Oral nos Ritmos Brasileiros: Diálogos Entre o Konnakol Indiano e a Música Brasileira - com Fabio Bergamini (oficina, 7/9, às 12h). Inscrições no local.

Na oficina, o percussionista Fabio Bergamini compartilha um pouco de sua trajetória como professor e pesquisador. Aborda sobre o método de aprendizagem dos ritmos, tanto no contexto da música popular brasileira como na música carnática do sul da Índia, na qual o uso de sílabas onomatopaicas são usadas como ferramenta da expressão rítmica na linguagem chamada Konnakol. Bergamini conduz o público em algumas vivências práticas relacionando as sílabas indianas com ritmos brasileiros, e também apresenta algumas de suas composições feitas ao longo de suas viagens pela África, Índia, Portugal e EUA. Fabio lança, em breve, um novo álbum dedicado às percussões do mundo, e nessa oficina dá uma prévia das composições estarão nas plataformas digitais.

História Ilustrada do Choro - com Roberta Valente e participação de Zé Barbeiro e Cleber Silveira (oficina, 7/9, às 14h). Inscrições no local.

A pandeirista, produtora e pesquisadora Roberta Valente ministra a oficina História Ilustrada do Choro, gênero mais antigo da música urbana do Brasil, com mais de 150 anos de história, e que recentemente virou patrimônio imaterial da humanidade pelo IPHAN. Para essa oficina, Roberta convida os músicos Cleber Silveira (acordeon) e Zé Barbeiro (violão de 7 cordas). Entre uma história e outra, o trio vai tocar clássicos de grandes compositores como Jacob do Bandolim, Pixinguinha, Waldir Azevedo, Zequinha de Abreu, Ernesto Nazareth, Sivuca, dentre outros. 

Roberta Valente, com 34 anos de carreira, é referência no samba e no choro de São Paulo. Integra os grupos Chorando as Pitangas e Panorama do Choro, do qual é uma das idealizadoras, além de ter seu próprio quarteto e acompanhar cantores de samba e MPB. É coautora do livro Antologia Musical Popular Brasileira - As Marchinhas de Carnaval (Musa Editora) e organizadora e coautora de Brasil Toca Choro (em comemoração aos 50 anos da TV Cultura). É professora de História do Choro na Escola de Choro de SP.  Já tocou ao lado de nomes como Hamilton de Holanda, Altamiro Carrilho, Beth Carvalho, Martinho da Vila, D. Ivone Lara, Diogo Nogueira, Fabiana Cozza, Riachão, Billy Blanco, Baby Consuelo, Paulo Moura e muitos outros. Fez turnês por todo o Brasil e pelo exterior - Austrália, Índia (com Yamandu Costa), Nova Zelândia, EUA, Argentina, Uruguai, França, Itália, Portugal, Espanha, Londres e Holanda. Apresentou-se nos últimos 21 anos no bar Ó do Borogodó, em Pinheiros, importante reduto de música brasileira. Zé Barbeiro é considerado pela crítica especializada um dos mais modernos compositores de choro da atualidade, com cerca de 300 músicas. É um representante importante do movimento de renovação do gênero, não só pela maneira criativa e intuitiva de tocar seu violão de 7 cordas, mas também pelas características de suas composições. Figura veterana da noite de São Paulo, orientou, acompanhou ou influenciou boa parte dos jovens intérpretes e compositores da cena atual da música paulista.  Com 50 anos de carreira e 71 anos de idade, Zé Barbeiro tem 14 discos (com grupo e/ou solo), acompanhou e gravou com gente boa como Elizeth Cardoso, Ângela Maria, Silvio Caldas, Noite Ilustrada, Raul de Barros, Raul de Souza, Altamiro Carrilho, Mônica Salmaso, Armandinho, Emilinha Borba, Dominguinhos, Martinho da Vila, Leci Brandão, Zeca Pagodinho e outros. Cleber Silveira é considerado um virtuose do acordeon, sendo um dos instrumentistas mais requisitados de São Paulo. Dono de excepcional técnica e muito bom gosto, Cleber segue a antiga escola musical dos regionais de choro, inspirado em grandes acordeonistas como Orlando Silveira, Caçulinha e Luiz Gonzaga. Já se apresentou com Inezita Barroso, Cauby Peixoto, Ângela Maria, Wanderléa, Sérgio Reis, Claudette Soares, Carmen Queiroz muitos outros. 

Leo Bergamini e Olivia Monaco (show, 7/9, às 15h)

Com carreiras que se desenvolveram lado a lado, o duo formado pelo violonista Leo Bergamini e pela cantora Olivia Monaco, traz uma proposta musical pautada no sonho bucólico de uma juventude paulistana. Leo e Olivia começaram a tocar juntos no Quinteto Sapoti e, atualmente, são estudantes de música na Unicamp. No show O que Nasce do Rio É Doce, o duo explora o universo temático de Guimarães Rosa, trazendo uma experiência musical rica e diversa. A abordagem evoca uma atmosfera ribeirinha, presta homenagem a importantes compositores da música brasileira de forma original e sensível. No programa, músicas de Leo Bergamini - “Revolução das Bananas”, “Um dia Quem Sabe”, “Ribeirinha” (com Miguel Marques), “Beiras” e “Quero Mato” - e obras de Dori Caymmi (“Mercador de Siri”, “Rio Amazonas” e “Estrela da Terra”), Edu Lobo (“Choro Bandido”), Milton Nascimento (“Irmão de Fé” e “Pai Grande) e Joyce Moreno (“Mistérios”).

Nascido em Valinhos e criado em São Paulo, Leo Bergamini é violonista e compositor desde os 6 anos. Em 2022, ingressou na EMESP Tom Jobim, iniciando a carreira profissional. Seu repertório é eclético, abrangendo samba, jazz, MPB, forró e cultura popular brasileira. Como compositor, Leo traz em suas obras uma conexão profunda com a natureza e usa suas letras para refletir sobre o contexto do mundo atual. Em 2023, Leo participou da criação do coletivo artístico jovem Selo Esquina. Hoje, ele atua tanto em São Paulo, onde produz eventos e se apresenta, quanto em Barão Geraldo, onde estuda e reside. Olivia Monaco é uma cantora paulistana que iniciou os estudos musicais aos 7 anos. Aluna de Tatiana Parra (canto) e Marcelo Elias (piano), Olivia atualmente estuda canto popular na Unicamp. Participou como cantora mirim em produções para TV e publicidade; apresentou-se ao lado de Tatiana Parra e Antonio Loureiro em evento da Casinha do Núcleo e participou no coro do álbum Samurai, de Hamilton de Holanda.

Escola de Choro de São Paulo (aula-espetáculo, 7/9, às 16h)

 

Nesta aula-espetáculo, seis professores da Escola de Choro de São Paulo mostram seus respectivos instrumentos, explicam de que forma eles interagem, falam sobre a importância do aluno entender a música pela via acústica ao invés da visual e comentam conceitos como dinâmica, afinação, interpretação, postura, respiração, disciplina, criatividade, ritmo, repertório, trabalho coletivo, improviso e outras habilidades necessárias para tocar em grupo. A Escola de Choro de São Paulo surgiu da vontade de um grupo de chorões em organizar uma escola de música na capital paulistana que fosse voltada especificamente para o gênero, gratuita e com pedagogia apoiada na tradição da oralidade, no "tocar de ouvido". Além de cursos de instrumentos tradicionais (cavaquinho, clarinete, violão de 7 cordas, pandeiro, flauta, saxofone e bandolim), a Escola de Choro de SP oferece aulas de História do Choro, práticas de conjunto, rodas de Choro, palestras e apresentações musicais.

 

Escola de Choro de São Paulo (show, 7/9, às 17h)

 

Apresentação do sexteto formado por músicos da Escola de Choro de São Paulo que interpretam músicas de diferentes períodos que passam por compositores como Pixinguinha (“Os Oito Batutas”), Jacob do Bandolim (“Cochichando”), Radamés Gnatalli (“Remexendo”) e Chiquinha Gonzaga (“Corta Jaca”), Joaquim Callado (Flor Amorosa”) e Ernesto Nazareth (“Odeon”), entre outros.

 

Informações à imprensa: VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
(11) 99373-0181 |
verbena@verbena.com.br



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