sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

"Esconderijo" de Leo Chacra fala de amor, poder e intrigas


Aline, Renato e Lívia. Foto: Fábio Ghrun

Com texto e direção do jovem dramaturgo Leo Chacra o espetáculo inédito Esconderijo estreia dia 10 de fevereiro, sexta-feira, na Sala Experimental do Teatro Augusta, em São Paulo, às 21 horas. O enredo desta montagem transita pelas paixões em suas diversas manifestações e pelas relações amorosas: três histórias de amor são marcadas por desencontros e afetos perdidos. O elenco é formado por Aline Abovsky, Renato Bisoni e Lívia Prestes.

A história se passa na São Paulo de 1969, época do regime militar no Brasil. Esse momento político é somente o pano de fundo para contar a história de Juliana, uma jovem ativista política que, após uma traição e a queda de seu “aparelho”, busca refúgio na casa de Marina, ex-mulher de seu namorado Pedro (personagem que não aparece fisicamente em cena). Elas amam o mesmo homem! Confinada no mesmo espaço com a rival, a protagonista vive um clima de suspense e mistério.

Livia, Renato e Aline
Foto: Fábio Ghrun

Esconderijo propõe  uma reflexão sobre o amor, o poder e  as intrigas. A relação forçada entre as mulheres faz com que o passado de ambas venha à tona. Segredos e desejos, assim como antigas disputas, vão se revelando à medida que elas vão se compreendendo. Juliana luta apaixonadamente pela liberdade e pelo seu amor. A convivência com Marina muda o rumo de suas desconfianças sobre a traição política e provoca nela o desejo de vingança. O traidor seria Fred, o jornalista com quem ela teve um romance? E quem seria Fred, este homem que luta pelo amor de Juliana até as últimas consequências?

Segundo Leo Chacra, a referência aos “anos de chumbo” é apenas o fio que conduz as personagens à convivência forçada. “A história poderia ser em outro contexto, em qualquer época, em qualquer lugar do mundo. Esconderijo está mais para a linha freudiana que marxista; fala mais de amor que de socialismo, de sentimento humano que nacionalista”. Chacra ainda explica que o texto traz uma visão pessoal sua da época de repressão política, de forma distanciada, sem levantar bandeiras.  “Falo do amor livre, da relação aberta, da resistência às causas e às pessoas”. O foco da peça está no âmbito privado, na intimidade de Juliana, Marina, Pedro e Fred.

Leo Chacra. Foto:Arnaldo Torres
O diretor/autor salienta que a encenação brinca com os sentimentos das personagens, aplicando uma lente de aumento no âmbito privado de suas vidas. No cenário, três poltronas são dispostas aleatoriamente representando tanto a casa de Marina como o apartamento de Fred. De forma nada conceitual, folhas de papel, jornais e livros são jogados pelo cenário, compondo uma atmosfera literária. Também um aparelho de telefone e uma máquina de escrever ajudam a simbolizar a liberdade tão ansiada. “O ambiente lembra um jovem que saiu da casa dos pais, um jovem país em formação ou a desconstrução das coisas, nos anos 60”. Justifica o diretor. 

O figurino remete, sutilmente, à moda do final dos anos 60 e traz para a peça uma atmosfera de nouvelle vague, de tropicalismo. “Quero pincelar o mundo antes do eletrônico, antes da internet”, diz Leo. A trilha sonora passa pelo instrumental, folk music, rock clássico e tropicalismo. O diretor busca a força da sonoridade e dos acordes, para pontuar a simplicidade da vida ou a complexidade dos sentimentos. “Estou muito feliz dirigindo. Acho que o trabalho fica ainda mais autoral”. Finaliza Leo Chacra.

Espetáculo: Esconderijo
Texto e direção: Leo Chacra
Elenco: Aline Abovsky (Marina), Lívia Prestes (Juliana) e Renato Bisoni (Fred)
Cenário: Leo Chacra
Iluminação: Fábio Ferretti
Figurino: Geondes Antonio e grupo
Programação visual: Suzy Suzuki
Produção executiva: Geondes Antonio
Estreia: 10 de fevereiro – sexta-feira – às 21h30 - Até 25/02
Teatro Augusta (Sala Experimental) - http://www.teatroaugusta.com.br/
Rua Augusta, 943 – Cerqueira César/SP - Tel: (11) 3151- 4141
Horários: sexta (21h30), sábado (21 horas) e domingo (19 horas)
Ingressos: R$ 30,00 (meia: R$ 15,00) – Gênero: Drama
Ingressos antecipados: http://www.ingressorapido.com.br/ (tel 4003-1212).



quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

40 ANOS DO QUINTETO VIOLADO EM LIVRO

Os 40 anos de carreira do Quinteto Violado ganham neste domingo (22) um relato digno de sua importância para a história da música brasileira. O jornalista e crítico José Teles lança, às 16h, no Salão Nobre do Teatro Santa Isabel, dentro da programação do Janeiro de Grandes Espetáculos, o livro Lá Vêm os Violados!, em que narra a trajetória do grupo pernambucano no contexto da evolução histórica e cultural do país. O lançamento, que chega ao público pela Edições Bagaço, contará com um pocket show do Quinteto. Na ocasião, o livro será vendido ao preço de R$ 30.

O mote que dá título ao livro remete ao mês de outubro de 1971, quando cinco rapazes, violas nas mãos, desciam do palco armado sobre as pedras do teatro ao ar livre de Nova Jerusalém, no Agreste pernambucano. Um bando de pirralhos olhava, quando um deles gritou: “Lá vêm os violados!”. O neologismo espontâneo agradou e serviu de batismo. O que poucos sabem é que aquele grupo não estaria hoje celebrando 40 anos de carreira ininterrupta se, além do talento e do gênio criativo, não se valesse do empreendedorismo e de um precoce senso de profissionalismo. É essa a história que está contada a partir do meticuloso olhar de José Teles e que ganha o país com o projeto que tem o apoio do MinC e dos Correios.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Inscrições abertas para o CATARSE 2012 – ZONA DE OXIGÊNIO

Comemoração de 10 anos de Catarse

foto de Mônica Bento

Mais uma edição do Festival Catarse será realizada em 2012, na Casa das Caldeiras, em São Paulo, nos dias 24 e 25 de fevereiro às 21h e dia 26, às 19h. A produção convida artistas de todas as áreas para que se inscrevam até meia-noite do dia 25 de janeiro de 2012, conforme orientações abaixo, pleiteando uma das 30 vagas disponíveis para as três noites de Festival.

Catarse é um festival de artes que promove o diálogo entre várias manifestações artísticas (música, dança, teatro, circo, fotografia e artes plásticas), reunindo artistas com carreiras consistentes.

O projeto nasceu de modo informal, quando em junho de 2001, o compositor Luiz Gayotto reuniu um grupo de músicos e compositores para se apresentarem no Teatro Crowne Plaza, cada um com seu trabalho individual. Nas edições seguintes (2003, 2004, 2006, 2007 e 2009), realizadas na choperia do SESC Pompeia, o festival adquiriu contornos de um movimento artístico, já que atores, bailarinos, poetas, artistas plásticos e circenses se agregaram ao projeto, criando um espaço para mostrar o que se faz hoje em São Paulo nas mais variadas tendências e estilos artísticos.

A diversidade cultural dá o tom do festival não somente no conceito de reunir artistas de estilos diversos, mas também no objetivo de reunir públicos de diversos segmentos e tribos, numa catarse coletiva. A dinâmica do festival é muito interessante: são dez atrações por noite que se alternam sem intervalos, com apresentações de no máximo treze minutos cada, em dois palcos distintos, um em frente ao outro, ou mesmo no meio da plateia. Entre as apresentações musicais – que são maioria, inserções de dança, circo, teatro ou poesia, acabam gerando uma inquietação no público, um curioso estranhamento que faz do evento uma realização única, uma celebração de fato. Enquanto acontecem as apresentações, atividades paralelas estão acontecendo: artistas plásticos pintam em uma tela ao lado de um dos palcos, uma obra inspirada no que está sendo apresentado; um telão gigante mostra imagens criadas especialmente para o projeto por um VJ e ainda, como um registro histórico do Festival, uma exposição de fotos das edições passadas é montada para apreciação do público. Neste ano, para comemorar os 10 anos desde a primeira edição, DJs serão convidados a continuar a festa após as apresentações, nas noites de sexta (24/02) e sábado (25/02).

Todo o evento é registrado em foto e em vídeo. O que é fotografado fará parte das exposições fotográficas das edições seguintes. Já o material gravado em vídeo (de todas as edições) resultará num documentário sobre a produção artística de São Paulo nos anos 2000, a ser realizado após a décima edição, prevista para 2015. Nesses 10 anos, 155 atrações se apresentaram no Catarse em suas seis edições anteriores, com mais de 600 artistas entre músicos, atores, bailarinos,DJs, poetas, VJs, etc...

Não há competição nem prêmios no Festival. É um espaço para que os artistas mostrem o que estão produzindo e interajam com outros artistas, contando com uma estrutura de ótima qualidade. Com dez “atrações” por noite (ao todo 30 “atrações”), são esperados cerca de 150 participantes/artistas nas três noites. Para que todos possam ter seus gastos bancados pelo Festival, uma ajuda de custo é calculada para que todos recebam o mesmo valor, que é pago a cada “atração”, que então repassa aos seus participantes.

A escolha das atrações leva em conta critérios que visem uma programação eclética, contemporânea, inusitada e de qualidade, que propicie a cada noite o dinamismo característico do Festival.

PARA PARTICIPAR DO CATARSE 2012:
Envio de material para curadoria, catarse2012@gmail.com, contendo:
Nome do grupo/artista
Responsável/produtor
Telefone e e-mail para contato

Enviar ainda:
- Um link com mínimo 3 músicas e/ou vídeos que expressem o trabalho do grupo.
- Release resumido sobre o artista/banda/grupo e do que será apresentado.
- Foto digital com boa resolução (300 dpi).
- Formação de banda/grupo e rider com todos os instrumentos e/ou necessidades técnicas relacionados e nome dos músicos/componentes que se apresentarão. Qualquer detalhe deve ser mencionado.
- Informar a melhor data para sua apresentação (sexta 24/02, sábado 25/02 ou domingo 26/02).

O EMAIL DEVERÁ SER ENVIADO ATÉ MEIA-NOITE DO DIA 25 DE JANEIRO/2012
2012.
Sobre a ajuda de custo/diária: Devido ao grande número de artistas participantes (são esperados cerca de 150 nos 3 dias), o Festival Catarse não paga cachês, mas divide uma verba entre todos os participantes, que chamamos de ajuda de custo ou diária. Nesta edição, essa ajuda de custo/ diária será de R$ 70,00 a cada músico/artista que se apresentar, pra pagar seus gastos mínimos para participar do evento. Isto será pago em dinheiro no dia da apresentação a um representante do artista/banda/grupo, que repassará a cada integrante, este valor. Por exemplo, se o artista X vai acompanhado por 4 músicos , ele receberá 350,00 (ele + 4) e repassará 70,00 a cada um. Se um grupo for com 10 integrantes, receberá então 700,00, e assim por diante. Cada músico/artista receberá uma ajuda de custo por dia em que participar independente de quantas vezes subir ao palco. Por ex , se o músico "Zé" toca em 3 bandas que se apresentam no mesmo dia ele receberá apenas 70,00, mas se ele toca em duas bandas, uma na sexta e outra no sábado, ele receberá 140,00 (70,00 por dia). Além da inscrição através deste edital , os artistas que participarão do Catarse 2012 poderão ser convidados diretamente pela curadoria do evento, para que os critérios de diversidade artística do Projeto sejam alcançados a contento. A inscrição ou participação no Festival já implica a compreensão e aceitação das condições aqui descritas. São Paulo, 11 de janeiro de 2012.

Apoio: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura - Programa de Ação Cultural – 2011, Cooperativa de Música e Casa das Caldeiras

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Três Homens Baixos reestreia com Walter Breda, Carlo Briani e Orlando Vieira

A comédia Três Homens Baixos, dirigida por Jonas Bloch, reestreia dia 13 de janeiro, sexta-feira, no Teatro Jaraguá. O elenco é formado por Orlando Vieira, Walter Breda (substituindo o ator Francisco Cuoco) e Carlo Briani (no papel antes interpretado por Anselmo Vasconcellos). As sessões continuam às sextas-feiras (21h30), sábados (21h) e domingos (19h).

A peça, de
Rodrigo Murat, é uma comédia de costumes sobre as facetas do universo masculino, descrita pelo ponto de vista dos personagens Ciro (professor universitário em caracterização hilária de Walter Breda), Samuca (banqueiro de jogo do bicho interpretado pelo ator Carlo Briani) e Titi (publicitário clichê vivido por Orlando Vieira).

Amigos de infância e estereótipos masculinos, eles se encontram periodicamente para colocar o papo em dia. Cada personagem vive seu próprio drama existencial. Um deles é casado, o outro é divorciado e também tem o infiel. Segredos guardados a sete chaves vêm à tona. Numa espécie de desabafo coletivo as máscaras caem: um é homossexual; o outro, impotente; o terceiro descobre que é o “corno” da história.

O diretor Jonas Bloch - foi um dos atores na primeira versão da peça, em 2001 - explica que procurou humanizar os personagens e dinamizar as cenas. “Explorei ao máximo o talento dos atores e fomos construindo essa nova versão em um clima divertido, ideal para se montar uma comédia. Demos muitas gargalhadas e criamos novas gags que a plateia, certamente, irá saborear, além de rir muito”. E completa: “participei como ator da primeira montagem desta peça e, 10 anos depois, mais maduro, creio que conseguimos um excelente aproveitamento do texto para divertir ainda mais o público”. 

Com a finalidade de divertir e fazer rir a plateia, por meio de inúmeros clichês do padrão masculino de comportamento, a peça coloca o espectador diante de um espelho de parque de diversão, que deforma a anatomia e a torna engraçada. Atores e diretor concordam que a função da comédia é fotografar a realidade com uma lente distorcida e esta é também a proposta de Três Homens Baixos.

Espetáculo/comédia: Três Homens Baixos

Texto: Rodrigo Murat

Direção: Jonas Bloch
Elenco: Carlo Briani, Orlando Vieira e Walter Breda
Cenário: Renato Scripilliti
Figurino: Ellen Cristine
Iluminação: Berilo Nosella
Voz em off (professora): Georgia Gomyde
Apresentação em off: David Brasil
Trilha sonora: Delfim Moreira
Programação visual – Leandro de Maman
Produção executiva - Daniel Palmeira
Direção de produção: Orlando Vieira e Daniel Palmeira
Reestreia: 13 de janeiro Até 12/02
Teatro Jaraguá (271 lugares)
Rua Martins Fontes, 71 - Bela Vista/SP – Telefone: (11) 3255-4380
Temporada: sexta (21h30), sábado (21h) e domingo (19h)
Ingressos: R$ 50,00 (sex. e dom.) e R$ 60,00 (sába.)..
Class. etária: 16 anos. Duração: 80 min
Ingressos antecipados: http://www.ingressorapido.com.br/ (4003-1212).
Estacionamento c/ manobrista: R$ 18,00.
Apoio institucional: ProAC – Governo de São Paulo
Patrocínio: Schincariol, Cristália, Porto Seguro, Sonda e Fortlev

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Santa Luzia começa o ano com o sabor do Bolo Rei

O Bolo Rei é um doce típico do Dia de Reis, data religiosa comemorada amanhã, 6 de janeiro, que simboliza o final das festas natalinas e de Ano Novo. A Casa Santa Luzia preparou uma tradicional receita de Bolo Rei que está disponível em sua Confeitaria até o dia 7 de janeiro.

Este bolo tem o formato de uma coroa. A decoração com frutas cristalizadas (laranja, cidra e figo), cereja glaceada, pinholis e amêndoas deixa-o colorido e apetitoso. Sua massa leva vinho do porto e recheio com frutas secas. Cada bolo - como manda a tradição – traz em seu interior uma fava (quem a encontra oferece o bolo no próximo ano) e uma medalhinha (que sinaliza prosperidade para o premiado).

O consumidor que desejar antecipar sua encomenda poderá fazê-la desde já, garantindo assim que, em janeiro, não faltará o Bolo Rei em sua mesa. Preço: R$ 55,00 kg.

A tradição do Bolo Rei

O Bolo Rei é um doce típico da época natalina com a sua forma de coroa, suas frutas cristalizadas, os frutos secos, a fava e o brinde. Carregado de simbologia, diz-se que ele representa os presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus. A côdea (parte exterior) simboliza o ouro; as frutas secas e cristalizadas representam a mirra e o aroma, o incenso. A explicação para a existência da fava no interior do bolo está ligada a uma lenda. Quando os Reis Magos viram a Estrela de Belém disputaram o direito de entregar os presentes ao Menino Jesus. Como não houve acordo, um padeiro propôs fazer um bolo com uma fava no interior da massa e quem tivesse a sorte de encontrar a fava em sua fatia, entregaria os presentes. Não se sabe qual foi contemplado, Baltasar, Belchior ou Gaspar. A receita do Bolo Rei correu mundo pela fama de proporcionar prosperidade a quem comesse a fatia com a fava. Contudo, dita a tradição que quem recebe a fatia com a fava oferece o Bolo Rei no ano seguinte. A influência da igreja na Idade Média determinou a criação do Dia de Reis. A Festa de Reis era celebrada na corte dos reis de França e o Bolo Rei teria surgido no tempo de Luís XIV para as festas de Ano Novo e Dia de Reis.

CASA SANTA LUZIA – 84 anos!
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