O teatro de rua ocupa
o bairro de São Miguel Paulista com 16 espetáculos, além de intervenções
circenses e uma Feira de Artes, na 10ª edição da Mostra realizada pelo Buraco d’Oráculo.
Cultura, arte e diversão ao ar livre!
Entre
os dias 13 e 22 de maio acontece na Zona Leste de São Paulo a X
Mostra de Teatro de São Miguel Paulista com apresentações na Praça do Casarão (na Vila Mara) e
também na Praça Guanambi (Parque
Cruzeiro do Sul), ambas localizadas bairro
de São Miguel Paulista. A programação (grátis)
é diversificada, formando um painel do teatro de rua nacional, com grupos do
nordeste, centro-oeste, sul e sudeste, além de companhias da capital, região
metropolitana e interior paulista.
Idealizada e realizada pelo grupo Buraco
d’Oráculo desde 2002, a
Mostra chega à sua décima edição
contemplada pelo Proac, Programa de Ação Cultural - Festivais de Artes II, da
Secretaria de Estado da Cultura, e conta também com o apoio da Secretaria
Municipal de Cultural.
Na Praça do Casarão
apresentam-se os grupos paulistas Circo Teatro Palombar (Voo de Ícaros), Trupe de Trapos (Mephisto
Injustiçado), Cia. Mundu Rodá (Boi
Manjarra - Sambada de Reis), Nativos Terra Rasgada (Rua Sem Saída), Coletivo
De Galochas (Revolução de Galochas), Circo Navegador (Noticias para Embrulhar Peixe) e Cia. dOs Inventivos (Azar do Valdemar). Do Rio de Janeiro
(RJ) vem Será o Benedito (Poropopó)
e Do Buraco Sai o Quê? (A Prosa
Delas Não é de Panelas!); de Teresópolis (RJ), Mambemberê (A Idade do Ouro e a Memória da Fome); de
Criciúma (SC), Cirquinho do Revirado
(Júlia); de Goiânia (GO), Cia. Nu
Escuro (O
Cabra Que Matou as Cabras); de Porto Alegre, Teatro Motototi (Flor da Vida);
e de Arneiroz (CE), Arte Juka (A Farsa do Cuviteiro).
A Praça Guanambi recebe dois espetáculos,
somente nos domingos (15 e 22/5, às 16h): Circo Espetáculo de Periferia
com o Grupo do
Balaio (São Paulo/SP) e Ara Pyau – Liturgia
para o Povo Invisível
com o Grupo
Girandolá (Francisco Morato/SP).
Neste ano, buscando
reafirmar os compromissos com a cultura na região, a programação da Mostra de Teatro de São Miguel Paulista foi
ampliada, tendo não apenas um, mas dois locais de apresentação, como citado
acima: a Praça Guanambi (novo espaço para os espetáculos) e a Praça do Casarão
(“palco” tradicional do evento e principal local de atuação do Buraco
d’Oráculo), que receberá, paralelamente à mostra, a I Feira de Artes do Casarão. A programação da feira, além de exposição
de artesanato, tem shows musicais e saraus de poesia com Slam Função e O Que Dizem os
Umbigos. Esta ação visa reforçar os laços do grupo com praça, pois desde 2015,
junto com outros coletivos, ocupa o espaço do antigo “casarão” que fica no
local, facilitando as atividades culturais ali e transformando-a na sua “sede
pública”.
SERVIÇO
Local 1: Praça do Casarão
R. São Gonçalo do Rio das Pedras, s/n.
Vila Mara / Jardim Helena
(Ao lado da estação Jd. Helena/Vila Mara da CPTM). São Miguel Paulista/SP
De 13 a 22 de maio – de sexta a domingo (vários horários)
Grátis (espetáculos
ao ar livre). Recomendação: Livre
Local 2: Praça Guanambi
Parque Cruzeiro do Sul, s/n (Altura do nº 7.500 da Av. São Miguel). São
Miguel Paulista/SP
Dias 15 e 22 de maio – domingos, às 16h
Grátis (espetáculos
ao ar livre). Recomendação: Livre
Programação /
Praça do Casarão
R. São Gonçalo do Rio das Pedras, s/n.
Vila Mara / Jardim Helena
·
13 de maio -
sexta-feira
17h30 - Mestre de cerimônia: J.E Tico e Seus Fantoches (São Paulo/SP)
18 horas - Circo
Teatro Palombar (São
Paulo/SP) - Voo de Ícaros (40 min)
19 horas - Trupe
de Trapos (São
Paulo/SP) - Mephisto Injustiçado (60 min)
20 horas - Cia.
Mundu Rodá (São
Paulo/SP) - Boi Manjarra – Sambada de Reis (50 min)
·
14 de maio -
sábado
16h30 - Mestre de cerimônia: J.E Tico (São Paulo/SP)
17 horas - Mambemberê (Teresópolis/RJ) - A Idade do Ouro e a Memória da Fome
(50 min)
19 horas - Cirquinho
do Revirado (Criciúma/SC) - Júlia
(50 min)
·
15 de maio -
domingo
16h30 - Mestre de cerimônia: J.E Tico e Seus Fantoches (São Paulo/SP)
17 horas - Será o Benedito (Rio de Janeiro/RJ) - Poropopó
(50 min)
19 horas - Cia. Nu Escuro (Goiana/GO) - O Cabra Que Matou as Cabras (60 min)
·
20 de maio -
sexta-feira
16h30 - Mestres de cerimônia: J.E Tico e Seus Fantoches
17 horas - Nativos Terra Rasgada (São
Paulo/SP) - Rua Sem Saída (60 min)
19 horas - Teatro Motototi (Porto Alegre/RS) - Flor da Vida (60
min)
·
21 de maio -
sábado
15h30 - Mestre de cerimônia: J.E Tico e Seus Fantoches (São Paulo/SP)
16 horas - Do Buraco
Sai o Quê? (RJ/RJ) - A
Prosa Delas Não é de Panelas!
(50 min)
18 horas - Coletivo De Galochas (São Paulo/SP) - Revolução de Galochas (70 min)
20 horas - Arte
Juka (Arneiroz/CE) -
A
Farsa do Cuviteiro (50
min)
·
22 de maio -
domingo
18h30 - Mestres de cerimônia: J.E Tico e Seus Fantoches (São Paulo/SP)
17h30 - Circo
Navegador (São Sebastião/SP) – Noticias para Embrulhar Peixe (60
min)
19 horas - Cia. dOs Inventivos (São Paulo/SP) - Azar
do Valdemar (50 min)
Programação /
Praça Guanambi
Parque Paulistano – Altura do nº 7500 da Av. São Miguel
·
15 de maio -
doming
15h30 - Mestre de
cerimônia: J.E Tico e Seus Fantoches
16 horas – Grupo do Balaio (São Paulo/SP) - Circo Espetáculo de Periferia (60 min)
·
22 de maio -
domingo
15h30 - Mestre de cerimônia: J.E Tico e Seus Fantoches
16 h – Grupo Girandolá (Francisco Morato/SP) -
Ara
Pyau - Liturgia para o Povo Invisível (45 min)
Sinopses /
Espetáculos
J. E. Tico - O ator, bonequeiro
e palhaço, que teve sua estreia durante a 2ª Edição da Mostra em 2004, sempre
esteve presente em nossa programação fazendo pequenas intervenções, tendo como
inspiração os brinquedos populares.
Voo
de Ícaros (Circo
Teatro Palombar) - Uma trupe de artistas de rua chega de lugares
longínquos, saída de tempos remotos, para realizar uma apresentação que encanta
e conduz o público a um lugar povoado por mitos e sonhos de circo. O público se
diverte com os acrobatas que cortam o ar como se pudessem voar como os pássaros
que conduziam o sonho de Ícaro. Através do impulso da báscula mostram destreza
nos saltos mortais e movimentos. Voo de Ícaro mostra acrobatas que, como Ícaro,
sonham alcançar o céu e a liberdade. Ficha técnica – Direção: Adriano Mauriz e Carlos
Cosmai. Assistente: Ricardo Big. Elenco: Rafael Garcia, Marcelo Nobre, Barbara
Nunes, Eder Farina, Esmael Gaspar, Guilherme Torres, Marcelo Nobre, Larissa
Evelyn, Leonardo Galdino, Paulo Wesley e Vinicius Borba.
Mephisto
Injustiçado (Trupe de Trapos) - Ao anunciar
um grande espetáculo, Mephisto seduz os espectadores a entrarem
antigo espaço teatral abandonado, com a promessa de que verão um inesperado
espetáculo. Sua verdadeira intenção é selecionar entre os espectadores anônimos
um elenco formado por miseráveis que, segundo ele, são o resultado da lógica de
Deus. Quatro figuras “bufonescas” são escolhidas para serem protagonistas. Aos
poucos, atores e espectadores são conduzidos a encenar momentos extraídos de
obsessão em exigir que Deus se apresente e escute a acusação que
inocentaria Mephisto de sua injusta condenação. Como Deus o ignora,
Mephisto procura encontrar um modo inevitável para chamar sua atenção. Ficha técnica – Dramaturgia: Criação coletiva. Elenco: Carlos Andrade, Deco
Morais, Ton Moura, Welton Silva e Cléia Varges. Orientação de criação e
direção: Tiche Vianna. Cenografia e produção: Dêssa Souza. Figurinos: Mariana
Farcetta e Trupe. Iluminação: Carlos Andrade. Preparação vocal e musical: Fábio
Pinheiro. Técnica e sonoplastia: Daniel Weffort e Dêssa Souza.
Boi Manjarra –
Sambada de Reis (Cia.
Mundu Rodá) - Ao som de instrumentos
como rabeca, viola, bombos de corda, bages e mineiro, integrantes e folgazões
comemoram o grande baile oferecido pelo Capitão Marinho. O ritmo pulsante da
música é acompanhado por diferentes formações coreográficas e passos
denominados de “trupés”. Nesse sapateado brasileiro a forte pisada, a leveza e
a graça dos movimentos dos brincadores se unem compondo variados desenhos
coreográficos e jogos ritmados com o público. Ficha técnica – Concepção
e direção
cênico-musical: Juliana Pardo e Alício Amaral. Elenco: Juliana Pardo,
Alício Amaral, Ana Célia Martins, Cibele Mateus, Piéra Varim, Carol Moya, André
Simões, Amanda Martins, Monique Franco, Adriano Soares, Nilma Rodrigues e
Sheila Alencastro. Figurino e adereços: Mestre
Aguinaldo da Silva de Condado (PE) - Cavalo Marinho Estrela de Ouro -, e Mila Reily.
Máscaras: Alício Amaral, Aguinaldo da Silva e Inácio Lucindo.
A Idade do Ouro e a Memória da Fome (Mambemberê) - Segundo os antigos gregos, na Idade do
Ouro, o Homem vivia em perfeita harmonia com os deuses, semideuses e animais.
Até que um dia, um fenômeno natural provocou a escassez do fruto e pela
primeira vez ele sentiu fome. A obra fala do porquê e sobre como surgiram e se
desenvolveram grandes instituições como educação, família e religião com seus
discursos ideológicos que regulam as relações humanas. Para o público fica a
pergunta: a memória da fome justifica a desigualdade social? Com muito humor,
musica e irreverência, o Mambemberê convida para a reflexão sobre a nossa
sociedade. Ficha técnica – Texto:
Criação coletiva. Direção: Licko Turle. Preparação e supervisão musical:
Jussara Trindade. Músicos: Jussara Trindade, Filipe Costa, Anderson Silva,
Ayrton Rebello, Maura Ferreira e Licko Turle. Dj e técnica: Filipe Costa. Figurinos
e adereços: Criação coletiva. Elenco: Anderson Silva, Ayrton Rebello, Filipe
Costa, Jussara Trindade, Karine Biassi, Licko Turle, Lucas Souza, Maura
Ferreira, Raquel Menau e Sabrina Passarelly.
Júlia (Cirquinho do Revirado) - Júlia, uma mulher das ruas, vem chegando.
Palheta, seu fiel escudeiro, é quem a conduz. Na bagagem, coisas do mundo,
coisas da vida, tantas coisas. Entre realidade e ilusão há uma linha muito
tênue, onde uma mulher sem pernas seria capaz de rodopiar. Esta dupla errante
gira o mundo ou é o mundo que os gira? Excluídos pelos excluídos, dizendo-se
donos dos restos de um circo incendiado, Júlia e Palheta “se viram”. Não é fácil ter pernas. Ficha técnica – Atuação:
Reveraldo Joaquim e Yonara Marques. Direção: Pépe Sedrez. Assistente de
Direção: Fabiano Peruchi. Roteiro: Fabiano Peruchi, Pépe Sedrez, Reveraldo
Joaquim e Yonara Marques. Consultoria de dramaturgia: Gregory Haertel. Direção
de arte e figurinos: Maíra Coelho. Assistente de arte e figurinos: Alexandre
Antunes. Cenografia: Luciano Wieser, Maíra Coelho, Reveraldo Joaquim e Yonara
Marques. Cenário: Reveraldo Joaquim. Maquiagem e caracterização: Carlos Eduardo
Silva. Próteses dentárias: Júlio César Gaffrée Orviedo.Técnica: Emanuele Weber
Mattielo.
Poropopó (Será o Benedito) - Uma
família de palhaços apresentam números e reprises de clássicos da palhaçaria
mundial. Mantendo vivo o jogo cômico em duplas e trios eles revivem cenas do circo
tradicional, marcadas pelo humor ingênuo numa grande e divertida brincadeira. Com
gags, palhaços e malabarismos, entre outros, a relação familiar é inserida nas
cenas, onde os personagens querem mostrar o quanto são talentosos, mas como
bons palhaços são mais atrapalhados do que habilidosos. Ficha técnica – Direção: André Garcia Alvez e
Ludmilla Silva. Supervisão de direção: Pirajá Bastos e Latur Azevedo.
Atores/palhaços: Ludmilla Silva, André Garcia Alvez, Pedro Garcia Alves e Alice
Garcia Alves.Figurino: Edson de Souza Galvão. Cenário: Violeta Vilas Boas.
Direção musical: Roldão D’Pret Jr.. Produção: Será O Benedito?! Cia. de Teatro,
Circo e Rua.
O Cabra
Que Matou as Cabras (Cia. Nu Escuro) - Um advogado vigarista, que sobrevive
dando pequenos golpes em seus clientes, vê-se envolvido em um caso de
assassinatos de cabras e bodes. Uma trama cheia de traições, trapaças e
reviravoltas, onde uma esposa maliciosa engana seu marido advogado que engana
um comerciante ganancioso que engana seu empregado que engana um juiz que quer
enganar todo mundo. O texto do espetáculo é uma livre adaptação da peça
medieval francesa A Farsa do Advogado
Pathelin. Ficha técnica – Direção/dramaturgia:
Hélio Fróes.Direção musical: Sergio Pato. Elenco: Abilio Carrascal, Adriana
Brito, Eliana Santos, Izabela Nascente e Lázaro Tuim. Coreografia/preparação
corporal: Lázaro Tuim. Cenografia: Mara Nunes e Hélio Fróes. Figurinos/bonecos:
Izabela Nascente.
Rua Sem Saída (Nativos Terra Rasgada) - Rua Sem Saída é uma despretensiosa analogia entre cidade e
cemitério. Uma tentativa do grupo Nativos Terra Rasgada de entender um pouco
sobre como funciona a sociedade contemporânea. O espetáculo é uma brincadeira
de olhares múltiplos sobre a cidade - levando em conta educação, segurança,
religiosidade e política - com a comicidade que lhes é nata. Tal qual a
realidade, os moradores da cidade são personalidades oficiais e oficiosos, cada
um - em defesa de suas atribuições - vai conduzindo esta cidade para o futuro. Ficha técnica - Texto: João Bid. Direção:
Flávio Melo. Elenco: Bruna Salatini, João Mendes, Juliana Prestes, Rodrigo
Zanetti, Samir Jaime, Stefany Cristiny, Tom Ravazoli e Vitor Silva. Figurino/cenário/adereços:
Nativos Terra Rasgada. Músicas: Rodrigo Zanetti e Guita. Direção musical e preparação
vocal: Jonicler Real. Técnico: Flávio Melo.
Flor da Vida (Teatro Motototi) - O
Teatro Mototóti fala de sua própria jornada ao contar a história de dois
palhaços que buscam realizar um grande sonho: fazer teatro. Provando dos
sabores e dissabores da vida de casal, Charle’s Tone e Talia Taluda caminham
juntos até que um incêndio destrói tudo o que eles possuem. Bem, quase tudo. De
acordo com a simbologia da “flor da vida”, cada passo interfere diretamente no
desenho de uma história. Qual será o desfecho desses dois? Para onde eles foram
quando pensavam já não ter mais para onde ir? Este é um momento de grande
alquimia do Grupo, que se vale da linguagem do palhaço para tocar o intangível
e contar a história de amor, superação e perseverança de seus criadores. Ficha
técnica - Concepção,
dramaturgia, direção e atuação: Carlos Alexandre e Fernanda Beppler.
Assistência de direção e orientação palhacística: Esio Magalhães. Figurino:
Daniel Lion. Cenários: Carlos Alexandre. Cenotécnico: Pablo Oliveira. Trilha
sonora original e direção musical: Fernanda Beppler. Operação de Som: Vitório
O. Azevedo. Produção executiva: Mariana Beppler.
A Prosa Delas Não é de Panelas! (Do Buraco Sai o Quê?) - O espetáculo foi
criado a partir de histórias coletadas em praças do Rio de Janeiro. Durante três
meses o grupo levou dois banquinhos e uma placa onde estava escrito “Escuto
Histórias” para praças cariocas e ouviram inúmeros relatos da população. A
maior parte era relacionada às mulheres e suas questões: desejos, opressões,
buscas de autonomia. O resultado mistura, teatraliza e inventa a partir do
material colhido. A peça tem três histórias de mulheres: “Ninguém segura
Cassiadoira”, “Juliema desde pequena” e “Essa Bete promete”. Cassiadoira, doida
pra casar, passa por mil e uma até um final surpreendente. Juliema, educada para
ser princesa, após uma virada mostra quem é a rainha da história. Bete, ao
entrar para o circo descobre que nem tudo é magia e faz uma revolução na lona
com a ajuda da mulher barbada. Ficha técnica – Diretor: Eduardo Vaccari. Elenco: Eduardo Hoffman, Fábio
Cardoso, João Mello, Julia Morales, Leonardo Chaves e Lorena Medeiros. Figurino:
Tiago Ribeiro. Assessoria em acessibilidade: André Protasio - Fórum de Ciência
e Cultura da UFRJ. Cenógrafia: Fernando Mello da Costa. Preparador vocal: Célio
Rentroya. Produção: Do Buraco Sai o Quê?
Revolução de Galochas (Coletivo De Galochas) - Em uma distopia épica,
o Coletivo de Galochas cria o retrato de um Brasil futuro, uma sociedade
violenta e ditatorial regida pelo consumo, trabalho e poder. Na peça,
acompanhamos as personagens em busca de novas formas de resistência e
organização social. O espetáculo conta com músicas cantadas ao vivo e uma
pequena bateria de escola de samba, a Batelocha. Ficha técnica – Direção: Daniel Lopes. Dramaturgia:
Jéssica Paes e Rafael Presto. Direção Musical: Antonio Herci. Elenco: Daniel
Lopes, Diego Henrique, Jéssica Paes, Jhenifer Santine, Mariana Queiroz e Rafael
Presto. Figurino: Diego Henrique e Rafael Presto. Cenografia: Raquel Morales. Iluminação:
o grupo.
A Farsa do Cuviteiro (Arte Juka) - O espetáculo costura clássicos do teatro ocidental e da cultura popular, estruturada nos moldes da comédia dell’arte. O velho tirano, os senhorezinhos enamorados e os astuciosos criados arquitetam um romance proibido. A montagem chama a atenção pelo colorido do figurino, a versatilidade do cenário e música executada ao vivo pelos atores que transbordam em cena a alegria de um teatro feito na rua. Ficha técnica – Texto e direção: Robson Cavalcante. Elenco: Robson Cavalcante, Mazé Cavalcante e Nilberto Gonçalves. Músicos: Samuel Furtado e Ângelo Márcio. Produção e cenotécnica: Ângelo Márcio e Edilene Cavalcante. Técnico: Ricardo Cavalcante.
Notícias Pra Embrulhar Peixe (Circo
Navegador)
- O Vendedor de Peixe lê o mundo por meio das notícias
estampadas nas folhas de jornal, que são usadas pra embrulhar seu produto: o
peixe. De maneira ácida o personagem denuncia as mazelas humanas, a falência
das instituições e a sociedade do controle. O espetáculo pretende provocar e
estimular o empoderamento, as autonomias e o desenvolvimento das
potencialidades. O Palhaço Surubim (Vendedor de Peixe) dá vida a objetos recria
ambientes e situações a partir de sua imaginação, conduzindo a plateia até a
cena do “homem cortado ao meio”, que é levada às últimas consequências por meio
de uma metáfora visual. Ficha técnica: Gênero: Circo-teatro/comédia.
Direção: Roberto Rosa. Dramaturgia: Luciano Draetta e Roberto Rosa. Elenco:
Luciano Draetta. Preparação/view points: Renata Lemes. Preparação/ yoga: Sun
Vaz. Preparação/manipulação de bonecos: João Araújo. Preparação/mímica: Alejo
Linares e Victor Seixas. Trilha sonora: Maurício Maas. Figurinos: Marichilene
Artisevskis. Perucas: Emi Sato. ToyArts: Márcio Fidelis. Cenografia: Adriano
Cruz. Assistência de Produção: Michel Rodrigues.
Azar do Valdemar (Cia. dOs
Inventivos) - Uma trupe de artistas
mambembes conta a história do desaparecimento de Valdemar e, junto com o
público, tenta recriar a sua trajetória. Azar
do Valdemar encerra a Trilogia dOs Inventivos, livremente inspirada no
romance Viva o Povo Brasileiro, de
João Ubaldo Ribeiro. Em Azar do Valdemar
a companhia usa a arte teatral para questionar sobre sequestrados pela
instituição policial que vigora em nosso país, denunciando as injustiças
sociais marcadas pela violência. Inspirando-se no teatro de variedades, o
espetáculo constrói novas abordagens estéticas para
refletir sobre como os relacionamentos humanos têm sido constituídos. Os
Inventivos apresentam mais um espetáculo-rapsódia da gente brasileira, iniciado
em Canteiro, revelado em Bandido É Quem Anda em Bando e, agora,
manifestado em Azar do Valdemar. Ficha técnica –
Concepção: Cia dos Inventivos. Atores-criadores: Aysha Nascimento, Flávio
Rodrigues e Marcos di Ferreira. Músico-criador: Adilson Fernandes. Direção:
Edgar Castro. Assistente de direção: Daniela Rosa. Dramaturgista: Jé Oliveira. Orientação
da pesquisa: Alexandre Mate. Direção musical e música original: Rodrigo
Mercadante. Cenário e luz: Wagner Antônio. Figurino: Cleydson Catarina. Produção:
Ana Flávia Rodrigues
Circo
Espetáculo de Periferia (Grupo do Balaio) - Circo Espetáculo de Periferia é fruto de mais dois anos de pesquisa recolhendo histórias das
passagens dos circos pelos bairros periféricos da cidade de São Paulo. A partir
de registros em áudio de músicas e relatos, tanto de artistas circenses quanto
de moradores antigos das periferias leste, norte e sul, o Grupo do Balaio conta
a história de João de Castro, o filho do maquinista do Trem das Onze, que
resolve se aventurar em um tradicional circo de lona, armado em umas das
paradas do trem. Ficha Técnica – Concepção
e produção: Grupo do Balaio. Elenco: Anderson Tavares, Ângela Garcia e Garcia,
Harley Timóteo e Leandro Hoehne. Treinamento e aprofundamento técnico: Cláudio
Costa, Elsa Wolf e Maruilde Lopes. Apoio técnico: Peterson Xavier.
Ara Pyau – Liturgia para o Povo Invisível (Grupo Girandolá) - Um jovem está à
procura de suas origens quando se depara com um lugar inusitado, habitado por
um povo que vive camuflado na natureza. Ara
Pyau - Liturgia para o Povo Invisível é uma narrativa que celebra o
encontro do Teatro Girandolá com a milenar Guarani. Ficha Técnica – Direção: Kika Antunes.
Assistência de direção e produção: Fabia Pierangeli. Dramaturgia: José Geraldo
Rocha. Colaboração dramatúrgica: Teatro Girandolá. Preparação vocal e orientação
musical: Gleiziane Pinheiro. Elenco: André Arruda, Gilberto Araújo, Mariana
Moura, Meire Ramos e Roseli Garcia. Figurino: Teatro
Girandolá. Cenografia e adereços: Teatro Girandolá, Fabio Campanhola e Pedro
Quintanilha. Assessoria na pesquisa: Andréa Amorim. Colaboração na pesquisa:
Comunidade Guarani Mbya das aldeias Tekoa Pyau e Tekoa Ytu.
Buraco
d’Oráculo
O Buraco d’Oráculo nasceu, em 1998,
resultado do trabalho do Núcleo de Teatro de Rua, da Oficina Cultural Amacio
Mazzaropi, que, hoje, se encontra com as portas fechadas, deixando uma lacuna nas ações de fomento à cultura por parte do poder público. O
trabalho do grupo é calcado em três pontos cruciais: a rua, local fundamental para promover o encontro direto com o
publico; a cultura popular, fonte
inspiradora; e o cômico,
destacando-se a farsa e as relações com o denominado “realismo grotesco”. O
Buraco d’Oráculo optou pelo popular e pela rua como determinação e alvo de
crítica. Com seus trabalhos o grupo encontrou um público diferente daquele que
frequenta as tradicionais salas de espetáculos, e começou a desenvolver
projetos de forma descentralizada, buscando democratizar o acesso ao fazer
teatral, e promover uma reflexão sobre o mesmo. Por isso, desde 2002, atua na
zona leste da cidade de São Paulo, sobretudo na região de São Miguel Paulista,
sendo a Praça do Casarão seu principal ponto de atuação, desde 2004. O Buraco d’Oráculo já produziu nove espetáculos que são
protagonizados por pessoas comuns e que estão à margem da sociedade. Dessa forma
busca discutir o homem urbano e seus problemas.
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