Grupo Ritornelo - foto de Diogo Zanatta |
Teatro de rua ocupa o bairro de São Miguel Paulista com
14 espetáculos e intervenções poéticas na 11ª edição da Mostra realizada pelo
Buraco d’Oráculo. Cultura, arte e diversão ao ar livre!
Nos
dias 23, 24 e 25 de novembro e 1º e 2 de
dezembro, acontece na zona leste de São Paulo a XI Mostra de Teatro de
São Miguel Paulista com apresentações na Praça Fortunato da Silveira (popularmente conhecida como Praça do
Morumbizinho, na Vila Jacuí) e Praça
Guanambi (Parque Cruzeiro do Sul), ambas localizadas bairro que dá nome à mostra.
A
programação (grátis) é diversificada,
compondo um painel do teatro de rua nacional ao reunir grupos do nordeste, sul
e sudeste, incluindo companhias da capital, região metropolitana e interior
paulista. A programação traz ainda participação de artistas populares da região
- Andrio Cândido e Rafael Carnevalli - que,
entre um espetáculo e outro, fazem intervenções poéticas, seja declamando ou lançando
livros. O ator e palhaço J.E. Tico
faz as mediações durante os eventos.
Na Praça
Fortunato da Silveira, localizada
na Vila Jacuí, região próxima ao centro
do bairro de São Miguel, apresentam-se os grupos paulistanos Teatro
de Rocokóz (Lovistore às Avessas), Arte
Negus (Ambulante), Cia. Paulicéia & Cia. do
Miolo (Relampião), Nativos Terra Rasgada (O
Grande Pequeno Circo do Berinjela), Núcleo
Teatral Opereta (Almas Peregrinas) e Cia. Novos Atores (Lisístrata-S).
Completando a programação, Cia1Péde2
(Ao Divagar se Vai Longe e de Bicicleta Mais Ainda), de Campinas
(SP); Arte e Riso (Meu
Nome é Zé), de Umarizal (RN); e Grupo
Teatro de Caretas (Final de Tarde) de Fortaleza (CE).
A Praça Guanambi recebe o segundo final
de semana da programação com os grupos: Exercito
Contra Nada (El General), Brava
Companhia (Show do Pimpão) e Teatro
Contadores de Mentira (Rito Anti-carnificina), de São Paulo, além do
grupo gaúcho Ritornelo (Faixa de
Graça), do capixaba Circo Teatro Capixaba
(Palhaços: Patifes ou Herois?) e, fechando a Mostra, o pernambucano Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos
da Maciel (Polo
Marginal – Opereta de Rua).
Idealizada e realizada pelo grupo O Buraco d’Oráculo, desde 2002, a Mostra chega à
sua décima primeira edição como uma atividade do projeto Buraco 20 Anos: da (r)existência na rua à poesia em cena, contemplado pela 32ª Edição do Programa de
Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. O projeto celebra duas décadas de
atuação do grupo com a realização de diversas atividades, entre circulação,
pesquisa, atividades formativas e a XI Mostra de Teatro de São Miguel Paulista.
Teatro de Caretas (de Sol Coelho) / Cia1Péde2 (de Fábio Zambon)
SERVIÇO /
PROGRAMAÇÃO
Local 1:
Praça Fortunato da Silveira (ou Morumbizinho)
Vila Jacuí. São Miguel Paulista. SP/SP (em frente à Universidade
Cruzeiro do Sul).
De 23 a 25 de novembro
Sexta e sábado (16h, 17h30 e 19h) e domingo (15h,
17h e 18h).
Grátis (espetáculos ao ar livre). Recomendação: Livre.
Local 2:
Praça Guanambi
Parque Cruzeiro do Sul. São Miguel Paulista. SP/SP (altura do nº 7500
da Av. São Miguel, próximo ao hospital Independência).
Dias 1º e 2 de dezembro
Sábado (às 15h, 17h e 18h) e domingo (às 15h, 16h30
e 18h)
Grátis (espetáculos ao ar livre). Recomendação: Livre
INFORMAÇÕES – XI Mostra de Teatro de São Miguel Paulista
Tel: (11) 98152-4483
/ (11) 99565-2507. buracodoraculo@gmail.com
Praça Fortunato da
Silveira - Morumbizinho
·
23 de novembro -
Sexta-feira
16h - Teatro
de Rocokóz (São
Paulo/SP) – Lovistore às Avessas (50 min)
17h30 - Arte
Negus (São Paulo/SP) - Ambulante (50 min)
19h – Cia1Péde2 (Campinas/SP) – Ao Divagar se Vai Longe e de Bicicleta
Mais Ainda (40 min)
·
24 de novembro -
Sábado
16h – Cia.
Paulicéia e Cia. do Miolo (São
Paulo/SP) – Relampião (60 min)
17h30 - Nativos
Terra Rasgada (Sorocaba/SP) – O Grande Pequeno Circo do Berinjela (40
min)
19h - Cia.
Arte e Riso (Umarizal/RN)
–
Meu Nome é Zé (70 min)
·
25 de novembro -
Domingo
15h – Cia.
Novos Atores (Pindamonhangaba/SP) – Lisístrata-S (60 min)
17h – Grupo Teatro de Caretas (Fortaleza/CE)
– Final
de Tarde (50 min)
18h - Núcleo
Teatral Opereta (Poá/SP)
– Almas
Peregrinas (40 min)
Praça Guanambi
·
1º de dezembro -
Sábado
15h - Circo
Teatro Capixaba (Divino
de São Lourenço/ES): Palhaços: Patifes ou Heróis? (50 min)
17h - Exercito
Contra Nada (São Paulo/SP): El General (50 min)
18h - Contadores
de Mentira (Suzano/SP): Rito Anti-carnificina (40 min)
·
2 de dezembro -
Domingo
15h - Grupo
Ritornelo (Passo
Fundo/RS): Faixa de Graça (50 min)
16h30 - Brava
Cia. (São Paulo/SP): Show do Pimpão (50 min)
18h - Grupo
de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel (Recife /PE): Polo
Marginal – Opereta de Rua (50 min)
SOBRE OS
ESPETÁCULOS
Lovistore às
Avessas - com
Teatro
de Rocokóz (23/11, às 16h) - Um casal de
brincantes abre a roda e convidam o público a se divertir com novos pontos de
vista sobre os mitos "Adão e Eva" e "Eros e Psiquê". Ficha
técnica - Roteiro e direção: Carlos e Cileia
Biaggioli. Elenco: Carlos e Cileia Biaggioli. Produção e realização: Teatro de
Rocokóz.
Ambulante - com Arte Negus (23/11, às 17h30) - Duas pessoas diante da desafiadora rotina no universo do ‘ganha e perde’, onde só o mais esperto sobrevive. Para isso é preciso sonhar, ser criativo, portar-se como um sujeito matreiro, como um cowboy, um monge e encantar cobras e dragões. Figura e Ououou são vendedores ambulantes que perderam muito na vida e não querem perder a possibilidade de sonhar. Um é ex-paraquedista militar, o outro é herdeiro de uma longa e distinta linhagem de mascates. São opostos que se complementam, e vendem as histórias dos produtos de sua barraca ambulante, pedindo apenas alguns poucos minutos da vida dos fregueses para que possam sobreviver em suas próprias. Ficha técnica - Texto: Augusto Figliaggi e Elaine Guarani. Direção: Abel Saavedra. Elenco: Augusto Figliaggi e Elaine Guarani. Figurino: Raquel Saldívia e Magê Blanques. Cenário e adereços: Abel Saavedra, Raquel Saldívia, Elaine Guarani e Augusto Figliaggi. Cenotécnica e sonoplastia: Rafael Barros e Umberto Lima. Preparação musical: Estela Ceregatti. Trilha de abertura (Venham Ver): Augusto Figliaggi e Elaine Guarani. Fotógrafo: Rosan Chaves. Música (Segundo Quarto): Estela Ceregatti.
Ambulante - com Arte Negus (23/11, às 17h30) - Duas pessoas diante da desafiadora rotina no universo do ‘ganha e perde’, onde só o mais esperto sobrevive. Para isso é preciso sonhar, ser criativo, portar-se como um sujeito matreiro, como um cowboy, um monge e encantar cobras e dragões. Figura e Ououou são vendedores ambulantes que perderam muito na vida e não querem perder a possibilidade de sonhar. Um é ex-paraquedista militar, o outro é herdeiro de uma longa e distinta linhagem de mascates. São opostos que se complementam, e vendem as histórias dos produtos de sua barraca ambulante, pedindo apenas alguns poucos minutos da vida dos fregueses para que possam sobreviver em suas próprias. Ficha técnica - Texto: Augusto Figliaggi e Elaine Guarani. Direção: Abel Saavedra. Elenco: Augusto Figliaggi e Elaine Guarani. Figurino: Raquel Saldívia e Magê Blanques. Cenário e adereços: Abel Saavedra, Raquel Saldívia, Elaine Guarani e Augusto Figliaggi. Cenotécnica e sonoplastia: Rafael Barros e Umberto Lima. Preparação musical: Estela Ceregatti. Trilha de abertura (Venham Ver): Augusto Figliaggi e Elaine Guarani. Fotógrafo: Rosan Chaves. Música (Segundo Quarto): Estela Ceregatti.
Ao Devagar se
Vai Longe e de Bicicleta Mais Ainda - Com Cia1Péde2 (24/11, às 19h) - Em busca de um lugar perfeito ao encontro de um
amor nem tão perfeito assim, entre malas, malabarismos e o público, Camomila e
Quindim descobrem tudo o que sempre esteve ali, bem debaixo de seus narizes
vermelhos... Eles se amam e adoram andar de bicicleta. Ficha técnica -
Idealização, atuação e produção: Cia1Péde2.
Relampião - com Cia
Paulicéia & Cia. Do Miolo (24/11, às 16h) - A Cia. do Miolo e a Cia. Paulicéia revisitam as
historias de Lampião - O Mito do Cangaço para aproximá-las das questões
cotidianas atuais. Para mostrar o que há de comum entre a luta do cangaço e as
lutas pela vida na contemporaneidade, os grupos apostam em uma caatinga de
concreto, em múltiplos ‘Lampiões e Marias Bonitas’, revelados pela dramaturgia
do espetáculo. Ficha técnica - Direção: Alexandre Kavanji. Direção de atores:
Renata Lemes. Dramaturgia: Solange Dias. Direção musical: Charles Raszl.
Atores: Aysha Nascimento, Dudu Oliveira, Edi Cardoso, Flávio Rodrigues, Harley
Nóbrega, Val Ribeiro e Marcos di Ferreira. Músicos: Fabrício Cardial e Glauber
Coimbra. Figurino, adereços e ambientação: Luiz Augusto dos Santos. Preparação corporal:
Alício Amaral e Juliana Pardo (Cia. Mundu Rodá). Maquiagem: Guto Togniazzolo.
Oficina de interpretação: Ednaldo Freire. Artesão: Luiz Paulino da Cunha.
Fotos: Rhadamés Camponato Sant’Anna. Sonorização e técnico de áudio: Gabriel
Kavanji. Produção executiva: Rafael Procópio. Produção geral: Iarlei Rangel.
O Grande Pequeno
Circo do Berinjela - com Nativos Terra Rasgada (24/11, às
17h30) - O palhaço Berinjela resolve
criar seu próprio circo, mas, como se encontra sozinho, ele percebe que não
precisa de uma grande lona ou picadeiro. E então, com uma pequenina estrutura, Berinjela
representa todos os números de seu grande pequeno espetáculo, mostrando que
mesmo com poucos artifícios é possível alimentar a magia do circo. Ficha técnica
- Direção e atuação: Samir Jaime. Produção: Grupo Teatral Nativos Terra Rasgada. Figurino:
Natalia Campos (Natywynx). Design gráfico: Samir
Jaime. Caricaturas: Carva Studios.
Meu Nome é Zé - com Cia. Arte e Riso (24/11, às 19h) - A história se passa em pleno pleito eleitoral quando
políticos lutam para chegar ao poder, utilizando diversas artimanhas - como
conchavo político, promessas enganosas, compra de votos, perseguições e assassinatos
- na busca pela vitória. De forma cômica, satírica e escrachada, a companhia
faz das histórias de ‘politicagem’ das cidades do interior um recorte do mundo.
Neste trabalho, dão voz às figuras marginalizadas da sociedade, por meio de um
bêbado que vive nas ruas junto aos cachorros. Ele analisa os fatos expostos a
partir de sua vida de embriaguez, fazendo o público refletir sobre quem
realmente vive embriagado e na cegueira. A montagem tem como referências
estéticas o teatro épico de Bertolt de Brecht e elementos da cultura popular
nordestina e da arte circense. Ficha técnica - Texto: Joelson de Souto. Direção:
Emanuel Coringa. Atores: Emanuel Coringa, Jardeu Amorim, Leonardo Alves, Victor
Miranda, Widenny Duarte, Deyvid Augusto e Diego Moura. Musicalização: Joelson
de Souto. Canções: Joelson de Souto, Junio Santos e Ray Lima. Figurino:
Cleydson Catarina. Maquiagem: Cia. Arte e Riso. Iluminação: Thaennia Ferreira. Concepção cenográfica: Cia. Arte e Riso e Cleydson Catarina.
Arte cenográfica: Noel Filho e Andrade. Design gráfico: Jalison Design. Apoio visual:
Rodrigo Fernandes. Fotos: Ricardo Pereira.
Lisístrata-S - com Cia Novos Atores (25/11, às 15h) – A peça questiona
o lugar da mulher: casa cuidando de seus filhos? Nos
prazeres da cama? A Grécia está em guerra e Lisístrata reúne as mulheres e
propõe uma greve de sexo até que os homens assinem o acordo de paz. A Cia. Novos
Atores toma para si esse enredo de Aristófanes e cria Lisístrata-S,
uma mulher em muitas mulheres. Lisístrata e suas companheiras mostram que a
luta feminina é bem maior e que lugar de mulher, é onde ela desejar. Ficha
técnica - Direção: Victor Narezi. Dramaturgia: Ana Roxo e Victor Narezi. Cenário,
figurino e adereços: A Cia. Sonoplastia: Sérgio Camacho Júnior. Operação de
som: Maurício Folter. Maquiagem: Victor Narezi e Tumaki Aruanã. Elenco: Nilza
Mayer, Tumaki Aruanã, Rafael Gomes de Andrade, Rafaella Alencar, Ciça de
Oliveira, Victor Narezi e Sérgio Camacho Júnior. Elenco de apoio: Suzana Esper.
Final de Tarde - com Grupo
Teatro
de Caretas (25/11, às 17h) - O
espetáculo traz uma experiência diferente de teatro de rua, tanto na relação
entre ator e público como na relação com a cidade. Esta é, além de cenário, a
própria dramaturgia de Final da Tarde,
cuja atuação cênica é baseada no detalhe da interpretação, onde proximidade e
intimidade entre transeuntes e atores são os elementos centrais. Um aspecto
importante é que os transeuntes não são previamente informados da peça, não há
palco nem formalidades do início ao fim. A história de uma mãe, seu filho e seu
marido no dia a dia da cidade invade a praça, e o enredo se desenrola no
instante real do cotidiano. Ficha técnica - Direção e dramaturgia: André Carreira. Assistente de direção:
Lara Matos. Oficina
de voz: Ernani Maletta (UFMG). Oficina de atuação: Miguel Rubio (Yuyachkani Peru). Elenco: Vanéssia
Gomes (Whildislane), Non Sobrinho (Manuel e Ofélia), Vera Araújo
(Dalila e Policial) e Rafael
Lopes (fotógrafo). Assistência
de cena: Rebeka Lúcio, Juliana Santana e Isabele Teixeira. Figurino: Jacqueline Brito. Projeto cenográfico:
Diego Brito. Cenografia
(cadeira): Cleomir Alencar.
Almas Peregrinas - com Núcleo Teatral Opereta (25/11, às 18h) - Partindo
do livro Pedro Páramo, do mexicano
Juan Rulfo, acrescido de várias referências, em especial do Discurso sobre a Servidão Voluntária, de
Étienne de La Boétie, o Núcleo Teatral Opereta apresenta a livre adaptação, Almas Peregrinas que conta as várias
histórias de uma cidade-fantasma, que são despertadas com a chegada de Juan, o
único filho legítimo de Rubão Barros, um forasteiro que se revela um filho da
terra. O espetáculo propõe uma reflexão sobre a relação do opressor com o
oprimido, partindo do ponto de vista do segundo. O contexto é uma realidade
fantástica, na qual a inércia e culpabilidade faz o povo sofrer e revolver seus
pecados em um círculo vicioso sem possibilidade de perdão. Ficha técnica - Dramaturgia: Camila Rafael. Direção: Ailton Ferreira. Elenco: Anderson Borges,
Camila Rafael, Dora Nunes, Edson Guilherme, Jhony Uriel, Marco Senna, Patty
Nascimento e Priscila Klesse. Assistência de direção: Priscila Klesse. Cenografia: Marco Senna e
grupo. Figurino: Pâmella
Carmo e grupo. Direção musical: Fílipi Lima. Músicos: Fílipi Lima e
Kelvin Lucas. Músicas: Camila Rafael, Fílipi Lima e Silas Xavier. Maquiagem: Priscila Klesse e grupo. Fotografia e projeto gráfico: Giulia Martins. Iluminação e op. de luz e som: Taciano Holanda. Coreografias: Isabela Lanute. Vídeo: Giulia Martins e Taciano Holanda.
Palhaços:
Patifes ou Heróis? - com Circo
Teatro Capixaba (1/12, às 15h) - Três paspalhos se revezam em números e truques em uma alusão
clara aos shows de variedades e cabarés. A cada número, vão revelando, por meio
de erros toscos, o segredo de cada truque, até que, pressionados pelo público,
buscam realizar um número realmente arriscado. Resta saber qual dos três será o
escolhido. Ficha técnica - Dramaturgia coletiva. Atuação: Flávio Gomes (Xipoca),
Thiago Araújo (pindaíba) e William Rodrigues (Xenxen). Figurino: Flávio Gomes,
Thiago Araújo e William Rodrigues. Coordenação e produção: William Rodrigues. Canções:
o grupo.
El General – com Exercito Contra Nada (1/12, às 17h) - O enredo mostra um
palhaço que entra em apuros quando percebe que é hora do show. Até que dentro,
diante da fantasia, se diante da vida que finda, ele mergulha na própria imaginação
e descobre a possibilidade de transformar-se no que quiser. Quem surge é El
General, um soldado perdido, talvez dos tempos de Philip Astley, quando esse
capitão transformou seu exército em circo. Assim, surge o Exército Contra Nada,
em homenagem as pessoas que defenderam a liberdade e àquelas que transformaram
seu potencial de guerra em potência de vida. O palhaço transforma. Transforma o
problema em diversão. Junta o poder de encontrar ânimo nas adversidades com a
capacidade de reagir a elas e viver com prazer. A peça mostra que, com muito
pouco, somos capazes de celebrar as diferenças e fazer com que cada momento
seja único e imprevisível. Ficha técnica - Direção e atuação: Rafael de Barros. Operação de
som: Augusto Figliaggi. Filmagens: Hélio Pisca, Kauê Beltrame Neves e Renan
Perobelli. Direção de imagem: Renan
Perobelli. Produção: Rafael de Barros.
Rito Anti-carnificina -
com Teatro Contadores de Mentira (1/12,
às 18h) – O espetáculo é um rito onde se reúnem
brincantes de diversas origens. Eles trazem a diversidade e celebram este encontro
onde todos têm a missão de festejar em comunhão, de mãos dadas para bailar em
comemoração à pluralidade. Ficha técnica - Criação coletiva. Direção: Cleiton Pereira. Elenco:
Alessandro Silva, Cleiton Pereira, Daniele Santana, Kaique Costa, Matheus
Borges, Narany Mireya, Pamella Carmo, Samuel Vital, Silas Xavier e Vanessa
Oliveira.
Faixa de Graça -
com Grupo Ritornelo (2/12,
às 15h) - O espetáculo Faixa
de Graça leva para a rua os palhaços Canela e Eustáquio que, desgarrados no
mundo, partem na busca de uma nova terra. Caminhando e tombando, tornando a
tombar, decidem fundar um novo país. Por meio do olhar ingênuo e transgressor
do palhaço, a dupla procura por uma nova realidade onde alegria, brincadeira e
felicidade sejam elementos fundamentais na construção desse novo território. Ficha
técnica - Palhaços: Miraldi Junior (Canela) e Guto Pasini (Eustáquio).
Dramaturgia e encenação: Richard Riguetti. Figurinos e adereços: Bethinha
Mânica e Glória Fauth. Criação de texto: Miraldi Junior. Comunicação: Ana Paula
Martini. Assistência de produção: Guto Pasini e Miraldi Junior. Parceria: Grupo
Off-Sina. Realização: Grupo Ritornelo de Teatro. Música: Desgarrados (de Mario Barbará). Violão:
Giancarlo Rota.
Show do Pimpão -
com Brava Companhia (2/12, às 16h30) - Show do Pimpão é uma intervenção
cênica (ou cínica) situada em uma localidade qualquer da periferia do
capitalismo, onde três miseráveis artistas se juntam para tentar arrecadar
algum numerário que lhes garanta a refeição do dia. Em tempos de crise, fazer
graça com a própria desgraça foi a alternativa que lhes restou como forma de
sobrevivência. E se o show não lhes rende o suficiente para comer, ao menos o
barulho das risadas do público ajuda a abafar o ronco dos seus estômagos
vazios, enquanto tentam esquecer a própria desnutrição. Seria trágico, se não
fosse cômico. Ficha técnica - Criação: Brava Companhia. Direção e
Dramaturgia Ademir de Almeida.Direção Musical Joel Carozzi. Atores: Fábio
Resende, Max Raimundo e Márcio Rodrigues. Figurino: Cris Lima, Márcio Rodrigues
e Rafaela Carneiro. Cenário: Joel Carozzi, Márcio Rodrigues e Sérgio Carozzi.
Design gráfico: Ademir de Almeida. Fotos: Fábio Hirata e Fernando Solidade.
Produção: Kátia Alves.
Polo Marginal - Opereta de Rua - com Grupo de Teatro de Rua
Loucos e Oprimidos da Maciel (2/12, às 18h) - Opereta de rua, o espetáculo Polo Marginal
conta a história de um grupo de saltimbancos que decidem aportar no centro da
cidade, trazendo a força da poesia e da música como forma de provocar as
pessoas com relação à sensibilidade e a emoção presente em cada um. Com poemas
fortes e lancinantes, o espetáculo propõe uma radiografia dos problemas
observados nos grandes centros urbanos. No início, os personagens falam da
relação do homem com o mar, os rios, a atmosfera do cotidiano, o cheiro do
mangue, de vida. No segundo momento, usando versos ora livres ora rimados, eles
declaram sua paixão pela poesia, dramatizando em espaços abertos, em monólogos que
falam das temáticas da poesia como solidão, tristeza, fugacidade. Fechando a
história, mostram o homem contemporâneo com suas angústias, seus medos, por
meio de uma procissão. Ficha técnica - Da obra do poeta Marco Polo Guimarães.
Roteiro e encenação: Carlos Salles (in memoriam). Direção artística e assistência
de direção: Rodrigo Torres. Direção musical: Walgrene Agra. Elenco: Anderson
Porcino, Chico Vieira, Erico Barreto, Franklin Moura (Buda), Roberta Lúcia,
Rodrigo Torres, Sandro Sant’na e Walgrene Agra. Designer gráfico: Java Araújo.
Figurino e adereços: Gê Domingues (in memoriam). Maquiagem: o grupo. Contrarregra:
Josi Rodrigues. Assistência de produção: Josi Rodrigues. Produção executiva: Walgrene
Agra. Coordenação de produção: Rodrigo Torres. Produção: Grupo de Teatro de Rua
Loucos e Oprimidos da Maciel.
J. E. Tico (mestre
de cerônia)
- O ator, bonequeiro e palhaço. Teve sua estreia durante a 2ª Edição da Mostra
de Teatro de São Miguel Paulista, em 2004. Sempre esteve presente na
programação fazendo breves intervenções inspiradas nos brinquedos populares.
Andrio
Cândido (intervenção) - Ator,
poeta, escritor e produtor. Formado em Historia (Universidade Guarulhos) e Técnicas
em Artes do Palco (Senac), Andrio Cândido é artista da periferia de São Paulo
que dialoga com múltiplas linguagens. Fundou o projeto Filhos de Ururaí, com o
qual realiza intervenções poéticas nos vagões de trens da CPTM e Metrô.
Atualmente, circula pela cidade exibindo o filme Um Salve Doutor, além de realizar formações, palestras e rodas de
conversa sobre produção cultural periférica, literatura & cultura negra e
divulgar seu primeiro livro de poesias, Dente
de Leão.
Rafael Carnevalli (intervenção)
- Escritor, poeta,
professor e oficineiro. Nascido e criado em São Miguel Paulista, atua nos
movimentos culturais, desde 2012, mesmo ano em que fundou o grupo de
intervenções poéticas Hospício Cultural que, hoje, é um grupo literário no
Facebook com mais de 12 mil membros. Em março de 2013, junto com outros
artistas da região, iniciou o Movimento Aliança da Praça (MAP) que realiza mensalmente
o tradicional Sarau da Praça, na histórica Praça do Forró. Ministra a oficina Ensino Di Verso, que
dialoga com a literatura e expressão corporal. Autor dos livros Amador, Amadorzine e Maloca, publicados
de forma independente.
Buraco d’Oráculo
O Buraco d’Oráculo nasceu, em 1998,
resultado do trabalho do Núcleo de Teatro de Rua, da Oficina Cultural Amacio
Mazzaropi, que, hoje, se encontra com as portas fechadas, deixando uma lacuna nas ações de fomento à cultura por parte do poder público. O trabalho
do grupo é calcado em três pontos cruciais: a rua, local fundamental para
promover o encontro direto com o publico; a cultura popular, fonte inspiradora;
e o cômico, destacando-se a farsa e as relações com o denominado “realismo
grotesco”. O Buraco d’Oráculo optou pelo popular e pela rua como determinação e
alvo de crítica. Com seus trabalhos o grupo encontrou um público diferente
daquele que frequenta as tradicionais salas de espetáculos, e começou a
desenvolver projetos de forma descentralizada, buscando democratizar o acesso
ao fazer teatral, e promover uma reflexão sobre o mesmo. Por isso, desde 2002,
atua na zona leste da cidade de São Paulo, sobretudo na região de São Miguel
Paulista, sendo a Praça do Casarão seu principal ponto de atuação, desde 2004. O Buraco d’Oráculo já produziu nove espetáculos que são
protagonizados por pessoas comuns e que estão à margem da sociedade. Dessa
forma busca discutir o homem urbano e seus problemas.
O Grupo Ritornelo conheço e gosto muito! Sou suspeito de dizer.... Sempre alegram os idosos no Abrigo onde trabalho!
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