O
cantor Zé Guilherme está em estúdio
gravando seu terceiro CD.
Em breve, o artista cearense, radicado em São Paulo,
estará no mercado com Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva , uma
bela homenagem a um dos
mais significativos intérpretes da música popular brasileira, que completaria 100 anos em 2015.
O trabalho vem sendo norteado por
uma releitura
delicada e pessoal do repertório do Cantor das
Multidões. Para esta merecida reverência, Zé Guilherme apresenta, de forma autêntica e contemporânea, 18 canções que foram selecionadas em um logo processo
pessoal de pesquisa sobre a história e o repertorio de Orlando Silva.
A produção
musical do disco está sob responsabilidade do
músico, arranjador e produtor musical Cezinha Oliveira, que inseriu elementos
clássicos nos arranjos, como piano, baixo acústico, acordeon, trombone e violão
de sete cordas, para dar requinte à sonoridade das músicas, sem cair no
saudosismo. Abre a Janela foi
concebido com base no tripé interpretação, arranjos e composições, e mostra que
a chamada “música antiga” do Brasil pode se manter clássica em sua origem,
popular em sua apresentação e sofisticada em sua concepção.
O repertório
de Abre
a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando
Silva é formado pelas seguintes canções:
“Alegria” (Assis
Valente e Durval Maia) - 1937
“Abre a Janela”
(Roberto Roberti e Arlindo Marques Jr.) - 1938
“Cidade Brinquedo”
(Silvino Neto e Plínio Bretas) - 1939
“Malmequer” (Newton
Teixeira e Cristovão de Alencar) - 1940
“A Jardineira”
(Benedito Lacerda e Humberto Porto) - 1938
“A Primeira Vez”
(Alcebíades Barcelos e Armando Marçal) - 1940
“Pela Primeira Vez”
(Noel Rosa e Cristovão de Alencar) - 1936
“Curare” (Alberto
Simões - Bororó) - 1940
“Dama do Cabaré” (Noel
Rosa) - 1936
“Lábios Que Eu Beijei”
(J. Cascata e Leonel Azevedo) - 1937
“Preconceito” (Marino
Pinto e Wilson Batista) - 1941
“Aos Pés da Cruz”
(Marino Pinto e José Gonçalves) - 1942
“O Homem Sem Mulher
Não Vale Nada” (Arlindo Marques Jr. e R. Roberti) - 1939
“Meu Consolo É Você”
(Nássara e Roberto Martins) - 1938
“Lealdade” (Wilson
Batista e Jorge de Castro) - 1942
“Meu Romance” (J.
Cascata) - 1938
“Cidade do Arranha Céu”
(Edgard Cardoso, Ranchinho e Alvarenga) - 1936
“Faixa de Cetim” (Ary
Barroso) – 1942
Zé Guilherme
Cearense de
Juazeiro do Norte, Zé Guilherme já demonstrava em seu primeiro CD , Recipiente
(2001), que aliava um repertório criterioso à sua voz precisa e
refinada, moldada por uma interpretação marcante e forte presença de palco. Em
2006, lançou o segundo disco, Tempo ao Tempo, que registrou a maturidade
do artista e a forte influência que a metrópole exerce sobre aqueles que vêm de
terras interioranas. Suas raízes cearenses se misturam “ao som e ao sabor de
cada minuto vivido na metrópole paulistana com sua rica e diversificada
produção que reflete os mais distintos matizes e origens”, como o próprio
explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário