Programação
traz cinco espetáculos, roda de samba e oficinas livres para crianças e jovens.
Sem apoio de nenhuma natureza, a Cia. Teatro do
Incêndio reage ao atual momento de ‘estrangulamento cultural’ e lança programação de
resistência para o segundo semestre. Levante Teatro do Incêndio - Pra Vida e
Revida é o nome escolhido para dar unidade a uma programação que inclui,
de julho a dezembro, cinco espetáculos do repertório do grupo, uma roda de samba
e oficinas livres de artes para crianças e adolescentes.
“Essa
ação tem duas intenções: não aceitar a regra do jogo para a arte que não seja a
do artista criador e contar com o nosso público para manter nossas atividades”,
comenta Marcelo Marcus Fonseca, diretor artístico do Teatro do Incêndio. Sobre
o valor dos ingressos para os espetáculos ser de R$ 80,00,
o diretor justifica: “um preço razoável para o trabalho sério que o grupo
desenvolve. A companhia tem 23 anos de sobrevivência. Sabemos que nosso
trabalho vale até mais. Neste momento, ingressos populares só com subsídio”.
Os
espetáculos - todos dirigidos por Marcelo Marcus Fonseca - que compõem a
programação são (um a cada mês): São Paulo Surrealista (2012 / 2014 –
foto acima), O Pornosamba e a Bossa Nova Metafísica (2014 / 2015), O
Santo Dialético (2016), A Gente Submersa (2017) e Rebelião
- O Coro de Todos os Santos (2018). Esta mostra sintetiza o trabalho de
pesquisa de linguagem dos últimos sete anos do coletivo, período em que
construiu três teatros até conquistar sua sede definitiva na emblemática
entrada do bairro Bixiga, esquina das ruas Treze de Maio e Santo Antônio, onde
já funcionou a lendária boate Igrejinha e o Café Soçaite.
No
dia 27 de julho, uma roda de samba
comemorativa dos 20 anos do grupo Inimigos
do Batente inaugura a programação, aberta ao público. A Rua Treze de Maio
será fechada (na região do teatro) durante todo o dia para receber convidados e
moradores do Bixiga na roda de samba Incêndio
na Boca da Noite.
Levante Teatro do
Incêndio - Pra Vida e Revida conta também com ações gratuitas, no caso do
projeto Sol-Te – Oficina Livre de Teatro que oferece oficinas
livres para crianças e adolescentes, divididas em idades de 6 a 11 anos e de 12
a 17 anos, aos sábados. As inscrições estão abertas. Em dezembro, acontecem apresentações
artísticas dos alunos dos dois módulos. Desde 2014, o Sol-Te nunca havia ficado
sem uma edição semestral, como aconteceu em 2019 por falta de verba.
Inscrições para o Sol-Te
As
inscrições para o Sol-Te – Oficina Livre
de Teatro estão abertas até o dia 31
de julho. O projeto (grátis) é destinado a crianças e adolescentes
residentes, principalmente, no bairro Bixiga, na região da Bela Vista,
comunidade na qual o Teatro do Incêndio se insere. O
Sol-Te é dividido em duas turmas de
20 participantes cada: Pe.que.nos (6
a 11 anos) e E.vo.lu.ir (12 a 17
anos). As aulas são ministradas aos sábados, às 13h e às 15h, a
partir do dia 3 de agosto. Esta iniciativa visa
estimular a criatividade e o aprendizado, além de ampliar referências por meio
das artes cênicas e da conscientização social. O projeto promove acolhimento e
mergulho em diversas áreas culturais e artísticas, a partir das artes cênicas - envolvendo teatro,
música, circo, dança e cultura popular brasileira.
Sol-Te
– Oficina Livre de Teatro. Inscrições (acompanhados por responsáveis): Segunda e
terça (13h às 20h); quarta a sábado (13h às 15h). Apresentar cópias de RG,
comprovante de residência e foto 3x4. Público-alvo: jovens e adolescentes da
região da Bela Vista (6 a 17 anos). Horários: Pe.que.nos (13h às 14h30) e
E.vo.lu.ir (15h às 16h30), sábados ,a partir de 3 de agosto. 20 vagas. Informações: (11) 98328-6358
CRONOGRAMA
Levante Teatro do Incêndio - Pra Vida e Revida
Roda
de samba: Incêndio
na Boca da Noite
27 de julho. Sábado,
das 14h às 22h
Ingresso:
Contribuição voluntária. Livre.
A
Rua Treze de Maio, em frente ao Teatro do Incêndio, será fechada, das 14h às
22h, para receber na calçada do Teatro uma roda de samba comemorativa dos 20
anos do grupo Inimigos do Batente.
Espetáculo-deboche: São Paulo Surrealista
17 e 18 de agosto.
Sábado (às 21h) e domingo (às 20h)
Duração:
70 min. Classificação: 18 anos. Gênero: Surrealismo
Ingressos.
R$ 80,00
O espetáculo é
uma ode à cidade de São Paulo e aos seus personagens, confrontando - em um jogo
de imagens sobrepostas - as contradições e fantasias da metrópole. A montagem -
que teve consultoria do escritor e poeta Claudio Willer - não conta, necessariamente, uma história. Para revelar a
cidade real, nada é realista. Os textos são colagens emolduradas por imagens e
figuras da metrópole, sejam elas reais ou distorcidas, tendo na música ao vivo
um elemento essencial para traduzir a pulsação. Os Nove Círculos do Inferno são os degraus propostos pelo
espetáculo, inspirados na primeira parte da Divina
Comédia (Dante Alighieri),
para explorar os signos, ou infernos, da cidade.
“Esta montagem propõe também que o público
perceba a cidade pelos olhos de André Breton, um
dos criadores do surrealismo, em um jogo que ressalta pontos turísticos, monumentos, terreiros, restaurantes e
bordeis paulistanos”, explica o diretor Marcelo Marcus Fonseca. Mário de
Andrade, Roberto Piva, Pagu, nativos, cidadãos comuns, ninfas e animais recebem
o surrealista André Breton, observado por Antonin Artaud (dramaturgo francês,
surrealista), para um mergulho na capital paulista, percorrendo Os Nove Círculos do Inferno. Em cena, 40
atores em uma celebração musical da cidade com alusões ao cinema de Pier Paolo
Pasolini e Frederico Fellini e textos escritos durante o processo com base na
escrita automática característica do surrealismo. Todas as canções foram
compostas por Marcelo Fonseca e Wanderley Martins especialmente para o
espetáculo, algumas delas “em parceria” com Arthur Rimbaud e Charles
Baudelaire.
FICHA TÉCNICA - Com: Cia. Teatro do Incêndio. Roteiro e direção geral: Marcelo Marcus
Fonseca. Figurinos: Gabriela Morato e
elenco. Músicos: Bisdré Santos, Yago
Medeiros, Renato Silvestre e Xantilee de Jesus. Arte gráfica: Gus Oliveira. Direção musical:
Bisdré Santos. Iluminação: Marcelo
Marcus Fonseca e Valcrez da Silva Siqueira. Composições originais: Marcelo Marcus Fonseca e Wanderley Martins. Produção e realização: Gabriela Morato
e Teatro do Incêndio. Elenco: Marcelo
Marcus Fonseca, Gabriela Morato, Elena vago, David Guimarães, Diogo Cintra, Ana
Moretto, Valcrez Siqueira, Yago Medeiros, Renato Silvestre, Vinícius Árabe, Gus
Oliveira, Gui Mameluco, Luiz Castro, Maíra Amorim, Jade Buck, Heloisa Feliciano, Isabela
Madalena e mais 19 atores.
Espetáculo:
O Pornosamba e a Bossa Nova Metafísica
14 e 15 de setembro. Sábado (às 21h) e domingo (às 20h)
Duração: 80 min. Classificação: 16
anos. Gênero: Musical surrealista
sociológico.
Ingressos.
R$ 80,00
Dirigido por Marcelo Marcus Fonseca com textos de Schopenhauer, Umberto Eco e
diálogos criados pelo diretor, a peça foi criada em sala de ensaio por
experimentos de associação livre e sugestões sonoras. O título é uma citação do
poeta Roberto Piva, que faz uma analogia do samba com a pornografia no sentido
de que o “bom ouvido” não dá lucro às gravadoras. Carregada de símbolos, a
encenação conta com uma primeira parte expressionista, conduzida por Carmen
Miranda (Gabriela Morato) e Ismael Silva (Diogo Cintra). Nesta, gravações
originais sintetizam uma parte da história do Brasil até “a morte” do samba
junto com sua embaixatriz em depressão, amparada por milhares de comprimidos. Cenas
também recriam fatos sobre compositores que se tornaram lendas da música
brasileira, como o suicídio de Assis Valente, o soco de Madame Satã (Valcrez
Siqueira) em Geraldo Pereira, que o levou à morte, e a partida precoce de Noel
Rosa (Gustavo Oliveira) e sua relação com a cantora Aracy de Almeida (Bia Sabiá).
O espetáculo lança mão ainda de
outras linhas de vanguarda como Dadaísmo, Modernismo e Naturalismo para contar
a trajetória da MPB e a influência da música estrangeira no comportamento e
“ouvido” do brasileiro. Figura ímpar musica brasileira, Vinícius de Moraes
(Marcelo Marcus Fonseca) transita com leveza pelas cenas como se fosse o
próprio espírito do samba, da bossa nova. Além de sua relação com Tom Jobim (Gustavo
Oliveira), em uma cena ele convida a plateia a se deitar na Praia de Itapuã, junto
com um coro de Iemanjás; outras cenas merecem destaque: Ary Barroso realiza um
show de calouros em um canteiro de obra; a noite em que Baden Powell (Victor
Dallmann) e Vinícius compuseram o “Samba em Prelúdio”; as mortes de Maysa e
Dolores Duran; e a partida de Nara Leão (Elena Vago) conduzida por um “coro de morte”.
FICHA TÉCNICA - Direção e dramaturgia: Marcelo Marcus Fonseca. Direção musical: Bisdré Santos e Marcelo Marcus Fonseca. Elenco:
Gabriela Morato, Marcelo Marcus Fonseca, Vinicius Arabe, Diogo Cintra, Gustavo
Oliveira, Valcrez Siqueira, Kaena Chioratto, Elena Vago, Jade Buck, Heloisa
Feliciano, Isabela Madalena, Gui Malemuco, Renato Silvestre e Bisdré Santos
(Violão de 7 cordas). Iluminação:
Valcrez Siqueira e Marcelo Marcus Fonseca. Figurinos:
Gabriela Morato. Produção: Gabriela
Morato e Cia. Teatro do Incêndio.
Espetáculo:
O Santo Dialético
19 e 20 de outubro. Sábado
(às 20h) e domingo (às 19h)
Duração: 150 min. (com intervalo de 20 min e
jantar opcional)
Classificação:
14 anos. Gênero: Drama brasileiro.
Ingressos.
R$ 80,00
A montagem - resultante do processo de
pesquisa do projeto A Teoria do Brasil - investiga os vestígios da essência
ancestral do brasileiro por meio de pessoas que, vivendo em São Paulo, perderam
o contato com suas origens, e passaram a habitar um mundo determinado por
valores urbanos. Dividida em dois atos, parte do ponto de vista de pessoas
comuns, inquietadas pelo esquecimento e pela perda de fatos de sua própria
história, que seguem em busca de uma mitologia que possa explicá-la. A peça
propõe o entendimento da descaracterização do negro, do índio e do próprio
europeu (transformados em outra raça), indo à procura desse “novo povo”, o
brasileiro, levando cada personagem numa espécie de voo interior rumo à própria
raiz.
No enredo, seis histórias paralelas,
entrecortadas, que criam um mosaico da mistura racial brasileira: um índio,
tirado aos oito anos de sua tribo por padres, retorna do seminário para
encontrar sua aldeia; uma moradora de rua acredita ter sido chamada para uma
missão e encontra o sincretismo pelo caminho; um casal negro, evangélicos, vive
o drama de não conseguir ter filhos, enquanto o marido é atormentado por sons
antigos que ele não reconhece; e um publicitário não se encontra no próprio
corpo, enquanto sua mulher sofre de uma doença terminal. Com música ao vivo e
trilha sonora original, a peça propõe uma paisagem diversa, levando o público
por lugares do centro, periferia e interior do Brasil. No intervalo, pratos da
culinária brasileira, preparados durante o primeiro ato pelo próprio diretor,
são oferecidos ao público por um valor à parte.
FICHA
TÉCNICA - Texto e direção geral:
Marcelo Marcus Fonseca. Figurino:
Gabriela Morato. Direção musical,
composições originais: Bisdré Santos. Música
ao vivo: Bisdré Santos, Yago Medeiros e Renato Silvestre. Iluminação: Marcelo Marcus Fonseca e
Valcrez Siqueira. Assistência de
sonoplastia: Victor Castro. Adereços:
André Souza, Gabriela Morato e Fabrízio Casanova. Trilha sonora mecânica: Marcelo Marcus Fonseca e Bisdré Santos. Coreografias e preparação corporal:
Gabriela Morato. Fotos: Giulia
Martins e João Caldas. Realização e
produção: Teatro do Incêndio. Elenco:
Gabriela Morato, Francisco Silva, Elena Vago, Ágata Matos, Carlos Gomes,
Marcelo Marcus Fonseca, Valcrez Siqueira, André Souza, Victor Castro, Yago
Medeiros, Renato Silvestre, Gui Mameluco, Heloisa Feliciano, Isabela Madalena e
Jade Buck. Atriz mirim: Laura de
Rita.
Espetáculo:
A Gente Submersa
23 e 24 de novembro. Sábado
(às 20h) e domingo (às 19h)
Duração:
120 min. Classificação: 14 anos. Gênero: Comédia
dramática musical.
Ingressos.
R$ 80,00
A peça é a primeira parte do
trabalho de pesquisa do grupo (A Gente Submersa) sobre heranças
e descaracterização da cultura e da sabedoria popular, pelo esquecimento das
raízes que moldaram o ser brasileiro. A montagem explora o que resta no
cotidiano das pessoas dos ensinamentos populares, bem como da função social da
dança e das festas tradicionais. A Gente
Submersa reúne
mais de 20 artistas,
entre atores e músicos que transitam pelo teatro, pela dança e por outras linguagens,
amparados por composições originais e canções de domínio público. O figurino
traz elementos de técnicas artesanais como renda filé, bordados, crochê e
tricô, construindo memórias também nos corpos que ocupam o Teatro do Incêndio:
um espaço em formato de arena triangular, mantendo as características
arquitetônicas originais do local que tem sua própria história.
No
enredo, três personagens alegóricas da sabedoria popular vivem uma fábula que
se concretiza na cidade. São pessoas centenárias, velhos de espírito juvenil
que atravessaram os tempos. Eles seguem pelo mundo, mas o que eles vivem e os
lugares por onde passam são apagados. Na cidade se tornam invisíveis; ocupam um
espaço, mas são expulsos pela polícia. Conduzidos por um velho vendedor
de relógios, chegam a um quilombo onde
são vistos e aceitos, povoado por pessoas que fugiram da metrópole. O
velho representa o tempo, a sabedoria e os ensinamentos dos mais velhos e dos antepassados.
Sem dinheiro, as pessoas do quilombo trocam conhecimentos como aprender a ler e escrever desenhando
letras com tintas nas mãos. Lourdes, Benedito e Fulozina ensinam cultura
popular para a comunidade que passa a viver
em um calendário de festas (congada, maculelê, jongo). Mas o desmatamento chega
e destrói o quilombo mostrando o ciclo sem fim da destruição.
FICHA
TÉCNICA - Texto e direção geral: Marcelo Marcus Fonseca. Figurinos: Gabriela Morato. Iluminação: Kleber Montanheiro. Direção musical e composições: Bisdré
Santos e Marcelo Marcus Fonseca. Cenografia: Gabriela
Morato e Marcelo Marcus Fonseca. Coreografia
e preparação corporal: Gabriela Morato. Coordenação: Jorge Ferreira Silva. Equipe técnica: Alicio Silva, Cleiton Willy, Deoclecio
Alexandre, Vitor Caires e Murilo Manino. Piso
de cena: Jorge e Denis Produções Cenográficas. Criação e coordenação de adereços: Gabriela Morato. Assistência de figurinos e produção: Bianca
Brandino. Confecção/adereços: Victor
Castro e André Souza. Música ao vivo: Bisdré
Santos, Renato Silvestre e Yago Medeiros. Música
“Movimento dos Sem Chuva”: Cristóvão Gonçalves. Design gráfico: Gustavo Oliveira. Fotos: Giulia Martins. Produção
e realização: Teatro do Incêndio. Elenco: Gabriela
Morato, Elena Vago, Anderson Negreiro, Lia Benacon, Valcrez Siqueira, André
Souza, Victor Castro, Marcelo Marcus Fonseca, Ellen da Costa Marins, Thalía
Melo, Jade Buck, Gui Mameluco, Heloisa Feliciano e Isabela Madalena.
Apresentações:
Sol-Te
7 de dezembro. Sábado,
às 15h30 e às 19h30
Duração:
1h. Classificação: Livre
Ingressos:
Contribuição voluntária.
Apresentação
final dos dois espetáculos criados pelas turmas do projeto Sol-te - Oficina
Livre de Teatro, junto aos artistas educadores do
Teatro do Incêndio: Pe.que.nos (6 a 11 anos) e E.vo.lu.ir (12 a 17 anos), às
15h30 e às 19h30, respectivamente.
Espetáculo:
Rebelião - O Coro de Todos os Santos
14 e 15 de dezembro. Sábado
(às 20h) e domingo (às 19h)
Duração:
90 min. Classificação: 14 anos. Gênero: Drama apocalíptico.
Ingressos.
R$ 80,00
Rebelião - O Coro de Todos os Santos é a segunda peça do projeto A Gente Submersa, trabalho de pesquisa do
grupo sobre heranças e descaracterização da cultura e da sabedoria popular pelo
esquecimento das raízes que moldaram o brasileiro. Trata da manifestação popular como revide contra seu apagamento,
como arma de guerra no combate à intolerância religiosa, à
infantilização cultural produzida atualmente e às ingenuidades que aceitam
lutas separadas e compartimentadas na sociedade moderna. No enredo, Artura, Cacimba e Ji saem do interior do país com o intuito de
salvar o Brasil, devolvendo para Portugal símbolos da colonização. Para
cumprirem a missão eles enfrentam os terríveis Arranca-línguas, figuras míticas
que encontram durante a viagem.
O diretor desabafa: “Esse é o
espetáculo ‘de saco cheio’. Saco cheio de insensibilidade, de em cima do muro,
de engolir a pobreza de manifestações sociais, políticas e culturais no país de
Jorge Amado, Vinícius de Moraes, Nelson Sargento. Saco cheio de dizer que
gostamos do que não gostamos, de dar ibope para o que não queremos, de
desprezar a cultura do nosso país em prol de uma manifestação rasa. A indústria
do entretenimento cria um mundo falso, de barulho ensurdecedor para destruir
nossa identidade”. E finaliza: “Teatro não é entretenimento”. Rebelião é a
revolta de toda a raiz brasileira que se levanta com direito a protestar contra
tudo que não lhe representa nas culturas oferecidas pela mídia. Protagonistas
nas três montagens do projeto, Gabriela Morato afirma que o trabalho foi
fundamental para sua formação como cidadã e como artista. “A mulher é a própria
terra, é a vida. Hoje ela descobriu que pode mudar as coisas e que sua força
inspira e transforma. Tive a honra de viver nessa trilogia várias faces e
idades da mulher brasileira”.
FICHA
TÉCNICA - Texto e direção: Marcelo
Marcus Fonseca. Figurinos: Gabriela
Morato. Iluminação: Rodrigo Alves. Direção musical: Bisdré Santos e
Marcelo Marcus Fonseca. Preparação
corporal e coreografias: Gabriela Morato. Música ao vivo: Bisdré Santos, Yago Medeiros e elenco. Fotos: Giulia Martins. Designer gráfico: Gustavo Oliveira. Adereços: André Souza e Gabriela
Morato. Produção e realização:
Teatro do Incêndio. Elenco: Gabriela Morato, Elena Vago, Francisco Silva, Lia
Benacon, Valcrez Siqueira, André Souza, Marcelo Marcus Fonseca, Ellen da Costa
Marins, Thalía Melo, Jade Buck, Gui Mameluco, Heloisa Feliciano e Isabela
Madalena.
Serviço
Projeto:
Levante Teatro do Incêndio - Pra Vida e
Revida
Ingressos
antecipadas para os espetáculos: entrar em contato pelas redes sociais
Bilheteria:
2 horas antes das sessões
Twitter e Facebook: @teatrodoincendio
Teatro do Incêndio
Rua
Treze de Maio, 48 - Bela Vista. SP/SP.
Tel: (11) 2609 3730 / 2609 8561
Assessoria de imprensa – Verbena Comunicação
Eliane verbena e João Pedro
Tel.:
(11) 2738-3209 / 99373-0181 – verbena@verbena.com.br
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