Em
junho, o projeto Cineclube Araucária – O
Cinema de Volta a Campos do Jordão reverencia a estética do cinema asiático
e também um dos estilos mais apreciados no século XX, o western, com duas mostras que têm ingressos grátis em todas as
sessões.
O
Panorama do Cinema Chinês, que
acontece entre os dias 2 e 5 de junho, busca evidenciar a qualidade e a
diversidade de temas tratados por esse cinema recém-descoberto mundialmente. As
obras selecionadas são Em Busca da Vida (de Jia Zhang-Ke), Flores
do Amanhã (de Yang Zhang), Separados pelo Destino (de Xiaogang
Feng) e O Sacrifício (de Kaige Chen).
E
os adoráveis filmes de cowboys serão exibidos entre
os dias 16 e 19 de junho. A mostra No
Mundo do Bang Bang é formada pelos clássicos Butch Cassidy (de George
Roy Hill), El Topo (de Alejandro Judorowsky), Por Um Punhado de Dólares
(de Sergio Leone) e A Proposta (de John Hillcoat).
O
Cineclube Araucária também promove matinês, aos domingos, com lindas obras para
a garotada. Em junho, a programação segue as temáticas das mostras acima. No
dia 5/6, excepcionalmente às 10 horas da manhã, será exibida a animação
americana Mulan, de Barry Cook e Tony Bancroft, baseada em uma emocionante
lenda chinesa, e no dia 19/6, no horário normal das 15 horas, é a vez de
Nem
que a Vaca Tussa, de Will Finn e John Sanford. Outro destaque são as
sessões especiais para escolas municipais, neste mês com o tema “Meio
Ambiente”: Os Sem-Floresta, de Tim Johnson e Karey Kirkpatrick, e Procurando
Nemo, de Andrew Stanton, respectivamente, nos dias 1 e 2/6, às 09h e às
14h.
O
projeto Cineclube Araucária - O Cinema de Volta a Campos do Jordão acontece com
o apoio do ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo) e parcerias
com a Secretaria Municipal de Cultura e AMECampos (Associação dos Amigos de
Campos do Jordão). Iniciado em fevereiro, prevê, até novembro, a realização de
20 mostras de cinema. A cada mês, até novembro, além das tradicionais mostras temáticas,
um país terá a sua filmografia exibida para o público jordanense, entre eles:
Turquia, Brasil, França, Canadá, China, continente africano e, os já
contemplados, Polônia, Irã, Índia e Argentina.
A
programação de 2016 inclui também uma série de Palestras e Seminários, visando à formação profissional de novos
cineastas, com produção de curtas-metragens que serão o foco da segunda edição
do Festival Curta Campos do Jordão,
previsto para ocorrer em dezembro no antigo Cine Glória (atual Espaço Cultural
Dr. Além). Outros destaques são a realização do 6º Encontro Cinemúsica de Campos do Jordão e da exposição Cinema Ilustrado: A Oitava Arte, ambos
em julho, na sede da AMECampos.
Formação
Profissional
O
Programa de Formação Profissional 2016 do Cineclube Araucária começa com a primeira
etapa da Oficina de Cinema, sob a coordenação do cineasta Jeferson De, da
roteirista e produtora Cristiane Arenas e do animador e designer gráfico Rafael
Ervolino, no período de 6 a 10 de junho, das 19h às 22h, no Complexo Cultural
Edmundo Ferreira da Rocha, localizado no piso superior do Espaço Cultural Dr.
Além.
Panorama
Contemporâneo do Cinema Chinês
Os
filmes dos irmãos Lumière chegaram à China em 1896, mas só em 1913 foi
produzido o primeiro longa-metragem no país: O Romance de um Vendedor de Frutas, de Sichuan Zhang. Os dramas
realistas são os temas preferidos nos filmes dessa época. A partir de 1946,
após a ocupação dos japoneses na II guerra Mundial, surgiram os grandes filmes
clássicos chineses: Primavera Numa Pequena
Cidade, de Mu Fei (1948), classificado, recentemente, como o melhor filme
chinês de todos os tempos, e Corvos e
Pardais, de Junli Zheng (1949). A partir de 1949, após a subida de Mao-Tsé-Tung
ao poder, o cinema passou a ser visto apenas como um veículo de propaganda
política. Com a revolução cultural nos anos 60 e o crescimento do cinema no
Japão e na Índia, o cinema chinês se tornou cada vez mais inexpressivo, até que
a Academia de Cinema de Pequim foi reaberta nos anos 80, criando espaço para o
surgimento de realizadores que promoveram o seu renascimento para o mundo, com
filmes de grande impacto como: Terra
Amarela, de Chen Kaige (1984), O
Sorgo Vermelho, de Yimou Zhang (Urso de Ouro em Berlim, 1987), e Adeus Minha Concubina, de Chen Kaige
(Palma de Ouro em Cannes, 1993). Hoje, no entanto, apesar do cinema chinês
concorrer em pé de igualdade no mercado interno, com os grandes da indústria
cinematográfica mundial, só se consegue realizar filmes no país mediante
aprovação do roteiro, e posterior verificação de fidelidade ao projeto
aprovado, pelo Escritório do Cinema, órgão governamental de controle da
produção nacional. Assim, os cineastas “chapa branca” têm total respaldo
técnico, financeiro e material para a realização de grandes produções, enquanto
os que não se submetem à censura oficial são obrigados a usar material
contrabandeado, com o risco de não poderem exibir o resultado do seu trabalho
em território nacional. “A nossa escolha buscou bons filmes nas duas vertentes”,
comenta o curador Cervantes Souto Sobrinho.
No
Mundo do Bang Bang
Com
seus primeiros filmes lançados na virada do século XIX para o século XX, o western,
rebatizado no Brasil como bang-bang, tem vital importância na evolução do cinema
como arte. Além de ser um dos primeiros gêneros narrativos da história, os
índios, bandidos e mocinhos do oeste americano deram uma imensa contribuição
para a popularização do cinema entre o público mundial. Quem, com mais de 30 anos,
no Brasil, por exemplo, nas tardes de domingo, não vibrou com as investidas de
John Wayne, John Ford, Randolph Scott, Glenn Ford, William Holden, Ben Johnson,
e mais recentemente, Paul Newman, Robert Redford, Clint Eastwood e Javier
Bardem fazendo justiça com o rifle em punho, ou com as próprias mãos, contra
todo tipo de bandidagem no velho e no novo oeste? Mas, a escola criada pelos
americanos especializados no gênero, foi muito além das fronteiras. Tamanho
sucesso não se limitou apenas ao público: sua influência sobre a cinematografia
de outros países pode ser observada em filmes de samurais japoneses,
cangaceiros brasileiros, produções indianas, russas, mexicanas e australianas,
além das imitações em países como a Alemanha e a Itália, que desenvolveu a mais
popular e bem sucedida de todas as versões, o western spaghetti. “A nossa
homenagem ao mais puro estilo faroeste de cinema procurou contemplar justamente
essa diversidade de linguagem, indo buscar o melhor da produção bang-bang no
México, na Itália, na Austrália e, evidentemente, na sua terra de origem”,
finaliza o curador.
PROGRAMAÇÃO
– JUNHO/2016
Infantil
para Escolas Municipais (mês do Meio Ambiente)
01/06 (quarta, às 9h e às
14h) - Os Sem-Floresta (Over the Hedge). De Tim Johnson e Karey
Kirkpatrick. EUA. 2006. 83’. Livre.
Sinopse – Um dia os
habitantes de uma floresta descobrem que estão cercados por uma cidade que se
formou ao redor. Alguns deles percebem que na cidade dos humanos existem muitas
guloseimas que eles não conheciam. Mas, outros não concordam em mudar os seus
hábitos alimentares e uma grande confusão se forma.
02/06 (quinta, às 9h e às
14h) - Procurando Nemo (Finding Nemo). De Andrew Stanton. EUA.
2003. 96’. Livre.
Sinopse – Nas profundezas de
um recife, Marlin embarca em uma ousada missão, quando descobre que seu filho
Nemo foi capturado por um mergulhador. Com a ajuda de Dori, Marlin enfrenta um
oceano cheio de personagens engraçados na tentativa de reencontrar Nemo.
Panorama
do Cinema Chinês
02/06 (quinta, às 19h30) -
Em Busca da Vida (Sanxia Haoren). De Jia Zhang-Ke. China.
2006. 100’. 12 anos.
Sinopse – A antiga cidade de
Fengjie ficou submersa para a construção de uma represa no rio Yangtze. Han
Sanming é um trabalhador de minas de carvão que viaja até o local para
reencontrar sua ex-mulher, a qual não vê há 16 anos. Simultaneamente Shen Hong,
uma enfermeira, também retorna ao local, na intenção de procurar seu marido. Os
reencontros terão consequências diferentes para os dois personagens.
03/06 (sexta, às 19h30) - Flores do Amanhã (Xiang ri kui). De Yang Zhang. China / Holanda. 2005. 123’. 14 anos.
Sinopse – Em 1976, a morte
de Mao Tsé-Tung põe fim à tirania na China. Após ser libertado de um campo de
trabalho, o pintor Gengnian retorna para sua esposa e o filho de 9 anos. Porém
o filho não aceita a presença do pai, se recusando a reconhecê-lo, e até mesmo
rejeitando o próprio talento para a pintura. A situação familiar só se agrava
até que o garoto se torne adulto.
04/06 (sábado, às 19h30) -
Separados pelo Destino (Tang shan da di zhen). De Xiaogang Feng.
China. 2010. 129’. 12 anos.
Sinopse – Em 1976, a cidade
de Tangshan sofreu um terremoto que durou apenas 23 segundos, mas sua violência
devastadora resultou na morte de centenas de milhares de pessoas. Neste cenário
de horror, uma mulher precisará escolher, no meio dos escombros, qual dos dois
filhos deve salvar.
MATINÊ
- 05/06
(domingo, às 10h) - Mulan (Mulan). De Barry Cook e Tony Bancroft. EUA. 1998. 88’. Livre.
Sinopse – Quando os mongóis
invadem a China, o imperador decreta que cada família ceda um homem para o
exército imperial. Mulan rouba a armadura e a espada de seu pai velho e doente
e, disfarçada de homem, se apresenta em seu lugar. Os espíritos dos ancestrais
decidem protegê-la e ordenam a um dragão que a convença a abandonar seu plano.
Quando ele a conhece descobre que não pode dissuadi-la e decide ajudá-la na
missão de ir para a guerra e voltar viva.
05/06 (domingo, às 18h) - O Sacrifício (Zhao shi gu er). De Kaige Chen. China.
2010. 116’. 14
anos.
Sinopse – A família Zhao
domina a China há muitas gerações. Por cobiça, Tu’an Gu lidera o massacre de
todo o clã. No entanto, pouco antes de morrer, a filha do imperador dá à luz um
menino que é salvo pelo médico da família e adotado pelo próprio Tu’an Go, que
nem desconfia se tratar do herdeiro de seu inimigo. Ao crescer, o órfão planeja
uma terrível vingança
No
Mundo do Bang Bang
16/06 (quinta, às 19h30)
- Butch Cassidy (Butch Cassidy and the Sundance Kid). De
George Roy Hill. EUA. 1969. 106’. 12 anos.
Sinopse – Dois amigos
inseparáveis: Butch Cassidy e Sundance Kid, lideram o Bando do Buraco na Parede
e vivem de assaltar trens e bancos. Quando são caçados por todos os lados,
resolvem sair do país e juntamente com Etta, a namorada de Sundance, rumam para
a América do Sul. Mas esta decisão não lhes proporcionará grandes assaltos ou
uma vida mais tranquila.
17/06 (sexta, às 19h30) - El Topo (El Topo). De Alejandro Judorowsky. México. 1970. 120’. 14 anos.
Sinopse – El Topo, um
pistoleiro que veste negro, inicia uma transformadora jornada pelo deserto. Lá
ele desafia quatro mestres guerreiros, testemunha a violência brutal de um
mundo sádico e cruel e se declara Deus. Topo é acompanhado pelo filho, que deve
enterrar sua infância para tornar-se um homem.
18/06 (sábado, às 19h30) -
Por Um Punhado de Dólares (Per Un Pugno di Dollari). De Sergio
Leone. Itália / Espanha / Alemanha. 1964. 99’. 14 anos.
Sinopse – Um pistoleiro sem
nome chega à San Miguel, uma cidade no México que faz fronteira com os Estados
Unidos. O lugar está em guerra, dividido entre duas facções poderosas, os
Baxters e os Rojos, e ambas querem o apoio do pistoleiro. Para ganhar dinheiro,
ele aceita as duas propostas e passa a trabalhar para as gangues rivais.
MATINÊ
- 19/06
(domingo, às 15h) - Nem que a Vaca Tussa
(Home on the Range). De Will Finn e
John Sanford. EUA . 2004. 76’. Livre.
Sinopse – Uma ação de
despejo ameaça acabar com a fazenda Caminho do Paraíso. Temendo ir para o
matadouro, os animais decidem ajudar a dona da fazenda a pagar a hipoteca. O
alvo escolhido é o perigoso bandido Alameda Slim, que tem uma grande recompensa
reservada para quem capturá-lo.
19/06 (domingo, às 18h) - A Proposta (The Proposition). De John Hillcoat. Austrália / UK. 2005. 102’. 18
anos.
Sinopse – Século XIX.
Austrália rural. Uma quadrilha ataca uma fazenda e mata toda a família que mora
ali. Após um intenso tiroteio, Charlie Burns e seu irmão mais novo Mike acabam
presos pelo Capitão Stanley. Porém, o mentor do crime escapa em direção às
montanhas. Então, o capitão faz uma proposta para Charlie: se ele capturar o
mandante em nove dias, o preso ganha o perdão. Se ele não conseguir, seu irmão
mais novo será morto.
Serviço
Projeto
Cineclube Araucária – O Cinema de Volta a Campos do Jordão
2 a 5 de junho:
Panorama do Cinema Chinês
16 a 19
de junho: No Mundo do Bang Bang
Local: Espaço Cultural Dr.
Além
Av. Dr.
Januário Miráglia, 1582, na Vila Abernéssia. Campos do Jordão/SP
Horários: quinta a sábado (às
19h30) e domingo (às 18h)
Matinê: domingo, às 15h
Grátis. Informações: (12)
3664-2300
Infantil para Escolas Municipais - 1º e 2 de junho (9h e
14h)
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