Montagem - vencedora do Prêmio Zé Renato de Teatro, da Secretaria
Municipal de Cultura de São Paulo – aborda com bom humor a aceitação das
diferenças.
O espetáculo para crianças O Corcunda Quaquá estreia no dia 16 de maio, sábado, noTeatro Viradalata , às 12 horas. Com texto e
direção de Ricardo Ripa, a montagem foi inspirada no livro O Corcunda de
Notre-Dame, do francês Victor Hugo (1802-1830). O enredo conta a história de
Quaquá, um rapaz feio e corcunda que se revela doce e carismático, além de
corajoso na hora de salvar a bela dançarina Esmeralda.
O espetáculo para crianças O Corcunda Quaquá estreia no dia 16 de maio, sábado, no
O Corcunda Quaquá é uma comédia recheada de músicas
originais, compostas por Ricardo Severo (vencedor do Prêmio Shell 2015),
e de coreografias criadas por Eder Cardoso. A cenografia e o figurino
são assinados por Rosa Berger, conhecida por usar em suas obras
materiais inusitados, de uso cotidiano. A iluminação, de Will Damas,
traz algumas cenas em luz
negra. O elenco é formado por Joca Andreazza, Paulo
Vasconcelos, Carlos
Baldim , Dani Nega, Carmo Murano e Vitor
Bassi.
Esta versão de Ricardo Ripa preserva
uma importante característica da obra original: a deficiência auditiva do
personagem principal (Quasímodo) que fala de modo peculiar e se comunica também
por meio da linguagem de sinais (Libras) - fato não retratado na maioria dos
filmes, animações e adaptações teatrais conhecidas.
De forma muito divertida, a montagem
apresenta esse “herói” que foge ao estereótipo do “príncipe”, retratado nas
histórias para crianças. Esse novo Quasímodo, o carismático Quaquá, é eloquente
à sua maneira e não sofre nenhuma transformação estética no final da história.
Ele se impõe apenas pelos valores pessoais, pela pureza de seus sentimentos. O
diretor explica que buscou uma encenação que ressalte a aceitação das
diferenças, onde a intolerância não se estabelece porque as qualidades do
protagonista estão em valores que vão além das aparências.
Segundo Ricardo Ripa, a estética da
montagem reflete também a nossa brasilidade, marcada pela mistura de raças e
culturas, não só na música e na dança, como também nos tipos físicos das
personagens. A bela cigana Esmeralda, por exemplo, é interpretada por uma atriz
afrodescendente. Além
de divertir, O Corcunda Quaquá trata essas diferenças de maneira lúdica,
como simples características individuais. “Queremos ir além da mera inclusão social. As crianças vão
se divertir não só com história de Quaquá, mas também com a linguagem de
sinais, que será interligada à dramaturgia, não se resumindo a uma mera
tradução simultânea. O protagonista também usa modernas pernas articuladas (jumping
stilt) que ficam aparentes, em referência aos equipamentos ortopédicos”.
Explica o diretor.
Segundo Rosa Berger, a cenografia é conceitual, segue
uma linha moderna e nada óbvia. O cenário consiste num penetrável
transparente com cores alusivas aos vitrais da catedral de Notre-Dame e um
grande móbile que faz referência às praças parisienses. Para o figurino,
Rosa partiu de materiais nada usuais, como pneus, plásticos e arames, entre
outros, que foram modificados antes de se transformarem em peças do
vestuário.
Sinopse
Quaquá é um rapaz que vive recluso no campanário de
uma catedral. Ele é alto e forte, mas sofre com deformidades físicas e também
perdeu a audição ao tocar os sinos da igreja. Seus amigos imaginários são os
falantes Gárgula, uma estátua alada, e Belém, o sino principal da catedral. Seu
padrasto, o perverso Rollo, esconde um terrível segredo e impede que o rapaz
conviva com as pessoas da cidade. Porém, durante a festa do Dia de Reis, ele
aparece na praça e vence, involuntariamente, o concurso da máscara mais
horrenda da festa, sendo eleito e coroado o Rei dos Bobos. A bela cigana
Esmeralda encanta a todos ao dançar para esse novo rei bufão. Entre seus
admiradores estão o Soldado Sol e o próprio Rollo. Depois de sofrer com a
zombaria do público, ao perceber que ele não usava máscara nenhuma, Quaquá é
repreendido por Rollo e volta para a torre onde recebe a visita de Esmeralda,
que lhe trata com naturalidade e afeto. Rollo fica furioso com a audácia da
jovem em invadir o esconderijo e manda prendê-la. O
Soldado Sol também é preso ao tentar salvar a amada. Somente o corcunda Quaquá
pode libertá-los, mas para isso terá que descobrir o segredo de Rollo e se
envolver em uma grande enrascada, cheia de humor e aventura.
Ficha técnica
Espetáculo: O Corcunda Quaquá
Livremente
inspirado em O Corcunda de Notre-Dame, de Victor Hugo
Texto e
direção: Ricardo Ripa
Elenco: Joca
Andreazza (Quaquá), Paulo Vasconcelos (Gárgula), Carlos Baldim (Rollo),
Dani Nega (Esmeralda), Carmo Murano (Belém) e Vitor Bassi (Soldado Sol).
Cenário e
figurino: Rosa Berger
Trilha
sonora: Ricardo Severo
Iluminação:
Will Damas
Coreografia:
Eder Cardoso
Assistente
de direção: Luciana Azevedo
Assistente
de cenário e figurino: Eliana Liu
Adereços: Palhassada Ateliê
Estagiárias/cenografia: Laura Pappalardo e Gabriella Gonçales
Fotografia:
Ricardo Ferreira
Direção de
produção: Adriano Faria
Produção
executiva: Hamilton Feltrin
Produção:
Dinâmica Eventos e Notábile Filmes
Realização:
Prêmio Zé Renato de Teatro
Serviço
Estreia: Dia 16 de maio – sábado – às 12 horas
Rua Apinajés, 1387.
Sumaré/SP. Tel: (11) 3868-2535
Temporada: de 16 de maio a 5 de julho
Horários: sábados e domingos, às 12 horas
Ingressos:
R$ 30,00 (meia: R$ 15,00)
Promoção:
aos sábados, os adultos pagam meia entrada (R$ 15,00)
Gênero: infantil. Indicação de idade: 5
anos. Duração: 55 minutos.
Capacidade: 273 lugares. Bilheteria: quarta (19h-21h), sábado
(14h-21h) e domingo (10h-20h). Ingressos antecipados: www.ingressorapido.com.br (tel: 4003-1212).
Aceita cartões de
débito/crédito (MC, RC,
V, VE). Não aceita cheques.
Acesso
universal. Ar condicionado. Estacionamento / vallet no local: R$ 15,00.
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