segunda-feira, 26 de abril de 2021

ROSAS FAZ 10 ANOS - Memórias de Um Teatro Maloqueiro anuncia programação de maio

Grupo Rosas Periféricas - divulgação
O Grupo Rosas Periféricas, atuante no Parque São Rafael, Zona Leste de São Paulo, dá continuidade à programação de Rosas Faz 10 Anos - Memórias de Um Teatro Maloqueiro, iniciado em março de 2021, por meio da 34ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, com remontagem de seu repertório, realização de saraus e oficinas e apresentações de grupos convidados.

Em maio, as atividades (todas gratuitas, pelas redes sociais do grupo) começam com espetáculos do Rosas Periféricas revisitando as montagens A Mais Forte (leitura dramática, dias 1º, 08, 20 e 27, às 20h) e Fêmea (ato performático, dias 6, 13, 15 e 22), quintas e sábados, às 20h. Acontece também (dia 29, sábado, às 17h) o terceiro encontro virtual do Sarau da Antiga 28 Pergunta, no qual o sarau do Rosas Periféricas recebe o Sarau no Kintal - representdo por Akins Kintê, Elizete Monteiro e Preto Win - para uma entrevista e justa homenagem.

Ainda em maio, seguem as oficinas de arte para crianças e jovens, cujas inscrições devem ser feitas pelo Facebook e Instagram do Grupo Rosas Periféricas: Brincadeiras de Rua com Fellipe Michelini (até 22/05, sábados, às 11h); Escrita Criativa - Cenopoesia com Jô Freitas (até 26/5, quarta, às 19h); e Percussão Afro-brasileira com Adriana Aragão (até 28/05, sextas, às 19h).

O Projeto

Com dois anos de duração, o projeto Rosas Faz 10 Anos - Memórias de Um Teatro Maloqueiro busca visibilidade e possibilidade de pesquisa para o grupo de teatro que trabalha em um dos extremos da grande metrópole. “Queremos não só fazer parte como também narrar a história de dentro dela e poder dividir sonhos e possibilidades com outras mulheres e homens das comunidades”, são unânimes os integrantes (Gabriela Cerqueira, Michele Araújo, Paulo Reis, Monica Soares e Rogério Nascimento). “Queremos atuar como referência para aqueles que querem produzir arte na região e nos conectar com quem já produz, tecendo redes e ampliando olhares”, completam.

A programação reúne profissionais, artistas e projetos atuantes no mesmo universo do Rosas Periféricas, que compartilham experiências e trabalhos, tecendo uma rede cultural na periferia: Saraus tradicionais da cidade, oficineiros de arte para crianças e jovens, rodas de conversa comandadas por mulheres representativas do teatro (Marta Baião e Fernanda Haucke) e coletivos teatrais convidados com suas pesquisas e vozes inspiradoras (As Caracutás, Femisistahs, Buraco d’Oráculo, CTI Companhia Teatro da Investigação, Grupo Pandora e Cia. Bendita).

Uma mostra de repertório do Grupo Rosas Periféricas acontecerá ao longo do projeto com revisitação de produções realizadas entre 2009 e 2019: Vênus de Aluguel (2009), Rádio Popular da Criança (2013), Narrativas Submersas (2014), Lembranças do Quase Agora (2015), Labirinto Selvático (2016) e Ladeira das Crianças - TeatroFunk (2019), além da leitura dramática da peça A Mais Forte (2010) e apresentação da performance Fêmea (2012).

Também tem a edição de um livro com a trajetória do grupo e a produção de um filme que vai registrar todo o processo do projeto Rosas Faz 10 Anos, mostrando como é de fato ocupar o território periférico com arte e cultura. Ambos serão lançados em uma Festa-Exposição aberta à comunidade no fechamento do projeto. Com esta jornada, o Rosas Periféricas pretende refletir sobre o próprio trabalho, a partir do distanciamento produzido pelo tempo e pela revisitação de sua obra, além de concretizar diálogos artísticos e comprovar que o público periférico pode e deve acessar a arte, mesmo que pareça algo distante.

ESPETÁCULOS – Grupo Rosas Periféricas
Links/transmissão:
https://www.facebook.com/rosas.perifericas
https://www.youtube.com/channel/UC6_M2YIWkAlwGwWTAV6hsmg

            Leitura dramática: A Mais Forte
            01, 08, 20 e 27 de maio. Sábados e quintas, às 20h
            Transmissão: Facebook/rosas.perifericas e Youtube/GrupoRosasPeriféricas
            Grátis. Ao vivo. Duração: 45 min. Classificação: 10 anos.

A Mais Forte, foto de Juliana Morelli 
Escrita pelo sueco August Strindberg, a peça de A Mais Forte foi montado pelo Grupo Rosas Periféricas, em 2010, com direção de Gabriela Cerqueira, ficando em cartaz no Casarão do Belvedere e em espaços do centro da São Paulo. Dentro do projeto Rosas Faz 10 Anos, o grupo apresenta a obra por meio de leitura dramática online e ao vivo. Em cena, duas mulheres se encontram às vésperas do Natal e travam um embate. Ambas são atrizes e estão ligadas ao mesmo homem (esposa e amante). Uma fala o tempo todo, enquanto a outra permanece em silêncio, enquanto tentam provar que é a mais forte. A ideia de montar a peça surgiu quando integrantes do Rosas Periféricas estudavam o autor no curso História do Teatro, ministrado por Antonio Rogério Toscano. A misoginia por ele apresentada provocou reflexões e levou à encenação da obra.

FICHA TÉCNICA - Texto: August Strindberg. Direção: Gabriela Cerqueira. Elenco: Michele Araújo. Rubrica: Monica Soares, Gabriela Cerqueira, Paulo Reis e Rogério Nascimento. Juventude Rosas Periféricas: Michele Saints. Produção geral: Michele Araújo. Produção executiva: Paulo Reis e Michele Araújo. Produção administrativa e financeira: Monica Soares. Transmissão de vídeo: Rogério Nascimento. Criação e revisão de textos: Gabriela Cerqueira. Produção audiovisual: Mazze Filmes. Fotografia: Andressa Santos. Arte gráfica: Rafael Victor. Social media: Jhuly Souza. Intervenção nas redes: Cia. Palhadiaço. Realização: Grupo Rosas Periféricas. Agradecimentos: Elias Felix, Juliana Morelli, Everton Santos, Paulo Goya, Silvana Maia, Giane Maia, Eduardo Alves e Casarão Belvedere. 

Performance: Fêmea
            06, 13, 15 e 22 de maio. Quintas e sábados, às 20h
            Transmissão: Facebook/rosas.perifericas e Youtube/GrupoRosasPeriféricas
            Grátis. Espetáculo gravado em vídeo. Duração: 25 min. Classificação: 12 anos.

Fêmea, foto de Andressa Santos
Fêmea é uma performance criada e dirigida pelo Grupo Rosas Periféricas, em 2012, sendo sua primeira produção totalmente autoral. A estreia aconteceu participando da exposição Fábrica de Imagens (de Marta Baião), na Galeria Olido. Fêmea é um ato performativo que reflete sobre a vida das mulheres, sobre performance e ocupação de espaços cênicos não convencionais. No ato, são relembradas e apresentadas cenas da primeira apresentação, além de releituras de performances criadas por mulheres. O instinto, o ciclo menstrual, a mulher água, a mulher sertaneja, a mulher do território e a morte da mulher são temas que permeiam o ato.

FICHA TÉCNICA - Roteiro: O Grupo. Elenco: Gabriela Cerqueira, Michele Araújo, Monica Soares, Paulo Reis e Rogério Nascimento. Figurinos: Isa Santos. Cenografia e adereços: O Grupo. Sonoplastia: Fuga Operária. Juventude Rosas Periféricas: Michele Saints. Produção geral: Michele Araújo. Produção executiva: Paulo Reis e Michele Araújo. Produção administrativa e financeira: Monica Soares. Transmissão de vídeo: Rogério Nascimento. Criação e revisão de textos: Gabriela Cerqueira. Produção audiovisual: Mazze Filmes. Fotografia: Andressa Santos. Arte gráfica: Rafael Victor. Social media: Jhuly Souza. Intervenção nas redes: Cia. Palhadiaço. Realização: Grupo Rosas Periféricas. 

SARAUS - Sarau da Antiga 28 Pergunta
Transmissão: Facebook/rosas.perifericas | Youtube/RosasPeriféricas

            SARAU DA ANTIGA 28 PERGUNTA

            Convidado: Sarau no Kintal | Akins Kintê, Elizete Monteiro e Preto Win
            Data: 29 de maio. Sábado, às 17h
            C/ Gabriela Cerqueira, Michele Araújo, Monica Soares, Paulo Reis e Rogério Nascimento.
            Grátis. Ao vivo Duração: 1h. Livre.

Sarau do Kintal, foto de Malu Monteiro
O Sarau da Antiga 28 Pergunta são encontros virtuais ao vivo, como visitas e homenagens a saraus tradicionais de São Paulo, cuja experiência irá nortear suas novas edições. A ideia dos encontros é entender como é a dinâmica de cada um, conhecer suas histórias e reverenciá-los. Mas não será somente uma entrevista, há também lugar reservado para momentos de literatura marginal com poesias e lançamento de livro. O Rosas Periféricas começou a participar de saraus em 2015; em 2016, criou o Sarau da Antiga 28, propondo discussões e reflexões sobre temas como política, mulheres, América Latina e cor da pele, tudo regado a muita poesia, lida e inventada. O nome vem do endereço da primeira sede do grupo, cuja Rua Martin Lumbria era mais conhecida como “antiga Rua 28”, no Parque São Rafael. Nomes como Marta Baião (atriz, dramaturga e diretora), Germano Gonçalves (escritor), Walner Danziger (escritor), Juliana Morelli (atriz e artista plástica) e Coletivo Via (artes visuais) e as bandas ArmaMentes, Fuga Operária e ManaTiana já passaram pelo Sarau da Antiga 28.

O Sarau no Kintal – realizado por pelo poeta Akins Kintê, Elizete Monteiro e Preto Win - vem propiciando o surgimento de novos autores e a valorização de talentos culturais escondidos nas comunidades. É um evento cultural em que as pessoas se encontram para expressar ou se manifestar politicamente de forma criativa, além de reinventar e fortalecer a identidade da comunidade, promovendo a integração de todos de forma descontraída e mais envolvente. Criado há oito anos, o Sarau no Kintal reúne, a cada edição, aproximadamente 80 pessoas. Este encontro que é organizado periodicamente em parceria com moradores do bairro da Brasilândia/Freguesia do Ó, tem se revelado como um espaço comunitário de criação e produção cultural, bem como um local de formação e de interação da literatura com as diversas linguagens artísticas de São Paulo.

OFICINAS PARA CRIANÇAS E JOVENS
Transmissão: plataforma Google Meet.
Devido aos sucesso das oficinas, todas as vagas foram preenchidas e as inscrições para maio estão encerradas. Novas oficinas serão realizadas em junho com divulgação em breve..

Oficina: Brincadeiras de Rua
             Ministrante: Felipe Micheline
             01, 08, 15 e 22 de maio. Sábados, às 11h
             Grátis. Público alvo: a partir de 7 anos. 20 vagas. Duração: 1h.

Felipe Michelini, foto: Giuliana Cerchiari
A oficina Brincadeiras de Rua convida crianças a partir de 7 anos para a criação de um espaço online de jogos, brincadeiras e construção de brinquedos. Com muita diversão, alegria e arte, Felipe Michelini conduz os pequenos pelo universo lúdico dos jogos, das cantigas e dos brinquedos de diferentes regiões do Brasil. A oficina é composta por oito encontros online. A cada aula, Felipe e as crianças vão brincar de imaginar, contar histórias, reinventar os espaços das casas, construir brinquedos e criar jogos. A oficina promete ser um espaço online para todos contarem suas histórias, levar suas vivências e inventar novas brincadeiras para descontrair nesse momento de isolamento social.

Felipe Michelini é arte-educador, ator e palhaço. Formado em Licenciatura em Arte-Teatro (UNESP) e Mestrando em Artes pelo Instituto de Artes da UNESP. É professor da Rede Pública Municipal de São Paulo, onde desenvolve pesquisa como professor-palhaço, misturando a filosofia da palhaçaria com as práticas educacionais. Atua como arte-educador em espaços públicos, ministrando oficinas de teatro e aulas de arte para crianças, jovens e adultos. Lecionou na E.E. Joaquim Suarez; ministrou oficinas de teatro na Casa de Cultura São Mateus, foi artista orientador no projeto Ademar Guerra e no Programa Vocacional. Como ator, trabalhou em 10 espetáculos de diferentes companhias, entre eles O Rio (apresentado no Brasil e na Cidade do México). Fundou a Cia. de Achadouros, onde atua em O Espetáculo Mais Prestigioso do Século e Os Lavadores de Histórias e pesquisa as poéticas do teatro infantil. Estudou teatro, educação e palhaçaria com Sue Morrison (CAN), Cida Almeida, Tereza Gontijo, Luiza Christov, Eliane Bruno, Alexandre Mate e outros. Atualmente é professor de artes da EMEF José Maria Whitaker e Professor Supervisor do programa PIBID de Iniciação à Docência.

Oficina: Escrita Criativa - Cenopoesia
             Ministrante: Jô Freitas
             05, 12, 19 e 26 de maio. Quarta, às 19h
             Grátis. Público alvo: a partir de 14 anos. 20 vagas. Duração: 1h.


Jô Freitas - foto de Larissa Rocha
A oficina Escrita Criativa - Cenopoesia ocorre a partir do cenário de saraus literários e slams de poesia, onde o corpo se torna um elemento fundamental para a expressão da palavra. Nessa oficina, por meio de jogos cênicos e exercícios de construção poética escrita e corporal, as(os) participantes vivenciam exercícios de consciência e expressão corporal individual e coletivamente, aliados à concepção de construção poética. Ao final, acontece apresentação de performances, cenas e poesias desenvolvidas na oficina.

Jô Freitas  é atriz, poeta e escritora. Artista nordestina, radicada em São Paulo há 25 anos, realizou seu projeto literário fora do Brasil, em 2017, no Peru, chamado Mulheres em Travessia, composição de poesia e audiovisual por meio das histórias das mulheres. Viajou para Moçambique e África do Sul no festival de poesia Poetas D’alma; lançou seu livreto Flores, em 2018; ministra oficinas de Cenopoesia em diversos espaços, desde e 2015. Também é idealizadora do Sarau Pretas Peri e integrante do Sarau das Preta. Com origens no teatro e da poesia, seu trabalho se insere no universo performático e fala essencialmente da mulher - negra, nordestina, periférica, assim como está em seu novo trabalho lítero-musical Poéticas do Bonfim.

Oficina: Percussão Afro-brasileira
             Ministrante: Adriana Aragão
             07, 14, 21 e 28 de maio. Sexta, às 18h
             Grátis. Público alvo: a partir de 14 anos. 20 vagas. Duração: 1h.

Adriana, foto/Abnashi
Ministrada por Adriana Aragão, a oficina de Percussão Afro-brasileira tem o objetivo de proporcionar aos jovens da comunidade uma vivência da cultura, da música e dos ritmos afro-brasileiros. O foco é a preservação de nossa diversidade cultural por meio de vivências e exercícios rítmicos com abordagem histórica (oralidade e prática da cultura de matriz africana), habilitando os participantes à prática de tocar um instrumento ou um objeto sonoro de forma consciente. Serão trabalhados os ritmos maracatu, samba reggae e coco.

Adriana Aragão é percussionista, vocalista, compositora, arranjadora, arte-educadora, musicoterapeuta e pesquisadora da cultura do candomblé, há mais de 20 anos. Sua influência musical vem da família de origem nordestina e da própria religião. Tem o título de Yatèbèsé dentro do Candomblé: mãe que faz as súplicas, aquela que entoa os cânticos sagrados. Desde pequena recebeu permissão para tocar os tambores sagrados. Em 2004, fundou o Bloco Afro Ilú Obá De Min junto com Beth Beli e Girlei Miranda. Ministra cursos e oficinas: Dança dos Orixás, Ritmos dos Orixás – afro-brasileiros e populares, Canto dos Orixás e Percussão Geral. Dá aulas regulares de dança e percussão na sede do Ilú Obá De Min. Possui graduação em Musicoterapia pela Faculdade Paulista de Artes e pós-graduação em Ciência da Religião. Integra a Cia. Brasileiras de Mystérios e Novidades (teatro de rua) e Cia. São Jorge de variedades. É integrante e uma das regentes do Bloco Agora Vai e percussionista no Bloco Queen Magia. 

Os demais eventos da programação de Rosas Faz 10 Anos - Memórias de Um Teatro Maloqueiro será divulgado oportunamente. Mais informações:
Instagram/rosasperifericas | Facebook/rosas.perifericas | Youtube/RosasPeriféricas

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena / João Pedro
(11) 2548-38409 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

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