Cia Mundu Rodá |
A Cia Caixote de
Teatro apresenta, nos dias 15 e 16/10 (sexta e sábado às 19h), A
Saga do Heói Morto (teatro de rua cômico). A Trupe Artemanha de
investigação Teatral entra em cena, dia 17/10 (sábado às 19h) com Errantes,
de Luciano Santiago, que tem três andarilhos bufões como protagonistas. A Companhia Mundu Rodá
de Teatro Físico e Dança mostra sua pesquisa artística no dia 18/10
(domingo, às 20h) com o espetáculo Donzela Guerreira, dirigido por
Jesser de Souza. E, fechando a programação do mês, o grupo Núcleos Urbanos
apresenta Minha Cidade Pode Não Ser A Sua nos dias 23, 24 e 25/10
(de sexta a domingo), peça inspirada em vivências que Walmir Pavam como artista
orientador de teatro.
Os espetáculos A Saga do Herói Morto, Errantes e Donzela Guerreira integram a programação do 10º FESTcal, Festival Nacional de Teatro do Campo Limpo.
Espetáculos
A Saga do Herói Morto - com Cia Caixote de
Teatro
O
espetáculo de rua resgata o imaginário do herói por meio de sua jornada e de
uma linguagem cômica. Recriando personagens típicos e figuras que o habitam,
reconstrói um contexto histórico da Idade Média, em plenos dias atuais,
mostrando que as relações sociais e os arquétipos ainda sobrevivem ao convívio,
história e imaginário popular. Transforma-se aí também este contato cômico com
a arte e a farsa em um insight também de reflexão de problemas sociais e atual
presença de “heróis” na sociedade – ou até mesmo atitudes heroicas rotineiras. Na
farsa, a morte de um cavaleiro em uma taberna é o ponto de partida para os
frequentadores do local se transformar num falso exército para conquistar o
prêmio do defunto por uma batalha vencida. O caminho para o reino de Cameló
para esta recompensa é tomado por aventuras entre estes falsos guerreiros e um
morto como capitão da tropa, além de ser complementado por um rei que faz tudo
pelo poder e boa imagem de seu reinado. A Cia Caixote de Teatro nasceu em maio
de 2013 com a reunião de um grupo de amigos que decidiram se unir para elaborar
um trabalho cômico, baseado no universo das máscaras, comédia popular, commedia
dell'arte e teatro de rua. Um trabalho de construção coletiva de pesquisa,
ampliando o contato com a arte e com a cultura.
Ficha Técnica - Direção: Cia
Caixote de Teatro. Texto: Eduardo Paiva. Músico: Thiago França. Figurino:
Nagila Sanches. Cenografia: Elton Hipolito. Elenco: Eduardo Paiva, Eric
Oliveira, Nilson Domingues e Raquel Lima. Link: http://www.youtube.com/v/M-IVUvadE0Y
Retirada
de ingressos com 1 hora de antecedência. Duração: 55 minutos.
Livre.
Grátis.
15 e 16/10. Quinta e
sexta, às 19h
Errantes - com Trupe Artemanha de Investigação Teatral
Três
andarilhos-bufões que supostamente escaparam de um Massacre, se escondem em um
circo e passam a trabalhar como limpadores de excrementos de animais. Mas esses
insistem em voltar para a vida do cangaço e logo se deparam com a realidade do
mundo, tendo que se transformar em artistas de rua para sobreviver nas
(des)ordens urbanas. Três figuras escatológicas, andarilhas, sem teto, sem
documentos, sem governo, sem destino certo. Mas com um único objetivo: contar
histórias, causos sobre uma vida que eles defendem em um bando do cangaço. Não
seria o bando de Lampião, nem Corisco, mas sim, o bando que somente as figuras
conseguem acreditar ter participado. No experimento, as figuras
bufão-cangaceiros e contadores de causos se colocam como propagadores de textos
e movimentos corpóreos poéticos, além das vendas de “novidades, especiarias,
tesouridades e raridades”, como velhos mascates convidando o público a conhecer
os elementos que fazem parte do modo de vida desses artistas ou sobreviventes da
rua: Escapo (Léo Santiago), Cagaço (Marcelo de Sousa) e Chico Véio (Luciano
Santiago). Este é o novo trabalho da Trupe Artemanha, que de certa forma
reflete a alma do coletivo, trazendo para a praça pública a história de três
velhos andarilhos que querem viver à margem da sociedade, de maneira livre, sem
seguir as regras sociais que limitam o modo de viver mais humano e igualitário.
Por isso o processo da trupe caminha para uma autonomia ou livre criação,
possibilitando a interação dos atores-pesquisadores do grupo com o material
estudado, potencializando os aspectos autorais empregados por cada integrante
nos trabalhos. Assim como a experiência de residir em diferentes cidades.
Ficha Técnica - Dramaturgia e
direção: Luciano Santiago. Figurinos: Léo Santiago. Música Instrumental:
Marcelo de Sousa. Elenco: Léo Santiago, Luciano Santiago e Marcelo de Sousa
(aprendiz convidado)
Retirada
de ingressos com 1 hora de antecedência. Duração: 60min.
Livre.
Grátis.
17/10. Sábado, às 19h
Donzela Guerreira - com Cia. Mundu Rodá
A
obra da Cia. Mundu Rodá (SP) narra a trajetória de uma jovem que se disfarça de
homem, em um combate, para substituir seu pai. O disfarce, entretanto, não
impede que a guerreira e seu capitão se apaixonem um pelo outro e passem a
travar seus próprios conflitos, colocando à prova princípios, sentimentos e
desejos. Através de fragmentos de narrativa (como é comum nas tradições orais),
mais que apresentar a história, o foco da obra está na reflexão sobre os papéis
do homem e da mulher e sobre o amor. Amor impossível, revelação tardia e
saudade incomensurável: o espetáculo é a busca de uma tradução poética (do
romance de tradição oral que narra a história da donzela que vai à guerra),
atualizada no tempo, no espaço, nos sons, nas palavras e nos corpos dos atores-pesquisadores.
Pela apresentação de fragmentos (como é comum na tradição oral), mais que
representar a vida de uma donzela que vai à guerra, o foco está na reflexão
sobre o gênero e sobre o amor em abordagem ampla e aberta, convidando o
espectador a participar ativamente na construção da narrativa, elaborando sua
própria interpretação. Donzela Guerreira
é fruto da pesquisa da Cia Mundu Rodá de Teatro Físico e Dança, unindo as técnicas
de trabalho de ator e as danças tradicionais brasileiras, aproximando a dança,
o teatro, a música e as tradições populares.
Ficha Técnica - Atuação e criação:
Alício Amaral e Juliana Pardo. Direção: Jesser de Souza. Dramaturgia: Suzi
Frankl Sperber. Texto: Alício Amaral, Juliana Pardo, Jesser de Souza e Suzi
Frankl Sperber. Direção musical: Ricardo Matsuda. Figurino: Mila Reily.
Cenografia: Fabiana Fukui.
Retirada
de ingressos com 1 hora de antecedência. Duração: 60min.
Grátis.
Não recomendado para menores de 12.
18/10. Domingo, às
20h
Minha Cidade Pode Não Ser A Sua - Com Núcleos Urbanos
O
texto Minha Cidade Pode Não Ser a Sua
foi inspirado em diferentes vivências que Walmir Pavam teve como artista
orientador de teatro em São Paulo, principalmente de uma experiência no CEU
Três Lagos, bairro do Grajaú, em 2004, como artista orientador no Programa
Vocacional da SMC-SP. O texto não se limita a reproduzir uma experiência local,
mas busca, a partir da situação específica, universalizar uma questão
recorrente em outras grandes cidades do Brasil e do mundo. A peça mostra
diversas possibilidades de relações entre centros e periferias, e como são mais
contraditórias do que normalmente se pensa – exemplos são: a jovem pobre de
periferia que persiste com seu desejo de ser escritora e o menino rico que quer
conhecer um bairro de periferia. Histórias da cidade que se sucedem. Diferentes
lugares da cidade, diferentes classes sociais, diferentes narradores.
Diferentes pontos de vista: o que é real? o que é imaginação? O grupo Núcleos
Urbanos surgiu em 2013, a partir do interesse de artista em pesquisar as
possibilidades de abordagem da questão urbana no teatro. Segundo a concepção do
diretor Paulo Fabiano, a cenografia, o figurino, a iluminação e a sonoplastia
têm como objetivo captar os aspectos de transitoriedade, do excesso, das
“fronteiras” e da destruição presentes na metrópole. O processo de construção
da fisicalidade nas cenas tem como fonte de inspiração o universo dos
quadrinhos.
Ficha Técnica - Direção: Paulo
Fabiano. Dramaturgia: Walmir Pavam. Elenco:
Clayton Campos, Lígia Botelho, Lilian Domingos, Walmir Pavam. Com: Núcleos
Urbanos.
Retirada de ingressos com 1 hora de antecedência. Duração: 80 minutos.
Grátis.
Não recomendado para menores de 14.
23, 24 e 25/10. Sexta
e domingo, às 20h. Sábado às 19h
SERVIÇO
Sesc
Campo Limpo
Horário/Unidade:
Terça a sábado, das 13h às 22h. Domingos, das 11h às 20h.
Rua
Nossa Senhora do Bom Conselho, 120.
Campo
Limpo. São Paulo/SP. Tel.: (11) 5510-2700
sescsp.org.br/campolimpo
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| twitter.com/sesccampolimpo
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