Laércio
de Freitas, João Parahyba, Amilton Godoy, Swing Samba Combo, Jorginho Neto,
Marcos Paiva, Samba-Jazz: a Origem e Projeto Coisa Fina são os convidados.
O
Sesc Campo Limpo realiza, entre os dias 15 de outubro e 1º de
novembro, o projeto Samba-Jazz + 50, que reúne artistas que tiveram
grande representatividade no gênero. Os espetáculos – com entrada
gratuita - apresentam nomes como Laércio de Freitas Quinteto, João
Parahyba Sexteto e Amilton Godoy Trio, artistas que vivenciaram o
surgimento do samba-jazz e inspiraram sua disseminação.
Desde
sua origem, o samba-jazz é um recurso utilizado pela produção musical
brasileira, especialmente a instrumental, redesenhando fronteiras musicais
tradicionais e construindo territórios sonoros marcados pela efemeridade da
improvisação. Para homenagear o gênero, que possui grande representatividade na
música brasileira, e a genialidade de seus criadores, o Sesc Campo Limpo propõe
uma imersão em sua história. Participam músicos que vivenciaram sua origem, na
prática da improvisação no samba e na bossa nova, até artistas contemporâneos
que perpetuam esse ritmo brasileiro que projetou mundialmente a música
instrumental do Brasil.
Integra
a programação, representantes da produção musical contemporânea como Jorginho
Neto Quinteto & KL Jay, Marcos Paiva Sexteto, Swing Samba
Combo, Projeto Coisa Fina e Samba-Jazz: a Origem. Completando
a programação, tem os bate-papos da Escuta Dirigida de Samba Jazz
promovem conhecimento básico sobre a história gênero, por meio de um encontro
com o contrabaixista, arranjador e compositor Marcos Paiva, e outro
comandado pelo músico e jornalista catanduvense Fernando Lichti Barros.
A
programação foi concebida a partir da pesquisa de Fernando Lichti Barros, autor
dos livros “Do Calypso ao Cha-cha-chá - Músicos e São Paulo na Década de 60”
e “Casé - Como toca esse rapaz!”, em entrevistas realizadas com músicos
que participaram da criação do estilo, o escritor e jornalista realizou uma
retrospectiva do samba-jazz. Confira abaixo a programação completa.
Programação - Samba Jazz + 50
Show: Jorginho Neto Quinteto e KL Jay
Lançado em 2012, Jorginho Neto Samba Jazz é um trabalho que
reverencia o estilo que fez história no Brasil entre os anos 1950 e 1960, que
tem o baterista Edson Machado e o pianista Sérgio Mendes como alguns de seus
representantes. O trombonista Jorginho
Neto começou sua vida musical na banda marcial da igreja aos 13 anos tocando
trombone de vara. Com 18 anos de entrou na Universidade Livre de Música Tom
Jobim (antiga ULM). Graduado, o músico passou a tocar com grandes nomes da
música brasileira, como Roberto Menescal, Johnny Alf, Joyce e Agnaldo Rayol.
Atualmente, está presente em diversas bandas e big bands, como Sound Scape,
Banda Savana, Banda Retete, Banda Urbana, Oitodobem e Sandália de Prata.
Ficha técnica: Jorginho Neto (trombone),
Bruno Tessele (bateria), Bruno Migotto (baixo), Edson Santana (piano), Sidmar
Vieira (trompete) e Jeferson Rodrigues (sax tenor). Participação especial de KL
Jay, DJ do grupo de rap Racionais MC's.
Livre.
Grátis.
15/10.
Quinta, às 20h30
Bate-papo: Escuta Dirigida de Samba Jazz
Os encontros têm como objetivo promover um
conhecimento básico sobre o que foi e o que é o samba-jazz, como nasceu esta
maneira de tocar samba, porque musicalmente o movimento foi importante, quais
foram os músicos responsáveis por esta modificação e como o mercado reagiu a
essas mudanças. O encontro revela o que existe de comum nos músicos Hermeto
Pascoal, Sergio Mendes, Sabá, César Camargo Mariano, entre outros, discutindo
os reflexos dessa imensa transformação musical e social na atual cena
instrumental brasileira. Os condutores exibem gravações da época para
exemplificar, durante a conversa, identificando elementos musicais.
·
Com Fernando Barros - jornalista, produtor e músico
catanduvense, autor dos livros:
Casé
– Como Toca Esse Rapaz! e Do Calypso ao Cha-Cha-Chá – Músicos em São Paulo na
Década de 60. Como repórter e redator, trabalhou em O Estado de S. Paulo,
Jornal do Brasil, Diários Associados e Jornal da Tarde, entre outras
publicações. Contrabaixista e violonista, atuou em bailes e acompanhou
intérpretes como Pery Ribeiro, Luiz Fernando Veríssimo e Paulo Moura.
Livre.
Grátis.
15
e 31/10. Quinta (às 19h30) e sábado (às 19h)
·
Com Marcos Paiva - O
contrabaixista e arranjador se destaca no cenário musical
brasileiro por traçar um caminho próprio e único. Seu segundo
CD Meu Samba no Prato – Tributo a Edson Machado foi pré-selecionado para
o 24ª Prêmio da Música Brasileira e, recentemente, lançou o terceiro disco, Choroso.
Livre.
Grátis.
16 e 17/10. Sexta e sábado, às 19h30
Show: Marcos Paiva Sexteto – Tributo a Edison Machado
Espetáculo musical de homenagem ao antológico disco Edison
Machado é Samba Novo, dedicado à estética do samba-jazz brasileiro e em
especial ao baterista Edison Machado, conhecido como o inventor do samba no
prato, um dos primeiros a sintetizar toda a batida da percussão no samba para a
bateria.
Ficha técnica: Marcos (baixo acústico),
Daniel de Paula (bateria), Edinho Santánna (piano), Daniel D´Alcântara
(trompete), Cássio Ferreira (sax alto) e Jorginho Neto (trombone).
Livre.
Grátis.
16/10.
Sexta, às 20h30
Show: Amilton Godoy Trio
O pianista líder e fundador do Zimbo Trio realiza
o show Do Jazz ao Samba do Samba ao Jazz, dedicado à história do samba-jazz. O repertório inclui composições de
Amilton Godoy, além de músicas que pontuaram a história do gênero,
influenciaram gerações e inspiraram músicos como Sérgio Mendes, Tom Jobim,
Adylson Godoy e Djavan, entre outros, e até Heitor Villa-Lobos. A experiência
de Amilton, aliada ao seu conhecimento musical, torna esta apresentação uma
aula sobre a formação da música brasileira, bem como do jazz e do samba.
Ficha técnica: Amilton Godoy (piano e arranjos), Sidiel
Vieira (baixo acústico), Edu Ribeiro (bateria), Dani Godoy (DG Produções) ou
Thyago Braulio (produção executiva) e Ana Luiza Godoy (assistente de produção).
Livre.
Grátis.
17/10.
Sábado, às 20h30
Show: Swing Samba Combo
O
grupo é formado por músicos com atuantes em diversas bandas e discos, fazendo
com que o encontro musical seja dinâmico e marcado pela criatividade e talento. No repertório, versões criadas
para obras de grandes artistas - J. T. Meirelles, César Camargo, Dom Salvador,
Erlon Chaves, Tom Jobim, João Donato, Sergio Mendes, Ed Lincon, Ray Charles,
Perez Prado, Herbie Hancock, Wes Montgomery, Quincy Jones, Milton Banana e
muitos outros. O sexteto ainda traz novidades ao palco com cantores convidados,
fazendo releituras de clássicos, assim como grupos de dançarinos que interagem
com o público. O conceito musical do Swing Samba Combo promete, com um
repertório vasto cheio balanço, fazer com que o público saia do show com a
sensação de ter tido uma aula de história.
Ficha
técnica: Luis
Americo Rodrigues (bateria), Renato Cardoso (baixo), Hugo Leonardo Sodré da
Silva (teclado), Daniel do Nascimento Rodrigues (trombone), Clayton dos Santos
Souza (saxofone) e Marcelo Galleani Munhoz Perez (violão).
Livre.
Grátis.
18/10.
Domingo, às 18h30
Show: Projeto Coisa Fina - Homenagem ao maestro Moacir
Santos
Grupo instrumental de São Paulo, formado por 13
jovens músicos: 4 saxofones, 2 trompetes, 2 trombones, piano, guitarra, baixo
acústico, bateria e percussão. Sua música promove uma experiência na qual o
jazz se funde ao baião, ao maracatu e ao samba, provocando no ouvinte uma
experiência que revitaliza elementos da música brasileira. No repertório,
composições do CD Tributo ao Maestro Moacir Santos, que trazem novos
arranjos para músicas do mestre, e algumas obras autorais inspiradas no
universo musical de Moacir Santos.
Ficha técnica: Walter Carvalho (sax
tenor, soprano e flauta), Daniel Nogueira (sax tenor e flauta), Ivan de Andrade
(sax alto e clarinete), Denilson Martins (sax barítono e flauta), Amilcar
Rodrigues (1º trompete), Diogo Duarte (2º trompete), Odirlei Machado
(trombone), Abdnaldo Santiago (trombone baixo), Fabio Leandro (piano), Thiago
Melo (guitarra), Matheus Prado (percussão), Mauricio Caetano (bateria),
Vinicius Pereira (baixo acústico), Daniel Nogueira e Vinicius Pereira e Ivan de
Andrade (arranjos).
Livre.
Grátis.
24/10.
Sábado, às 20h30
Show: João Parahyba Sexteto
O percussionista, arranjador e compositor João Parahyba, que
foi líder do Trio Mocotó nos anos 70, umas das bandas de maior sucesso mundial
de samba-jazz, apresenta repertório baseado no CD O Samba no Balanço do
Jazz, lançado pelo Selo Sesc em 2011, incluindo músicas que não
entraram no álbum. O show também conta com composições próprias, além de outras
executadas em homenagem às décadas de 50 e 60, que culminaram no surgimento do
samba-jazz.
Ficha técnica: João Parahyba
(bateria), Giba Pinto (baixo), Rudy Arnault (guitarra), Janja Gomes
(percussão), Beto Bertrame (piano), Ubaldo Versolato (sopros) e Thyago Braulio
(produção).
Livre.
Grátis.
25/10.
Domingo, às 18h30
Show: Laércio de Freitas Quinteto
Laércio
conheceu o samba jazz por meio do musico J.T Meirelles em São Paulo, na TV
Record, na década de 60, quando Meirelles esteve tocando saxofone no conjunto
de Luis Loy. Quando Laércio soube que ele também era fã do Quinteto do Horace
Silver, passaram a conversar sobre essa coincidência e a trocarem informações a
respeito daquele pianista norte americano. Diante da afinidade musical, por
diversas ocasiões, Meirelles chamou Laércio para tocarem juntos, sendo que a
ultima vez foi para a gravação do CD Samba Jazz no Rio de Janeiro.
Segundo o artista, voltar a tocar samba jazz com outro grupo de músicos é uma
grande satisfação e ajuda a matar as saudades de Meirelles.
Ficha técnica: Celso Almeida
(bateria), Daniel Alcantara (trompete), Daniel Amorin (contrabaixo), Laércio de
Freitas (piano) e Vitor Alcantara (saxofone).
Livre.
Grátis.
31/10.
Sábado, às 20h30
Show: Samba-Jazz: a Origem
Esta apresentação representa uma rara oportunidade
de ouvir e ver, novamente juntos, os fundadores do gênero que preserva a marca
da liberdade como valor artístico. Neste reencontro, Gabriel Bahlis, Zinho,
Luiz Mello, Hector Costita e Carlos Alberto Alcântara executam o som que
ajudaram a criar em boates e estúdios de gravação, na década de 60. Carlos
Alberto Alcântara gravou, em 1963, o referencial Projeção, LP
protagonizado pelo baixista Luiz Chaves que no ano seguinte integraria o Zimbo
Trio. Três anos depois, Alcântara atuou ao lado de Gabriel Bahlis no grupo
Cincopados, precursor do samba-jazz com o Sambossa 5, que tinha entre os
componentes o pianista Luiz Mello e o saxofonista Hector Costita. Os quatro
eram, nas boates, parceiros de Zinho. O baterista, a seguir, se destacou no
Luiz Loy Quinteto que se tornou conhecido ao participar do programa televisivo
O Fino da Bossa, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues.
Ficha técnica: Gabriel
Bahlis (contrabaixo acústico), Zinho (bateria), Luiz Mello (piano), Hector
Costita e Carlos Alberto Alcântara (saxofone).
Livre.
Grátis.
01/11.
Domingo, às 18h30
SERVIÇO
Sesc
Campo Limpo
Horário/Unidade: Terça a sábado, das 13h às 22h. Domingos, das 11h às 20h.
Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120.
Campo
Limpo – São Paulo/SP. Tel.:
(11) 5510-2700
sescsp.org.br/campolimpo
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| twitter.com/sesccampolimpo
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