quinta-feira, 29 de março de 2018

Cia. de Teatro Heliópolis volta ao cartaz em maio com Sutil Violento


“O ímpeto transformador é evidenciado pelo modo como o caldeirão temático – os preconceitos de gênero, de raça, de credo, de orientação sexual e de ideologia, para ficar nessa paleta – é posto em contraste na criteriosa encenação de Sutil Violento.” (Valmir Santos)
Depois da temporada de sucesso, em 2017, o espetáculo Sutil Violento, da Companhia de Teatro Heliópolis, reestreia no dia 5 de maio (sábado, às 20h), na Casa de Teatro Maria José de Carvalho, no bairro Ipiranga, em São Paulo. Com texto de Evill Rebouças e encenação assinada por Miguel Rocha (diretor e fundador do grupo), a montagem trata da violência sutil - visível ou comodamente invisível - presente em nosso cotidiano.

A encenação de Sutil Violento - com elenco formado por Alex Mendes, Arthur Antonio, Dalma Régia, David Guimarães, Klaviany Costa e Walmir Bess - começa com um frenesi cotidiano, as pessoas correm. Não param. Mal se percebem. Desviam umas das outras, em alguns momentos se esbarram e, em átimos de atenção, reparam que exitem outros, tão próximos e tão parecidos (ou tão diferentes?). Ali, logo ali, há um corpo caído no chão. Será um homem ou um bicho? Apenas se cansou ou não respira mais? Queria comunicar algo, mas será que conseguiu? Um olhar mais atento ao entorno começa a revelar abusos, agressões, confrontos e opressões diárias: formas de coerção privadas ou públicas. Sutis violências do nosso tempo, tão sutis que se tornam invisíveis, naturalizadas.

O diretor Miguel Rocha explica que o espetáculo aborda o tema microviolência por meio de uma estrutura fragmentada, tanto na cena quanto no texto. “A dramaturgia é composta por um conjunto de elementos: ações físicas, movimentos, música ao vivo e texto”, diz. Na encenação não há personagens com trajetórias traçadas, mas figuras cujas relações com o contexto social estão em foco, a exemplo da mulher que é silenciada e do jovem que usa sapatos de salto diante de olhares atravessados. “As microviolências se revelam a partir dessas relações que se estabelecem entre essas pessoas e a sociedade”, argumenta.

A encenação tem trilha sonora de Meno Del Picchia, executada ao vivo (guitarra, violoncelo e percussão). A música também tem sua carga dramatúrgica em Sutil Violento e ajuda a estabelecer as tensões entre as figuras, muitas vezes a força do discurso está na musicalidade ou na própria canção interpretada. Outro ponto importante é o espaço cênico: a Companhia de Teatro Heliópolis optou pela instalação (de Marcelo Denny) ao invés da cenografia. Nada convencional, o cenário cedeu lugar a um ambiente todo em vermelho (piso, paredes e arquibancadas) que, ao primeiro contato, já propõe sensações diversas.

Miguel Rocha conclui que o espetáculo quer pontuar as microviolências do nosso tempo, do Brasil de hoje, quer mostrar que as pequenas ou sutis violências se potencializam mediante suas naturalizações. “Sutil Violento é muito mais provocação que denúncia. Cada um vai compreender o espetáculo pela perspectiva pessoal. Por isso acho importante trabalhar com símbolos em cena, que reverberam sempre de forma diferente para cada pessoa. O espectador vai se deparar com alguns deles em Sutil Violento. É importante fazê-lo pensar, e um artifício bom para isto é mesmo a provocação.”

“Acostumada a jogar a partir da noção da falta – premissa existencial de quem vive na periferia sul da cidade –, a companhia se fia na materialidade dos corpos que vibram e vagam. A atualização das formas de tortura não é sádica, mas tampouco alivia a face contundente dessa experiência que repercute desde a epiderme da alma do ser urbano até o coração em disparada nessa hora da nação.” (Valmir Santos)

Sutil Violento é resultado do projeto Microviolências e Suas Naturalizações, contemplado pela Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. Uma série de atividades foi realizada, em 2016, durante o processo de pesquisa. Além de entrevistas com pessoas da comunidade de Heliópolis, o grupo promoveu encontros para discutir a “Naturalização da Violência” com importantes pensadores e ativistas: Leonardo Sakamoto, Marcia Tiburi, Zilda Iokoi e Bruno Paes Manso. Os debates, mediados por Maria Fernanda Vomero (também provocadora no processo), foram fundamentais para a construção do trabalho. O projeto teve ainda Alexandre Mate e Marcelo Denny como provocadores teatrais, Lúcia Kakazu na direção de movimento e Samara Costa na criação do figurino, entre outros.

Ficha técnica

Encenação: Miguel Rocha.
Texto: Evill Rebouças (criação em processo colaborativo com a Cia de Teatro Heliópolis)
Elenco: Alex Mendes, Arthur Antonio, Dalma Régia, David Guimarães, Klaviany Costa e Walmir Bess.
Direção de movimento e preparação corporal: Lúcia Kakazu
Oficinas de dança: Nina Giovelli e Camila Bronizeski
Direção musical e preparação vocal: Meno Del Picchia
Oficinas de voz e canto: Olga Fernandez, Sofia Vila Boas e Lu Horta
Músicos: Giovani Bressanin (guitarra), Eduardo Florence (violoncelo) e Luciano Mendes de Jesus (percussão)
Sonoplastia: Giovani Bressanin
Provocação teórica e prática: Maria Fernanda Vomero
Provocação / teatro épico: Alexandre Mate
Provocação / teatro performático: Marcelo Denny
Mesas de debates: Marcia Tiburi, Leonardo Sakamoto, Bruno Paes Mando e Zilda Iokoi
Mediadora/debates: Maria Fernanda Vomero
Organização de textos do programa: Maria Fernanda Vomero
Cenografia/instalação: Marcelo Denny
Assistente de cenografia: Denise Fujimoto
Figurino: Samara Costa
Iluminação: Toninho Rodrigues e Miguel Rocha
Assistente de iluminação: Raphael Grem
Operação de luz: Gabriel Igor
Direção de produção: Dalma Régia
Designer gráfico: Camila Teixeira
Fotos: Geovanna Gellan
Assessoria de imprensa: Eliane Verbena
Realização: Companhia de Teatro Heliópolis
Apoio: 31ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, AGC Vidros, Schioppa, Arno e Tonlight.
Primeira temporada: 27 de maio a 27 de agosto/2017

Serviço

Espetáculo: Sutil Violento
Reestreia: 5 de maio. Sábado, às 20 horas
Temporada: 5 de maio a 8 de julho (dias 26 e 27 de maio e 24 de junho não haverá apresentação)
Horários: sábados, às 20h; e domingos, às 19 horas.
Ingressos: Pague quanto puder (bilheteria 1h antes das sessões)
Duração: 90 minutos. Gênero: Experimental. Classificação: 14 anos

Casa de Teatro Maria José de Carvalho
Rua Silva Bueno, 1533. Ipiranga/SP. Tel: (11) 2060-0318
Capacidade: 48 lugares. Não possui acessibilidade. Não possui estacionamento.


Assessoria de imprensa: VERBENA Comunicação
Eliane Verbena / João Pedro
Tel: (11) 2738-3209 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

sexta-feira, 23 de março de 2018

O Buraco d’Oráculo promove Café Teatral com participação de Ray Lima


O grupo de teatro O Buraco d’Oráculo promove, no dia 26 de março (segunda, às 19h), o Café Teatral – Uma Conversa sobre Cenopoesia com participação do poeta Ray Lima. O bate-papo, que tem entrada franca, acontece na Ocupação Teatral Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo, à Avenida Paranaguá, nº 1633.  Mais informações pelo (11) 98152-4483 ou pelo site http://www.buracodoraculo.com.br/.

Esta atividade integra a programação de lançamento do espetáculo Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro, cujo texto e dramaturgia levam a assinatura do poeta convidado. A montagem - que tem a cenopoesia como estética - marcou a comemoração dos 20 anos do Buraco d’Oráculo com apresentações por todas as regiões de São Paulo, no período de 4 de fevereiro a 25 de março.

Dirigido por Elizete Gomes, Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro é uma intervenção urbana, um mosaico de poemas extraídos da obra de Ray Lima, costurados dramaturgicamente a partir do conceito da cenopoesia: expressão artística que mistura imagens, gestos, canções e palavras na composição de uma mesma expressão artística. Os fragmentos poéticos que permeiam a encenação convergem para um tema central: a séria questão político-social da disputa de poder. Em cena, os atores Edson Paulo Souza, Lu Coelho, Luiza Galavotti, Mizael Alves e Nataly Oliveira interpretam poemas em formato de cenas, de poesia teatralizada que transita com leveza entre o cômico e o dramático, provocando o espectador pela sutileza poética e contundência dos temas sociais. Desta forma, o grupo ultrapassa os limites do teatro prosaico e do recital de poesias.

Locais de apresentação do espetáculo: Praça do Casarão (Jardim Helena), Teatro Flávio Império (Cangaíba), Ocupação Coragem (Cohab II, Itaquera), Parque São Rafael, Largo do Campo Limpo, Comunidade Quilombaque e Ocupação Artística Canhoba (Perus), Casa de Cultura Salvador Ligabue (Freguesia do Ó), Arsenal da Esperança (Bresser), CDC Vento Leste (Cidade Patriarca), Ocupação Casa no Meio do Mundo (Vila Medeiros), Largo São Bento, Cine Campinho (Jd. Bandeirantes), Conjunto Residencial Prestes Maia e Centro Cultural Arte em Construção (Cidade Tiradentes) e Sarau Pretas Peri (Itaim Páulista).

Ficha técnica - Espetáculo: Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro. Textos e dramaturgia: Ray Lima. Direção: Elizete Gomes. Elenco: Edson Paulo Souza, Lu Coelho, Luiza Galavotti, Mizael Alves e Nataly Oliveira. Concepção de figurinos e adereços: Luciano Wieser com colaboração de Raquel Durigon. Músicas: Júnior Santos e Ray Lima. Preparação vocal: Cadu Wintter. Colaboração dramatúrgica: Luciano Carvalho. Projeto gráfico: Jadiel Lima. Técnico: Romison Paulo. Produção e idealização: O Buraco d’Oráculo. Apoio cultural: Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo.

Serviço

Conversa: Café Teatral – Uma Conversa sobre Cenopoesia
Dia 26 de março. Segunda, às 19h
Local: Ocupação Teatral Ermelino Matarazzo
Avenida Paranaguá, nº 1633 – Zona Leste
Entrada franca. Duração: 1h30
Informações: (11) 98152-4483 / http://www.buracodoraculo.com.br/

quarta-feira, 21 de março de 2018

CAIXA Cultural São Paulo apresenta os 80 anos de gaita de Maurício Einhorn


Foto de Cezar Fernandes
A CAIXA Cultural São Paulo apresenta, de 13 a 15 de abril (sexta a domingo), o show Maurício Einhorn - 80 Anos de Gaita, com entrada franca. Os espetáculos têm patrocínio da CAIXA Econômica Federal.

Considerado o maior gaitista brasileiro, o genial Einhorn – no auge de seus 85 anos – comemora oito décadas dedicadas à gaita com show autoral. O músico apresenta-se acompanhado por Alberto Chimelli (teclados), Luis Alves (baixo acústico) e João Cortez (bateria).

Antes da apresentação do dia 14 (sábado), haverá exibição, às 18h, do documentário Mauricio Einhorn – Estamos Aí, dirigido por Rodolfo Novaes, sobre a vida e obra do artista.

O harmonicista é tido também como um dos melhores do mundo, tendo tocado com artistas do naipe de Sarah Vaughan, Nina Simone e Herbie Mann, entre outros. Com presença marcante no movimento bossa nova, ele compôs os clássicos "Batida Diferente" (com Durval Ferreira), "Tristeza de Nós Dois" (com D. Ferreira e Bebeto), "Estamos Aí" (com D. Ferreira e Regina Werneck) e "Alvorada" (com Arnaldo Costa e Lula Freire).

Formou com o violonista/guitarrista Hélio Delmiro e o baixista Arismar do Espírito Santo um trio dos mais requisitados nas noites cariocas, além de ter músicas gravadas no Brasil e no exterior por Tom Jobim, Leny Andrade, Herbie Mann, Paquito d’Rivera, David Fathead, Newman, Lino Nebbin, Cannonball Adderley e outros. Entre seus principais parceiros destacam-se Johnny Alf, Eumir Deodato, Sebastião Tapajós, Durval Ferreira, Arnaldo Costa, Alberto Arantes, Bebeto, Marco Versiani, Alberto Chimeli e José de Alencar Schettini.

Com sua técnica apurada e rara sensibilidade, Mauricio Einhorn é respeitado e querido no mundo todo, e pode se considerado também como patrimônio da cultura musical brasileira.

O repertório do show é formado por composições próprias: “Já Era” (parceria com Eumir Deodato); “Valsa para Marina”, “Conexão Leme”, “Te Olhei” e “Chorinho Carioca” (parcerias com Alberto Chimelli); “Mood”, “Artimanhas”, “Travessuras” e “Conexões” (parcerias com Alberto Araújo); “Acalanto” e “Please Could You Play Again” (com Lars Bo Enselmann); “São Conrado” (com Carlos Alberto Pingarilho), “Ao Amor” (com José Schettini); “Tema de Amor” (com Sebastião Tapajós); e “Tristeza de Nós Dois” (com Durval Ferreira e Bebeto Castilho).

Serviço

Show: Maurício Einhorn - 80 Anos de Gaita
Data: 13 a 15 de abril. Sexta a domingo, às 19h15
Ingressos: Grátis. Distribuídos a partir das 9h do dia do evento
Duração: 60 minutos. Classificação: Livre. Capacidade: 80 lugares

Exibição do documentário: Mauricio Einhorn – Estamos Aí
Data: 14 de abril. Sábado, às 18h
Duração: 45 minutos. Ingressos: Grátis. Capacidade: 80 lugares.

Local: CAIXA Cultural São Paulo
Endereço: Praça da Sé, 111 - Centro
Informações: (11) 3321-4400
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: Caixa Econômica Federal

Sobre Maurício Einhorn
Foto de Nelson Farias

Filho de gaitistas, Maurício Einhorn foi presenteado aos cinco anos com uma gaita. Aos 10 anos, já se apresentava em programas de rádio. Em 1945, participou do conjunto de gaitas Broadway Boys e depois foi músico na Rádio Tupi. A primeira participação em estúdio foi em 1949, com o conjunto de harmônicas Brazilian Rascals. Iniciou-se no jazz em 1954, tocando na Rádio Mayrink Veiga e no bar do Hotel Plaza. Em 1960, teve registrado pela primeira vez seu trabalho de compositor, com a gravação de "Sambop" (com Durval Ferreira) e "Tristeza de Nós Dois" (com D. Ferreira e Bebeto) por Cladette Soares, no LP Nova Geração em Ritmo de Samba.

Nos Estados Unidos atuou em shows ao lado de músicos como Joe Carter, Paquito d'Rivera, Jim Hall, Ron Carter, Herbie Mann, Sarah Vaughan, Barney Kessel, Chuck Mangioni, Dom Burrows, Toots Thielemans, Joe Carter e Richard Kimball. No Brasil, tocou com Vitor Assis Brasil, Chico Buarque, Claudette Soares, Eumir Deodato, Os Cariocas, Gilberto Gil, Elis Regina, Nara Leão, Maysa, Raul Seixas, Maria Bethânia, Elba Ramalho, Zizi Possi, Luiz Melodia, Tito Madi, Pery Ribeiro, Carmen Costa, Lúcio Alves, Tom Jobim, Baden Powell, Edu Lobo, Hermeto Pascoal, Paulo Moura, Sebastião Tapajós, Sérgio Mendes, Sivuca, Waldir Azevedo e muitos outros. Apresentou-se em festivais como Montreux Festival, ao lado de David Samborn, Month Alexander e Nina Simone, III Festival Internacional da Canção (TV Globo), ao lado de Taiguara, IV Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), com "Domingo de manhã" (dele, Arnaldo Costa e Mário Telles), interpretada por Wilson Miranda. 

Participou de trilhas sonoras de diversos filmes (como Os Cafajestes, O Beijo no Asfalto e Lulu, de Phillipe de Broca) e telenovelas (a exemplo de Malu Mulher, TV Globo). Presença marcante também, em 1999, nos shows Tributo a K-Ximbinho (RJ), Tributo a Waldir Azevedo (Brasília) e 40 Anos de Bossa Nova (RJ), além de shows memoráveis comemorando seus 75 anos e 60 de carreira (em 2007, na Sala Cecília Meirelles - RJ) e pelo seu 80º aniversário (em 2012, no Teatro Vannucci - RJ), ao lado de Alberto Chimelli, Luiz Alves, João Cortez, Idriss Boudrioua e Chiquito Braga. Em 2013, Mauricio foi tema do documentário do diretor e músico Rodolfo Novaes (Mauricio Einhorn - Estamos Aí), que conta sua biografia, acontecimentos de sua carreira e seu ponto de vista sobre a música e a gaita.

Além de participar de dezenas de discos de outros artistas, Maurício Einhorn lançou Travessuras (2007 - Delira Música), Conversa de Amigos – vol. 2 (2007 - Delira Música), Conversa de Amigos – vol. 1 (2002 – Delira Música), O Encontro de Solistas (1999 - Movieplay), Tempos de Bossa Nova (1997 – Ed. Caras), Instrumental no CCBB (1996 - Tom Brasil), The Joe Carter Quartet (1996), Zimbo Trio / Maurício Einhorn e seu trio (1993 - Tom Brasil/Eldorado), Jugando en Buenos Aires (1985 - Selo Interdisc), Maurício Einhorn & Sebastião Tapajós (1984 - Barclay/Ariola), ME (1980 – Clam), The Oscar Winners (1975 - reeditado como A Era de Ouro do Cinema) e Portate Bien (1949 - Gravadora Rio, em 78 rpm).

Assessoria de imprensa - CAIXA Cultural São Paulo
Tel: (11) 3321-4400
www.caixa.gov.br/imprensa | @imprensaCAIXA

Informações à imprensa – MAURÍCIO EINHORN
 Verbena Assessoria
Eliane Verbena / João Pedro
Tel: (11) 2738-3209 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

segunda-feira, 19 de março de 2018

Últimas semana de Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro tem sessões grátis no Largo São Bento e na Zona Leste


No dia 25 de março, o grupo de teatro O Buraco d’Oráculo encerra a temporada do espetáculo Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro, que comemora os 20 anos da companhia.

As últimas apresentações (grátis) ocorrem no Largo São Bento (dia 22, quinta, às 17h), Slam Vila Guilhermina (dia 23, sexta, às 19h), Centro Cultural Arte em Construção (dia 24, sábado, às 19h) e Sarau Pretas Peri (dia 25, domingo, às 17h).

A montagem vem circulando, desde o dia 4 de fevereiro, pelas cinco regiões da cidade de São Paulo, totalizando 20 apresentações que  privilegiaram os espaços públicos, ocupados por coletivos de artes. Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro foi contemplado pela a 5ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro. A programação completa pode ser acessada pelo site http://www.buracodoraculo.com.br/.

Dirigido por Elizete Gomes, o espetáculo é uma intervenção urbana, um mosaico de poemas extraídos da obra de Ray Lima que foram costurados dramaturgicamente a partir do conceito da cenopoesia: expressão artística que mistura imagens, gestos, canções e palavras na composição de uma mesma expressão artística. Os fragmentos poéticos que permeiam a encenação convergem para um tema central: a séria questão político-social da disputa de poder.

Em cena, os atores Edson Paulo Souza, Lu Coelho, Luiza Galavotti, Mizael Alves e Nataly Oliveira interpretam poemas em formato de cenas, de poesia teatralizada que transita com leveza entre o cômico e o dramático, provocando o espectador, seja pela sutileza poética ou pela contundência dos temas sociais. Desta forma, O Buraco d’Oráculo ultrapassa os limites do teatro prosaico e do recital de poesias. As cantigas originais, executadas ao vivo, foram criadas por Júnior Santos e Ray Lima.

Segundo a diretora, a intervenção “faz uma colagem da obra do poeta Ray Lima, explorando diversos sinais, signos, sons, cores, movimentos, objetos e palavras que, somados, funcionam como dispositivos para a manifestação da liberdade entre os atores e o público”.  Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro é uma aposta do Buraco d’Oráculo no tênue limite entre a realidade e a representação artística, onde a mediação entre esses dois pontos é feita pelo espectador que ora atua, ora contempla, inserido em um espaço cênico profanado, que se move apenas pela força lírico-dramática-épica da cenopoesia.

Locais por onde o espetáculo já passou: Praça do Casarão (Jardim Helena), Teatro Flávio Império (Cangaíba), Ocupação Coragem (Cohab II, Itaquera), Parque São Rafael, Largo do Campo Limpo, Comunidade Quilombaque e Ocupação Artística Canhoba (Perus), Casa de Cultura Salvador Ligabue (Freguesia do Ó), Arsenal da Esperança (Bresser), CDC Vento Leste (Cidade Patriarca), Ocupação Casa no Meio do Mundo (Vila Medeiros), Largo São Bento (Sé), Cine Campinho (Jd. Bandeirantes) e Conjunto Residencial Prestes Maia (Cidade Tiradentes).


Ficha técnica

Espetáculo: Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro
Textos e dramaturgia: Ray Lima
Direção: Elizete Gomes
Elenco: Edson Paulo Souza, Lu Coelho, Luiza Galavotti, Mizael Alves e Nataly Oliveira
Concepção de figurinos e adereços: Luciano Wieser com colaboração de Raquel Durigon
Músicas: Júnior Santos e Ray Lima
Preparação vocal: Cadu Wintter
Colaboração dramatúrgica: Luciano Carvalho
Projeto gráfico: Jadiel Lima
Técnico: Romison Paulo
Produção e idealização: O Buraco d’Oráculo
Apoio: Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo

Sinopse: Intervenção teatral que utiliza a poesia de forma dramatúrgica, a partir dos princípios da cenopoesia em que imagens, gestos, canções e palavras se misturam. Os poemas aparecem em cenas fragmentadas que transitam entre o cômico e o dramático com leveza poética e também de forma contundente tocando em temas sociais.

Programação final

22/3 (quinta, às 17h)
Local: Largo São Bento - Centro. Metrô São Bento.

23/3 (sexta, às 19h)
Local: Slam da Guilhermina – Praça anexa ao Metrô Guilhermina – Esperança (lado esquerdo de quem sai) - Vila Guilhermina.

24/3 (Sábado, às 19h)
Local: Centro Cultural Arte em Construção - Av. dos Metalúrgicos, 2100 - Cidade Tiradentes. (Espaço do grupo Pombas Urbanas).

25/3 (domingo, às 17h)
Local: Sarau Pretas Peri - Rua Manuel Álvares Pimentel, 432 / 442 - Jardim Camargo Velho, Itaim Paulista.

Espetáculo: Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro
Circulação: 4 de fevereiro a 25 de março
Ingressos: Grátis.
Classificação: Livre. Duração: 50 min. Gênero: Teatro de rua (Cenopoesia)
Informações: (11) 98152-4483
Programação completa: http://www.buracodoraculo.com.br/

sexta-feira, 9 de março de 2018

Grupo 59 leva Histórias de Alexandre ao Teatro João Caetano em curta temporada


“Trata-se de uma verdadeira ‘aula’ de como contar histórias no palco. (...) Aula no sentido de que a técnica dos contadores está toda ali, esmiuçada, trabalhada e retrabalhada. Repetições, reiterações, dinâmicas de palco, respirações, pausas musicais, silêncios estratégicos, articulações vibrantes, timbres, olhares perfeitos, linguagens corporais.” (Dib Carneiro Neto)

O espetáculo infantojuvenil Histórias de Alexandre, do Grupo 59 de Teatro, reestreia no dia 24 de março no Teatro João Caetano para uma breve temporada que vai até o dia 15 de abril, sempre aos sábados e domingos, às 16 horas. Concebida a partir da obra de Graciliano Ramos, a montagem tem direção de Cristiane Paoli Quito.

A peça está indicada em cinco categorias ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem e sua diretora ganhou o Prêmio APCA como Personalidades Artísticas pela direção, em 2017.

Histórias e fanfarronices de um típico mentiroso do sertão estão nessa encenação, permeada por canções inéditas. Publicado em 1944 por Graciliano, o livro reúne contos coletados na cultura oral do folclore nordestino, resgatando crenças, costumes e mitos da região. Na transposição para o palco, foram selecionadas algumas histórias, mantendo na íntegra as palavras do autor.

Alexandre é um homem já velho, tem um olho torto e fala bonito: um típico contador de histórias. Está sempre acompanhado pelos moradores das redondezas e até por pessoas de consideração que vêm à sua modesta casa para ouvir suas narrativas “fanhosas”: Seu Libório, cantador de emboladas; o cego preto Firmino; mestre Gaudêncio Curandeiro, que reza contra mordedura de cobras; e Das Dores, benzedeira de quebranto. Cesária, mulher de Alexandre, está sempre por perto, e pronta para socorrer o marido quando ele se “engancha” ou é questionado em suas narrativas.

Apropriando-se do universo linguístico e das imagens sugeridas por Graciliano Ramos, Histórias de Alexandre dá corpo e voz à palavra escrita, tecendo uma “colcha de retalhos” onde os atos de contar, cantar e dramatizar se entrecruzam e criam uma poética propícia à invocação da memória afetiva.

A diretora fala da importância da apropriação das palavras pelos atores no processo criativo, já que o texto foi escrito há mais de 70 anos, com um vocabulário distinto do atual: “é fundamental que as histórias sejam compreendidas por todas as crianças e adolescentes, por isso as experimentações que fizemos com presença de público foram tão importantes para encontramos o caminho da encenação”, explica Cristiane Paoli Quito.

“A primeira coisa a se observar é o quanto o elenco está luminoso. (...). Você olha da plateia para cada um dos rostos em cena, em qualquer momento da duração do espetáculo, e é pura luz que se vê saindo de suas expressões, brotando de seus ‘jeitos de corpo’.” (D.C.N.)

A montagem reflete a atmosfera da obra literária para aconchegar os ouvintes das histórias de Alexandre, promovendo uma experiência de troca onde a simplicidade e o despojamento do ato cênico, em tom de conversa, convocam a imaginação de todos.

A musicalidade característica do Grupo 59 de Teatro tem lugar de destaque no espetáculo. As canções foram criadas coletivamente a partir de passagens do livro, tendo algumas citações ao cancioneiro popular brasileiro. O repertório traz embolada, repente, reza, canções populares e modas de viola. O coro de atores interpreta, acompanhados por violão, viola, acordeom, flautas, pífaro, berimbau e percussão, tocados ao vivo. A palavra cantada não só dá suporte à encenação como exerce função narrativa épica, lírica e dramática.

Com Histórias de Alexandre o grupo dá continuidade à investigação iniciada, em 2009, com O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá (também dirigido por Cristiane Paoli Quito), na qual busca uma forma de comunicar com a criança por meio de um jogo-brincadeira de contação de história, apoiado fundamentalmente na palavra e no trabalho corporal dos atores. A arte do grupo busca estimular nos pequenos espectadores a criatividade, a imaginação e a inventividade, características das tradicionais brincadeiras de rua e quintais.

Sinopse

Na pequena sala de Alexandre os amigos se reúnem para ouvir suas aventuras e façanhas, sempre narradas com exagero e entusiasmo. Sua mulher, Cesária, acompanha tudo de perto e nunca deixa o marido perder o fio da meada. São as histórias de Alexandre que o Grupo 59 “conta cantando” e “canta contando”: um convite para a deliciosa aventura de imaginar o possível e o impossível, pelas palavras de Graciliano Ramos.

Ficha técnica / Serviço

Texto: Graciliano Ramos. Roteiro: Cristiane Paoli Quito e Grupo 59 de Teatro. Direção geral: Cristiane Paoli Quito. Elenco: Grupo 59 de Teatro – Carol Faria, Felipe Alves, Felipe Gomes Moreira, Fernando Oliveira, Gabriel Bodstein, Gabriela Cerqueira, Jane Fernandes, Nathália Ernesto, Nilcéia Vicente, Ricardo Fialho e Thomas Huszar. Figurino: Claudia Schapira. Iluminação e ambientação: Cristina Souto. Preparação corporal: Letícia Sekito. Direção musical: Felipe Gomes Moreira e Thomas Huszar. Registro audiovisual: Vítor Meloni. Técnico de luz: Alexandre Souto e Gabriel Greghi. Técnico de Som: Nicholas Rabinovitch. Produção: Grupo 59 de Teatro. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação.

Espetáculo: Histórias de Alexandre
Temporada: 24 de março a 15 de abril
Dias e horários: Sábado, e domingos, às 16 horas
Duração: 60 minutos. Classificação: 6 anos. Gênero: infantojuvenil
Dia 8/4 não haverá espetáculo.

Local: Teatro João Caetano
Rua Borges Lagoa, 650 - Vila Clementina, SP/SP. Tel: 5573-3774
Ingressos: R$ 16,00 (meia entrada: R$ 8,00).
Bilheteria: 1h antes das sessões. Aceita dinheiro e cartão de débito.
Ingressos antecipados: www.sympla.com.br/historiasdealexandre  
Não possui estacionamento. Acessibilidade parcial. Capacidade: 100 lugares.

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena / João Pedro
(11) 2738-3209 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

segunda-feira, 5 de março de 2018

Musical A Casa da Mariquinhas encerra temporada dia 11/3 no Espaço Cia da Revista

Teaser: https://1drv.ms/v/s!AlhegTgzFv17iyl2gtoJPV_3ZDZ8
Foto: divulgação

O espetáculo musical A Casa da Mariquinhas - Um cabaré português com poesia e fado encerra sua temporada dia 11 de março (domingo, às 18 horas), no Espaço Cia da Revista. Tradicional estilo musical de Portugal, o fado dá o tom ao espetáculo que tem roteiro e concepção de Helder Mariani e direção de Dagoberto feliz.

No palco, os atores-cantores - Helder Mariani, Katia Naiane, Ricardo Arantes, e Silmara Deon - costuram poesias de autores expressivos da literatura portuguesa como Fernando Pessoa, Florbela Espanca, José Régio e Bocage aos fados que marcaram a cultura lusitana. Entre as músicas, “É Loucura”, “Só Nós Dois é que Sabemos”, “Perseguição”, “Casa Portuguesa”, “Grândola Vila Morena”, “Esquina de Rua”, “Maldição” e “Estranha Forma de Vida”, além da canção-título “A Casa da Mariquinhas”. Segundo o idealizador do espetáculo Helder Mariani, “são todas obras instigantes, carregadas de nostalgia e com grande apelo dramático e teatral”.

Os espectadores, sentados em mesas espalhadas pelo Botequim Contra Regra da Cia da Revista, são envolvidos pela atmosfera dos antigos cabarés, como nos ambientes chamados “fado vadio”, em que as pessoas cantavam e bebiam junto com os fadistas. No passado, Casa da Mariquinhas foi uma animada casa de raparigas. Leiloada, se tornou uma respeitável e discreta casa de penhor. Do antigo estabelecimento nada sobrou, nem mesmo as tabuinhas nas janelas para evitar os fuxicos.

O musical se desenvolve com base em canções interpretadas pelo fadista português Alfredo Marceneiro, criadas para retratar a história da Casa da Mariquinhas, então apresentada em três momentos: o apogeu com todo o glamour peculiar ao bordel, o duro momento em que a casa é leiloada e sua transformação em casa de penhor, tendo janelas de vidro no lugar das tábuas.

Dagoberto Feliz explica que na ditadura portuguesa, enquanto alguns fadistas adaptavam letras, fazendo com que o governo de Salazar se apropriasse politicamente do fado, outros resistiram ao regime e mantiveram seu caráter contestatório e revolucionário. “Fato bastante semelhante ao que ocorreu na ditadura brasileira”, explica o diretor. Helder completa: “É inegável que o fado, ao registrar a história contemporânea de Portugal, passa também por nossa própria história”.

Ficha técnica / Serviço

Idealização e roteiro: Helder Mariani
Direção geral: Dagoberto Feliz
Elenco: Helder Mariani, Katia Naiane, Ricardo Arantes e Silmara Deon.
Ator stand in: Artur Volpi
Direção musical: Marco França
Desenho de luz: Matheus Macedo
Direção de arte: André Medeiros Martins
Identidade visual: Murilo Thaveira
Fotos: Rafael Sampaio
Realização: Cia. Da Palavra e Nossa Senhora da Produção

Espetáculo: A CASA DA MARIQUINHAS - Um cabaré português com Poesia e Fado
Temporada: 20 de janeiro a 11 de março
Horários: sábados e domingos, às 18h
Local: Espaço Cia da Revista – Botequim Contra Regra
Endereço: Alameda Nothmann, nº 1135. Campos Elíseos. SP. Tel: (11) 3791-5200
Ingressos: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia).
Bilheteria: 1h antes das sessões. Aceita cartões.
Gênero: Cabaré de fado. Classificação: 12 anos. Duração: 70 min.
Capacidade: 30 lugares. Acessibilidade. Ar condicionado.
Vendas online: www.compreingressos.com - (11) 2122-4070


Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena e João Pedro
Tel (11) 2738-3209 / 9373-0181- verbena@verbena.com.br