Formado por dois espetáculos, projeto da Companhia
Teatral Arnesto nos Convidou reúne os atores Helio Cicero, Gabriela Flores, Rogério
Brito, Eduardo Mossri, Henrique Zanoni e Janette Santiago. A ficha técnica traz
ainda nomes como André Cortez, Domingos Quintiliano e Gregory Slivar.
O Sesc São Paulo
apresenta novo projeto teatral do dramaturgo e diretor Samir Yazbek, composto por duas
montagens: “Brasil: o Futuro que Nunca
Chega – Princesa Isabel” e “Brasil: o
Futuro que Nunca Chega – D. Pedro II”. A estreia acontece no dia 9
de junho, quinta-feira às 21 horas.
A temporada de “Brasil: o Futuro que Nunca Chega –
Princesa Isabel” será às quintas-feiras e aos sábados (às 21 horas), tendo
elenco formado por Gabriela Flores, Rogério Brito, Helio Cicero e Janette
Santiago, com participação de Fernando Trauer e Carla Laiene. A peça “Brasil: o Futuro que Nunca Chega – D.
Pedro II”, por sua vez, será apresentada às sextas-feiras (às 21 horas) e aos
domingos (às 18 horas), com Helio Cicero, Eduardo Mossri, Rogério Brito,
Gabriela Flores e Henrique Zanoni no elenco, com participação de
Fernando Trauer e Carla Laiene. Ambas no
Teatro Anchieta, do Sesc Consolação.
Escritos e dirigidos por Samir Yazbek, os
espetáculos têm Helio Cicero também na codireção e preparação de atores, além
de André Cortez na cenografia, Domingos Quintiliano na iluminação, Anne Cerutti
no figurino e Gregory Slivar na trilha sonora. Silvia Marcondes Machado está à
frente da coordenação do projeto e Edinho Rodrigues responde pela direção de
produção.
A peça “Brasil: o Futuro que Nunca Chega –
Princesa Isabel” investiga a escravidão no país, na passagem do
Império à República, discutindo suas consequências para a nossa sociedade. Já “Brasil: o Futuro que Nunca Chega – D.
Pedro II” pretende, por meio de um mergulho nos estertores do Império,
sondar o Brasil contemporâneo, que tem manifestado xenofobia e racismo preocupantes.
Os espetáculos denunciam
o “modus-operandi” da política nacional, identificando algumas das principais
causas do atraso social brasileiro. Samir Yazbek explica que “esse projeto
nasceu com o objetivo de ampliar o olhar sobre o Brasil de hoje, à luz da nossa
história, mais precisamente a passagem do Império à República, período que
lançou ou ao menos consolidou as bases para a formação da identidade brasileira,
no que diz respeito à vida pública e privada”.
A idealização de “Brasil: o Futuro que Nunca Chega” é da Cia Teatral Arnesto nos Convidou, responsável por montagens como de
“O Fingidor” (Prêmio Shell 1999 de melhor autor) e “As Folhas do Cedro” (Prêmio
APCA 2010 de melhor autor), entre outros espetáculos.
“Brasil: o Futuro que Nunca
Chega – Princesa Isabel”
Por meio das quatro personagens, “Brasil: o Futuro que Nunca
Chega – Princesa Isabel” aprofunda o embate em torno das consequências da Lei
Áurea para o Brasil, antecipando algumas das principais causas da desigualdade
social entre nós.
Elementos
de ordem simbólica percorrem a encenação, apontando a ancestralidade africana
como o principal foco de resistência à opressão sofrida pelo povo negro durante
o período da escravidão.
“Brasil: o Futuro que Nunca Chega – D. Pedro II”
No enredo, um repórter de ascendência libanesa,
em crise com seu trabalho, narra para um cinegrafista a visita do Imperador D.
Pedro II ao Líbano, em 1876. Essa narrativa, entremeada por figuras da
imaginação do repórter (sua mãe, um jovem neofascista e o próprio D. Pedro
II), sonda o Brasil contemporâneo, que tem manifestado xenofobia e racismo
preocupantes.
Cansado da intromissão da diretoria de uma
emissora de televisão em seu trabalho, o repórter pede ao cinegrafista para
gravar seu desabafo. Inicia-se, assim, uma reflexão por parte do repórter, compartilhada
com o público, sobre os mais variados discursos da atualidade, que envolvem sua
falecida mãe, um jovem neofascista, e a figura do imperador D. Pedro II, responsável
pela vinda de seus antepassados libaneses ao Brasil.
Enquanto
faz seu depoimento, em meio a uma concepção cênica que o enreda numa espécie de
carrossel representativo de sua mente, o repórter ignora a vontade do
cinegrafista, que tenta lhe contar a respeito de seus ancestrais africanos que
foram escravizados durante o Império.
Metáfora
de um país dividido, “Brasil: o Futuro
que Nunca Chega – D. Pedro II” investiga o quanto a mídia, encarnada pelo
repórter, tem sido impenetrável às mazelas sociais brasileiras, acusadas pelo
cinegrafista.
Samir Yazbek
Samir Yazbek é
dramaturgo e diretor teatral. Consolidou sua formação com o diretor Antunes
Filho, no CPT (Centro de Pesquisa Teatral) do Sesc. Escreveu “O Fingidor” (Prêmio Shell 1999 de melhor autor), “A Terra Prometida” (entre os dez melhores espetáculos de
2002, segundo O Globo) e “As
Folhas do Cedro” (Prêmio APCA
2010 de melhor autor), entre outras. Além de seu trabalho na Cia Teatral
Arnesto nos Convidou, escreve artigos na imprensa, participa de festivais,
ministra palestras, cursos e oficinas de dramaturgia. No exterior, fez
conferências em Cádiz (Espanha), Londres (Inglaterra) e Minnesota (EUA). Teve
alguns de seus textos publicados – e encenados – não somente no Brasil, mas em
Cuba, França, Inglaterra, México, Polônia e Portugal. Coordena o curso de
Pós-Graduação Lato Sensu em Dramaturgia da ESCH (Escola Superior de Artes Célia
Helena), em São Paulo.
Ficha técnica
Espetáculo - 1: “Brasil: o Futuro que Nunca Chega – Princesa Isabel”
Espetáculo - 2: “Brasil: o Futuro que Nunca Chega – D. Pedro II”
Texto e direção:
Samir Yazbek
Codireção e
preparação de atores: Helio Cicero
Cenografia: André
Cortez
Figurino: Anne
Cerutti
Iluminação:
Domingos Quintiliano
Trilha sonora:
Gregory Slivar
Assistência de
direção: Carla Laiene
Cenografia assistente: Carmem Guerra
Preparação
corporal: Janette Santiago
Aulas de francês:
Flávio Nery
Direção de palco:
Fernando Trauer
Operação de som: Thiago Rocha
Fotografia: Heloísa Bortz
Fotografia: Heloísa Bortz
Assessoria de
imprensa: Eliane Verbena
Coordenação do
projeto: Silvia Marcondes Machado (Mecenato Moderno)
Produção
executiva: Vanessa Campanari
Direção de
produção: Edinho Rodrigues (Brancalyone Produções)
Idealização: Cia
Teatral Arnesto nos Convidou
Realização: Sesc
São Paulo
Elenco 1 - “Brasil: o Futuro que Nunca Chega –
Princesa Isabel”:
Gabriela Flores,
Rogério Brito, Helio Cicero e Janette Santiago.
Participação: Fernando Trauer e Carla Laiene.
Elenco 2 - “Brasil: o Futuro que Nunca Chega – D.
Pedro II”:
Helio Cicero,
Eduardo Mossri, Rogério Brito, Gabriela Flores e Henrique Zanoni.
Participação: Fernando Trauer e Carla Laiene.
Serviço
Teatro
Anchieta - Sesc Consolação
Rua
Dr. Vila Nova, 245 - Vila Buarque/SP – Tel: (11) 3234-3000
Temporada:
9 de junho a 10 de julho
“Brasil: o Futuro
que Nunca Chega – Princesa Isabel”: 9 de junho a 9 de julho
Horários: Quintas
e sábados (às 21 horas)
“Brasil: o Futuro
que Nunca Chega – D. Pedro II”: 10 de junho a 10 de julho
Horários: sextas
(às 21 horas) e domingos (às 18 horas)
Duração:
70 minutos. Gênero: Drama. Classificação: 12 anos
Ingressos:
R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (estudante, servidor de escola pública, +60 anos,
aposentado e pessoa com deficiência) e R$ 12,00 (credencial plena). Ingressos à
venda pelo Portal sescsp.org.br a partir de 31/5, às 18h, e nas bilheterias do
Sesc SP a partir de 1/6, às 17h30.
Aceita
Cheque e todos os cartões - Capacidade: 280 lugares.
Ar
condicionado e acesso universal.
Não faz
reservas. Não possui estacionamento. Site: www.sescsp.org.br
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