Arrigo Barnabé, Alice
Ruiz, Ferréz, Letícia Persiles, Leonardo Medeiros, Mário Bortolotto, Alexandre Nero, Ângela Dip e Zeca
Baleiro participam das noites de leitura.
O
Sesc Campo Limpo estreia em maio o
projeto LEITORES que apresenta
noites de leituras de obras selecionadas, clássicos internacionais e
contemporâneos brasileiros, na interpretação de personalidades literárias e artísticas.
O evento (grátis) tem curadoria
conjunta da Equipe Sesc Campo Limpo
e Carlos Careqa, cantor, compositor
e ator que assina também a direção artística do projeto. Os textos dos
encontros foram selecionados pelos próprios leitores convidados, dentre os autores
e obras de suas preferências, podendo ser de escritos de sua própria autoria.
Com programação
fechada até novembro, o Leitores recebe
três convidados no mês de estreia, dias 11, 12 e 13 de maio (quarta a
sexta, às 20h), respectivamente: o músico e compositor Arrigo Barnabé que abre a programação com Dante Alighieri e sua obra universal A Divina Comédia; a curitibana Alice
Ruiz que lê textos diversos de sua vasta própria obra poética; e Ferréz, autor da periferia de São Paulo
com livros traduzidos em várias línguas, que faz imersão em alguns de seus
títulos como Capão Pecado, Manual Prático do Ódio, Deus Foi Almoçar.
Outros convidados
ilustres participam do projeto nos próximos meses: Letícia Persiles lê Ariano Suassuna (20/6), Leonardo Medeiros lê Fernando Pessoa (20/7), Mário Bortolotto lê Charles Bukowsky (25/8), Alexandre Nero lê Dalton Trevisan (29/9), Ângela Dip lê Adélia Prado (27/10) e Zeca Baleiro lê Hilda Hilst (24/11).
Programação
/ MAIO
Arrigo Barnabé lê Dante Alighieri
11/05. Quarta, às 20h
Grátis. Livre. Duração: 60 min. Capacidade: 80 lugares.
Quando criança, em Londrina, tínhamos em casa um livro grande
(em tamanho físico), grande mesmo, pesado, era difícil para uma criança de nove
anos, manusear aquele livro. Era A Divina Comedia. Ele despertava muita curiosidade, entre eu
e meus irmãos, ilustrado que era, com as gravuras espetaculares de Gustave
Doré. A história do livro era a de um homem que, no meio do caminho desta vida,
se aventura no mundo pós-morte, para encontrar sua amada Beatriz. Lembro que
quando tive varicela e fiquei de cama por dias, numa época em que não havia TV
em Londrina, meus companheiros eram os livros e A Divina Comedia, com certeza,
o mais folheado. Bem mais tarde conheci as traduções admiráveis de Augusto de Campos. Acabei por decorar o Canto I e comecei a declamá-lo em meus shows, até no filme de Sganzerla, Nem Tudo é Verdade, onde interpreto Orson Welles, eu declamei este canto posteriormente gravado em meu disco Façanhas, de 1992. (Arrigo Barnabé)
o mais folheado. Bem mais tarde conheci as traduções admiráveis de Augusto de Campos. Acabei por decorar o Canto I e comecei a declamá-lo em meus shows, até no filme de Sganzerla, Nem Tudo é Verdade, onde interpreto Orson Welles, eu declamei este canto posteriormente gravado em meu disco Façanhas, de 1992. (Arrigo Barnabé)
Arrigo Barnabé é
músico e ator brasileiro. Seu reconhecimento para o grande público veio logo
com o primeiro disco, “Clara Crocodilo”, em 1980. É professor de composição no
departamento de cursos livres da ULM e idealizador e apresentador do programa
Supertônica, na rádio Cultura FM, premiado em 2005 pela Associação Paulista dos
Críticos de Arte como Revelação de programa de rádio. Compõe trilhas para
cinema, teatro, e realiza óperas.
Alice Ruiz lê Alice Ruiz
12/05. Quinta, às 20h
Grátis. Livre.
Duração: 60 min. Capacidade: 80 lugares.
Que importa o sentido se tudo vibra? Comecei a escrever com 9
anos. Versos aos 16. Primeiro livro aos
34. Na adolescência, eu ficava ouvindo as canções em inglês e como eu não sabia
inglês suficiente, ia traduzindo. E inventava outra letra, dentro da métrica,
com rima e a tônica no lugar certo. Ali começava a se desenvolver a letrista e,
de certa forma, a poeta. Poesia é uma
coisa que me acontece. Eu sou seu instrumento, seu veículo.
“no jardim da minha filha / do capim à orquídea / é tudo
família” (Alice Ruiz)
Alice
Ruiz
nasceu em Curitiba, Paraná. Começou a escrever com nove anos. Alice publicou,
até agora, 21 livros, entre poesia, traduções e uma história infantil. Antes da
publicação de seu primeiro livro, “Navalhanaliga”, em dezembro de 1980, já
havia escrito textos feministas, no início dos anos 1970. Alguns de seus primeiros
poemas foram publicados somente em 1984, quando lançou “Pelos Pêlos” pela
editora Brasiliense. Já ganhou vários prêmios, incluindo o Jabuti de Poesia em 1989 pelo livro “Vice Versos” e em 2009 pelo livro
“Dois em Um”.
Ferréz lê Ferréz
13/05. Sexta, às 20h
Grátis. Livre.
Duração: 60 min. Capacidade: 80 lugares.
Quando tinha 12 anos, fazia contos, pois fazia redações
imensas, mas depois fui para a poesia. Meu primeiro livro, “Fortaleza da
Desilusão”, foi lançado em 1997. Eu me considero romancista, gosto de histórias
longas, mas também faço muitos contos. A minha literatura é marginal! A
literatura que representa até quem nunca vai lê-la, a voz dos sem voz. No
dia-a-dia, a literatura deixa você crítico, ajuda nas escolhas, na postura,
melhora a estima, mostra como se impor na sociedade, ainda mais numa sociedade
de fantoches. (Ferréz)
Ferréz é escritor, autor de “Capão Pecado”,
“Manual Prático do Ódio”, “Deus foi Almoçar”, entre outros, criador do projeto
1DASUL e Literatura Marginal. Ferréz começou a escrever aos 12 anos de idade.
Ligado ao movimento Hip Hop é fundador da 1DASUL (marca de roupa totalmente
feita no bairro). Ferréz foi colunista da revista Caros Amigos durante 10 anos.
É também conselheiro editorial do Le Monde Diplomatique Brasil. Como compositor
e cantor, ele já teve suas músicas gravadas por vários artistas e lançou dois
discos.
Próximas
datas / LEITORES
30/06
– Letícia Persiles (lê Ariano
Suassuna)
20/07
– Leonardo Medeiros (lê Fernando
Pessoa)
25/08
– Mário Bortolotto (lê Charles Bukowsky)
29/09
– Alexandre Nero (lê Dalton Trevisan)
27/10
– Ângela Dip (lê Adélia Prado)
24/11
– Zeca Baleiro (lê Hilda Hilst)
SERVIÇO
Sesc Campo Limpo
Horário/Unidade:
Terça a sábado - 13h às 22h. Domingos - 11h às 20h
Endereço: Rua Nossa Senhora
do Bom Conselho, 120.
Campo Limpo – São
Paulo/SP. Tel.: (11) 5510-2700
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