terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Grupo 59 apresenta Um Dia, Um Rio, premiado espetáculo sobre desastre ambiental na Bacia do Rio Doce, no Sesc Consolação

A montagem foi agraciada com o Prêmio APCA de Melhor Adaptação (Bruno Gavranic e Grupo 59) e indicada em três categorias ao Troféu Caneca / Pecinha É a Vovozinha - Direção (Fabiano Lodi), Trilha Sonora (Felipe Gomes Moreira e Thomas Huszar) e Figurino (Kléber Montanheiro).

Foto de Pri Fiotti

Teaser: https://www.youtube.com/watch?v=kD7MeqKqXeY 

O premiado espetáculo infantojuvenil Um Dia, Um Rio, montagem do Grupo 59 de Teatro, chega ao palco do Teatro Anchieta, no Sesc Consolação. A temporada acontece entre os dias 16 de março e 11 de maio de 2024, sempre aos sábados, às 11h.

Dirigida por Fabiano Lodi, a montagem cênico-musical é uma criação coletiva inspirada no livro homônimo de Leo Cunha e André Neves (ilustrações), que aborda com lirismo e contundência o desastre ambiental que destruiu a Bacia do Rio Doce (MG), em 2015. Bruno Gavranic assina a dramaturgia junto com o Grupo 59, e Felipe Gomes Moreira e Thomas Huszar são responsáveis pela direção musical.

A montagem é resultado de um processo continuado de pesquisa do Grupo 59 de Teatro (O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá e Histórias de Alexandre) sobre a transposição da literatura para o palco, na fricção entre literatura e teatro, e a musicalidade na cena, em interlocução com o público infantojuvenil.

Conduzido essencialmente pela música, Um Dia, Um Rio narra a vida de um rio, desde o seu nascimento como um riacho até a exuberância de suas águas que desenham lindas paisagens. Ao longo do percurso, o rio encontra um grande desafio para preservar suas águas, as formas de vida que abriga e as que surgem ao redor. O enredo traz um lamento, um grito de socorro tardio de um rio indefeso que não tem como reagir ao ser invadido pela lama da mineração.

No livro, um lamento sensível e profundo de um rio indefeso que é completamente destruído ao ser invadido pela lama da mineração. Esse rio - que personifica e simboliza o grito de socorro do meio ambiente, vitimado por inúmeras ações predatórias e pela nossa falta de cuidados ambientais - sonha em ser rio outra vez, um dia. Na montagem, um poema cênico contundente, conduzido pela música.

A variedade de ritmos da cultura musical brasileira e o canto coral, acompanhado de instrumentos de percussão tocados ao vivo pelo próprio elenco, marcam a experiência sonora do espetáculo, retomando a marca do Grupo 59 de “contar cantando” e “cantar contando”. As canções foram criadas pelo elenco junto aos diretores musicais, a partir de trechos do livro, além de algumas citações ao cancioneiro das festas populares brasileiras. “O canto traz o fluxo para a condução da história, traz a narrativa com consciência pelo entendimento das palavras”, comenta Felipe Gomes Moreira. Ele explica que “a trilha sonora é inspirada em temas de congada, toadas de boi, cantos de canoeiros e de trabalho na beira do rio, religiosidade e por lamentos, como uma forma de louvação pela vida que o rio carrega”.

Segundo o diretor Fabiano Lodi, “a dramaturgia musical e corporal encontra no espírito brincante dos ritmos brasileiros a leveza para tratar a contundência do tema e pensar caminhos para um mundo diferente. Os atores brincam em cena como o rio brinca com suas águas, com a terra, com as montanhas”. A oralidade proposta pelo Grupo 59 coloca os cinco atores em cena todo o tempo. Todos interpretam a personagem Rio, que tem voz própria, que brinca de interpretar outros papeis do contexto ao seu redor (canoeiro, margem e outros).

O espaço cênico é inspirado no movimento de folhear o livro e se surpreender, a cada página, com uma ilustração diferente que ajuda a contar uma parte da história. O cenário, com formas angulares em madeira, se reconfigura como uma brincadeira que remete ao impacto das ilustrações do livro. Em contraponto, os atores usam figurinos leves e sinuosos, combinando espaços, sensações e estados de espírito no jogo cênico.

Em O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá (2009), o Grupo 59 de Teatro mergulhou no universo da fábula de Jorge Amado, em Histórias de Alexandre (2017) na prosa de Graciliano Ramos e agora, com Um Dia, Um Rio, aventura-se nos caminhos da poesia contemporânea para a infância e juventude, da palavra-poema em potência de encantamento que toca os sentidos. 

A investigação da linguagem poética na cena, à luz de uma temática tão urgente e delicada como a preservação ambiental, convida as crianças a construírem um vínculo afetivo com a história narrada pelo personagem Rio e a percorrerem as águas da imaginação em reflexões muito importantes: Quantos outros rios também sofrem assim? Será que somente os peixes são afetados pelas águas poluídas? E como fica a população ribeirinha e a vida nas cidades? Como podemos proteger os nossos rios e o meio ambiente?

FICHA TÉCNICA
Uma criação do Grupo 59 de Teatro inspirada na obra de Leo Cunha e André Neves.
Direção: Fabiano Lodi.
Dramaturgia: Bruno Gavranic e Grupo 59 de Teatro.
Elenco: Carol Faria, Fernando Vicente, Gabriel Bodstein, Nathália Ernesto e Jane Fernandes.
Elenco alternante: Gabriela Cerqueira e Thomas Huszar.
Direção musical: Felipe Gomes Moreira e Thomas Huszar.
Cenário e figurinos: Kleber Montanheiro.
Assistência em cenário e figurinos: Marcos Valadão.
Desenho de luz: Gabriele Souza.
Operação de luz: Sylvie Laila.
Técnico de som: Nicholas Rabinovitch.
Pensamento corporal: Fernando Vicente.
Ilustrações: André Neves.
Fotos: Pri Fiotti.
Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação.
Produção executiva: Gabriela Cerqueira.
Coordenação de produção: Gabriel Bodstein.
Idealização de projeto: Carol Faria e Fabiano Lodi.
Produtora associada: Leneus Produtora de Arte.
Idealização e produção: 59 Produções Artísticas e Culturais.

SINOPSE - Espetáculo cênico musical que narra a vida de um rio, desde seu nascimento como um riacho à exuberância de suas águas que desenham lindas paisagens. Ao longo de seu percurso, encontra um grande desafio para preservar suas águas, as formas de vida que abriga e as que surgem ao redor. A peça é inspirada no livro de mesmo nome, de Leo Cunha e André Neves, e apresenta um lamento, um grito de socorro tardio de um rio indefeso que não tem como reagir à lama da mineração que destrói suas águas. Com lirismo e contundência aborda o desastre ambiental que destruiu a Bacia do Rio Doce, em 2015.

Sobre o Grupo 59 de Teatro

O Grupo 59 de Teatro é o encontro de 12 atrizes e atores formados pela Escola de Arte Dramática (EAD/ECA/USP). Desde a fundação, em março de 2011, realizou mais de 400 apresentações, com um público estimado em mais de 70 mil espectadores. Recebeu o Prêmio APCA, Prêmio São Paulo de Teatro para Infância e Juventude e Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro. No repertório: O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá e Histórias de Alexandre, ambas dirigidas por Cristiane Paoli Quito; A Última História, dirigida por Tiche Vianna; Mockinpó - Estudo sobre um homem comum, dirigida por Claudia Schapira; Terra à Vista e Um Dia, Um Rio, dirigidas por Fabiano Lodi.

Sobre Fabiano Lodi
– Diretor

Fabiano Lodi é diretor teatral. Mestre em Teatro pela UNESP e graduado em Artes Cênicas pela UDESC. Participou de diversas atividades de formação internacional, com destaque para o programa de aprimoramento técnico do Método Suzuki, no Japão, e de Viewpoints e Composição, em Nova York. Vem realizando diferentes projetos artísticos e formativos pela Leneus Produtora de Arte, que fundou em 2010, em São Paulo. Seus trabalhos recentes incluem: Rádio Cassandra (2022); C4V4L0 D3 TR014 (2021); Mercado Branco (2019) e Os Guardas do Taj (2018). Atualmente, é artista docente no curso técnico de Direção da SP Escola de Teatro, professor no curso de Pós-Graduação em Educação do IBFE-SP (Instituto Brasileiro de Formação de Educadores) e coordenador artístico dos projetos Jovem em Cena e Treinos Públicos.

Serviço

Espetáculo: UM DIA, UM RIO
Com Grupo 59 de Teatro
Temporada: 16 de março a 11 de maio de 2024. Sábados, às 11h

Duração: 50 min. Classificação: Livre (indicado para crianças a partir de 4 anos).
Ingressos: R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia) e R$ 10,00 (credencial plena). Crianças até 12 anos não pagam ingresso (retirar na bilheteria).
Vendas online a partir das 17h do dia 5/3 - https://centralrelacionamento.sescsp.org.br e app Credencial Sesc SP. Vendas nas bilheterias das unidades, a partir das 17h do dia 6/3.

Teatro Anchieta - Sesc Consolação

Rua Dr. Vila Nova, 245 - Vila Buarque. São Paulo/SP.

Tel.: (11) 3234-3000 - Capacidade: 280 lugares. Acessibilidade: Sim.

Na rede: @sescconsolacao – Site: www.sescsp.org.br/consolacao 

 

 

Informações à imprensa

Assessoria de Imprensa | Espetáculo:
VERBENA Assessoria | Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181- verbena@verbena.com.br

Assessoria de imprensa | Sesc Consolação:
 
Andréa Oliveira
Tel.: (11) 3234-3061 - imprensa.consolacao@sescsp.org.br

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