terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Grupo 59 apresenta Um Dia, Um Rio, premiado espetáculo sobre desastre ambiental na Bacia do Rio Doce, no Sesc Consolação

A montagem foi agraciada com o Prêmio APCA de Melhor Adaptação (Bruno Gavranic e Grupo 59) e indicada em três categorias ao Troféu Caneca / Pecinha É a Vovozinha - Direção (Fabiano Lodi), Trilha Sonora (Felipe Gomes Moreira e Thomas Huszar) e Figurino (Kléber Montanheiro).

Foto de Pri Fiotti

Teaser: https://www.youtube.com/watch?v=kD7MeqKqXeY 

O premiado espetáculo infantojuvenil Um Dia, Um Rio, montagem do Grupo 59 de Teatro, chega ao palco do Teatro Anchieta, no Sesc Consolação. A temporada acontece entre os dias 16 de março e 11 de maio de 2024, sempre aos sábados, às 11h.

Dirigida por Fabiano Lodi, a montagem cênico-musical é uma criação coletiva inspirada no livro homônimo de Leo Cunha e André Neves (ilustrações), que aborda com lirismo e contundência o desastre ambiental que destruiu a Bacia do Rio Doce (MG), em 2015. Bruno Gavranic assina a dramaturgia junto com o Grupo 59, e Felipe Gomes Moreira e Thomas Huszar são responsáveis pela direção musical.

A montagem é resultado de um processo continuado de pesquisa do Grupo 59 de Teatro (O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá e Histórias de Alexandre) sobre a transposição da literatura para o palco, na fricção entre literatura e teatro, e a musicalidade na cena, em interlocução com o público infantojuvenil.

Conduzido essencialmente pela música, Um Dia, Um Rio narra a vida de um rio, desde o seu nascimento como um riacho até a exuberância de suas águas que desenham lindas paisagens. Ao longo do percurso, o rio encontra um grande desafio para preservar suas águas, as formas de vida que abriga e as que surgem ao redor. O enredo traz um lamento, um grito de socorro tardio de um rio indefeso que não tem como reagir ao ser invadido pela lama da mineração.

No livro, um lamento sensível e profundo de um rio indefeso que é completamente destruído ao ser invadido pela lama da mineração. Esse rio - que personifica e simboliza o grito de socorro do meio ambiente, vitimado por inúmeras ações predatórias e pela nossa falta de cuidados ambientais - sonha em ser rio outra vez, um dia. Na montagem, um poema cênico contundente, conduzido pela música.

A variedade de ritmos da cultura musical brasileira e o canto coral, acompanhado de instrumentos de percussão tocados ao vivo pelo próprio elenco, marcam a experiência sonora do espetáculo, retomando a marca do Grupo 59 de “contar cantando” e “cantar contando”. As canções foram criadas pelo elenco junto aos diretores musicais, a partir de trechos do livro, além de algumas citações ao cancioneiro das festas populares brasileiras. “O canto traz o fluxo para a condução da história, traz a narrativa com consciência pelo entendimento das palavras”, comenta Felipe Gomes Moreira. Ele explica que “a trilha sonora é inspirada em temas de congada, toadas de boi, cantos de canoeiros e de trabalho na beira do rio, religiosidade e por lamentos, como uma forma de louvação pela vida que o rio carrega”.

Segundo o diretor Fabiano Lodi, “a dramaturgia musical e corporal encontra no espírito brincante dos ritmos brasileiros a leveza para tratar a contundência do tema e pensar caminhos para um mundo diferente. Os atores brincam em cena como o rio brinca com suas águas, com a terra, com as montanhas”. A oralidade proposta pelo Grupo 59 coloca os cinco atores em cena todo o tempo. Todos interpretam a personagem Rio, que tem voz própria, que brinca de interpretar outros papeis do contexto ao seu redor (canoeiro, margem e outros).

O espaço cênico é inspirado no movimento de folhear o livro e se surpreender, a cada página, com uma ilustração diferente que ajuda a contar uma parte da história. O cenário, com formas angulares em madeira, se reconfigura como uma brincadeira que remete ao impacto das ilustrações do livro. Em contraponto, os atores usam figurinos leves e sinuosos, combinando espaços, sensações e estados de espírito no jogo cênico.

Em O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá (2009), o Grupo 59 de Teatro mergulhou no universo da fábula de Jorge Amado, em Histórias de Alexandre (2017) na prosa de Graciliano Ramos e agora, com Um Dia, Um Rio, aventura-se nos caminhos da poesia contemporânea para a infância e juventude, da palavra-poema em potência de encantamento que toca os sentidos. 

A investigação da linguagem poética na cena, à luz de uma temática tão urgente e delicada como a preservação ambiental, convida as crianças a construírem um vínculo afetivo com a história narrada pelo personagem Rio e a percorrerem as águas da imaginação em reflexões muito importantes: Quantos outros rios também sofrem assim? Será que somente os peixes são afetados pelas águas poluídas? E como fica a população ribeirinha e a vida nas cidades? Como podemos proteger os nossos rios e o meio ambiente?

FICHA TÉCNICA
Uma criação do Grupo 59 de Teatro inspirada na obra de Leo Cunha e André Neves.
Direção: Fabiano Lodi.
Dramaturgia: Bruno Gavranic e Grupo 59 de Teatro.
Elenco: Carol Faria, Fernando Vicente, Gabriel Bodstein, Nathália Ernesto e Jane Fernandes.
Elenco alternante: Gabriela Cerqueira e Thomas Huszar.
Direção musical: Felipe Gomes Moreira e Thomas Huszar.
Cenário e figurinos: Kleber Montanheiro.
Assistência em cenário e figurinos: Marcos Valadão.
Desenho de luz: Gabriele Souza.
Operação de luz: Sylvie Laila.
Técnico de som: Nicholas Rabinovitch.
Pensamento corporal: Fernando Vicente.
Ilustrações: André Neves.
Fotos: Pri Fiotti.
Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação.
Produção executiva: Gabriela Cerqueira.
Coordenação de produção: Gabriel Bodstein.
Idealização de projeto: Carol Faria e Fabiano Lodi.
Produtora associada: Leneus Produtora de Arte.
Idealização e produção: 59 Produções Artísticas e Culturais.

SINOPSE - Espetáculo cênico musical que narra a vida de um rio, desde seu nascimento como um riacho à exuberância de suas águas que desenham lindas paisagens. Ao longo de seu percurso, encontra um grande desafio para preservar suas águas, as formas de vida que abriga e as que surgem ao redor. A peça é inspirada no livro de mesmo nome, de Leo Cunha e André Neves, e apresenta um lamento, um grito de socorro tardio de um rio indefeso que não tem como reagir à lama da mineração que destrói suas águas. Com lirismo e contundência aborda o desastre ambiental que destruiu a Bacia do Rio Doce, em 2015.

Sobre o Grupo 59 de Teatro

O Grupo 59 de Teatro é o encontro de 12 atrizes e atores formados pela Escola de Arte Dramática (EAD/ECA/USP). Desde a fundação, em março de 2011, realizou mais de 400 apresentações, com um público estimado em mais de 70 mil espectadores. Recebeu o Prêmio APCA, Prêmio São Paulo de Teatro para Infância e Juventude e Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro. No repertório: O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá e Histórias de Alexandre, ambas dirigidas por Cristiane Paoli Quito; A Última História, dirigida por Tiche Vianna; Mockinpó - Estudo sobre um homem comum, dirigida por Claudia Schapira; Terra à Vista e Um Dia, Um Rio, dirigidas por Fabiano Lodi.

Sobre Fabiano Lodi
– Diretor

Fabiano Lodi é diretor teatral. Mestre em Teatro pela UNESP e graduado em Artes Cênicas pela UDESC. Participou de diversas atividades de formação internacional, com destaque para o programa de aprimoramento técnico do Método Suzuki, no Japão, e de Viewpoints e Composição, em Nova York. Vem realizando diferentes projetos artísticos e formativos pela Leneus Produtora de Arte, que fundou em 2010, em São Paulo. Seus trabalhos recentes incluem: Rádio Cassandra (2022); C4V4L0 D3 TR014 (2021); Mercado Branco (2019) e Os Guardas do Taj (2018). Atualmente, é artista docente no curso técnico de Direção da SP Escola de Teatro, professor no curso de Pós-Graduação em Educação do IBFE-SP (Instituto Brasileiro de Formação de Educadores) e coordenador artístico dos projetos Jovem em Cena e Treinos Públicos.

Serviço

Espetáculo: UM DIA, UM RIO
Com Grupo 59 de Teatro
Temporada: 16 de março a 11 de maio de 2024. Sábados, às 11h

Duração: 50 min. Classificação: Livre (indicado para crianças a partir de 4 anos).
Ingressos: R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia) e R$ 10,00 (credencial plena). Crianças até 12 anos não pagam ingresso (retirar na bilheteria).
Vendas online a partir das 17h do dia 5/3 - https://centralrelacionamento.sescsp.org.br e app Credencial Sesc SP. Vendas nas bilheterias das unidades, a partir das 17h do dia 6/3.

Teatro Anchieta - Sesc Consolação

Rua Dr. Vila Nova, 245 - Vila Buarque. São Paulo/SP.

Tel.: (11) 3234-3000 - Capacidade: 280 lugares. Acessibilidade: Sim.

Na rede: @sescconsolacao – Site: www.sescsp.org.br/consolacao 

 

 

Informações à imprensa

Assessoria de Imprensa | Espetáculo:
VERBENA Assessoria | Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181- verbena@verbena.com.br

Assessoria de imprensa | Sesc Consolação:
 
Andréa Oliveira
Tel.: (11) 3234-3061 - imprensa.consolacao@sescsp.org.br

Terreiros Nômades leva arte, história e saberes das culturas africanas, afrodiaspóricas e originárias a escolas municipais

Terreiros Nômades - Macamba Faz Mandinga - Saberes Afrodiaspóricos nas Corporeidades da Cena é um projeto desenvolvido pela N’Kinpa - Núcleo de Culturas Negras e Periféricas.


Nos dias 05 e 12 de março, terças-feiras, a N’Kinpa - Núcleo de Culturas Negras e Periféricas realiza sua Chegança em duas escolas municipais da Zona Sul de São Paulo: respectivamente, na EMEF Ana Maria Alves Benetti (às 11h e às 13h30) e na EMEI Cruz e Souza (às 10h e às 14h30).

Esta atividade integra as ações do projeto TERREIROS NÔMADES - Macamba Faz Mandinga - Saberes Afrodiaspóricos nas Corporeidades da Cena, dando início a uma série de atividades que envolvem os alunos, as escolas e a comunidade.

Contemplado na 41ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, Terreiros Nômades visa valorizar as culturas africanas, afrodiaspóricas e originárias colaborando para a aplicação efetiva, por meio da linguagem artística pedagógica, das Leis Federais nº 10.639/03 e nº 11.645/08, que estabelecem a obrigatoriedade do ensino de história e de culturas afro-brasileira e indígena nas grades curriculares do ensino fundamental e médio. Essas duas escolas foram contempladas no projeto por serem instituições onde essas leis são aplicadas, levando a educação antirracista para além do material didático.

A Chegança pode ser entendida como um “assentamento” no “terreiro” das escolas, contendo os itens materiais, éticos, estéticos, políticos, filosóficos e estruturais para envolver os alunos e todos os membros da escola nesse cortejo, nessa macamba (o bando) que traz a mandinga (o remédio) para a contra-colonização dos corpos. Trata-se de um momento poético, um instante encantatório, onde sons (incluindo a presença de um DJ), cores, sabores e aromas se harmonizam, aguçam os sentidos para evidenciar a representatividade negra e indígena.

Ao longo de 2024, o projeto TERREIROS NÔMADES - Macamba Faz Mandinga - Saberes Afrodiaspóricos nas Corporeidades da Cena reúne várias atividades e estudos nas duas escolas. Trata-se das ações da coletiva N’kinpa em parceria com coletivos do entorno, vivências com mestres da cultura afrodiaspóricas, palestras e bate-papos com pensadores da cultura negra e indígena, encontros com pais, alunos e comunidade, programas de Podcast (A Cor da Nossa Cultura em Encontros e Redes) e criação de um espetáculo de teatro performático, concebido a partir de todo esse percurso, cuja estreia está prevista para novembro. Os temas abordados não serão restritos aos dias em que ocorrem as atividades. Nas semanas seguintes às ações, as escolas irão abordá-los e estudá-los junto aos alunos, expandindo as possibilidades de entendimento.

Segundo Joice Jane Teixeira, idealizadora e proponente do projeto Terreiros Nômades e coordenadora da coletiva N’kinpa, “a escolha da EMEF Ana Maria Alves Benetti e da EMEI Cruz e Sousa, além de serem escolas cujos projetos políticos-pedagógicos se pautam na implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08, deve-se ao fato de estarem localizadas no bairro do Jabaquara, na região sul da cidade, um dos territórios de grande relevância histórica para o povo negro”. E completa: “buscamos com estas ações, conteúdos e vivências estabelecer, além de um diálogo com crianças, jovens e adultos alargando o acesso às artes, devolver o que lhes foi negado, ou seja, as histórias e os saberes de povos que por conta do racismo estrutural histórico foram e ainda são invisibilizados. Acreditamos que a partir disso ampliaremos as reflexões políticas, culturais e sociais/econômicas, além de fomentar e formar um público ativo na luta pelos os direitos, propositivo e participativo da vida de sua comunidade”.

Joice ainda declara: “Terreiros Nômades busca formas e meios de erradicar as violências e os genocídios cometidos aos corpos racializados. Quer bulir sobre o nosso propósito no fazer artístico e cultural, na educação, expondo as dores e os cacos, mas também as dádivas, as estratégias e rotas que nos fizeram permanecer. Não há como não trazer a ética Ubuntu, a ética da matrilinearidade, as práticas e estratégias organizacionais dos diversos terreiros, pois os saberes africanos, por inúmeros processos de cognição, asserção e metamorfose, criaram e performaram as suas presenças nas Américas”.

Durante a realização do projeto, a programação traz participação de representantes expressivos das culturas afrodiaspóricas, como Salloma Salomão e Deivison Faustino, além de mestres e mestras dos povos originários e coletivos do entorno, como Ilê Aláfia, entre vários outros. Esses encontros visam fortalecer um dos objetivos deste projeto de ocupação do espaço escolar como espaço cultural, político, artístico. O Podcast - A Cor da Nossa Cultura em Encontros e Redes (18 episódios) abordará relações étnicos-raciais, negritude, branquitude, territorialidade, colonialidade e outros, com convidados e membros da N’kinpa.

Terreiros Nômades traz os pontos riscados das filosofias do povo negro, tão apagada, usurpada e violentada na colonialidade. “Evidencia nossa própria memória como um elemento recuperador e mantenedor de quem somos, de onde viemos e onde queremos chegar. É preciso retirar os corpos negros das ilusões e falácias de pertencer a um sistema racista colonial que nunca nos quis e nunca nos viu como seres humanos”, finaliza Joice Jane Teixeira.

N’KINPA -  Núcleo de Culturas Negras e Periféricas é uma coletiva formada do encontro entre artistas-educadoras/es e agentes culturais negros e negras, dispostos/as e politicamente comprometidos/as a bulir, criar e propor ações contra coloniais para crianças, adolescentes e jovens a partir das cosmovisões africanas, afrodiaspóricas e originárias, visando a implementação das leis federais 10.639/03 e a 11.645/08.

Serviço

TERREIROS NÔMADES - Macamba Faz Mandinga
Atividade: Chegança
Com: N’KINPA – Núcleo de Culturas Negras e Periféricas
Evento restrito às escolas. 

05 de março – Terça
Horários: Manhã - às 11h / Tarde - às 13h30
Local: EMEF Ana Maria Benetti
Rua Cruz das Almas, 74 - Vila Campestre. São Paulo/SP.

12 de março – Terça
Horários: Manhã - às 10h / Tarde - às 14h30
Local: EMEI Cruz e Souza
Rua Henrique da Costa, 348 - Jardim Itacolomi. São Paulo/SP. 

Próximas ações / Março

Encontro/vivência: Capoeira Angola e Ancestralidade - com Mestre Peroba
Horários: 9h30 às 11h30 / 13h30 às 15h30
19/03 (terça) - EMEF Ana Maria Benetti
26/03 (terça) - EMEI Cruz e Souza

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 -
verbena@verbena.com.br

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Luarada Brasileira lança primeiro EP com participação especial de Santanna, O Cantador


O grupo Luarada Brasileira - formado por Cicinho Silva (sanfona), Ivan Rodrigo (zabumba), Clebinho Santos (voz e triângulo) e Antonio Batista (guitarra), este recém integrado ao grupo - lança o EP Três É Demais, disponível nas plataformas de música no dia 1º de março de 2024.

Em março, os shows de lançamento correm no Industrial Pub (09/03, às 21h30), em Campinas, SP, no Estação Pinheiros (14/03, às 20h30), na zona oeste, e no Forró na House (19/03, às 19h), na zona norte da capital, entre outros.

O disco marca a estreia fonográfica do grupo que reúne músicos de carreira consolidada na música brasileira para mostrar um trabalho que prima pelos arranjos e pela originalidade ao apresentar o forró e suas vertentes como ritmos universais, transitando do tradicional pé de serra ao contemporâneo.

Formado por quatro faixas inéditas que versam sobre o amor, compostas sob encomenda para o Luarada Brasileira, o disco traz participação especial de Santanna, O Cantador, artista cearense radicado em Pernambuco, considerado uma ‘lenda do forró nacional’. Santanna empresta sua voz à canção “Longe ou Perto de Mim” (Vinícius Valadão e Leo Braga), dividindo a interpretação com Clebinho Santos. O arranjo desse forró romântico, que originalmente era uma vaquejada, foi se definindo sem pressa nos experimentos do trio: “podemos dizer que foi o arranjo que encontrou o trio”, brinca Clebinho.

A segunda faixa, Três É Demais (Edimar Peixinho), é um xote de sonoridade contemporânea. Com rica harmonia e divisão rítmica pouco usual no estilo tradicional, a composição veste-se de originalidade. A sanfona de Cicinho desenha frases melódicas com cordas duplicadas, garantindo uma expressão, no mínimo, diferente. A letra diz: (...) Te abraço / E sei que um é pouco Te dou "xêro" / Porque dois é bom / Depois a gente vê o que a gente faz / Já que três é demais”.

Seguindo, “Todo Dia Ter Um Bis” (Marcos Giva) vem com ritmo mais marcado que reporta à raiz nordestina. Na primeira estrofe: Se você fosse flor / Eu te beijaria com mil beijos de amor / Seria a raiz pra felicidade / Todo dia ter um bis (...). Numa pegada descontraída, o arranjo nos imerge na envolvente cadência do xote romântico tradicional.

Fechando o EP, “Coração Angustiado” (Elton Moraes e Érick Carvalho) é um baião carregado de romantismo. Debaixo desses olhos tristes / Ainda tem amor / Nesta vida de decepções / Ainda busco a felicidade (...) / Neste pobre coração Angustiado / Sem felicidade. A letra tem uma poesia que dialoga com as demais. A canção amarra o roteiro, envolvida pela sonoridade da sanfona, expressão primeira desse ritmo.

Além de Cicinho Silva na produção musical, arranjos e sanfona, de Clebinho Santos nos vocais, de Ivan Rodrigo na zabumba e no coro e de Antonio Batista na guitarra e no contrabaixo (este somente na quarta faixa - “Coração Angustiado”), o EP Três É Demais tem participação dos músicos: Rodolfo Willame no triângulo e na percussão, Rick Bass no contrabaixo e Digo Ferreira na guitarra.

Os arranjos, assinados por de Cicinho, foram construídos organicamente com participação Clebinho e Ivan. “As músicas foram compostas para o grupo interpretar. Era importante que tivessem a ‘nossa cara”, que tivessem a identidade do Luarada Brasileira”, comenta o sanfoneiro. Clebinho explica que os arranjos foram sendo lapidados: “fomos experimentando as possibilidades para encontrar a identidade do grupo”. E Ivan Rodrigo finaliza: “As músicas lindas, e isto já nos estimula a tocar e cantar com prazer e alegria, e expressar nossa arte no forró brasileiro”.

Luarada Brasileira

Luarada Brasileira é formado, originalmente, por Cicinho Silva, Clebinho Santos e Ivan Rodrigo. Recentemente, o guitarrista e violonista Antonio Batista passou a integrar o grupo, participando da gravação de apenas uma das faixas do EP Três É Demais (2024). Antes de formalizar a parceria e fundar o grupo, em 2022, os músicos já se apresentavam juntos em espaços culturais, casas de shows e eventos. A trajetória do Luarada, apesar de recente, já soma mais de 60 apresentações, além do lançamento do primeiro EP, que chega para consolidar o trabalho. O grupo foi batizado de Luarada Brasileira pelo poeta cordelista Cacá Lopes como uma homenagem ao rei do baião, Luiz Gonzaga, que recebeu o apelido carinhoso de Mestre Lua; também é uma referência a um dos clássicos da música brasileira, a toada “Luar do Sertão”, de João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense, que o próprio Gonzagão regravou, em 1981. O forró e suas vertentes, a música nordestina, está presente em cada um dos componentes do grupo. Todos têm raízes familiares nordestinas fortalecidas com forró pé de serra. “O forró acolhe as novas tendências musicais, reinventa-se fortalecendo a cultura popular que continua existindo e resistindo. O forró é nosso Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, reconhecido pelo IPHAN, em 2021”, comenta o sanfoneiro Cicinho Silva.

Serviço

Lançamento | EP: Três É Demais
Grupo: Luarada Brasileira
Componentes: Cicinho Silva, Ivan Rodrigo, Clebinho Santos e Antonio Batista.
Data: 1º de março de 2024
Em todas as plataformas de música. Independente. Distribuição: ONErpm. 

FICHA TÉCNICA - Produção musical e arranjos: Cicinho Silva. Voz: Clebinho Santos. Zabumba e coro: Ivan Rodrigo. Sanfonas: Cicinho Silva. Guitarra e contrabaixo: Antonio Batista (Coração Angustiado). Triângulo e percussão geral: Rodolfo Willame. Contrabaixo: Rick Bass. Guitarra: Digo Ferreira. Participação especial: Santanna, O Cantador (Longe ou Perto de Mim). Estúdio de gravação, mixagem e masterização: Rodolfo Willame. Produção artística: Elielma Carvalho. Foto/Capa: Renan Kaldiris. Arte/Capa: Sakura Design. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação.

1 - Longe ou Perto de Mim (Vinícius Valadão e Leo Braga)
2 - Três É Demais (Edimar Peixinho)
3 - Todo Dia Ter Um Bis (Marcos Giva)
4 - Coração Angustiado (Elton Moraes e Érick Carvalho) 

Material / imprensa: FOTOS em alta, letras e faixas em MP3 - acesse o link!

Agenda de shows

09 de março - Sábado, às 2130
Local: Industrial Pub - Evento: Forró Pé de Serra
Rua Dr. Sales de Oliveira, 1163 - Vila industrial. Campinas/SP.
Ingressos: R$ 10,00 (1º lote). Abertura da Casa 19h.
Informações: (19) 996377383. FB: @stefannybarretooficial / IG: @industrial19.pub.
Acessibilidade: Sim.  Banheiro adaptado: Não. Capacidade: 250 pessoas. 

14 de março - Quinta, às 20h30
Local: Estação Pinheiros
Rua Capri, 42 - Pinheiros. SP/SP.
Ingressos: R$ 10,00 (antecipado pelo Instagram) e R$ 20,00 (na porta)
Venda online: estacaopinheiros.com.br. Na rede: @estacaopinheiros
Tel: (11) 94923-7592. Vallet na porta. Estacionamento ao lado. Capacidade: 300 pessoas.
Acessibilidade: parcial, no térreo. A casa abre às 18h.

19 de março - Terça, às 19h
Local: Forró na House
Avenida Luiz Dumont Villares, 794 - Jardim São Paulo. SP/SP.
Ingressos: R$ 20,00. VIP até às 20h. Vendas online: www.sympla.com.br
Tel.: (11) 97633-0783. Na rede: @forronahouse
Capacidade: 450 pessoas. Acessibilidade: Sim. 

Contatos: Luarada Brasileira - (11) 95152-3132 e luaradabrasileira@gmail.com
Instagram: @luaradabrasileira
@clebinho_santossp | @ivanzabumbeiro | @cicinhosilva_ | @batista.oliveirajr
Facebook - Luarada Forró | Youtube: Luarada Brasileira | Spotify: Luarada Brasileira 

 

INFORMAÇÕES À IMPRENSA
VERBENA Assessoria | Eliane Verbena
(11) 99373-0181 | verbena@verbena.com.br

 

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Espetáculo com Zora Santos dirigido por Grace Passô e Gabriel Cândido traz a comida como arte e a arte como alimento no Sesc Avenida Paulista

Michel Yuri, Natália Lima, Zora Santos, Rubi Assumpção e Renato Ihu. Foto/Jerê Nunes.
Com idealização e atuação de Zora Santos - atriz, pesquisadora da culinária afro-mineira e cozinheira - o espetáculo O Fim É Uma Outra Coisa estreia no dia 9 de março, sábado, no Sesc Avenida Paulista, às 20h. Com direção geral de Grace Passô e de Gabriel Cândido, a dramaturgia é assinada por Dione Carlos tendo a colaboração da própria Zora Santos. O espetáculo fica em cartaz até 7/4, de quarta a domingo, no espaço Arte II (13º andar).

Em cena, Zora Santos, aos 70 anos, conduz um encontro no qual os seus saberes alquímicos e ancestrais sobre o uso dos alimentos, que nutrem, envenenam, curam e enfeitiçam, estão em um jogo de relações entre as suas memórias, seus sonhos e a influência intelectual dos povos indígenas e negros, no país em tensão com o próprio passado presente colonial do Brasil. 

Por meio de uma multiplicidade de instrumentos culinários e musicais, que se confundem e se reinventam no fluxo de acontecimentos, o espetáculo performático cria uma instalação sensorial permeada por cheiros, toques, sabores e sons, instaurando um universo de possibilidades tecnológicas, estéticas, poéticas e políticas a partir da reunião de uma comunidade em torno do ato de cozinhar e comer junto. Nesse sentido, a obra reelabora as temporalidades vigentes para mostrar que nessa feitura coletiva são os outros inícios, outros meios e, principalmente, outros fins que interessam imaginar em um movimento em que as presenças se retroalimentam e se provocam para muito além de apenas comer, digerir e eliminar.

Para Zora Santos, que faz sua estreia como atriz em palco paulistano, O Fim É Uma Outra Coisa quer reverenciar a presença das mulheres negras nas cozinhas brasileiras - historicamente invisibilizadas no país. “Só sei demonstrar amor cozinhando”, afirma. O espetáculo não é uma narrativa linear e ficcional, e se organiza por meio de uma articulação de acontecimentos a partir dos saberes, das vivências e das memórias de Zora - que evoca as relações entre negrura, comida, música, arte negra e performance, tendo como inspiração os pensamentos da intelectual Lélia Gonzalez.

Dentro do espaço cênico intimista, os espectadores têm proximidade com o cenário/instalação e os demais elementos da cena, bem como do elenco liderado por Zora Santos e das musicistas e dos músicos Natália Lima, Rubi Assumpção, Renato Ihu e Michael Yuri. A música se relaciona com a presença de Zora nas cenas. As composições e a trilha sonora são originais, criadas na sala de ensaio em processo colaborativo, sob a direção musical de Maurício Badé. O cenário-instalação conta com uma obra de Lúcio Ventania, referência internacional como mestre bambuzeiro, criada especialmente para o cenário do espetáculo.

A diretora Grace Passô argumenta que “o espetáculo busca elucidar que a cultura negra e a indígena não estão em um lugar de contribuição, mas sim de estruturação da identidade brasileira”. Ambas mineiras, Grace conta sobre sua relação com o trabalho de Zora: “Minha admiração passa pelas suas articulações com os coletivos e artistas negros de Belo Horizonte e pela forma como se relaciona com a cozinha. Zora é uma artista que nos lembra que a cultura negra evidencia algo menos segmentado que a separação arte x vida. O elemento, a arte e a atuação estão sempre presentes, tudo convive em seu trabalho”. E completa: “cozinha e arte é o que representa a nossa cultura, fazem parte do ‘ser negro’, e Zora traz a comida como arte, a arte como alimento”.

Sobre a direção de O Fim É Uma Outra Coisa, Gabriel Cândido comenta: “Como a Zora é uma artista interdisciplinar, buscamos ser coerentes com sua trajetória. Entender esse espetáculo como uma instalação sensorial, como são as nossas cozinhas, esses lugares de encontros, com músicas, cheiros, sabores, temperaturas, temperos, vozes, sons... Isso foi fundamental para entender a dimensão, tanto festiva como de provocações, que queremos ter em cena”.

O Fim É Uma Outra Coisa é um espetáculo performático inédito, cujo projeto foi idealizado, em 2020, por Zora Santos. Desde então, seguiu em concepção e parceria com Lucas Ferrazza (produtor artístico e cozinheiro), Grace Passô e Dione Carlos, realizando algumas ações performáticas sobre os temas que a obra agora tem como objetivo abordar. Zora é presença relevante em eventos de culinária em Belo Horizonte, onde também desenvolveu o projeto Comida de Cerca que aborda a comida afro-mineira, sobre o qual ela metaforiza: “as cercas da minha infância eram comestíveis”, sem descartar que também refere-se às mudanças geográficas, importantes de serem discutidas.

FICHA TÉCNICA - Idealização e atuação: Zora Santos. Direção geral: Grace Passô e Gabriel Cândido. Direção musical: Maurício Badé. Direção de produção: Lucas Ferrazza. Dramaturgia: Dione Carlos e Zora Santos. Musicistas/músicos: Michael Yuri, Natalia Lima, Renato Ihu e Rubi Assumpção. Obra Cenográfica: Lúcio Ventania. Confecção da obra cenográfica: Cerbambu. Figurino: Zora Santos. Costureiro: Paulo Salai Rogério. Desenho de luz: Danielle Meireles. Operação de luz: Juliana Jesus. Desenho de som: André Papi. Operação de som: André Papi e Hugo Bispo. Traquitanas Sonoras: Teo Ponciano. Preparação vocal: Josyane Lopes. Identidade visual: Thaís Regina. Contrarregra: Diego Roberto e Leonardo Oscar. Beleza (fotos/divulgação): Rapha Cruz. Hairstyle (fotos/divulgação): Paola Ferreira. Fotografias: Jerê Nunes. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Social media: Anderson Vieira e Suane Padilha. Coordenação de produção e produção de campo: Ketully Oliveira. Produção executiva: Corpo Rastreado e Casa Cume Produções. Realização: Sesc São Paulo.

Serviço

Espetáculo: O Fim É Uma Outra Coisa
Estreia: 9 de março de 2024 - Sábado, às 20h
Temporada: 9 de março a 7 de abril

Horários: quarta a sábado, às 20h, e domingo, às 18h.
Duração: 75 minutos. Gênero: Performático. Classificação: 14 anos.
Local: Arte II - 13° andar.
Ingressos: R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia) e R$ 12,00 (Credencial Plena)
Vendas: a partir de 27/02 (online), às 17h, e 28/2 (bilheterias, às 17h. 

Apresentações
09 e 10 de março - sábado e domingo

14 a 17 de março - quinta a domingo
20 a 24 de março - quarta a domingo
27 a 31 de março - quarta a domingo (Não haverá sessão no feriado, dia 29/03)
05 a 07 de abril - quarta a domingo
Sessões com audiodescrição: 20 e 21/03
Sessões com intérprete de LIBRAS: 22, 23 e 24/03 

Sesc Avenida Paulista
Avenida Paulista, 119 - Bela Vista. São Paulo/SP.
Transporte Público: Estação Brigadeiro do Metrô.
Tel.: (11) 3170-0800. 

Horário de funcionamento da unidade: Terça a sexta, das 10h às 21h30.  Sábados, das 10h às 19h30. Domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Site: www.sescsp.org.br/avenidapaulista | X: twitter.com/sescavpaulista
Facebook: @sescavpaulista | Instagram: @sescavpaulista | Youtube: @SescAvPaulista

Sinopse: Esta é uma viagem de sabores, cheiros e sons através do espaço-tempo de um universo em que matéria e sonho não se separam, assim como as dimensões de festa e guerra, veneno e antídoto, ervas e feitiços são, na verdade, ingredientes cortados com facas perigosas e temperados com boas doses da ironia da vida para serem jogados em um panelão, mexidos com uma colher de pau antiga e aquecido por máquinas que induzem o fogo. Embora essa mistura nunca esteja suficientemente pronta, ela será oferecida para quem quiser se alimentar. No entanto, este não será o fim.

A equipe

Zora Santos - Zora é atriz, cozinheira e pesquisadora de comida Afro Mineira, há 30 anos, realizando atualmente oficinas culinárias performáticas. Venceu concurso de modelos negras em 1972 em Belo Horizonte. Como atriz atuou nos filmes: Chico Rei - 1985; Os Inconfidentes - 1972; Pare e Siga - 2017; Vaga Carne - 2019. No teatro: O Relatório Kinsey - 1973; Orfeu -1974 e no projeto Segunda Preta - 2018. Na cozinha, em 1998, foi chef do Buffet La Fete - Belo Horizonte. Em Maio de 2000, promoveu o primeiro Jantar Afro-Mineiro da Capital. Participou de eventos como: Batuque Brasil - Sesc Tupinambás, Parque Municipal/BH (2000). Coordenou a barraca de Comida Afro-Mineira (2000) no Mercado da Lagoinha, em Belo Horizonte. Foi Instrutora de cursos de culinária no Mercado da Lagoinha (2000). Dirigiu o Bar Buteco da Zora (outubro de 2006 a julho de 2007), ficando em sexto lugar no Comida de Buteco - BH. Em São Paulo, foi destaque no Dona Ruth: Festival de Teatro Negro de São Paulo e realizou o evento Churrascada - de oficinas e performance relacionadas à gastronomia. Criou os projetos Comida de Cerca e Ano que Vem Eu Vou, este resultou no espetáculo O Fim É Uma Outra Coisa, agregando olhares de outros profissionais das artes. Em 2023, também pode ser vista na peça Sortilégios (direção de Adyr Assumpção) e no filme Levante, de Lillah Halla.

Grace Passô - Grace é atriz, diretora e dramaturga. Formada no CEFART BH. Parte de sua dramaturgia está publicada pelas editoras Cobogó e Javali e fora do Brasil, traduzida em seis idiomas. Foi cofundadora do grupo de teatro Espanca, companhia criada em BH no começo de 2000, no qual permaneceu por 10 anos. Recebeu diversos prêmios teatrais, entre eles Shell SP e RJ, APCA, APTR, Cesgranrio, Questão de Crítica e Prêmio Leda Maria Martins. No cinema, atuou nos filmes Praça Paris, No Coração do Mundo, Temporada e Vaga Carne. Recebeu prêmios de melhor atriz no Festival de Cinema Rio, Candango no Festival de Brasília e Festival de Turim (Itália), além do prêmio ABRA de melhor roteiro de curta-metragem, em 2021. Durante a pandemia, Grace criou as performances Frequência 2020; Ficções Sônicas 00, Ficções Sônicas 02 e o curta-metragem República (melhor curta brasileiro no Kinoforum), criações sobre as relações entre teatro e cinema, som e palavra, negritude e sociedade brasileira. Foi artista convidada na Bienal de SP 2021. Recentemente, foi premiada no Festival de Cinema do Rio e no Festival de Brasília pela atuação em O Dia que Te Conheci, de André Novais Oliveira; atuou na série Reencarne (Globoplay); dirige a peça Herança, sobre os 50 anos da trajetória de Maurício Tizumba, em BH; e pode ser vista no filme Levante, de Lillah Halla.

Gabriel Cândido - Gabriel Cândido atua como dramaturgo, diretor, performer e produtor. Autor das dramaturgias Nossa Conquista, publicada pela Editora Entremares (2022), Socorro! Tem uma cidade entalada na minha garganta, publicada pelo Grupo Editorial Letramento (2019), e Fala das Profundezas, publicada pela Editora Javali (2018), peça na qual também é diretor da montagem que estreou em 2022; diretor do show Corpo Desobediente (2023), de Marco Antônio Fera; roteirista de Queñual (2023) e diretor e roteirista de Ato Perene (2021), espetáculos da Cia Pé no Mundo de Dança;  diretor e roteirista do curta-metragem Jardim Peri Alto em Cena (2019); autor das performances Rastros (2022) e Cuidado com Nós (2019). É idealizador do Dona Ruth: Festival de Teatro Negro de São Paulo, atuando também como diretor do evento; fundador e integrante do Núcleo Negro de Pesquisa e Criação (NNPC); formado pela SP Escola de Teatro no curso de Atuação (2015), instituição com a qual colaborou, entre 2021 e 2022, como artista orientador convidado. Atualmente, é estudante de História na Universidade de São Paulo (FFLCH/USP).

Dione Carlos - Dione Carlos é dramaturga premiada, roteirista, atriz e curadora. Possui vinte e cinco peças de teatro encenadas no Brasil e em países como Portugal, Inglaterra, EUA, México, Alemanha, Bélgica e Colômbia. Tem seis livros publicados, além de textos e artigos de sua autoria publicados em sites e revistas especializadas em dramaturgia e poesia. Ministra oficinas em diversos espaços culturais. Em 2019, representou o Brasil no Dia Internacional da Língua Portuguesa na Grécia, em Atenas, onde palestrou no Museu da Acrópole. Como roteirista atuou em canais como Disney Plus, GNT e Sesc TV. Atualmente, é roteirista contratada da Rede Globo, onde desenvolve séries e novelas.

Maurício BadéN - Maurício Alves de Oliveira é pernambucano de Recife. Ainda criança, passou a viver no alto Santa Terezinha, zona norte do Grande Recife, região famosa pela grande concentração de atividades populares. Convivendo num complexo de pequenas comunidades onde ocorrem diversas manifestações populares, sempre esteve presente a ensaios, arrastões ou apresentações de maracatus, caboclinhos, cocos, cirandas, afoxés e quadrilhas juninas. Participou ativamente desse contexto como músico e dançarino desde os 12 anos, adquirindo, assim, conhecimento prático e teórico com os mais diversos grupos de Recife e Olinda. Entre os muitos projetos e grupos nos quais atuou estão: Projeto Recriança (que trabalhava com crianças de comunidades carentes), Grupo Tradição e Raça Negra, Caboclinhos Canindé, Afoxé Odolu Pandá, Grupo Daruê Malungo, Bloco Afro Àgba Imalê, Afoxé Alafim Oyo, Banda Sinfônica da Unicap, Grupo de Percussão Angaatãnàmú, Conjunto João Pernambuco de Choro e Banda Sinfônica do CPCMR.

Lucas Ferrazza - Lucas Ferrazza é produtor cultural e cozinheiro. É idealizador da Cozinha Fermenta, onde pesquisa as Cozinhas Pretas Brasileiras. Integra a Adiposa Facção enquanto pesquisador acerca das gordidades. É produtor colaborador do Núcleo Negro de Pesquisa e Criação na área do teatro e audiovisual, da Agbalá Conta, Núcleo de Pesquisa e Narração de Histórias Pretas e do Dona Ruth Festival de Teatro Negro de São Paulo. Cursou Teatro - Licenciatura e Bacharelado pela UDESC 2011 (Florianópolis - SC) e Técnicas de Palco pela SP Escola de Teatro. Assistente de produção da 4 temporada da série Sintonia (Netflix); assistente de produção da série Beijo Adolescente (HBO MAX); assistente de produção da segunda temporada da série Cidade Invisível (Netflix); produtor executivo do espetáculo Arquivo Negro e websérie Traduções Simultâneas (Cia de Dança Pé no Mundo - SP), do espetáculo Fala das Profundezas (Núcleo Negro de Pesquisa e Criação), assistente de produção do Carnaval de Rua (Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo). Produtor executivo do espetáculo Arquivo Negro (Cia de Dança Pé no Mundo, São Paulo - SP, Curador e produtor executivo da Residência Cozinha Preta, da Cozinha Fermenta - Sesc Avenida Paulista). Produtor artístico na Cia Pia Fraus; produtor de set no documentário Essa Garota Chamada Marina (direção Candé Salles, Canal Curta). Programador e coordenador de programação teatral no Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros; Coordenador de produção e montagem da instalação em Folclore Digital (VJ Suave, na CAIXA Cultural SP e RJ). Produtor executivo do duo VJ Suave; Produtor executivo e produtor de set do documentário Projetos Juventudes (Norwegian Church Aid). Captador de recurso e coordenador de projetos na plataforma de crowdfunding SIBITE.

Assessoria de Imprensa do Sesc Avenida Paulista
WhatsApp: +55 11 3170-1397 | Tel.: +55 11 3170-1400
imprensa@avenidapaulista.sescsp.org.br

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena
Tel.: (11) 99373-0181 - verbena@verbena.com.br 

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Nova temporada de Águas Queimam na encruzilhada abre programação que vai reverenciar Fauzi Arap nos 28 anos do Teatro do Incêndio

Em comemoração aos 28 anos da companhia, extensa programação faz reverência a Fauzi Arap, cujo trabalho reverbera na estética do Teatro do Incêndio. Montagens inéditas e leituras dramáticas de textos do autor estão na programação, entre outras ações.

Crédito/foto: Leonardo Tumonis
Entre os dias 02 e 25 de março, a Cia. Teatro do Incêndio realiza nova temporada do espetáculo Águas Queimam na Encruzilhada, cujo texto e direção são assinados por Marcelo Marcus Fonseca. As sessões ocorrem aos sábados, aos domingos e às segundas, às 19 horas.

A breve temporada da montagem integra a programação do projeto Mare Nostrum - Retratos do Invisível que comemora 28 anos do Teatro do Incêndio (12 de janeiro) e reverencia a dramaturgia de Fauzi Arap (1938-2013) e celebra sua influência na formação estética da companhia.

Contemplado pela 41ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, o projeto traz, ainda em 2024, uma nova temporada de Pano de Boca (encenado em 2015 e 2023) e duas montagens inéditas de textos de Arap - Às Margens da Ipiranga e Risco e Paixão. Em 2025, ocorrem leituras dramáticas de quatro textos do autor, dirigidas por nomes importantes da cena paulistana, lançamento de dois documentários: o primeiro, sobre a vida e obra Fauzi, contendo depoimentos de Denise Fraga, Maria Alice Vergueiro, Elias Andreato e outros, ilustrados por imagens de peças suas montadas pelo grupo; o segundo é um registro sobre a trajetória do Teatro do Incêndio. Como contrapartida social, completam as ações o projeto permanente Sol.te (teatro para crianças e adolescentes) e uma Residência Artística para grupo de teatro a ser selecionado, ambos em andamento.

O enredo de Águas Queimam na Encruzilhada, traz histórias de vidas entrelaçadas por um bairro que se despedaça e resiste ao tempo, preservando sua paixão por uma escola de samba. Sob o olhar delirante e atento de Seu Luiz (Gabriela Morato), uma catadora de “lixo”, e a presença amistosa de Wanderley (Marcelo Marcus Fonseca), um compositor da velha guarda do samba, alcoólatra, as dores e pequenas alegrias de moradoras e moradores de um bairro são apresentadas em um desfile de sonhos e perdas.

A peça é uma ode à vida, tendo como pano de fundo a escola de samba que é o ponto de convergência das personagens que trabalham de forma “invisível” para o carnaval. “Esta criação do Teatro do Incêndio é um desafio de linguagem que busca, entre a dramaturgia realista e o surrealismo, um mergulho no lugar mais fundo do cotidiano, traduzindo vidas simples como poesias inconscientes”, argumenta o diretor Marcelo Marcus Fonseca.

No enredo, 10 personagens têm suas trajetórias contadas em uma espécie de novela dostoievskiana em dois atos de movimentos distintos: o interior de suas casas e a rua/quadra da escola. As histórias se cruzam no cotidiano, entre elas: a cartomante enfrenta a doença do filho recém-nascido; um jovem poeta do sul do País transita pelos bares, sem perspectivas; desempregados, o casal Zé e Nina carregam suas dores; a manicure esconde um grave problema de saúde e mantém-se presente na vida da comunidade; uma ex-passista vive as consequências do trauma que a afastou da escola de samba.

“O discurso de Águas Queimam na Encruzilhada é a vida diária. Não há espaço para palavras de ordem. Aqui as opiniões do autor e as denúncias foram eliminadas, cedendo lugar ao enfrentamento das dificuldades por quem está nesse lugar, sem olhar de piedade, indignação ou protesto, mas visando a grandeza do viver”, afirma o diretor e dramaturgo. Segundo ele, a companhia apresenta com uma nova estética, uma nova forma de abordar a vida. “Aqui deixamos a trajetória falar pelas personagens, a realidade da vida ser traduzida pela poesia”. Marcelo explica que a direção buscou “equalizar a voz conjunta do teatro para a excelência da interpretação, para o encantamento”. E diz: “Águas Queimam na Encruzilhada é uma peça sobre a passagem da vida e o nascimento de outras expectativas. Elucida a precariedade de nossa existência, mas também a beleza que habita cada respiração sagrada”.

A cenografia é composta por pequenos cenários em ‘carrinhos’ que se movem pelo espaço cênico, bem próximos do chão, numa referência aos rios que correm sob a cidade com seus cursos irregulares, como o destino das personagens que habitam esse espaço, que pode ser o Bixiga ou qualquer outro lugar. “É quase o chão que se movimenta, o que muda é ao ponto de vista. Os lugares são identificados pela interpretação: casa, rua, escola de samba ou carros alegóricos”, comenta o diretor. A direção musical assinada por Renato Pereira traz nuances de uma ópera popular. A trilha sonora é executada ao vivo, com músicas compostas por Marcelo Marcus Fonseca, algumas em parcerias com Paulinho Pontes, e sambas (da velha guarda) cantados em quadras de escola.

FICHA TÉCNICA - Texto e direção geral: Marcelo Marcus Fonseca. Elenco: Gabriela Morato, Elena Vago, Bia Sabiá, Francisco Silva, Rafael Américo, Marcelo Marcus Fonseca, André Souza, Cintia Chen, Vic Bense, Laura Nobrega, Jhenifer Delphino, Amanda Marcondes, Isabela Heloisa, Moiisés, Rafael Mariposa e Valcrez Siqueira. Direção de produção: Gabriela Morato. Direção musical e trilha original: Renato Pereira.  Música ao vivo: Lucas Brogiollo, Giovani Di Ganzá, Guigo Silva, Marcos Vinícius Assunção, Rafael Mariposa e Ricardo Perito. Adaptação de trilha original: Lucas Brogiollo, Giovani Di Ganzá e Ricardo Perito. Músicas: “Minha Tese”, “Deus É Maior” e “Pra Quem Viu Subir Poeira” (Marcelo M. Fonseca e Paulinho Pontes); “Zé da Nina” e “A Máscara da Escola” (Marcelo M. Fonseca); “Carnaval da Agonia” (Cezinha Oliveira e Eliane Verbena). Orientação musical - bateria de escola de samba: Alysson Bruno. Iluminação: Rodrigo Alves “Salsicha”. Orientação de movimento: Vera Passos. Orientação vocal: Edi Montecchi. Assistência de iluminação e operação de luz: Valcrez Siqueira. Figurinos: Gabriela Morato. Espaço cênico e cenografia: Gabriela Morato e Isabela Heloisa. Adereços: André Souza, Rafael Mariposa e Gabriela Morato. Confecção de figurinos, adereços e cenografia: Cia. Teatro do Incêndio. Técnico e operador de som:  Thiago Juremeira. Fotos/divulgação: Alécio Cezar e Leonardo Tumonis. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Design gráfico: Gus Oliveira. Idealização e produção: Cia. Teatro do Incêndio. Projeto: Mare Nostrum - Retratos do Invisível. Realização: Secretaria Municipal de Cultura - 41ª Edição da Lei de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo. 

Serviço

Espetáculo: Águas Queimam na Encruzilhada
Temporada: 02 a 25 de março de 2024
Dias/horário: sábado, domingo e segunda, às 19h
Ingressos: R$ 10,00 (inteira), R$ 5,00 (meia) e Grátis (moradores da Bela Vista com comprovante de residência) - Vendas online www.sympla.com.br.
Duração: 180 min (dois atos com intervalo).
Classificação: 14 anos. Gênero: Drama. Capacidade: 60 lugares. 

Teatro do Incêndio
Rua Treze de Maio, 48 - Bela Vista / Bixiga. SP/SP.
Espaço com acessibilidade para PCD. Banheiro adaptado para cadeirante.
www.teatrodoincendio.com | @teatrodoincendio. Tel.: (11) 2609-3730
Estacionamento pago em frente: Rua Treze de Maio, 47. 

INFORMAÇÕES À IMPRENSA: VERBENA Assessoria
Eliane Verbena
(11) 99373-0181 - verbena@verbena.com.br

 

Companhia de Teatro Heliópolis faz curta temporada de CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos

Crédito/foto: TIGGAZ
O premiado espetáculo CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos, montagem da Companhia de Teatro Heliópolis, volta ao cartaz em curta temporada com ingressos gratuitos. As apresentações ocorrem na sede do grupo, na Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho, no Ipiranga, entre os dias 02 e 17 de março, aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h.

Em 2022, CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos ganhou o Prêmio APCA (Dramaturgia; indicado em Direção), Prêmio SHELL de Teatro (Dramaturgia e Música; indicado em Direção) e VI Prêmio Leda Maria Martins (Ancestralidade). Também foi relacionado entre os Melhores Espetáculos do Ano pela Folha de S.Paulo.

Com encenação de Miguel Rocha e texto de Dione Carlos, a montagem aborda a forte presença feminina no contexto do cárcere. O enredo parte da história de duas irmãs gêmeas - Maria dos Prazeres e Maria das Dores - com vidas marcadas pelo encarceramento dos homens da família para apresentar as estratégias de sobrevivência, sobretudo, das mulheres em suas comunidades. Quanto ao título, a dramaturga explica que “faz referência às mulheres que transmutam as energias de violência e morte e reinventam realidades”.

O espetáculo tem as mulheres - mães, esposas, companheiras, irmãs - no centro da abordagem. “São elas que carregam o fardo, que são acometidas pelos desdobramentos do encarceramento de seus parceiros ou familiares, tendo a vida emocional, a segurança física e a situação financeira abalada. A mulher se torna a força e o sustentáculo da família, e também daquele que está em situação de cárcere”, argumenta o encenador.

A história das irmãs é um disparador no enredo de CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos para revelar o quanto é difícil se desvincular de uma estrutura tão complexa quanto o encarceramento. Enquanto a mãe enfrenta o sistema jurídico na tentativa de libertar o filho preso injustamente, lutando pela subsistência da família e do filho, sua irmã é refém do ex-companheiro, também encarcerado, a quem deve garantir suporte no presídio, sem ter direito a uma nova vida conjugal. Presas a um histórico circular, pois também tiveram o pai preso, elas lutam para quebrar o ciclo em um percurso espinhoso.

A ancestralidade está presente na dramaturgia e permeia a encenação de forma arquetípica. O coro aparece como uma representação da coletividade e um exercício da voz ancestral, cujos saberes resistiram à barbárie e atravessaram séculos nos corpos, nas memórias e nas crenças do(a)s africano(a)s que, escravizado(a)s, fizeram a travessia do Atlântico. “Nosso propósito é apresentar uma obra que trace o percurso dessas mulheres pretas e pobres, cujo destino é atrelado ao cárcere, e refletir sobre a situação limite em que o condenado se insere, além de mostrar que o modelo prisional vigente é cruel, discriminatório e não presta à ressocialização”, argumenta o encenador.

Como é característico nas encenações da Companhia, o espetáculo explora as ações físicas para construir um discurso poético e expressionista das relações de poder e da situação de cárcere. A música ao vivo (violino, viola, cello e percussão) potencializa esse discurso nas cenas coreografadas que denunciam e evidenciam o cotidiano em questão. O futebol, a comida, as humilhações e a disciplina imposta são passagens que elucidam a ambiguidade da proposta do sistema para a reabilitação daquele que infringiu as regras da sociedade. O encenador explica que “a música e a coreografia têm a força de expor a concretude, a precariedade e a desestrutura do espaço onde o enredo se desenvolve”.

Esta temporada de CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos conta com apoio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, do Governo do Estado de São Paulo.

FICHA TÉCNICA - Encenação: Miguel Rocha. Assistência de direção: Davi Guimarães. Texto: Dione Carlos. Elenco: Antônio Valdevino, Dalma Régia, Davi Guimarães, Jefferson Matias, Jucimara Canteiro, Priscila Modesto, Vitor Pires e Walmir Bess. Direção musical: Renato Navarro. Assistência de direção musical: César Martini. Musicistas: Alisson Amador (percussão), Amanda Abá (violoncelo), Denise Oliveira (violino) e Jennifer Cardoso (viola). Cenografia: Eliseu Weide. Iluminação: Miguel Rocha e Toninho Rodrigues. Figurino: Samara Costa. Assistência de figurino: Clara Njambela. Costureira: Yaisa Bispo. Operação de som: Lucas Bressanin. Operação de luz: Nicholas Matheus. Cenotecnia: Wanderley Silva. Provocação vocal, arranjo e composição da música do ‘manifesto das mulheres’: Bel Borges. Provocação vocal, orientação em atuação-musicalidade e arranjo - percussão ‘chamado de Iansã’: Luciano Mendes de Jesus. Estudo da prática corporal e direção de movimento: Érika Moura. Provocação cênica: Bernadeth Alves, Carminda Mendes André e Maria Fernanda Vomero.  Comentadores: Bruno Paes Manso e Salloma Salomão. Mesas de debates: Juliana Borges, Preta Ferreira, Roberto da Silva e Salloma Salomão - mediação de Maria Fernanda Vomero. Orientação de dança afro: Janete Santiago. Direção de produção: Dalma Régia. Fotos: Rick Barneschi, Tiggaz e Weslei Barba. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Idealização e produção: Companhia de Teatro Heliópolis. Estreia oficial: 12/03/2022.

Serviço 

Espetáculo: CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos
Com: Companhia de Teatro Heliópolis
Temporada: 02 a 17 de março de 2024
Horários: Sábados, às 20h, e domingos, às 19h
Duração: 120 min. Classificação: 12 anos. Gênero: Experimental.
Ingressos: Gratuitos. Reservas online: www.sympla.com.br
Bilheteria: 1h antes das sessões. 

Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho
Rua Silva Bueno, 1.533 – Ipiranga. São Paulo/SP.
Telefone: (11) 2060-0318 (WhatsApp). Capacidade: 50 lugares.
Transporte público - Metro Sacomã / Terminal de Ônibus Sacomã 

Facebook - @companhiadeteatro.heliopolis | Instagram - @ciadeteatroheliopolis

 

Informações à imprensa: VERBENA ASSESSORIA
Eliane Verbena
(11) 99373-0181 - verbena@verbena.com.br