terça-feira, 26 de julho de 2016

Mostra Mestres da Música reúne cinebiografias de compositores e cantores eruditos no Cineclube Araucária

Até o dia 31 de julho, o Cineclube Araucária – O Cinema de Volta a Campos do Jordão apresenta a Mostra Mestres da Música, no Espaço Cultural Dr. Além, que faz reverência a grandes nomes da música erudita com filmes biográficos sobre a vida de compositores e cantores.

Com todas as sessões grátis, os filmes programados são: À Noite Sonhamos (de Charles Vidor), O Arco Mágico (de Bernard Knowles), Amadeus (de Milos Forman), Villa-Lobos, Uma Vida de Paixão (de Zelito Viana), Delírio de Amor (de Ken Russell), O Segredo de Beethoven (de Agnieska Holland) e Callas Forever (de Franco Zeffirelli), além do infantil O Senhor dos Anéis (de Ralph Bakshi).

Outra atração do Cineclube Araucária é a exposição Cinema Ilustrado – A Oitava Arte, em cartaz até o dia 29 de julho na sede da AMECampos (Associação dos Amigos de Campos do Jordão), formada por 26 obras originais. Esta iniciativa é uma homenagem aos artistas quase anônimos, os ilustradores que produzem cartazes para a divulgação de obras cinematográficas.

O projeto Cineclube Araucária – O Cinema de Volta a Campos do Jordão é realizado com o apoio do Programa de Ação Cultural do estado de São Paulo – ProAC, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e a AMECampos. Todos os eventos da programação do Cineclube Araucária têm entrada grátis.

Exposição: Cinema Ilustrado - A Oitava Arte
Visitação: segunda a sexta, das 10 às 18 horas, até 29/07

A exposição de cartazes produzidos por ilustradores cuja arte se destina à divulgação de obras cinematográficas é a fórmula encontrada pelo Cineclube Araucária para homenagear esses artistas, quase anônimo aos olhos do grande público apreciador da dita sétima arte, que se dedicaram à tarefa de transferir para o papel a expressão dos personagens e a essência das histórias criadas para as telas, com o objetivo de torná-las mais atrativas. Muitos, de fato, permaneceram anônimos, ainda que realizassem um trabalho de excelente qualidade técnica e artística. Outros entraram para a história como cartazistas de cinema. Há também aqueles que, mesmo tendo alcançado reconhecimento em outras áreas como a arquitetura e a pintura, se aventuraram com êxito na tarefa da comunicação visual para a divulgação de filmes nacionais, especialmente nas fases do Cinema Novo de Glauber Rocha, Rogério Sganzerla, Nelson Pereira dos Santos, Joaquim Pedro e Ruy Guerra.

“Por meio desta exposição, o Cineclube Araucária presta homenagem a esses artistas, muito pouco ou quase nada reconhecidos pelos cinéfilos, uma vez que raramente suas assinaturas são gravadas nas obras. Queremos que os ilustradores do Brasil sintam-se abraçados pela mostra que reúne trabalhos de Cândido Faria, Jayme Cortez, Rogério Duarte, José Luiz Benício, Fernando Pimenta, Jair de Souza, Claudio Marcelo Reis, Alê Abreu, Calazans Neto, Ziraldo, Carybé e Lina Bo Bardi”, declara o curador Cervantes Souto Sobrinho.

O registro desse trabalho começa exatamente no momento em que o cinema teve as primeiras sessões públicas, no final do século XIX, quando, em Paris, os irmãos Charles e Émile Pathé se preparavam para administrar o primeiro império do cinema europeu: a Maison Pathé, ainda que o seu único produto comercial fossem os filmes produzidos pelos irmãos Lumière. Eles contrataram um pequeno ateliê de desenhos publicitários, localizado no bairro de Montmartre, reduto de artistas do porte de Toulouse-Lautrec, Alphonse Micha e Jules Chéret, conhecido como Les Affiches Faria, mantido por um certo Cândido Faria, brasileiro nascido em Sergipe que se estabelecera em Paris com a pretensão de se tornar ilustrador dos cartazes de famosas casas de espetáculos da época. Foi, portanto, Cândido de Faria, cujo trabalho está representado na exposição, o precursor, para não dizer o primeiro artista, a se dedicar exclusivamente à criação de cartazes para o cinema. Coincidência, ou mero capricho do destino, hoje outro brasileiro da Bahia, Claudio Marcelo Reis, destaca-se no mesmo segmento das artes visuais, criando, para todo o mundo, o material de divulgação das produções dos estúdios Disney e Pixar.

Programação
Mostra Mestres da Música no Espaço Cultural Dr. Além
De 25 a 31 de julho. Segunda a domingo


25/07 (segunda) - às 19h30
À Noite Sonhamos (A Song to Remember)
De Charles Vidor. EUA. 1945. 109'. 14 anos.
Cinebiografia de Frédéric Chopin.

26/07 (terça) - às 19h30
O Arco Mágico (The Magic Bow)
De Bernard Knowles. UK. 1946. 99'. 12 anos.
Cinebiografia de Niccolò Paganini.

27/07 (quarta) - às 19h30
Amadeus (Amadeus)
De Milos Forman, EUA / França. 1984. 152'. Livre.
Cinebiografia de Wolfgang Amadeus Mozart.

28/07 (quinta) - às 19h30
Villa-Lobos, Uma Vida de Paixão
De Zelito Viana. Brasil. 2000. 128'. 14 anos.
Cinebiografia de Heitor Villa-Lobos

29/07 (sexta) - às 19h30
Delírio de Amor (The Music Lovers)
De Ken Russell. UK. 1970. 120'. 16 anos.
Cinebiografia de Pyotr Tchaikovsky.

30/07 (sábado) - às 19h30
O Segredo de Beethoven (Copying Beethoven)
De Agnieska Hlland. EUA / Hungria. 2006. 104'. 10 anos.
Cinebiografia de Ludwig Van Beethoven.

31/07 (domingo) - às 18h00
Callas Forerver (Callas Forerver)
De Franco Zeffirelli. Itália / França / Romênia. 2002. 108'. Livre.
Cinebiografia de Maria Callas.

MATINÊ - 31/07 (domingo) - às 15h00
O Senhor Dos Anéis (The Lord of the Rings)
De Ralph Bakshi. UK. 1978. 128'. Livre.

Serviço / julho

Projeto: Cineclube Araucária – O Cinema de Volta a Campos do Jordão

Exposição: Cinema Ilustrado - A Oitava Arte
Abertura: 1º de julho. Sexta, às 19h30
Local: AMECampos
Rua Dr. Reid, 68. Abernéssia. Campos do Jordão/SP
Visitação: segunda a sexta, das 10h às 18h. Até dia 29/07
Grátis. Informações: Tel: (12)3662-5511 e 3662-2611

Cinema: Mostra Mestres da Música
De 25 a 31 de julho. Segunda a domingo
Local: Espaço Cultural Dr. Além
Av. Dr. Januário Miráglia, 1582. Vila Abernéssia. Campos do Jordão/SP
Horários: quinta a sábado (às 19h30) e domingo (às 15h e 18h)

Grátis. Informações: (12) 3664-2300

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Amelinha comemora 40 anos de carreira com show na CAIXA Cultural São Paulo

No repertório, sucessos eternizados pela voz da cantora, além de músicas inéditas de Zeca Baleiro, Marcelo Jeneci e Chico César.

Intérprete que entrou para a história da música brasileira no final dos anos 70, Amelinha é atração da CAIXA Cultural São Paulo nos dias 26, 27 e 28 de agosto.

A cantora sobe ao palco para comemorar 40 anos de carreira com o show Janelas do Brasil – nome de seu décimo quinto disco, que também ganhou versão em DVD gravado ao vivo no Teatro FECAP, em São Paulo.     

No repertório do espetáculo - que já lotou quatro sessões na CAIXA Cultural de Curitiba, em junho - estão também os sucessos que marcaram sua trajetória, bem como novas canções de Zeca Baleiro, Chico César e Marcelo Jeneci. A cantora se apresenta ao som de dois violões executados por músicos de primeira linha: Julinho Braw (produtor musical, violonista e guitarrista com história ao lado de nomes como Zé Ramalho e Joana, entre outros nomes da MPB) e Cesar Rebechi (violonista, guitarrista e arranjador argentino).

Nascida em uma família musical de Fortaleza (CE), já aos 12 anos, Amelinha (ainda Amélia Cláudia Garcia Colares) formou um trio vocal com sua irmã Silvia e uma amiga para apresentações em festas nas escolas. Quando se mudou para São Paulo, onde fez vestibular para Comunicação, continuou cantando, sempre incentivada pelos amigos.

Foi em 1975 que ela começou, efetivamente, a sua carreira artística acompanhando Vinícius de Moraes e Toquinho em seu primeiro trabalho profissional como cantora, em Punta Del Este, Uruguai. No ano seguinte, 1976, lançou o primeiro disco, Flor da Paisagem, que teve vendagem modesta, mas já apontava para o futuro.

Foi Deus quem fez você

A música “Frevo Mulher”, de 1979, foi uma febre nacional que rendeu à Amelinha o primeiro Disco de Ouro da carreira. Mas o fenômeno aconteceu mesmo em 1980, quando ela “colocou abaixo” o Maracanãzinho, no Festival MPB 80, cantando “Foi Deus Quem Fez Você”. Sucesso estrondoso, a música tornou-se marca registrada da cantora, foi gravada em compacto, homônimo, seguido do álbum Porta Secreta. Ambos foram Discos Quádruplos de Platina com mais de um milhão de cópias vendidas.

Em 1982, a cantora emplacava outro Disco de Ouro com o tema de abertura do seriado Lampião e Maria Bonita, da Rede Globo, “Mulher Nova, Bonita e Carinhosa, Faz o Homem Gemer Sem Sentir Dor”. Em 1983, veio o disco Romance da Lua Lua, que tinha como principal detalhe a afinidade da intérprete com as poesias que têm como cenário a lua, sua magia e toda sua energia. No ano seguinte, Amelinha emplacou outro mega sucesso em todas as rádios AM e FM, do norte ao sul do país; trata-se de “Água e Luz”. Na década de 80, a cearense gravou Fagner, Djavan, Gonzaguinha, Elomar, Geraldo Azevedo e Moraes Moreira, entre outros.

Em 1994, Amelinha lançou o décimo disco Só Forró. Esse CD é um projeto arrojado que reverencia riqueza da música nordestina, realizando um velho desejo de Gonzagão, que sempre quis que ela cantasse suas músicas. Outros lançamentos se sucederam: Cobra de Chifre (1996), Amelinha (1998), Vento Forró e Folia (2002). Depois de uma década sem gravar, a cantora lançou, em 2014, o CD Janelas do Brasil; e logo depois, o DVD do disco, em 2015.  

Repertório

“Galos, Noites e Quintais” (Belchior), “Terral” (Ednardo), “Água e Luz” (Tavito e Ricardo Magno), “Noites de Cetim” (Herman Torres e Sérgio Natureza), “Eternas Ondas” (Zé Ramalho e Fagner), “Galope Rasante” (Zé Ramalho), “Felicidade” (Marcelo Jeneci e Chico César), “O Silêncio” (Zeca Baleiro), “Asa Partida” (Fagner e Abel silva), “Flor da Paisagem” (Robertinho do Recife e Fausto Nilo), “Foi Deus Quem Fez Você” (Luiz Ramalho), “Mulher Nova Bonita e Carinhosa Faz Um Homem Gemer Sem Sentir Dor" (Zé Ramalho e Otacílio Batista), “Nossa Canção” (Luiz Ayrão), “Romance da Lua Lua” (Flaviola e Garcia Lorca), “Frevo Mulher” (Zé Ramalho), “Ave Maria” (Vicente Paiva) e “Mucuripe” (Fagner e Belchior).

Links / Youtube

“Foi Deus Quem Fez Você” - https://www.youtube.com/watch?v=arYYCgIddbs
“Galos, Noites e Quintais” - https://www.youtube.com/watch?v=LavmIRVY-Ew

Serviço

Show: Amelinha
Em: Janelas do Brasil
Dias 26, 27 e 28 de agosto
Sexta, sábado e domingo, às 19h15
CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – Centro/SP. Tel: (11) 3321-4400
Grátis. Ingressos a partir das 9h no dia do show (1 par por pessoa)
Classificação: Livre. Duração: 1h20. Capacidade: 80 lugares.
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: Caixa Econômica Federal
Produção: PERFIL comunicação e cultura 

Cia. de Teatro Heliópolis encerra a temporada de A Inocência do Que Eu (Não) Sei no dia 24 de julho

Foto de Bob Sousa
A Companhia de Teatro Heliópolis encerra a temporada de A Inocência do Que Eu (Não) Sei (indicado ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem) no dia 24 de julho, na Casa de Teatro Maria José de Carvalho, no bairro Ipiranga. As apresentações são aos sábados (às 20h) e domingos (às 19h), com ingressos a R$ 5,00.

A montagem - com direção de Miguel Rocha e dramaturgia de Evill Rebouças - apresenta quatro trajetos que mostram os desejos e as contradições de pessoas em busca de aprendizagem: o Menino Rapaz que vence; a Feliz Mulher que se adapta; o Caminhante em busca do saber; e a Mulher que come maçã. De modo poético e irônico a peça extrapola o universo escolar para discutir relações humanas mediadas por dispositivos de controle social e econômico por meio de personagens que vivem situações de aprendizagem na vida. O diretor Miguel Rocha explica que “a experiência dos atores está em cena e mostra o que eles querem dizer ao mundo a partir do tema escolhido”.

O Menino Rapaz que vence (David Guimarães) é um jovem ingênuo que vive as primeiras experiências na escola. Seu perfil é o do garoto ‘certinho’ que passa a reproduzir os parâmetros sociais que vivenciou. A Feliz Mulher que se adapta (Klaviany Costa) registra fortes experiências diante das ‘pauladas’ e dos traumas vividos, restando-lhe apenas adaptar-se e moldar a sua personalidade para sobreviver em um sistema educacional perverso. O Caminhante em busca do saber (Donizete Bomfim) é um andarilho que vem, provavelmente, do sertão nordestino. Ele entende sua vida mais pela experiência que pela educação formal. Seu pai, um homem simples, dizia-lhe que ‘precisava correr em busca do saber’. O percurso da Mulher que come maçã (Dalma Régia) não é apresentado somente pela dramaturgia da fala. São as ações que traçam sua trajetória e geram seu discurso. Nos “movimentos” dessa personagem o espectador se depara com as questões da mulher que tem sede pelo conhecimento popular em detrimento do conhecimento acadêmico.

Ficha técnica

Espetáculo: A Inocência do Que Eu (Não) Sei
Criação em processo colaborativo
Com a Companhia de Teatro Heliópolis
Dramaturgia: Evill Rebouças
Direção: Miguel Rocha
Assistente de direção e preparação corporal: Lucia Kakazu
Direção musical e preparação vocal: William Paiva
Elenco: Dalma Régia, David Guimarães, Donizete Bomfim e Klaviany Costa.
Músicos: William Paiva (piano), Fabio Machado (violoncelo) e Giovani Liberato (guitarra e sonoplastia).
Cenário e figurino: Clau Carmo
Iluminação: Toninho Rodrigues
Provocação - teatro épico: Alexandre Mate
Provocação - teatro performático: Carminda André
Colaboração no processo provocativo: Diego Marques, Luciano Mendes de Jesus, Fabiana Monsalú, Rose Akras e Maria Fernanda Vomero.
Direção de produção: Dalma Régia
Designer gráfico: Camila Teixeira
Assessoria de imprensa: Eliane Verbena

Serviço

Temporada: 18 de junho a 24 de julho
Local: Casa de Teatro Maria José de Carvalho
Endereço: Rua Silva Bueno 1533, Ipiranga/SP. Tel: (11) 2060-0318
Gênero: Drama. Duração: 90 min. Classificação: 14 anos
Ingressos / preço ÚNICO: R$ 5,00 (Bilheteria: 1h antes das sessões)
Horários: sábados (às 20 horas) e domingos (às 19 horas)

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Companhia de Danças de Diadema apresenta infantojuvenil no Teatro Municipal de Santo André

A Mão do Meio - Sinfonia Lúdica: https://www.youtube.com/watch?v=gdp8XGtRBVA

Foto: Silvia Machado
A Companhia de Danças de Diadema apresenta – no dia 21 de julho (quinta, às 14h e 20h) - o espetáculo infantojuvenil A Mão do Meio - Sinfonia Lúdica no Teatro Municipal de Santo André, com ingressos grátis.

A montagem foi concebida e coreografada em dupla por Michael Bugdahn e Denise Namura. A direção geral é assinada por Ana Bottosso.

O enredo retrata a experiência da descoberta do próprio corpo, das mãos e dos pés. É uma história de gestos contada por meio da dança, incluindo algumas cenas com o artifício da luz negra. Os bailarinos e o público embarcam na fabulosa aventura de uma “mão” que - fascinada por todo tipo de movimento - parte em busca da descoberta do corpo e, pouco a pouco, torna-se uma verdadeira colecionadora de gestos.

Segundo os coreógrafos, o espetáculo é uma sinfonia lúdica composta por movimentos, sons e luzes que faz o público mergulhar em um mundo feito poesia, onde situações do cotidiano se transformam em mágica num piscar de olhos, onde gestos simples provocam imagens surpreendentes e sensações inéditas.
Foto: Osmar Lucas

Michael Bugdahn explica que A Mão do Meio - Sinfonia Lúdica conta uma história que envolve o nascimento, a descoberta do corpo e da vida. Também fala sobre as diferenças físicas entre as pessoas, que nem sempre são relevantes. “Todos vão compreender que não é preciso ser um super-herói para viver experiências incríveis e enriquecedoras”, comenta.

Michael Bugdahn é alemão e Denise Namura brasileira. O casal, convidado para esta montagem, vive em Paris, onde tem uma companhia de dança. Este é o segundo trabalho que eles assinam para a Companhia de Danças de Diadema (o primeiro foi La Vie en Rose???, que foi apresentado em Paris, recentemente)  “Eles têm uma estética primorosa que explora a mímica, os detalhes minimalistas, os gestos, os movimentos do cotidiano: características ideais para um espetáculo infantil”, afirma Ana Bottosso, ao comentar sobre o convite à dupla de coreógrafos.

A Mão do Meio - Sinfonia Lúdica é a segunda montagem da Companhia de Danças de Diadema criada para o público infantil. Em 2010, produziu Meio em Jogo (de Ivan Bernardelli e Francisco Júnior).

Ficha técnica
Foto: Osmar Lucas

Espetáculo: A Mão do Meio - Sinfonia Lúdica
Com: Companhia de Danças de Diadema
Concepção e coreografia: Michael Bugdahn e Denise Namura
Ideia original, texto e dramaturgia: Michael Bugdahn
Direção geral: Ana Bottosso
Assistente de direção e produção administrativa: Ton Carbones
Assistente de coreografia: Carolini Piovani
Desenho de luz, trilha sonora e pesquisa musical: Michael Bugdahn
Vozes em off: Roberto Mainieri e Denise Namura
Concepção de cenário, adereços e figurino: Michael Bugdahn e Denise Namura
Confecção de cenário e adereços: Fábio Marques
Confecção de figurino: Cleide Aniwa
Operação de luz: Silviane Ticher
Sonoplastia e assistência de produção: Renato Alves
Professor de dança clássica: Eduardo Bonnis
Condicionamento físico: Carolini Piovani
Elenco: Carolini Piovani, Daniele Santos, Danielle Rodrigues, Dayana Brito, Elton de Souza, Fernando Gomes, Jean Valber, Rafael Abreu, Thaís Lima, Ton Carbones e Zezinho Alves.

Serviço

Dia 21 de julho. Quinta-feira, às 14h e 20h
Teatro Municipal de Santo André
Praça IV Centenário, S/N. Centro. Santo André/SP. Tel: (11) 4433-0789
Ingressos: Grátis – Ingressos 1h antes das sessões.
Duração: 60 min. Classificação: Livre. Capacidade: 475 lugares.
Estacionamento Grátis. Possui acessibilidade. Ar condicionado.

Próximas apresentações de A Mão do Meio - Sinfonia Lúdica

11 de agosto. Quinta, às 14h e 20h
 Palácio das Artes
Av. Pres. Costa e Silva, 1600 - Boqueirão - Praia Grande/SP
Ingressos: Grátis. Classificação: Livre.

25 de agosto. Quinta, às 14h e 20h
Teatro Municipal Politheama
Rua Barão de Jundiaí, 176 - Centro - Jundiaí/SP
Ingressos: Grátis. Classificação: Livre.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Zé Guilherme apresenta seu novo CD no Bistrô Esmeralda: uma homenagem a Orlando Silva

Zé Guilherme (crédito Alessandra Fratus)
No show, o artista faz justa reverência ao Cantor das Multidões e mostra o olhar de um intérprete contemporâneo para um clássico da música brasileira.

Interprete cearense radicado em São Paulo, Zé Guilherme apresenta, no dia 29 de julho (sexta, às 20h30), show de seu terceiro CD Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva, no Bistrô esmeralda. O disco é uma bela homenagem a um dos mais significativos intérpretes da música popular brasileira, que completaria 100 anos em 2015. O trabalho é norteado por uma releitura delicada e pessoal do repertório do Cantor das Multidões.

Zé Guilherme interpreta de forma autêntica e contemporânea 18 canções que foram selecionadas em um longo processo de pesquisa sobre a trajetória e o repertório de Orlando Silva. As eleitas foram: “A Jardineira” (Benedito Lacerda e Humberto Porto), “Dama do Cabaré” (Noel Rosa), “A Primeira Vez” (Armando Marçal e Bide), “Abre a Janela” (Marques Júnior e Roberto Roberti), “Aos Pés da Cruz” (Marino Pinto e Zé da Zilda), “Cidade do Arranha-céu” (Edgard Cardoso e Ranchinho e Alvarenga), “Cidade Brinquedo” (Silvino Neto e Plínio Bretas), “Curare” (Bororó), “Faixa de Cetim” (Ary Barroso), “Lábios Que Beijei” (J. Cascata e Leonel Azevedo), “Lealdade” (Wilson Batista e Jorge de Castro), “Malmequer” (Newton Teixeira e Cristovão de Alencar), “Meu Consolo É Você” (Nássara e Roberto Martins), “Meu Romance” (J. Cascata), “O Homem Sem Mulher Não Vale Nada” (Arlindo Marques Jr. e Roberto Roberti), “Pela Primeira Vez” (Noel Rosa e Cristovão de Alencar), “Preconceito” (Marino Pinto e Wilson Batista) e “Alegria” (Assis Valente e Durval Maia).

No show, Zé Guilherme também tece alguns comentários, entre uma e outra canção, a respeito da vida e obra de Orlando Silva, bem como sobre o contexto social da época e as razões que nortearam sua escolha do repertório. O artista se apresenta acompanhado por Cezinha Oliveira (direção musical e violão), Adriano Busko (percussão), e Pratinha Saraiva (flautas e bandolim).

Concepção do CD

A trajetória de Orlando Silva é marcada por apurado critério e rigor na escolha das canções. Segundo o próprio, só cantava o que lhe tocava a alma. O colorido, o swing e a brasilidade da obra é o mote principal das escolhas de Zé Guilherme. A seleção das músicas levou em consideração, além da afinidade artística, a época de seu apogeu - de 1935, ano em que gravou o primeiro disco, até 1942 - e privilegiou composições menos densas. O roteiro contempla um perfil mais leve e alegre do cantor como na maioria dos sambas que trazem sempre um toque de humor nas letras.

Zé Guilherme não esconde a relação afetiva com esse trabalho: “Abri a janela do meu coração para me apossar, com respeito e reverência, dos sucessos de Orlando Silva e reapresentá-los ao público pela minha voz, pela minha forma de cantar”. O artista conta que cultivou o desejo de se debruçar sobre seu legado por mais de 10 anos. “Resgatar e reler a obra desse artista que foi, desde a minha infância, o combustível para meu desejo de ser cantor, faz desse um momento ímpar na minha carreira. Minha principal diversão era ouvir no rádio a voz majestosa e brejeira do cantor, considerado a maior voz masculina do Brasil”.

A produção musical é assinada por Cezinha Oliveira que inseriu elementos clássicos nos arranjos como piano, baixo acústico, acordeon, trombone e violão de sete cordas, entre outros, dando “requinte” sonoro ao disco sem cair no mero saudosismo. Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva foi concebido com base no tripé interpretação, arranjos e composições, e mostra que a chamada “música antiga” do Brasil pode se manter clássica em sua origem, popular em sua apresentação e sofisticada em sua concepção.

Sobre a concepção dos arranjos, Cezinha explica que, para todos os sambas, buscou inspiração nos conjuntos regionais da época e nas orquestras que acompanhavam os artistas nas rádios. O instrumental era, geralmente, formado por acordeon, violão, percussão e instrumento solo de sopro. Apenas as marchinhas “A Jardineira” e “Malmequer” seguem outro caminho. A primeira tem introdução influenciada pela música barroca e a segunda ganhou um andamento mais jazzístico.

Músicos de primeira linha participaram da gravação de Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva: Thadeu Romano (acordeon), Breno Ruiz (piano), Meno Del Picchia (baixo acústico), Maik Oliveira (cavaquinho), Pratinha (flautas e bandolim), Adriano Busko (percussão), Allan Abbadia (trombone), Luque Barros (violão de 7 cordas e vocal), Cezinha Oliveira (violão, guitarra e vocal) e João Pedro Verbena (guitarra).

Mais informações sobre CD e artista

CD: Abre a Janela – Zé Guilherme Canta Orlando Silva / Artista: Zé Guilherme
Distribuição: Tratore (www.tratore.com.br). Preço sugerido: R$ 27,00. Ano: 2015

Serviço

Show: Zé Guilherme
Em Abre a Janela - Zé Guilherme Canta Orlando Silva
Músicos: Zé Guilherme (voz), Cezinha Oliveira (violão e direção musical), Adriano Busko (percussão) e Pratinha Saraiva (flauta).
Dia 29 de julho. Sexta-feira, às 20h30
Bistrô Esmeralda
Rua Esmeralda, 29 - Aclimação/SP. Tel: (11) 95850-0040
Ingressos: R$ 20,00 (meia: R$ 10,00)
Duração: 90 min. Lotação: 45 lugares. Cesura: Livre.Abertura da casa: 19h.
Acessibilidade. Ar condicionado. Estacionamento nas imediações.